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28 novembro 2015

Como não desistir da carreira docente

Estamos passando por tantas turbulências no Brasil, inclusive professores e alunos. Achei interessante o texto da doutoranda Elizabeth e espero que inspire alguns, fortaleça outros tantos.

Fonte: Aqui
De fato, a carreira docente no nosso país vem se tornando cada vez menos atraente. Fatores políticos e econômicos parecem se esforçar tramando um boicote majestoso contra aqueles que ainda se alimentam da ideologia de que a docência tem o poder de transformação.

Não quero entrar no mérito da questão nem mesmo citar fatos que me levam a pensar isso. Quero falar como uma pós-graduanda que está aqui porque um dia, sentada numa cadeira escolar, se imaginou do lado de lá das cortinas, frente a um grupo de pessoas em formação, jovens, curiosos, esperançosos e sonhadores, tentando fazer parte dessa transformação homeopática. Esperançosa, como eu era durante a graduação, como eu ainda sou toda vez que estou sentada em uma dessas cadeiras.

Muitos docentes passaram na minha vida, e de cada um deles eu carrego um pouco. Pessoas que foram além da sua função de lecionar, elas queriam transformar. Seja uma turma ou, já se sentiam muito felizes quando contribuíam para transformação de apenas aluno.

Reconheço que o investimento na educação não é um dos mais atrativos, pensando no marketing político, pois os frutos são colhidos ao longo do tempo e ninguém quer semear em algo que só frutificará nos governos seguintes. Seguindo essa lógica egoísta e partidária, o Brasil se amarra e patina num limbo sem fim.

Mesmo assim, eu ainda acredito que a docência tenha o poder de mover montanhas e transformar gerações. Transformação essa que caminhe no sentido do polimento critico, na evolução comportamental e na disseminação do conhecimento empático e aplicável para jovens que estão se formando com profissionais e, sem deixar esquecer, como seres humanos, principalmente.

O interesse financeiro não deve transpor a paixão pelo que nos propomos fazer, mas este não deveria ser, nunca, um empecilho.

Quero aqui deixar alguns recados para quem está iniciando nessa vida para se formar um docente ou já está concluindo as etapas.

1. Você vai cansar, não tenha dúvidas. Haverá dia que a tua ambição pessoal não te convencerá de levantar da cama para ir ao laboratório em um domingo qualquer. Quando isso acontecer, não pense em você, pense que quantas pessoas você vai deixar de encorajar ou mobilizar caso você seja vencido pelo cansaço.

2. Quando você pagar suas contas, ao cair sua bolsa, e restar alguns tostões para os outros 25 dias do mês, não seja aquele disco ralado que fica reclamando da bolsa. Seja aquele pós-graduando que vai em busca de melhorias. Caso se recuse a ir, não reclame e aceite sua condição.

3. Seguindo a mesma lógica do item anterior, quando você conseguir passar em um concurso para professor universitário e, ao final do mês, tiver que juntar os tostões pra completar o mês, não seja aquele disco ralado que fica reclamando do salário e sempre se lamentando de quanto os docentes são mal remunerados. Seja aquele docente que luta por melhorias e reconhecimento da classe. Caso se recuse ir, não reclame e aceite sua condição.

4. Quando você encontrar algum “pavão” narcisista no seu caminho, mire bem, o analise bem. Observe e pontue todos os itens possíveis e guarde isso na sua memória para que você nunca cometa os mesmos erros na sua trajetória. Tudo que uma sala de aula não precisa é de um eco conjugado na primeira pessoa do singular.

5. Respeite seus colegas de trabalho, os ajude, ajude o seu grupo progredir e se consolidar ainda mais. Respeite seu orientador, se ele não for digno de respeito, tenha amor próprio e vá embora. Existem orientadores excelentes, que são gente antes de chefes.

6. Tendo tudo isso em mente, descanse sua cabeça no seu travesseiro e durma tranquilamente todas as noites. E já tendo passado por tudo isso, dissemine o seu exemplo e contribua para a formação de novas pessoas. Nossa classe precisa de bons exemplos.


