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24 maio 2013

Microcrédito: algumas evidências empíricas


ONCE illustrated with pictures of happy village women engaged in lending circles, and celebrated as an ideal charitable activity that helps people earn their way out of poverty, in recent years microcredit has become increasingly controversial. Critics have argued that giving poor people a small affordable loan is not in fact an effective way to help them escape from poverty. And the growth in loan volume has been driven lately by a bunch of for-profit microlenders who their critics say have motives that are anything but charitable.
The most successful of these for-profit lenders is a case in point. After Banco Compartamos, a Mexican microcredit bank, had an initial public offering of its shares in 2007, it was publicly chastised by Muhammad Yunus, who had won the Nobel Peace Prize for his role in developing the non-profit microcredit industry. "Their priorities are screwed up," Mr Yunus said in an interview. Compartamos made its profit by charging its poor customers annual interest rates on their loans of around 100%. "Microcredit was created to fight the money lender, not to become the money lender," noted Mr Yunus.
Compartamos, whose founders believe they are helping the poor, responded to these criticisms by inviting three economists, Dean Karlan, Manuela Angelucci and Jonathan Zinman, to examine the evidence. They devised two randomised control tests to find out the impact of Compartamos's lending practices. The results were published on May 14th.
A first study looked at whether Compartamos really needs to charge 100% a year. The bank argued that this rate was necessary to cover costs and make enough profit to stay in business over the long run. The study found that demand for microcredit is more price elastic than had been thought. Cut the annual interest rate by 10 percentage points and more people will take out a loan whilst existing borrowers will increase the size of their loans. The effect of this extra demand equalled the cost of lowering the interest rate, so by cutting rates Compartamos could earn just as much profit while providing better service to more people. Apparently, it is now considering doing so.
The second study examined what happened over the three years after Compartamos began lending to groups of between 12 and 50 women in the state of Sonora, just south of the border with Arizona. It found that borrowers were able to grow their businesses faster and managed their financial risks better (in particular by avoiding having to sell assets on the cheap to get through tough times). They were also less likely to feel depressed, and more likely to trust others.
The study found no clear evidence that microcredit helped people escape poverty by raising their income, however. But it also did not find any evidence that taking out a loan with an interest rate of 100% a year actually made borrowers worse off on average (although women who had not borrowed before lost ground on average, a finding that has prompted Compartamos to offer first time borrowers financial education). Either three years is too short a period to measure the poverty easing effects of microcredit, or it is a much less powerful anti-poverty tool than some of its boosters have claimed.
Perhaps the clearest impact of microlending in the study was its impact on the power of women in the home. Female borrowers gained control over a significantly larger number of household decisions. What did their husbands think of this? The study reports that these more empowered female borrowers did not experience any increase in domestic conflict. Overall, then, the studies show that microcredit, even the for-profit kind, typically benefits borrowers in a variety of ways, even if it does not lift them immediately out of poverty.
Fonte: aqui

13 julho 2012

Esther Duflo


Nova York - A francesa Esther Duflo nunca se interessou por tecnologia além dos comandos básicos de um celular ou computador, não gosta de falar de negócios e passou toda a sua carreira na universidade.

Mesmo assim, ela encontrou mais afinidades do que diferenças em sua primeira conversa com o empresário Bill Gates, criador da Microsoft e o segundo homem mais rico do mundo, em 2009. Foi um breve encontro após uma palestra realizada por ela na Califórnia, sobre seu trabalho à frente do Poverty Lab, laboratório de estudos de combate à pobreza ligado ao Mas­sachusetts Institute of Technology (MIT).

Ela contou como criou do zero uma rede de dezenas de pesquisadores que vão a campo descobrir estatisticamente o que funciona quando o assunto é investimento social. É tudo o que Gates, que já dedicou mais de 20 bilhões de dólares a causas desse tipo, queria ouvir.

Por meio da Fundação Bill e Melinda Gates, o empresário se tornou um dos maiores investidores do que é hoje a maior rede global de pesquisa sobre o assunto, com 65 pesquisadores em 52 países.

Aos 39 anos, Duflo, por sua vez, virou uma conselheira cada vez mais requisitada não só por Gates, mas por dezenas de investidores e organizações pelo mundo. “O laboratório produz evidência científica que ajuda a tornar o esforço de combate à pobreza mais eficiente”, afirmou Gates recentemente em seu blog.

Por trás da evidência científica está uma abordagem nada convencional de pesquisa acadêmica — até pouco tempo atrás vista pela maioria dos economistas como custosa demais para ser adotada em larga escala. O método conhecido como randômico é a base do laboratório, criado em 2003 por Duflo e o indiano Abhijit Banerjee, também economista no MIT.

