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17 abril 2014

Listas: Vault das empresas contábeis

1  PwC (PricewaterhouseCoopers)
2  EY
3  Deloitte
4 KPMG
5  Grant Thornton
6  BDO USA
7  McGladrey
8  Plante Moran
9  Baker Tilly Virchow Krause
10 Crowe Horwath

Fonte: Aqui

16 abril 2014

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Noruega, o país mais próspero do mundo

TONSBERG - Como milhões de imigrantes pelo mundo, Simone Brannstrom decidiu deixar seu país em busca de uma vida melhor. Acabou encontrando trabalho num restaurante no Porto de Tonsberg, cerca de 100 quilômetros de Oslo, na Noruega. "Aqui ganho muito mais que em meu país", diz Simone. Mas ela não vem da África, do Sudeste Asiático ou de algum país empobrecido. Loira, de olhos azuis e sorriso fácil, Simone vem da Suécia, um dos países mais ricos do mundo. Ela e milhares de outros jovens suecos optaram nos últimos anos por cruzar a fronteira e trabalhar na Noruega, espécie de oásis regado a petróleo.
Quarenta anos depois da descoberta do petróleo no Mar do Norte, a Noruega conseguiu traduzir esse recurso natural em prosperidade e igualdade. Pela primeira vez em 2014, um país terá um Produto Interno Bruto per capita acima de US$ 100 mil e, segundo a ONU, jamais uma sociedade atingiu nível de desenvolvimento humano igual ao de Oslo. O salário mínimo é de 4,8 mil, cerca de R$ 14 mil, o desemprego é de 2% e, mesmo em uma era de austeridade, o sistema do bem-estar social se manteve intacto.
A Noruega foi um dos poucos países a atravessar a crise global sem grandes impactos e, nas últimas eleições, o único debate era o que fazer com o dinheiro que sobra nos cofres públicos.
Ao contrário do que o petróleo causou no Oriente Médio ou Venezuela, o dinheiro desse recurso natural foi administrado de forma a criar uma situação inédita. Em 100 anos, a Noruega deixou de ser um dos países mais pobres da Europa, convivendo com o gelo e a escuridão por metade do ano, para se transformar em sinônimo de riqueza e justiça social. 
"Para muitos países, a descoberta do petróleo foi um problema. Mas nós conseguimos administrá-lo bem", declarou ao Estado Erling Holmoy, chefe da divisão de Estatísticas do governo da Noruega.
As contas demonstram isso. O país tem o maior fundo soberano do planeta, estimado em US$ 815 bilhões e os cofres do Estado estão abarrotados. O Estado norueguês comprou 1% de ações em bolsas de todo o mundo, investe em 3,2 mil empresas e, com apenas metade de seu superávit, poderia quitar as dívidas da Grécia. "A realidade é que estamos nadando em dinheiro", declarou Frode Rekve, que comanda o Instituto Norueguês de Mídia.
Hoje, a renda gerada pelo petróleo chega a US$ 40 bilhões por ano ao Estado. Um a cada três dólares obtidos pelas autoridades em Oslo vem do subsolo marinho. Mais da metade das exportações vem do setor de energia e o país já é o oitavo maior exportador mundial. Em termos per capita, a produção de barris na Noruega chega a ser superior à da Arábia Saudita.
Independente apenas desde 1905, a Noruega rejeitou em duas votações nos últimos 40 anos a ideia de fazer parte da União Europeia.
Estatais. Mas o modelo norueguês também tem outro componente: a forte presença do Estado em praticamente todos os campos da economia. Segundo especialistas, essa tendência começou depois da 2.ª Guerra Mundial, quando o governo nacionalizou empresas ligadas à Alemanha. Assim, o Estado ficou com 44% das ações da Norsk Hydro, tem participação de 37% na Bolsa de Valores de Oslo e em dezenas de empresas.
O capitalismo de Estado fez com que economistas ironizassem a situação chinesa. Uma piada contada entre analistas aponta que, no fundo, o modelo desenvolvido pelo Partido Comunista Chinês nos últimos dez anos não passa de uma cópia do modelo norueguês existente há meio século. Hoje, o Estado controla a petroleira Statoil, o grupo de telecomunicações Telenor, a fabricante de fertilizantes Yara, e o maior banco do país, o DnBNor.
Os sinais de prosperidade podem ser vistos em qualquer segmento. No início do ano, o governo da Noruega inaugurou uma ponte que acabou com o isolamento de um vilarejo com 74 moradores, no centro do país. A obra custou US$ 20 milhões.
As contas positivas e o sentimento de que os recursos são de todos também transformaram a maneira pela qual empregados e patrões negociam. Em Oslo, nada é como no resto do mundo. Os sindicatos, por exemplo, negociam a cada ano seus salários, dependendo das necessidades do setor exportador e para garantir que o produto nacional continue competitivo no mercado global. Nas eleições, partidos prometem não cortar impostos.
O sistema de bem-estar social permite que os homens cuidem de seus bebês e, a cada ano, o governo destina 2,8% do PIB para apoiar famílias em tudo que precisam para ter filhos. Mesmo aqueles que decidem não levar as crianças para creches recebem, a cada mês, um cheque de 200 para ajudar nos gastos.
A lei estabelece uma licença-maternidade de nove meses para a mãe, mas também quatro meses de licença para os pais. Nesses meses, quem paga o salário dos pais é o Estado. No ano passado, dois ministros do governo chegaram a se afastar de seus cargos pelo prazo determinado em lei, justamente para cuidarem de suas crianças.
Na avaliação do governo, esse incentivo para as mulheres e leis para garantir a igualdade de gênero são positivas para a economia. Hoje, empresas são obrigadas a dar 40% das vagas em seus conselhos para mulheres. Setenta e cinco por cento delas trabalham fora e, para o governo, isso representa maior atividade na economia e um número maior de pessoas pagando impostos.
Em recente entrevista ao New York Times, o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, foi taxativo. "A lição da Noruega é a participação feminina na economia. Isso ajuda no crescimento, nas taxas de natalidade e no orçamento", declarou.
O imposto de renda é elevado, atingindo 42%. Mas existe um consenso de que o valor é justo para manter o sistema e que, de uma certa forma, tudo é devolvido em serviços. O Estado paga do berçário ao enterro, financia estudantes e até banca férias.