Texto escrito por Elizabeth de Orleans Carvalho de Moura, fisioterapeuta, mestre em Ciências da Saúde (UNIFESP), e doutoranda em Ciências da Saúde (UNIFESP). Fonte: Aqui

26 novembro 2015

Estudo e Trabalho

Trabalhar durante o dia inteiro e estudar à noite não é tarefa das mais fáceis. No entanto é uma realidade para muita gente. Mas é possível ter sucesso na carreira profissional e garantir um diploma de graduação, pós ou MBA sem ganhar muitos fios de cabelo branco? O gestor de tempo Fernando Serra dá 5 dicas que ajudam a conciliar todas as obrigações sem enlouquecer:

1 Estabeleça prioridades
É essencial. O primeiro passo é então verificar qual das duas atividades é mais importante agora. "Se a resposta for o trabalho, o profissional pode montar uma grade de estudos com intervalos maiores", diz Serra.

Uma possibilidade é frequentar aulas apenas três vezes na semana. Assim, sobra mais tempo para se dedicar às obrigações do trabalho. Tarefas acadêmicas também podem ser cumpridas com mais tranquilidade, durante as noites livres.

Se a prioridade é conquistar o diploma, a solução é escolher partir para um emprego mais flexível. "É importante poder sair do trabalho no horário certo, para não se atrasar para as aulas", diz Serra. Jornadas de 12 horas diárias, portanto, estão fora de cogitação.

2 Crie uma rotina
E seja extremamente fiel a ela. Estabeleça horários para estudar e para se dedicar aos projetos profissionais. Anote em um calendário ou em uma agenda datas importante de entregas de trabalhos e provas. Dessa forma há menos chances de você adiar o cumprimento das tarefas. A procrastinação é a grande vilã de quem estuda e trabalha.

Com isso, tenha hora certa para dormir e para comer. Cancele compromissos que não sejam urgentes. Por exemplo, sair com os amigos na quarta-feira à noite pode prejudicar o rendimento da quinta e até da sexta-feira.

3 Otimize o tempo livre
"Não existe mágica", diz Serra. Para conseguir dar conta do recado é preciso sacrificar alguns aspectos da vida pessoal. Os horários de lazer devem ser reduzidos.

Estudar aos fins de semana também é uma das primeiras medidas para quem se vê neste tipo de situação. "É preciso entender que se a pessoa trabalha é porque precisa e se estuda é porque isso vai fazê-la progredir no futuro", diz Serra.

Com este pensamento fica mais fácil eliminar distrações como telefonemas para os amigos todas as noites ou assistir televisão por longas horas. O foco deve ser nos ganhos futuros.

4 Use a tecnologia a seu favor
Celulares, smartphones, tablets e notebooks são aliados importantes. "Gravar aulas com o celular pode ser útil", diz Serra. Dessa forma, você pode revisar o conteúdo das aulas enquanto percorre as distâncias entre sua casa, o trabalho e a faculdade. "As ferramentas tecnológicas podem contribuir com o desempenho", diz Fernando Serra. Faça uso delas.

5 Crie grupos de estudos
Ter um networking acadêmico ajuda. Grupos de estudos podem estimular o seu desempenho, na opinião do gestor de tempo. Se precisar faltar a uma aula porque precisou trabalhar até mais tarde, poderá pedir o conteúdo a um colega do grupo. "Um ajuda o outro nos momentos de sufoco", diz Serra. Por isso, desde o início, procure se aproximar de pessoas que tenham as mesmas afinidades.

Fonte: Aqui

27 outubro 2015

Os Erros Graves de um projeto de pesquisa

Há dias participei da comissão examinadora de seleção do programa de pós-graduação. Neste período li muitos projetos e escutei muitos candidatos apresentarem sua proposta. Durante este processo, listei os pecados capitais de um projeto de pesquisa. Evitá-los aumenta sua chance de ser aprovado. Naturalmente esta é uma lista pessoal, mas pode ajudar o candidato futuro a ter um projeto mais adequado.

