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09 agosto 2006

Risco e a CIA

Uma editora brasileira está fazendo propaganda de um relatório da CIA sobre o futuro do mundo nos próximos anos. Mas conforme lembra o sítio Mahalanobis, a CIA falhou ao prever a crise do Líbano, mesmo tendo um orçamento de $26 bilhões de dólares. A CIA também errou o tamanho das economias comunistas e não antecipou diversos eventos mundiais nos últimos anos. Para este sítio, a informação da CIA é "irrelevante e inacurada".

08 agosto 2006

Balanço Social


Artigo na Gazeta Mercantil sobre o balanço social:

Comunicação corporativa e o balanço social

8 de Agosto de 2006 - Desde 1º de janeiro, existem procedimentos para evidenciar as informações de natureza social e ambiental o que, na prática, é a regulamentação do "Balanço Social" que até então era usado mais como ferramenta de comunicação corporativa do que como ferramenta contábil propriamente dita. Estes procedimentos constam da Resolução 1003, de agosto de 2004, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Esta resolução aprovou a NBC T 15 que passou a vigorar em 1º de janeiro deste ano.

De acordo com a norma do CFC, o "Balanço Social" deve ser apresentado na forma da Demonstração de Informações de Natureza Social e Ambiental (DINSA). E é nesta demonstração que devem estar evidenciados os dados e as informações de natureza social e ambiental da entidade, extraídos ou não da contabilidade, com o objetivo de demonstrar aos usuários e à sociedade em geral a participação e a responsabilidade social das empresas. Na demonstração deverá constar informações referentes a geração e distribuição de riqueza; recursos humanos; interação da empresa com o ambiente externo; interação com o meio ambiente.

A geração e a distribuição de riqueza deve ser apresentada com base nos critérios determinados na Resolução 1010/05, que aprovou a NBC T 3.7 – Valor Adicionado. Sobre os recursos humanos devem constar dados referentes à remuneração, benefícios concedidos, composição do corpo funcional e as contingências e os passivos trabalhistas da empresa.

Quanto à interação da empresa com o ambiente externo é preciso constar dados sobre o relacionamento com a comunidade na qual a entidade está inserida, com os clientes e com os fornecedores, inclusive incentivos decorrentes dessa interação. Já na interação com o meio ambiente, é de extrema importância deixar claro os investimentos e gastos com manutenção nos processos ope-racionais para a sua melhoria; com a preservação e ou recuperação de ambientes degradados; com a educação ambiental para empregados, terceirizados, autônomos, administradores da entidade e para a comunidade, além de outros projetos ambientais. Deve constar, também, a quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais movidos contra a entidade; o valor das multas e das indenizações relativas à matéria ambiental, determinadas administrativa e/ou judicialmente, e os passivos e contingências ambientais.

A vigência da NBC T 15 não significa que as empresas sejam obrigadas a elaborar e divulgar o "Balanço Social", embora o ideal é que todas divulguem. A obrigação e a responsabilidade do CFC é disciplinar sobre o assunto. Entretanto, cabe ressaltar que quando uma empresa, voluntariamente, elaborar e divulgar a Demonstração de Informações de Natureza Social e Ambiental, mais conhecida como "Balanço Social", deverá observar que seu conteúdo necessita, no mínimo, contemplar os requisitos estabelecidos na norma; que as informações contábeis são de responsabilidade técnica de contabilista registrado em Conselho Regional de Contabilidade; que devem ser indicados os dados extraídos de fontes não-contábeis, evidenciando o critério e o controle utilizados para garantir a integridade da informação.

Na divulgação, a responsabilidade por informações não-contábeis podem ser compartilhadas com especialistas e o "Balanço Social" deve ser objeto de revisão por auditor independente e ser publicado com o relatório do mesmo -quando a entidade for submetida a esse procedimento. Deve também ser tratado como informação complementar às demonstrações contábeis, não se confundindo com as notas explicativas. Além disso, todas as informações devem ser apresentadas, para efeito de comparação, com as informações do exercício atual e do anterior.

