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03 março 2015

Genética e a taxa de poupança

Economists have long theorized about why people save. The most-famous theory, the so-called “life-cycle” theory of savings put forward by Nobel Prize-winning economist Franco Modigliani in the 1950s, said—to put it crudely—that people save when they’re young to finance their lives when they’re old. It sounded reasonable. And it was hugely influential for decades.

And it was wrong. “Exhaustive attempts to explain actual saving patterns with Modigliani’s basic life-cycle hypothesis proved entirely unsuccessful,” said a paper surveying the history of economic thinking about saving, published by the Federal Reserve Bank of Minneapolis in 2003.

[...]

Researchers Henrik Cronqvist and Stephan Siegel constructed a measure of savings by essentially tracking the changes in the net worth of the twins between 2003 and the end of 2007. They found that identical twins—who share the exact same genes—are significantly more similar in their savings behavior than fraternal twins. In fact, they conclude that genetic differences explained roughly 33% of the variations in individual savings rates.”We and many other financial mainstream economists had just not thought about it,” Siegel says of the paper’s findings. “Because it’s slightly outside the mainstream way we think of human behavior in terms of finance and economics.”

It might not be outside the mainstream for long. Increasingly, economists are beginning to dip their toes into the field of genetics. For instance, a paper published in the Journal of Finance in 2010 found that genetics accounted for roughly 25% of the individual variation in risk-taking seen in financial portfolios. And the the emerging field even has its own portmanteau: Genoeconomics.
Fonte: aqui

13 janeiro 2014

Não há confisco da Caixa

Esta é a reportagem da Istoé que trata do suposto confisco da Caixa:

Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), órgão vinculado à Presidência da República, aponta que, em 2012, a Caixa Econômica Federal promoveu uma espécie de confisco secreto de milhares de cadernetas de poupança. Em um minucioso relatório composto por 87 páginas, os auditores da CGU revelam os detalhes da operação definida como sem respaldo legal, que envolveu o encerramento de 525.527 contas sem movimentação por até três anos e com valores entre R$ 100 e R$ 5 mil. Os documentos obtidos por ISTOÉ mostram que o saldo dessas contas foi lançado, também de forma irregular, como lucro no balanço anual da Caixa, à revelia dos correntistas e do órgão regulador do sistema financeiro. No total, segundo o relatório da CGU, o confisco soma R$ 719 milhões. O documento foi remetido à Assessoria Especial de Controle Interno do Ministério da Fazenda e ao Banco Central e desde novembro auditores do BC se debruçam sobre a contabilidade da Caixa para apurar as responsabilidades. ISTOÉ também teve acesso a cinco pareceres do Banco Central que foram produzidos após as constatações feitas pela CGU. Em todos eles os técnicos concluem que a operação promovida em 2012 foi ilegal. No documento redigido em 4 de novembro do ano passado, o Departamento de Normas do BC (Denor) adverte que a operação examinada consiste em potencial risco de imagem para todo o Sistema Financeiro Nacional.
[...]

O mais é incrível dessa história é que não é possível confiar nos jornalistas brasileiros, principalmente quando falam de contabilidade. O Banco Central já emitiu uma nota para esclarecer o caso da Caixa:

O Banco Central divulgou neste domingo nota de esclarecimento sobre a reportagem da revista IstoÉ, que denunciava o confisco de R$ 719 milhões de contas sem movimentação da Caixa Econômica Federal. De acordo com o BC, "a regulação brasileira determina que contas irregulares devem ser encerradas, nos termos da Resolução 2025/1993, do Conselho Monetário Nacional (CMN), e da Circular 3006/2000". Segundo o banco, "as regras asseguram que clientes que tiverem suas contas encerradas têm direito ao saldos existentes, após regularização da sua situação, a qualquer tempo".
A nota garante que, "no caso específico da Caixa Econômica Federal, não há qualquer prejuízo para correntistas e poupadores da instituição e, portanto, não há que se falar em 'confisco', termo usado indevidamente pela publicação. Diferentemente do que afirmou a revista, a motivação para encerramento das contas não foi falta de movimentação ou de saldo, mas irregularidades cadastrais".