Erro 1 – Plágio e autoplágio – O plágio é bastante condenável na nossa área. Um projeto com plágio pode significar que seu autor não tem apreço em dar o crédito devido a quem foi pioneiro na área. E que pode apropriar-se do texto alheio, da pesquisa alheia e fazer outras práticas condenáveis eticamente. Imagine um professor analisando uma proposta com plágio e considerando a possibilidade de no futuro seu potencial orientando ser acusado de comportamento aético e sofrer, também, as consequências? Realmente não é nada animador. O autoplágio é a citação do próprio autor e pode ser um sinal de preguiça.

Erro 2 – Português ruim – O projeto é o cartão de visita do candidato. Ele tem tempo de rever o texto, de pedir opinião a terceiros, contratar um revisor ou até digitar o texto num programa que possui revisão de gramática e ortografia. Um orientando que escreve errado geralmente dá muito trabalho ao orientador, que terá que preocupar com corrigir a língua portuguesa em lugar de prestar atenção nos achados da pesquisa.

Erro 3 – Citação fora das normas – É parecido com o erro anterior. O orientador não terá muito tempo para ficar corrigindo ou verificando se as citações estão dentro das normas. Espera-se que o futuro aluno já saiba destas coisas básicas. O cuidado com as regras será importante quando no trabalho final de curso as regras de espaço, citação e outros serão considerados na comissão examinadora. Além disto, se o edital do concurso de seleção solicitar que o projeto esteja em espaço 2, apresentar em espaço 1 não será bem visto.

Erro 4 – Não aproveitar a oportunidade – O projeto de pesquisa é uma oportunidade para o candidato vender sua imagem de bom candidato. Se as normas exigem no máximo cinco páginas, apresentar duas é um erro: ou você não teve tempo, ou não sabe o que quer fazer, ou não fez uma pesquisa prévia suficiente para submeter o projeto ou não conhecer o assunto ...

Erro 5 – Trabalho com pouco esforço – Uma proposta de pesquisa onde o candidato consegue fazer em alguns dias dificilmente será bem aceita, comprometendo sua aprovação futura ou impedindo sua publicação. Além disto, o candidato pode estar mostrando que não conhece o assunto proposto para pesquisa ou que é preguiçoso. Qualquer uma das alternativas não é algo agradável.

Erro 6 – Proposta que já possui resposta – Muitos temas de pesquisa já foram realizados exaustivamente na academia. Mais um trabalho sobre o mesmo assunto realmente não acrescenta muito para um programa de pós-graduação. Outro lado da moeda é uma proposta que não tem resposta ou que a resposta não será possível durante os anos de curso. Aqui, um pequeno parágrafo indicando a relevância da pesquisa proposta ou sua originalidade é uma boa solução, desde que o candidato não exagere nos termos.

Erro 7 – Chavões – Começar uma proposta com uma afirmação sobre globalização não. Ou citando um autor nacional que comentou a finalidade da informação contábil. Sua proposta deve ser diferente das demais, sobressaindo diante da mesmice dos textos acadêmicos, chamando a atenção de um potencial orientador. O avaliador deve ter lido inúmeros projetos e artigos sobre o tema e certamente não quer perder seu tempo com globalização ou finalidade da informação contábil.

Erro 8 – Falta de relação entre as partes – O projeto tem, de certa forma, uma introdução e desenvolvimento. A pergunta da pesquisa deve ter relação com o objetivo. As referências com o que se pretende estudar deve ter relação com a proposta. E assim por diante.

Erro 9 – Referências defasadas ou esquecidas – Se você estiver propondo um trabalho sobre convergência, além de não necessitar escrever sobre a globalização, use trabalhos que foram realizadas nos últimos anos. Mas não se esqueça dos trabalhos seminais da sua pesquisa. Este é um erro facilmente detectado pela comissão examinadora: basta dar uma olhada nas referências e verificar o ano de sua publicação.