Assim, é importante que as empresas se estruturem ou aprimorem seus controles internos para que tenham condições de apresentar o "Balanço Social" conforme as normas vigentes. O primeiro passo é rever os controles e políticas internas com o objetivo de identificar, mensurar e divulgar adequada e oportunamente seus ativos, passivos e contingências ambientais.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 18)(Geraldo Carlos Silvestre - Diretor da Boucinhas & Campos + Soteconti Auditores.)

Mais uma explicação para os juros altos


Um relato descrito no jornal valor econômico de hoje mostra uma nova hipótese para justificar os juros elevados praticados no País: os custos operacionais dos bancos, ou seja, a diferença entre o que o banco paga ao captar os recursos e o valor que cobra, quando empresta. É isto mesmo.

Veja a seguir a reportagem completa:

Alto custo operacional dos bancos eleva spread no Brasil

Assis Moreira
Os bancos no Brasil têm os mais elevados custos operacionais entre economias emergentes, depois da Venezuela. Uma das implicações disso é o fato de o país ser campeão mundial de spread bancário, que é a diferença entre o custo do dinheiro quando o banco capta recursos e o valor que cobra quando o empresta.

Quem mostra essa situação é o Banco Internacional de Compensações (BIS), o banco dos bancos centrais, em estudo sobre a evolução do sistema bancário nas economias emergentes publicado ontem na Basiléia (Suíça). Para o BIS, de maneira geral os custos operacionais elevados podem indicar ineficiências significativas no sistema bancário e rígida estrutura de empréstimos, reduzindo o acesso a quem potencialmente precisa de financiamento.

Nas economias emergentes, esse custo ficou na média em 3,5% dos ativos totais dos bancos em 2003-2005, mais alto do que 1% no sistema bancário do Japão e da Alemanha e de 3% nos Estados Unidos. No Brasil, essa despesa é ainda maior: representava 6,1% dos ativos totais das instituições bancárias em 2004, só superado pela Venezuela (6,3%), num grupo de 22 maiores economias emergentes.

Isso ajuda a explicar a persistência de alta margem na intermediação. Economistas do banco se referem ao "caso talvez mais extremo de altos spreads" , para citar percentual de 40% no Brasil, enquanto em várias outros emergentes são mais baixos e comparáveis a taxa de nações desenvolvidas.

O BIS se apóia em estimativas de Ilan Goldfajn, ex-diretor do Banco Central do Brasil, para destrinchar o spread nacional: 45% do total representava em 2004 a percepção de risco pelos bancos - mas outros 40% se referiam a custos administrativos e taxas. Essas despesas podem representar também maior concentração no sistema bancário brasileiro, segundo outro autor citado pelo banco.

Os custos operacionais no Brasil já foram ainda maiores: chegaram a 7,4% do total dos ativos em 1999, comparado a 10,2% na Venezuela. Embora essas despesas tenham caído nos últimos cinco anos, continuaram mais elevadas na América Latina do que na Ásia. Na China, representam 1,1% dos ativos e na Índia, 2,3%.

O estudo examina a disposição dos bancos para emprestarem com base em dois pontos adicionais. O primeiro é o índice de capitalização média do sistema bancário nos emergentes, que excedeu 14% em 2004 comparado a 13% cinco anos antes. No Brasil, passou de 15,5% para 18,2% no período. A conclusão é que a baixa expansão dos créditos até recentemente não era por causa de baixa base de capital dos bancos.

O outro ponto examinado pelo estudo foi o total do calote sofrido pelos bancos. Os dados recolhidos pelos economistas do BIS mostram que o calote caiu em vários países nos últimos cinco anos. Não cita dados de 1999 do Brasil, que em 2004 representava 2,7% do total financiado, comparado a 12,7 nas Filipinas, 6% na China, 8,5% na Tailândia e 18,9% na Argentina.

Wal Mart sai da Alemanha


Em 2003 a Universidade de Bremen publicou um estudo perguntando a razão pela qual a Wal-Mart não deu certo na Alemanha.

Agora, em 2006, a empresa comunica oficialmente que está deixando a Alemanha, vendendo suas operações para uma rede local. Encerra-se uma enorme quantidade de erros que poderia estar num livro texto sob o título de "como não fazer".