Yahoo!, Sinergia e Aditividade

Klein, em Is Yahoo Business Worth Less Than apresenta o seguinte gráfico do valor de mercado da empresa Yahoo!.

O valor da empresa é de menos de 40 bilhões de dólares. Mas o valor do Alibaba está acima de 35 bilhões e do Yahoo Japan está acima de 10 bilhões. Assim, quando se retira o Alibaba e o Yahoo Japan, o valor do negócio principal da empresa é negativo em quase 10 bilhões.

Existem duas possíveis explicações para este fato. A primeira foi apresenta por Ritholtz: o mercado está errado. Neste caso, ou o valor da Yahoo! está abaixo do correto ou os valores do Alibaba e/ou Yahoo Japan estão superestimados.

A segunda alternativa diz respeito aos conceitos de aditividade e sinergia. Ambos são conceitos relevantes na avaliação das empresas. A aditividade refere-se a possibilidade de somar as partes para se chegar ao todo. Assim, ao fazer a avaliação de uma empresa, podemos avaliar cada um dos seus ramos de negócios e somar os valores obtidos para se ter o valor total. No caso do Yahoo! temos

Valor (Yahoo!) = Valor (Alibaba) + Valor (Yahoo Japan) + Valor (Yahoo)

Se colocarmos os valores na fórmula é possível perceber que a igualdade só funciona quando o último termo é negativo, o que seria absurdo. Apesar de a aditividade ser considerada como razoável no mundo teórico das finanças, nem sempre podemos aceita-la. Neste ponto entra o conceito da sinergia. Este termo é muito usado nas operações de fusões e aquisições, em especial para justificar estas operações. A sinergia é a possibilidade de o valor total ser maior que o valor das partes.  Nestes casos, a existência de relação entre as unidades de negócio permite a criação de um valor adicional. A sinergia funciona como um ganho para as empresas diversificadas.

Mas existem situações onde a sinergia funciona ao contrário. Ou seja, não é possível obter ganhos pela junção das partes, sendo que isto resulta em perdas. Corresponderia a uma sinergia negativa. Este conceito fica mais claro quando usamos o trabalho de grupo para ilustrar. Gosto de utilizar dois exemplos, um para ilustrar a sinergia e outro para sinergia negativa. Considere o conjunto The Beatles. Durante os anos sessenta este grupo esteve reunido, fez shows, gravou discos, compuseram muitas músicas. A junção de Paul, John, Ringo e George resultou no grupo musical de maior sucesso de todos os tempos. Depois das brigas, a separação permitiu que cada um deles fizesse carreira individual. Apesar da qualidade deles como músicos, sua produção não foi igual ao tempo dos Beatles. Tanto é assim que um show do Paul é composto principalmente por músicas da década de sessenta. Este é um típico exemplo de sinergia.