Erro 10 - Deixar de citar um expoente da universidade na qual você está pleiteando vaga – Um dos projetos que li comentava um determinado assunto e fazia algumas citações, mas esquecia de pesquisas muito próximas que foram feitas por um dos professores do meu programa. Isto é péssimo, pois é natural que você tenha interesse no programa por algum motivo, além da comodidade ou o diploma. A maioria dos candidatos não tem a curiosidade de conhecer os professores do programa no qual estão pleiteando vaga.

14 setembro 2015

Ranking Universitário Folha - Ciências Contábeis

Foi publicado pela Folha um ranking universitário. Em ordem, os cinco melhores cursos de Ciências Contábeis são da UFMG, USP, UFRJ, PUCSP e UnB.

Em primeiro lugar no quesito "Mestrado/Doutorado" (a proporção de professores com títulos de mestre e doutor) ficou a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

No ENADE a melhor foi a Faculdade Esamc Sorocaba (ESAMC) (em 263 na listagem geral e uma instituição de ensino privada).

Parabéns a todos!

Para mais, veja as tabelas abaixo:






Para consultar a lista completa, clique aqui.

11 setembro 2015

Brasil: um país improdutivo

Uma fábula de improdutividade - Estadão Marcos Mendes 10 Setembro 2015

João é inteligente e nasceu numa família de classe alta. Estudou em boas escolas e entrou para uma universidade pública, gratuita, no curso de Engenharia. Formado, viu que os melhores salários iniciais de engenheiros estavam em R$ 5 mil. Fez concurso para um cargo de nível médio num tribunal: salário de R$ 9 mil mais gratificações, aposentadoria integral, estabilidade, expediente de seis horas. O contribuinte custeou a formação de um engenheiro e recebeu um arquivador de processos sobrerremunerado. Amanhã João estará em frente ao Congresso, com seus colegas, todos em greve por aumento salarial. Não terá o dia de trabalho descontado nem se sente remotamente ameaçado de demissão.

Pedro não tem muito talento intelectual. Mas sua família pôde pagar uma boa escola, o que lhe garantiu uma vaga num curso não muito concorrido em universidade pública. Carente de habilidades acadêmicas, Pedro não se adaptou e mudou de curso duas vezes, deixando para trás centenas de horas-aula desperdiçadas e duas vagas que poderiam ter sido ocupadas por outros estudantes que jamais terão acesso àquela universidade. Foi fácil desistir dos cursos, pois Pedro nada pagou por eles. Após oito anos na universidade, Pedro finalmente se formou em Biologia. Sonha em ter um emprego igual ao de João. Entrou num cursinho preparatório para concursos públicos. Lá conheceu centenas de jovens formados em universidades públicas que, em vez de irem para o mercado de trabalho aplicar os seus conhecimentos, estão em sala de aula decorando apostilas para conseguirem um emprego público.

Jorge, o dono do cursinho, é um brilhante advogado que poderia contribuir para a sociedade redigindo contratos empresariais. Mas descobriu que ganha mais dinheiro preparando candidatos ao serviço público. Um dos professores do cursinho de Jorge é Manuel, que também abandonou sua formação universitária e mudou de ramo. Ao perceber que jamais exercerá a profissão original, ele pediu desfiliação do respectivo conselho profissional. Mas não consegue, porque Márcia, funcionária daquele conselho, tem como missão criar todo tipo de dificuldade às desfiliações e manter em dia a arrecadação compulsória. Manuel desistiu e vai pagar a contribuição pelo resto de sua vida profissional, ainda que não se beneficie em nada e pouca satisfação seja dada pelo conselho profissional acerca do uso desse dinheiro. As limitações acadêmicas de Pedro o impedem de ser aprovado em concurso público. Ele vai ser um medíocre professor numa escola de ensino fundamental de segunda linha (pública ou privada), oferecendo ensino de baixa qualidade às novas gerações das famílias que não podem pagar por uma escola melhor. Pedro só conseguiu essa vaga porque há uma reserva de mercado: por lei, as escolas de ensino fundamental só podem contratar professores com diploma de nível superior. Fosse permitido contratar universitários, diversos graduandos em Biologia mais talentosos e motivados que o diplomado Pedro estariam em sala de aula, oferecendo boas aulas às crianças.