Segundo a revista The Economist, de 5 de Agosto (p. 54), a empresa cometeu diversos erros como colocar um chefe que não fala alemão. Além disto a empresa insistiu que seus administradores falassem em inglês. Outro problema foi o alto custo, já que a empresa não conseguiu economia de escala com suas operações.

iShares e o triunfo no Tour de France


O sítio da empresa iShares informa que "existem riscos envolvidos com investimentos, inclusive perdas do principal." Sendo um fundo da empresa Barclays, a iShare sabe que desempenho é importante. Tanto é assim que recentemente colocou na sua página a seguinte mensagem:

"iShares está associada com desempenho inesquecíveis. Congratulações, Floyd (...)"

A empresa estava parabenizando o ciclista Floyd Landis, que vencia o Tour de France, a mais famosa competição ciclística do mundo, onde o desempenho de Landis foi excepcional. Tão excepcional que gerou desconfiança, confirmada pelo exame de doping positivo. E agora, iShares? O risco de associar o nome do fundo com um esportista que utiliza substância proibida compensou? E resolver patrocinar um atleta do ciclismo, onde existe uma grande desconfiança de que os grandes vencedores utilizam sistematicamente substancias proibidas para melhorar o desempenho?

O link para a foto acima já foi retirado do sítio da empresa, mas um link para o apoio ao ciclismo não. Clique aqui e veja. O sítio informa que a empresa está apoiando a equipe
Phonak Cycling. Esta equipe, baseada na Suiça, possui competidores como o já citado Landis e, conforme informa o sítio "the team is aiming for another successful season and has its sights set on winning the magnificent Tour de France."

A foto acima foi retirado sítio Nakedshorts.

Menor Volatilidade nas crises


Uma reportagem do Jornal do Commercio informa que o risco diminuiu


Menor volatilidade nas crises

Investimentos - "Nervômetro" da RiskControl Serviços constata que País está menos exposto às crises

YUKI YOKOI
DO JORNAL DO COMMERCIO

A qualidade dos ativos brasileiros melhorou significativamente nos últimos anos, o que pode ser comprovado pela menor volatilidade das ações e dos títulos públicos em períodos de crise. De 10 de maio até 29 de junho, período que compreende duas reuniões do Federal Reserve e foi marcado pelo forte realocação de ativos, o Ibovespa registrou volatilidade realizada de 1,3072%. A variação segue a metodologia da RiskControl Serviços que, através de 85 medições diárias, calcula o real nervosismo do mercado ao longo dos pregões, em um índice denominado "nervômetro". As 85 medições diárias são feitas de 10 em 10 minutos, das 10 às 17 horas e são denominadas tecnicamente como Índice Brasileiro de Volatilidade do Mercado (IBVM).

Pelo método tradicional, seriam confrontados apenas os fechamentos de cada sessão, o que resultaria em oscilação média já modulada de 1,3313%. Do início de junho de 2005 até 19 de agosto do ano passado, período mais crítico das denúncias do mensalão na administração petista, a Bovespa registrou volatilidade realizada de 1,3449%. Isso significa que o mercado de ações variou cerca de 2,8% menos neste ano do que durante a instabilidade política. O indicador de volatilidade realizada do mercado de renda fixa, com carteira 100% prefixada, registrou variação de 0,0974% em maio e junho.

Durante os meses mais conturbados do mensalão, o Ibovespa atingiu volatilidade realizada máxima de 3,19% em apenas um dia. Na realocação de recursos registrada em maio e junho deste ano, a variação máxima registrada pelo método da RiskControl foi de 2,332%. "Medimos a volatilidade ao longo de todo o pregão, mais precisamente a cada 10 minutos. De acordo com o histórico do índice Bovespa, a oscilação diária dos meses de maio e junho foi menor do que em outros períodos de incertezas. Isso evidencia que os ativos brasileiros têm hoje mais qualidade, apesar de ainda ser muito suscetível ao noticiário e à divulgação de dados econômicos", explica Edson Daniel Lopes Gonçalves, consultor da empresa responsável pelo cálculo da volatilidade realizada.