03 março 2013

Influência do idioma na propensão à poupança


Keith Chen, professor associado da escola de negócios de Yale, testa a hipótese que as diferenças entre os idiomas em relação a construção de estruturas gramaticais para o presente e futuro afetam a taxa de poupança dos falantes de cada língua. Abaixo o resumo da pesquisa que será publicada na American Economic Review:

Languages differ widely in the ways they encode time. I test the hypothesis that languages that grammatically associate the future and the present, foster future-oriented behavior. This prediction arises naturally when well-documented effects of language structure are merged with models of intertemporal choice. Empirically, I find that speakers of such languages: save more, retire with more wealth, smoke less, practice safer sex, and are less obese. This holds both across countries and within countries when comparing demographically similar native households. The evidence does not support the most obvious forms of common causation. I discuss implications for theories of intertemporal choice.

12 novembro 2012

Gênero, Poupança e Dívida

Duas cidades do estado da Georgia, Macon, com 155 mil habitantes, e Columbus, com quase 200 mil, são muito parecidas. Mas em Columbus a dívida das pessoas é de 3,5 mil dólares per capital maior que de Macon. O que justificaria esta disparidade? Uma das poucas diferenças entre as duas cidades é a diferença na quantidade proporcional de mulheres: em Macon o número de mulheres é muito maior que os de homem. Em Macon para cada mulher existem 0,78 homens; em Columbus, a relação é de 1,18 homens para cada mulher. Pesquisas anteriores já mostraram que as mulheres são mais avessas ao risco. E parece que também gastam menos e poupam mais.

Uma possível explicação é que num ambiente com poucas mulheres, os homens gastam mais buscando uma parceira; por exemplo, os gastos de conquistas (flores, joias etc) são maiores nesta situação.

É interessante que esta situação se inverte na China. Em razão do controle populacional, existe uma maioria de homens naquele país: os pais preferem o filho homem, que garante a aposentadoria na velhice, do que uma mulher. Mas para conseguir uma esposa, o homem deve ter um bom dote. E isto incentiva a economia, não o gasto.

Leia Mais em The Surprising Economics of Sex Ratios, Eric Jaffe, The Atlantic Cities

30 junho 2009

Mudança no Comportamento das Pessoas

Uma pesquisa relatada no Calgary Herald (When nothing says cool like a coupon, Ylan Q. Mui, 14 de junho de 2009, d8) mostra uma mudança no comportamento dos investidores. Quando perguntado “você é um tipo de pessoa que gosta mais de gastar dinheiro ou gosta mais de economizar dinheiro?”, 45% optaram pela primeira alternativa em abril de 2001. Aqueles que escolheram a segunda alternativa correspondiam a 48% do total, sendo 7% sem opinião.

Em abril de 2009 37% escolheram gastar dinheiro, 59% economizar e 4% não tinham opinião.

Entre os dois momentos, uma crise financeira.

09 novembro 2007

Links

1) Milionários Chineses - Na China aumenta o número de milionários, podendo representar hoje o país com mais milionários, após os Estados Unidos.

2) Artigo de Mankiw sobre os números da Health Care

3) O Governo norte-americano fornece ajuda para produção de carne e outros produtos que provocam para obsidade e outras doenças, mas não vegetais e frutas.


3) Segundo documentos liberados por um tribunal, a pop-star Britney Spears gasta de forma suntuosa em roupas e diversão, mas não poupa ou investe. Além disto, seu gasto em educação é zero e a contribuição para caridade é simbólica ($500 dólares, de uma renda mensal de 737 mil dólares)

4) Amortização Negativa e Contabilidade

19 novembro 2006

Poder da economia


Uma reportagem do mês passado mostra como é importante cultivar bons hábitos econômicos desde cedo. Utilizando como mote uma propaganda que incentiva o pai a presentear seu filho com um celular, a jornalista Mara Luquet, especialista em finanças pessoais, mostra que este mero presente, se trocado por aplicações financeiras, pode render um apartamento. É o poder dos juros compostos.

A seguir a reportagem, do Valor Econômico de 16 de outubro de 2006.

Em vez de celular, dê um apartamento para seu filho de 4 anos

Mara Luquet
Na última semana, foi possível ver o avanço tecnológico no portfólio de presentes para crianças. O que chamou mais a atenção foi um celular feito especialmente para crianças a partir dos 4 anos de idade.