Antônio é tão brilhante quanto João. Daria um excelente engenheiro, mas nasceu em família pobre e estudou em escola pública. Teve professores limitados, no padrão de Pedro, e a desorganização administrativa da escola piorava as coisas: muitas vezes não havia professores em sala. Falta com atestado médico não dá demissão. Antônio até conseguiu passar no vestibular de Engenharia em universidade pública, pelo sistema de cotas, mas sua formação deficiente em Matemática foi uma barreira intransponível. Abandou o curso, deixando mais horas-aula perdidas e mais uma vaga ociosa na conta dos contribuintes. Antônio, porém, é empreendedor. Não se abalou com o insucesso universitário, aprendeu a consertar eletrônicos por meio de vídeos no YouTube. Montou um pequeno negócio de manutenção de smartphones e computadores. Seu talento poderia torná-lo um grande empresário. Mas para crescer ele precisa transferir sua empresa do regime de tributação Simples para a tributação normal, pagando impostos muito mais altos, porque o governo precisa de muito dinheiro para pagar altos salários, para custear a universidade gratuita que desperdiça vagas e para sustentar escolas públicas que não dão aula, entre outras despesas. Mesmo assim, o governo permanece em déficit e toma empréstimo para se financiar, aumentando a taxa de juros. Com impostos altos e crédito caro, Antônio prefere manter seu negócio pequeno. A grande empresa e seus empregos morreram antes de nascer.

Chico é um líder talentoso. Dirige uma central sindical que congrega os sindicatos dos companheiros do Judiciário e dos professores, entre outras categorias. Chico está em frente ao Congresso Nacional apoiando a greve de Pedro por melhores salários. Faz um discurso contra os neoliberais, que só pensam em cortar gastos públicos e arrochar os trabalhadores. Chico não tem muito do que reclamar (embora, como líder sindical, a sua especialidade seja, justamente, reclamar): além da remuneração paga pelo sindicato (e custeada pelo imposto sindical, cobrado obrigatoriamente dos contribuintes), ele está aposentado pelo INSS desde os 52 anos de idade. Até o fim da sua vida receberá muito mais do que contribuiu para a Previdência. Nenhum dos personagens acima citados tem comportamento ilegal. Eles jogam o jogo de acordo com as regras que estão postas. O erro está nas regras. Mudá-las requer superar as dificuldades das decisões coletivas. Não mudá-las implica continuar com talentos profissionais e dinheiro público mal alocados, empregos improdutivos, potenciais inexplorados, gasto público excessivo, oportunidades perdidas, incentivos errados. Uma fábula de improdutividade.


*Marcos Mendes tem graduação, mestrado e doutorado em economia, custeados pelos contribuintes, em universidades públicas. Não se anuncia como ‘economista’, pois não é filiado ao conselho regional de economia e não quer ser processado

10 setembro 2015

Quanto tempo um artigo acadêmico leva para ser aceito para publicação?

Há alguns dias postamos a atualização da avaliação pela Capes de periódicos. Por curiosidade, resolvemos fazer uma pesquisa sobre o tempo médio que um artigo leva para ser enviado e aceito para publicação. Geralmente este dado pode ser encontrado no próprio artigo quando evidenciam a data de recebimento e a data de aceitação. Escolhemos aleatoriamente quatro artigos entre as duas últimas edições de cada revista (edições especiais foram desconsideradas). Segue abaixo o que encontramos:


A2
Revista Brasileira de Gestão de Negócios (Online): 1 ano e 10 meses
Revista Contabilidade & Finanças (Online): 7 meses