Para Solange Srour, economista da Mellon Global Investments, a realocação de ativos durante maio e junho, desencadeada pelas incertezas em relação à política monetária americana, deixou evidente a melhoria dos ativos brasileiros. Segundo ela, a qualidade é uma conseqüência dos fundamentos econômicos mais sólidos. Atualmente, de zero a dez, Solange daria nota seis para os ativos brasileiros e dez para os títulos do tesouro americano, papel sem risco. Elevar a avaliação brasileira dependeria de uma reforma fiscal de qualidade, na opinião da economista.

Nossos fundamentos macroeconômicos estão melhores em relação a um passado recente e também frente a outros países emergentes. Durante o último período de instabilidade, o Brasil reagiu como as demais nações em desenvolvimento em um primeiro momento. Em seguida, houve uma diferenciação afirma Solange. Para este semestre, a expectativa dos investidores também é positiva, apesar das eleições. Os dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas são considerados pró-mercado, o que resultará em um governo de continuidade nos próximos anos.

A classificação de grau de investimento para o Brasil é também um ponto crucial para alavancar o mercado local. Com a avaliação, os ativos do País passariam a ser recomendados por grandes instituições e registrariam maior ingresso de capital estrangeiro. A conseqüência seria a melhoria das perspectivas dos ativos nacionais juntamente com a maior atratividade para os pequenos investidores.

Somente em julho, a participação dos aplicadores pessoa física passou de 22,88% para 27,68%, atrás apenas da movimentação financeira dos investidores estrangeiros. A elevação pode ter sido resultado da pressão vendedora que tomou conta do mercado durante o período, mas o aumento da participação geral também evidencia que o pequeno aplicador tem uma visão mais positiva do mercado.

Fatores, locais e externos são os responsáveis pela maior resistência dos ativos brasileiros aos momentos de incerteza. Flávio Serrano, economista da López Léon, também atesta a maior qualidade dos ativos brasileiros. "A magnitude da última crise foi pequena. Qualitativamente nossa economia também está melhor", diz.

Fraudes em seguros


Uma reportagem interessante da Gazeta Mercantil (07/ago) relata casos de fraudes contra seguradoras.

Contra fraude, as seguradoras recorrem a ações criminais

São Paulo, 7 de Agosto de 2006 - A impunidade dos que cometem fraudes contra seguradoras está fazendo com que as empresas comecem a recorrer a processos criminais contra essas pessoas. Não há, no Brasil, estatísticas sobre essas fraudes, mas, de acordo com a Federação Nacional de Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg), "a estimava é que as comprovadas e não comprovadas alcancem entre 10% e 15% dos sinistros pagos, com prejuízos de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões em 2005".

As seguradoras ainda têm receio em mover processo criminal, porque, se a fraude não for comprovada, podem ser obrigadas a pagar indenização.

Os tipos de fraude são variados e vão desde a mutilação do próprio corpo e atear fogo na empresa até a compra de cadáver para simular a morte do segurado. "A maioria dos processos é no âmbito civil e a pessoa só perde a indenização", diz o advogado Gerardo Nogueira Gama. "Poucos casos resultaram em prisão, mas as seguradoras já começam a contratar advogados para abrir processo criminal contra fraudadores", afirma a advogada Daniella Guarnieri, do escritório Chaffin, Goldber e Vainboim. A prisão foi o destino de um grupo de pessoas que tentava fraudar o seguro de vida no Maranhão.
A-12(Gazeta Mercantil/1ª Página - Pág. 1)(Gilmara Santos)
Contra fraude, as seguradoras...

São Paulo, 7 de Agosto de 2006 - Advogados afirmam que está aumentando o número de empresas que movem processos criminais. A fraude no Maranhão foi descoberta pelo Grupo Negrini. O grupo explica que os fraudadores afogaram uma pessoa em um rio da cidade de Bacabal, no Maranhão, e colocaram nos bolsos do cadáver documentos de um segurado da Companhia Roma. Os criminosos queriam receber um seguro de R$ 280 mil. Segundo Daniel Carvalho, coordenador do grupo, a Justiça chegou a determinar a penhora de bens da seguradora para o pagamento da indenização à fraudadora. Por fim, a fraude foi esclarecida e a polícia prendeu quatro pessoas.