Um exemplo de sinergia negativa foi o “ataque dos sonhos”. Este nome refere-se aos jogadores Sávio , Romário e Edmundo que participaram de um clube de futebol nos anos de 1995. No entanto, a vaidade e a falta de entrosamento entre os jogadores fez com que o rendimento dos três ficasse abaixo do esperado. Este é um típico exemplo de sinergia negativa. Esta talvez seja a segunda explicação para o fato da empresa Yahoo, no seu core business, ter valor negativo. É importante destacar que esta não seria a primeira vez que isto ocorre com uma empresa. Na década de noventa a junção entre Mercedes e Chrysler resultou numa sinergia negativa. A Autolatina, na década de oitenta no Brasil, é outro exemplo. 

Curso de Contabilidade Básica: BR Pharma

Toda gestão gosta de destacar os aspectos positivos, deixando de lado os negativos. Isto chama-se gerenciamento de impressões e pode acontecer de diversas formas. Veja o caso da BR Pharma e sua apresentação. Logo na página 2 tem-se as seguintes informações:
Observe que a empresa fala em prejuízo líquido ajustado. O termo ajustado deveria acender uma luz no leitor. Geralmente temos aqui o gerenciamento de impressões. A pergunta que poderia ser feita: mas a empresa teve prejuízo, como seria possível? Eis a página 11:

O prejuízo do exercício de 2013 foi de 151 milhões, quase dez vezes o valor do "ajustado".

Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues

Listas: as 10 seleções mais valiosas e seus destaques



Em milhões de reais

Espanha (atual campeã do mundo) : 1.489 – Mata
Argentina: 1.450 – Messi
Brasil: 1.438 – Neymar
Alemanha: 1.375 – M. Götze
França: 1.230 – Ribéry
Inglaterra: 1.093 – Rooney
Bélgica: 1.037 – E. Hazard
Itália: 994,8- Marchisi
Portugal: 885,6 – Cristiano Ronaldo
Colômbia: 689,4 – Falcão Garcia

O valor da Argentina foi impulsionado pela presença do jogador mais valioso do mundo (entre os 736 que estão na Copa), o Lionel Messi, do Barcelona, que vale R$ 422,6 milhões. O queridinho português, Cristiano Ronaldo, melhor jogador do mundo em 2013, vale R$ 328,3 milhões.

As 32 seleções valem R$ 18,9 bilhões.

Os dados constam de um levantamento realizado pela Pluri, consultoria especializada no setor esportivo, a pedido do jornal Valor Econômico.

Adaptado de “Seleções da Copa valem R$ 18,9 bi”, Valor Econômico, número 3485.

Fraude Acadêmica

A revista The Economist (via aqui) chama a atenção para um novo tipo de fraude: a fraude acadêmica. Isto inclui a produção de artigos acadêmicos falsos ou a falsificação de revistas existentes. O foco tem sido na área de medicina, em especial na China. Naquele país, segundo a revista, bolsas são concedidas com base no número de artigos publicados. Uma universidade daquele país estimou o negócio em 150 milhões de dólares.

Uma consequência disto é o aumento substancial no número de republicações e de retirada de artigos.

Fé, Moralidade e PIB


A pesquisa também constata que as pessoas em nações mais ricas tendem a colocar menos ênfase sobre a necessidade de acreditar em Deus para ter bons valores do que as pessoas nos países mais pobres (fonte: aqui). , diz Pew. Isto inclui o Brasil. Mas dois países se destacam como exceção: EUA e China.

15 abril 2014

Sorteio: Resultado

O vencedor de O Andar do Bêbado foi o Ednilto. Parabéns!

Conforme as regras, um e-mail foi enviado para pegar os seus dados.

Agradecemos a todos que participaram.


Se quiser ampliar, clique na imagem.

Rir é o melhor remédio


Dois milhões

Em 2006 eu estava um pouco cansado de atualizar a página que levava meu nome. Não que fosse difícil usar o programa Dreamweaver, mas o processo realmente não era muito prático. Decidi então blogar, bem mais rápido. Por alguma razão, que já não lembro bem, eu não queria colocar no blog o meu nome. Tentei inicialmente contabilidade, mas este nome já tinha registro. Como naquela época estava coordenando a área de contabilidade financeira da Anpad, decidi aproveitar este nome. O blog nasceu em abril de 2006 e naquele ano teve 638 postagens. No ano seguinte, quase 1.700. E o número de postagens passou de duas mil nos anos seguintes.