B1
Brazilian Business Review - BBR: 9 meses
Contabilidade Vista & Revista (Aqui): 7 meses
Enfoque: Reflexão Contábil (Impresso): 11 meses
Revista Contemporânea de Contabilidade (UFSC): 5 meses

B2
Base (Aqui): 1 ano e 11 meses
Custos e @gronegócio (Online): 1 ano e 7 meses
Revista de Contabilidade e Organizações – RCO: 8 meses

B3
ConTexto (UFRGS): 1 ano
Contextus (Ceará): 7 meses
Qualit@s (UEPB): Informações não encontradas. Ademais, a Qualit@s está com o recebimento de trabalhos suspenso devido à grande demanda de trabalhos enviados.
Revista de Administração, Contabilidade e Economia – RACE: 8 meses
Registro Contábil – ReCont: 8 meses
Revista de Administração, Ciências Contábeis e Sustentabilidade - Reunir: 7 meses
Revista Ambiente Contábil (Aqui): 3 meses
Revista Catarinense da Ciência Contábil (Aqui): 4 meses
Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade – REPeC: 5 meses
Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade – RGFC: 9 meses

B4
ABCustos (Aqui): 8 meses
Contabilidade, Gestão e Governança (Aqui): 1 ano e 11 meses
Pensar Contábil (Aqui): 4 meses
Revista de Contabilidade e Controladoria – RC&C: 8 meses
Revista de Auditoria, Governança e Contabilidade – RAGC: Informações não encontradas
Revista de Contabilidade da UFBA – RC UFBA: 9 meses
Revista de Contabilidade, Ciência da Gestão e Finanças – RCCGF: 8 meses
Revista de Gestão e Contabilidade da UFPI – GeCont: 4 meses

B5
Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (Online): 5 meses
Revista de Estudos Contábeis: 1 mês, mas a última publicação foi em 2013.
Revista de Informação Contábil – RIC: 10 meses

Em relação a média da diferença entre a data de envio e o dia da aceitação para publicação, a mais demorada é a revista Base, acompanhada pela Contabilidade, Gestão & Governança, com uma média de espera de quase dois anos. A mais rápida foi a Revista Ambiente Contábil com média de 3 meses. (Os dados foram arredondados pelo Excel)

Trabalho de conclusão de curso, monografia, artigo
Fonte da imgem: Aqui
Acredito que na avaliação da Capes não levam em consideração o tempo que demora a um trabalho ser avaliado (ainda não encontrei os critérios da última avaliação). Entretanto, essa informação é extremamente importante. Atualmente é mais comum encontrar informações sobre as datas de aceitação e publicação (seria esse um dos requisitos-Capes?), mas na época do meu mestrado acho que pouco mais da metade fazia isso. Meus colegas e eu trocávamos figurinhas das médias de publicação porque, vez ou outra, era necessário publicar algo em um prazo insano. Mas terminamos todos bem e fico feliz por essa informação estar disponível de forma mais clara para leitores e autores.

Confesso que a Enfoque era uma das nossas prediletas mas acho que na época a média era de 3 a 4 meses.

Espero que a cada dia mais, não só em relação a essas notas, as revistas melhorem e a experiência seja prazerosa e tranquila para autores, avaliadores e editores. Parabéns a todos que ajudam o mundo contábil a girar!

E você? O que acha? Qual a sua experiência com tempo de publicação?

Nessa postagem, agradecimentos especiais ao Glauber Barbosa.

EM TEMPO:

A intenção não é fazer uma lista exaustiva. Se você sentiu falta de um periódico e gostaria que ele estivesse aqui, por favor, comente! Faremos isso com prazer.

Ainda:

Muito boa a discussão que surgiu no Facebook. Resumindo:

- Nem sempre as datas que saem na revista refletem o que realmente ocorreu. Há sinais de manipulação.