Comprovação de fraudeComprovar uma fraude, no entanto, é difícil. Daniella Guarnieri explica que a maioria das seguradoras tem departamentos para avaliar a questão. "A fiscalização aumentou e sinistros que têm questão duvidosa o setor averigua", diz a advogada lembrando que não cabe à empresa realizar investigações. "A investigação fica a cargo da polícia. A seguradora, quando tem comunicação substanciosa, leva às autoridades e pede a abertura de inquérito policial para que seja feito uma investigação e depois é aberto um processo criminal."

De acordo com ela, essa medida preventiva (mover processo criminal contra fraudadores) ainda é nova. "Começou há uns três ou quatro anos e ainda são poucos casos de prisão", diz. "Embora não tenha dados oficiais, como nos Estados Unidos que controla tudo estatisticamente, percebo que (a punição) continua firme e crescente", diz o advogado Sérgio Mello, do Pellon & Associados. "Quando combate e pune os fraudadores inibe fraudes futuras", complementa.

Ele concorda que comprovar fraude é bastante difícil. "É necessário ter cuidado com a preservação do segurado e qualquer coisa que afete isso pode gerar indenização por danos por parte da seguradora", afirma o advogado. "A impunidade é um grande problema porque estimula. Ainda são poucos os casos de prisão", diz Gerardo Gama.

Tentativas frustradas

A evolução da tecnologia também tem sido uma grande aliada das seguradoras. Gerardo Gama comenta que incêndios criminosos com a destruição do bem para receber seguro têm diminuído. "Hoje as pessoas têm mais receio de praticar esse crime porque a tecnologia evoluiu", diz. Ele lembra o caso de uma loja no sul do País que o dono aumentou o estoque, a loja pegou fogo e a perícia comprovou que a mercadoria não estava no local. "Ele perdeu o direito a toda indenização", comenta o advogado. Tem também o caso de um empresário que com o objetivo de receber o seguro, colocou um chumaço em ratos e incendiou a empresa. A tentativa teria sido vitoriosa se um dos peritos, ao encontrar o esqueleto de um dos roedores, não tivesse achado estranho e resolvido investigar melhor. O resultado foi a descoberta da fraude.

Fraudes mais comuns

Para Gerardo Gama, os crimes estão mais sofisticados. Ele conta que uma indústria que produz coalho para queijo teve um sinistro rodoviário e a empresa afirmou que tinha muito mais mercadoria do que estava no local. Fraudes relacionadas a automóveis são as mais comuns. A advogada Daniella Guarnieri conta o caso de um segurado que fez sinistro de furto de veículo e o carro estava num desmanche em que ele mesmo era proprietário. "A mulher dele fez a mesma coisa. Ela está presa e ele foragido", conta a advogada.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(Gilmara Santos)

07 agosto 2006

100 empresas de países emergentes


O relatório The New Global Challengers, feito pela Boston Consulting Group, aponta cem empresas das economias emergentes que estão mudando o mundo. O relatório foi produzido em maio deste ano e escolheu empresas com receitas anuais acima de $bilhão de dólares, com taxa de crescimento de 24% ao ano.

Estas empresas atuam em mercados com grande potencial de crescimento, possuem baixo custo, são altamente capazes na sua gestão e estão entrando no mercado global.

Das cem empresas selecionadas, a China e a Índia prevaleceu sobre o total. Mas o Brasil teve 12 empresas citadas: Braskem, Vale do Rio Doce, Coteminas, Embraco, Embraer, Gerdau, Natura, Pewtrobrás, Perdigão, Sadia, Votorantim e WEG.

O relatório pode ser encontrado clicando aqui.

03 agosto 2006

Livro de Graça

O último livro do William Sharpe, Nobel de Economia, está disponível gratuitamente na internet.

Efeito Cinto

Quando temos uma teoria para comentar é interessante dar uma nome.