E pouco a pouco a insistência em fazer postagens diárias começou a dar resultados. Lembro-me quando o blog tinha 300 visitas diárias. Nesta época eu ficava olhando o marcador. Logo ultrapassavam a mil visitas. Neste tempo eu recebia sugestões de notícias e atualizações frequentemente de duas pessoas em especial. Algumas vezes (muitas vezes), por falta de tempo, eu confesso que infelizmente deixava de olhar estas sugestões. E ficava com a consciência pesada: afinal um leitor estava dando dicas que poderiam ser valiosas. Por acaso eu já os conhecia os entusiastas de sala de aula, como alunos. Daí um dia resolvi acabar com o compromisso de tentar postar estas dicas, aproveitar a diversidade de personalidades e convidá-los para participar como coautores do blog. Sábia decisão. Cada um a seu modo completa o blog. A Isabel faz principalmente o social. Promove os sorteios, gerencia o Facebook (Twitter, Instagram, Pinterest, o que mais?) e sempre sugere novas tecnologias (ufa!), além de ser organizada e eclética. O Pedro trabalha mais a parte econômica e política do blog, também de forma peculiar e que muito nos agrega.

Todo dia tentamos postar novas notícias. É difícil. Passamos por várias decepções que usualmente preferimos nem trazer para cá, mas temos também muitas alegrias. Leitor: parece bobagem, mas quando vocês mandam um singelo e-mail (ou colocam um comentário) dizendo que gostam do blog isto produz muito contentamento aqui no “contabilidade financeira”.

Dois milhões de visitantes*. No momento que estamos fazendo oito anos de blog. Obrigado, muito obrigado mesmo pelo presente.

*que na verdade foram mais, já que o contador surgiu bem mais recente

Otimismo e Fluxo de Caixa

Há muito os pesquisadores decidiram analisar as informações textuais que são apresentadas pelas empresas. E eles descobriram que por trás da linguagem e do conjunto de informações, existe uma mensagem escondida que pode escapar ao usuário da contabilidade.

Uma das informações que chamam a atenção dos pesquisadores é o Relatório de Administração (RA). Isto ocorre pelo fato desta informação ser apresentada pelas empresas sem nenhum padrão pré-definido. Ou seja, cada empresa faz o seu relatório, da forma que acha mais conveniente. Por ter esta liberdade, o RA tem mostrado muitas vezes algo que o gestor não diz claramente no seu texto.

Tivemos diversas pesquisas sobre este assunto já realizadas no Brasil. O número não é expressivo já que este tipo de investigação exige muito mais trabalho do cientista, seja na coleta dos dados ou no seu tratamento. Em algumas delas foram produzidas na Universidade de Brasília, no programa Multi de contabilidade. Os resultados destas pesquisas mostram que o RA fornece algumas informações realmente relevantes sobre a empresa. E que seu texto é bastante otimista da situação real das empresas. (Por este motivo, costumo dizer que se você estiver deprimido, o melhor remédio é ler um RA. Resolve logo seu problema.)

Uma pesquisa recentemente publicada concentrou-se nas empresas que foram premiadas pela Anefac e Fipecafi. Ou seja, são empresas com elevadas práticas de evidenciação das informações contábeis. Seria de esperar que seus RAs fossem isentos. Entretanto, das dez empresas analisadas, todas apresentaram um texto otimista. Os autores foram além: classificaram o otimismo em diferentes níveis. E fizeram uma comparação com os índices obtidos da DFC. O resultado mostrou a princípio pouca correlação.

Numa segunda etapa, os autores classificaram as empresas segundo seu desempenho dos índices e calcularam a correlação de Spearman. Esta pequena mudança na metodologia mostrou que as empresas com pior desempenho são as mais otimistas do grupo. Ou seja, exageram na dose.

Leia mais em:
BACHMANN, Ramon; TONIN, Joyce; COLAUTO, Romualdo; SCHERER, Luciano. Reflexos do desempenho financeiro nas boas notícias. Revista Contemporânea de Contabilidade. UFSC, v. 11, n. 22, p. 49-72, jan/abr 2014