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03 abril 2014

O que é risco sistêmico?

O prémio Nobel da Economia de 2013 Lars Peter Hansen diz que o conhecimento sobre o conceito de "risco sistémico" é "fundamentalmente vago". Por isso defende que desenhar políticas com base nesse conceito "torna esse desenho difícil de fazer em termos de transparência" e de comunicação.

Os economistas ainda têm pouco conhecimento sobre o conceito de “risco sistémico”. Quem o diz é o prémio Nobel da Economia Lars Peter Hansen. O professor da Universidade de Chicago foi um dos oradores do V Congresso da Distribuição Moderna.
“O que é risco sistémico? Essa é uma boa questão. Os economistas não têm boas respostas sobre o que é exactamente isso”, afirmou o economista no seu discurso.

Hansen defende que este conceito surgiu com a crise financeira e foi “muito usado nas discussões de políticaeconómica” mas em termos de modelos formais “há conhecimento limitado sobre o que é”.

O conceito é “fundamentalmente vago”, garante, por isso usá-lo como base para desenhar políticas “torna esse desenho difícil de fazer em termos de transparência” e de comunicação.

25 setembro 2013

Risco Sistêmico

O prêmio Nobel de Economia, Robert Engle, desenvolveu  uma nova medida de risco sistêmico. O risco sistêmico é aquele que não pode ser extinto com a diversificação de uma carteira de ações. A proposta de Engle é estimar quanto uma instituição financeira teria que obter de capital para continuar funcionando numa situação de crise financeira, como a que ocorreu em 2008.

O cálculo é feito semanalmente e usa o preço das ações como base para determinar este risco. Em 2008 a posição do risco era a seguinte:

É interessante notar que naquele momento a instituição com maior risco era o Citigroup, mas foi o Lehman Brothers e o Washington Mutual que entraram em bancarrota.

Atualmente, o país com maior nível de risco, segundo Engle, seria o Japão. O Brasil seria o 15º. da lista, com risco maior que o da Grécia. Obviamente esta posição é influenciada pelo tamanho da economia. Assim, a situação da França deveria ser mais preocupante que a Grécia, por exemplo.



Na América, interessa a posição dos Estados Unidos, Canadá e Brasil. Porto Rico é mais expressivo, neste caso, que a Argentina.


No Brasil, a principal fonte de preocupação com respeito ao risco deveria ser o Banco do Brasil, conforme figura a seguir:

Fonte dos Graficos: Aqui

14 agosto 2013

Instituições contagiosas

O Banco Central (BC) está identificando e vai divulgar ao público quais as instituições financeiras oferecem maior potencial de contágio para o sistema financeiro nacional. Delas, será exigido mais de capital para garantir suas operações. A ideia é eliminar o risco de falência - caso em que os prejuízos se espalhariam rapidamente, provocando uma crise sistêmica, como ocorreu em 2008 no mercado financeiro internacional. Na lista, além de bancos, podem estar cooperativas e financeiras.

A identificação das "instituições financeiras sistemicamente importantes" é uma exigência da terceira fase do acordo internacional de capitais, conhecido como Basileia III, que começa a ser implantado no Brasil em outubro. O acordo visa prevenir crises e manter a solidez e estabilidade do sistema financeiro internacional.

Estudo dos pesquisadores do BC Benjamim Tabak, Solange Guerra e Sérgio Rubens Souza, realizado durante um ano com metodologia própria, mostra que entre sete e 11 instituições financeiras podem ser consideradas "sistemicamente importantes" no país - e a maioria é de médio porte. "Tamanho importa menos do que as relações de vizinhança", disse Souza, sem contudo revelar os nomes dos bancos.

"Estar na lista é positivo, pois esses bancos serão vistos como os mais seguros do sistema, uma vez que o BC estará mais atento e fará de tudo para preservá-los", disse uma fonte do BC, que preferiu não se identificar. Alto potencial de contágio é diferente de alto risco de falência. Esses bancos podem ter um baixíssimo risco de quebrar mas, se esse baixíssimo risco se materializasse, os estragos seriam enormes. Por isso, a exigência de mais capital e o reforço da vigilância do BC sobre eles visam eliminar a chance de um deles falir de fato. A lista, contudo, ainda não tem data para ser publicada.

O Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, sigla em inglês para Financial Stability Board), identificou uma lista 28 instituições globais com esse potencial (ver quadro). Nela, a maioria é de bancos de peso - e nenhum brasileiro. A lista é revisada anualmente e a próxima sai em outubro. Ben Bernanke, presidente do Fed, banco central dos Estados Unidos, já disse que há 25 bancos sistemicamente importantes nos EUA.

Todos os bancos centrais dos países participantes do acordo de Basileia tem que identificar as instituições locais. Segundo a mesma fonte do BC, os bancos brasileiros que estarão na lista já antecipam isso, e portanto já estão se preparando para aumentar o capital acima dos limites mínimos exigidos. "De 2017 a 2019, somente 2% de todo sistema financeiro nacional precisará de mais capital", disse o presidente do BC, Alexandre Tombini, durante evento sobre estabilidade financeira e contágio realizado na sexta-feira em São Paulo. Para Tombini, as exigências de capital adicional não devem impactar a oferta de crédito no país: "A implantação ocorrerá com tranquilidade, o sistema financeiro nacional já é bastante conservador e a maioria dos bancos já atua com capital acima das exigências", disse. "Basileia III melhora o custo de captação dos bancos e aumenta o potencial de expansão internacional.

Tamanho não é mais documento em outros sistemas financeiros internacionais, e não só no Brasil. Chen Zhou, economista e pesquisador do Banco Central da Holanda, descobriu em suas pesquisas que existem muitos bancos com menos de US$ 13 bilhões em ativos que podem ser considerados sistematicamente importantes.

O especialista sueco Stefan Invés, presidente do comitê de Basileia, também vê na interconectividade entre os bancos o principal fator de contágio. Para ele, não se deve menosprezar a possibilidade de novas crises: "É inevitável". Mas está convencido de que o reforço de capital é uma forma de reduzir a probabilidade e a gravidade das crises no futuro. "Há uma longa lista do que fazer. Regulamentação é só uma parte - supervisão forte é fundamental.


BC divulgará instituições financeiras “contagiosas” - Léa De Luca - Brasil Econômico

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FONTE: Financial Stability Board ( FSB); Bancos no Grupo 1 precisam reforçar o capital em 2,5% além da regra básica de Basileia III; no Grupo 2, 2%; Grupo 3, 1,5% e Grupo 4, 1%. A lista será atualizada em outubro