A utilização do cinto de segurança induz as pessoas a dirigir de forma menos segura. Uma outra pesquisa mostrou que motoristas de veículos com tração nas quatro rodas (4WD)tem maior probabilidade de usar telefone celular. E o uso de celular está associado ao aumento do risco de acidente. Embora os veículos 4WD sejam mais seguros numa batida, os seus donos e as pessoas dos outros veículos passam a ter mais risco de acidente. O risco aumenta pois as pessoas pensam que estão mais seguras e podem ver melhor.

Este fenômeno já tinha sido observado antes por autores de controladoria. Simmons afirmava que quando temos um sistema de freio adequado num automóvel podemos correr mais rápido. Ele utilizava esta comparação para ressaltar a importância de um sistema de controle interno numa empresa. Ter um bom sistema de controle pode significar que a empresa pode correr mais rápido.

Será possível que esta analogia pode ser transferida para os bancos? Ao desenvolverem sistemas de risco, os bancos estão talvez aumentando o risco sistêmico. Para reflexão...

01 agosto 2006

Política afeta o valor da empresa?

Pode a política aumentar o valor de uma empresa? Esta questão foi estudada recentemente por três pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, Eitan Goldman, Jorg Rocholl e Jongil So. Estes pesquisadores decidiram verificar se uma eleição apertada, onde uma empresa que escolheu apoiar o partido vencedor, teve ganho de valor após a sua escolha acertada.

Para isto escolheram a eleição presidencial dos Estados Unidos de 2000, que foi decidida por uma margem pequena de votos. Já se sabia que em países onde o sistema legal é fraco e existe um maior nível de corrupção, que a ligação com o sistema política era importante para o sucesso de uma empresa. Mas este aspecto ainda não tinha sido testado num país com um sistema político estável e um capitalismo desenvolvido.

Os autores fizeram uma analise das 500 maiores empresas norte-americanas e sua conexão com um dos dois partidos: o republicano, vencedor das eleições de 2000, ou o democrata. Para determinar a conexão de uma empresa com um dos dois partidos os autores utilizaram duas medidas:

a) a participação no seu conselho de um membro de um destes partidos; e
b)o volume de doações realizadas para os partidos.

O resultado comprova a existência de uma estreita ligação entre o desempenho da empresa e sua ligação com o partido republicano, o vencedor das eleições. O desempenho da empresa é medido pelo comportamento do mercado, basicamente o preço das ações. Se este preço aumenta considera-se que o valor aumentou e o desempenho melhorou.

A ligação foi considerada como estatísticamente significante, mesmo quando os autores isolaram os efeitos no valor de outras variáveis como tamanho e setor.

A explicação para a ligação entre a política e o valor da empresa pode ser explicada pela percepção que os investidores possuem de que uma empresa ligada ao partido vencedor irá receber maiores benefícios futuros. Existe, no entanto, uma outra explicação. Quando uma eleição é apertada, uma empresa irá apoiar o partido que adotará políticas que serão mais benéficas para sua atuação futura. Por exemplo, uma empresa na área de defesa irá apoiar o candidato que possui maior possibilidade de aumentar os gastos com armamentos. A eleição deste candidato reflete naturalmente no mercado.

Um artigo muito interessante que sugere uma pesquisa que ainda necessita ser realizada no Brasil: a conexão entre os conselhos das empresas e a ligações com a burocracia.


(*) Does Political Connectedness Affect Firm Value? - Trabalho apresentado no encontro de finanças AFA 2007 e disponível em http://ssrn.com/abstract=891426 em PDF e inglês.

Banco Imobiliário aceita cartão de débito


Segundo o sítio Bluebus, o Banco Imobiliário, numa nova versão lançada na Inglaterra, denominada Monopoly, substituiu o papel moeda por cartões de débito. A operação foi bancada pela Visa, que assim promove o seu cartão. Os jogadores digitam o valor num terminal e passam o cartão para finalizar a operação.

É uma idéia para reforçar a idéia do uso do cartão de débito, que cada vez mais ganha novos adeptos.

Ver a notícia do sítio do dia 27/junho