Fala sério!!! Celular para crianças a partir de 4 anos?! Mas os produtos foram lançados porque há um enorme mercado. Crianças adoram celulares e os pais compram. Na verdade, os pais também adoram e há muitos argumentos em defesa, como a facilidade para encontrar seus filhos. Mas o fato é que crianças de 4 anos não andam desacompanhadas. E mesmo as mais velhas deveriam contar com mais atenção de seus pais do que simplesmente carregarem um celular. Mas essa é outra discussão.

A proposta é: dê um apartamento para seu filho, não o celular.

Simulação feita pelo economista Robinson Moraes, da equipe do Valor Data, mostrou que o valor desse celular, anunciado pela bagatela de R$ 800, pode render ao seu filho um bom dinheiro. Uma aplicação inicial de R$ 800, mais mensais de R$ 50 (o equivalente à conta de telefone, numa projeção muito conservadora) a uma taxa média anual de 8% chega ao final de 18 anos a R$ 26,6 mil. Se a carteira de investimento tiver um perfil mais agressivo e conseguir uma taxa média anual de 10% de retorno, o valor chega a R$ 33,3 mil.

Você pode então resgatar o dinheiro porque seu filho de 4 anos, que não ganhou o celular, terá 22. Mas se não o fizer e deixar aplicado por mais 20 anos, sem fazer nenhum aporte adicional, ele chegará à meia idade com um presente de R$ 155 mil (a uma taxa de 8% ao ano) ou de R$ 223 mil (a uma taxa de 10%). Um presentão que não exigiu nenhum esforço financeiro.

Adultos que aprendem na infância que os recursos são escassos costumam se tornar consumidores conscientes, o que faz bem não apenas para ele, mas para toda a comunidade. Sobre este tema vale a pena conhecer o trabalho do Instituto Akatu (www.akatu.org) e apresentá-lo também ao seu filho.

Agora, se você quer ajudar seu filho a alcançar a independência financeira e ainda contribuir para a boa saúde física e mental dele, então vá além. Aproveite a semana para fazer uma verdadeira limpeza nas quinquilharias eletrônicas que ele acumula no quarto. Comece pela televisão. É normal crianças e adolescentes terem suas próprias televisões no quarto. Um erro grave, segundo especialistas. Um estudo recente da Kaiser Family Foundation (www.kff.org) diz que 43% das crianças entre 4 e 6 anos têm televisão no quarto.

Esse mesmo grupo vê mais do que duas horas de TV por dia. A recomendação da Academia Americana de Pediatras (www.aap.org) é de que crianças acima de dois anos vejam no máximo duas horas de TV por dia. Para crianças abaixo de dois anos, a recomendação da academia é de que elas não assistam TV. No entanto, segundo a pesquisa da fundação Kaiser, mais de 40% dos bebês de até dois anos assistem TV todos os dias.

Quando questionados por que compraram a televisão para o quarto do filho, 55% dos pais responderam que essa era a forma de evitar brigas na hora da escolha da programação. O segundo motivo foi a capacidade da TV de manter o filho ocupado numa atividade segura, enquanto os pais podem cuidar de outros assuntos. Ou seja, nos dois casos, a TV resolve problemas dos pais, não dos filhos.

Já um trabalho da Academia Americana de Pediatria enumera os benefícios que as atividades físicas trazem não apenas para a saúde física, mas principalmente mental do seu filho. Jogar bola, correr, caminhadas, enfim, um lazer ativo é muito importante, segundo esse trabalho, para reduzir o estresse da criança e do adolescente e contribui fortemente para seu bem-estar.

Há muitos outros dados nas pesquisas apresentadas pela fundação Kaiser e que investigam crianças também em outras faixas etárias. Todas elas constatam que crianças e adolescentes estão perdendo muito do seu tempo com jogos eletrônicos, TV, computador, e atividades que podem comprometer seu bem-estar, com sérias implicações para o seu sucesso profissional e pessoal futuro.

O resumo dessa ópera é que ralos enormes no orçamento doméstico, como contas de telefone e de luz e ainda a pressão por gastos com as últimas novidades tecnológicas são criados pelos próprios pais. Eles vão buscar paliativos que custam caro. Mas, veja que ironia, o melhor investimento para seu filho não exige dinheiro, mas justamente o que lhe é mais caro: seu tempo.

Mara Luquet é editora da revista ValorInveste e autora do Guia Valor Econômico para o Planejamento da Aposentadoria

E-mail mara.luquet@valor.com.br