- Há pessoas ainda esperando por avaliações, mesmo após 2 anos. Caso isso seja sinônimo de uma recusa ou pedido de reformulação, complica a vida dos autores já que é difícil atualizar certos tipos de trabalhos. A revista em questão é da administração e não está evidenciada na postagem, mas pode muito bem ser aplicada a outros exemplos já que não há evidenciação do prazo entre o recebimento de um trabalho e a recusa em publicá-lo.

Também, deixo uma reflexão no Felipe:

É curioso acompanhar esse processo em alguns periódicos. Porém, o bom disso é que esses periódicos [os que não são transparentes ou responsáveis em relação aos artigos, autores e leitores] não são bem classificados e quando estão, no futuro acabam sendo rebaixados. Serve para aprender.” 

Vamos torcer que sim né! Mas não custa nada fazer a campanha pela transparência e eficácia dos periódicos brasileiros de contabilidade. Esperams que esta postagem ajude de alguma forma.


08 setembro 2015

Mestrado e Doutorado em Contabilidade

Você terminou a graduação? Temos aqui uma lista de universidades para você continuar os estudos. *.* Como diz o pessoal do PhD Comics, "melhor que um emprego no mundo real". Ah! E realmente... se eu pudesse viveria pra pequisa. E pois é, ser pesquisador bolsista não é considerado um emprego no Brasil. Mas...! Diz que é bolsista da Capes que muita coisa dá certo na sua vida. Tipo o cara do cinema ficar com pena de você e te deixar entrar de graça, o motorista do ônibus também... ;) Se bem que você não terá tempo para cinema.

Agora falando lindamente sério, segue aí uma lista atualizada com os programas de pós-graduação em contabilidade. Muito bom, não é mesmo? Estamos crescendo! Em 2007 tinhamos apenas 12 cursos, sendo apenas um com mestrado e doutorado.

Temos 28 cursos de mestrado, sendo 5 deles profissionalizante.
Estamos com 11 doutorados, sendo 4 no Sul do país, 4 no Sudeste, 2 no Nordeste e 1 no Centro-Oeste. Espero que logo tenhamos uma lista mais abrangente envolvendo o Norte, que já apresenta um mestrado profissionalizante.

IES: Instituição de Ensino
M: Mestrado
D: Doutorado
F: Mestrado Profissionalizante




PROGRAMA
IES
UF
NOTA
M
D
F
Controladoria e Contabilidade
USP
SP
6
6
-
Ciências Contábeis
UFRJ
RJ
5
4
-
Ciências Contábeis
UNISINOS
RS
5
4
-
Administração e Controladoria
UFC
CE
4
4
-
Ciências Contábeis
UNB
DF
4
4
-
Ciências Contábeis
FUCAPE
ES
4
4
-
Ciências Contábeis
UFPB/J.P.
PB
4
4
-
Contabilidade
UFPR
PR
4
4
-
Ciências Contábeis
FURB
SC
4
4
-
Contabilidade
UFSC
SC
4
4
-
Controladoria e Contabilidade
USP/RP
SP
4
4
-
Ciências Contábeis
UFMG
MG
4
-
-
Ciências Contábeis
UFPE
PE
4
-
-
Ciências Contábeis
UNIFECAP
SP
4
-
-
Contabilidade
UFBA
BA
3
-
-
Ciências Contábeis
UFES
ES
3
-
-
Ciências Contábeis
UFU
MG
3
-
-
Controladoria
UFRPE
PE
3
-
-
Ciências Contábeis
UEM
PR
3
-
-
Contabilidade
UNIOESTE
PR
3
-
-
Ciências Contábeis
UERJ
RJ
3
-
-
Ciências Contábeis
UFRN
RN
3
-
-
Ciências Contábeis e Atuariais
PUC/SP
SP
3
-
-
Governança Corporativa
FMU
SP
-
-
3
Ciências Contábeis
FUCAPE
ES
-
-
5
Contabilidade e Controladoria
UFAM
AM
-
-
3
Administração e Controladoria
UFC
CE
-
-
4
Ciências Contábeis
UPM
SP
-
-
4