Com fundamentos emprestados dos testes clínicos da medicina, consiste basicamente em separar duas amostras da mesma população aleatoriamente. Uma delas é submetida a uma solução contra um problema específico, como um método para aumentar a taxa de vacinação entre crianças.

A outra parcela não recebe nada. O contraste entre as duas indica se o programa social teve o efeito desejado. “O método joga luz numa discussão em geral mais emocional e retórica do que prática”, disse Duflo a EXAME.

Após se formar em economia pela École Normale Supérieure, em Paris, em 1994, Duflo se mudou para os Estados Unidos para obter o título de Ph.D. pelo MIT. Nessa época, aproximou-se do indiano Banerjee.

Logo os dois amadureceram a ideia de iniciar uma empreitada, digamos, aventureira — deixar o campus, nas redondezas de Boston, para visitar cidades onde boa parte dos habitantes vive com menos de 1 dólar por dia. Eles não foram os primeiros.

Nos anos 90, o economista Michael Kremer, também egresso do MIT, realizou um teste no Quênia, no qual demonstrou que a distribuição gratuita de livros didáticos em escolas rurais não havia melhorado a nota dos alunos. “O mérito de Duflo foi ter multiplicado o método numa escala inédita”, diz Kremer, atualmente professor de economia na Universidade Harvard.

De lá para cá, o time coordenado por Duflo e Banerjee já analisou 335 projetos em todos os continentes e seu orçamento cresceu mais de 30 vezes, para 10 milhões de dólares atualmente. Em 2010, a pesquisadora recebeu sua distinção acadêmica mais expressiva — a medalha John Bates Clark, concedida a economistas promissores com menos de 40 anos e considerada um passo para o prêmio Nobel.

Para Duflo, é preciso conhecer de perto o comportamento das pessoas para chegar a políticas sociais eficientes. Na Índia, por exemplo, os pesquisadores descobriram que, mesmo com uma campanha gratuita, as mães não levavam seus filhos para vacinar. A frequência aumentou drasticamente com um incentivo simples — a oferta de um pacote de lentilha por criança vacinada.

O microcrédito, bandeira do indiano Muhammad Yunus, vencedor do Nobel da Paz em 2006, também foi alvo de estudos. Duflo — que interrompeu temporariamente a intensa rotina de viagens neste ano, com o nascimento de seu primeiro filho — constatou que a oferta de crédito para famílias muito pobres em geral só ajuda a endividá-las ainda mais e não necessariamente estimula o empreendedorismo.

Essas e outras histórias estão no livro Poor Economics (“A economia dos pobres”, sem versão para o português), escrito em parceria com Banerjee e eleito pelo jornal Financial Times a melhor obra de economia do ano.

Assim como Jeffrey Sachs, economista da Universidade Columbia, Duflo acredita que investimentos a fundo perdido de países ricos podem aliviar a pobreza mundial (críticos como William Esterly, professor da Universidade de Nova York, defendem o contrário).

Mas, segundo ela, a grande questão hoje não é investir mais, e sim investir melhor. “Não existe uma fórmula única”, diz. “Mas queremos desvendar esse caminho passo a passo.”


26 fevereiro 2012

Em 2006, Muhammad Yunus recebeu, em conjunto com o Grameen Bank, o prêmio Nobel da Paz pelo trabalho desenvolvido com o microcrédito. Foi uma decisão controversa do Comitê Norueguês, mas após a premiação muitos países, inclusive o Brasil, tentaram desenvolver instrumentos parecidos.

Mas notícias da Índia mostram um dos efeitos perversos do microcrédito: aumento da taxa de suicídio. Moradores endividados da província de Andhra Pradesh estão cometendo suicídio para não pagar suas dívidas. Segundo número compilado pelo governo do sul da Índia, mais de 200 pobres se mataram no final de 2010. O governo culpa as empresas de micro-finanças, que concedem empréstimos aos pobres, de pressionar as pessoas. As empresas negam. Mas alguns documentos das próprias empresas parecem indicar que seus funcionários tinham informações sobre alguns dos suicídios.

As investigações parecem apontar que empregados molestam verbalmente os mutuários endividados, incluindo humilhações.

24 janeiro 2011

Microcrédito

Toda semana, Gary Becker e Richard Posner publicam um texto sobre um assunto na área econômica-financeira. Gary Becker é um dos mais brilhantes economistas, com teorias inovadoras aplicando a teoria econômica a situações como o crime. Já foi premiado com o Nobel na área. Posner é um inovador ao juntar direito e economia.

O assunto da semana é o microcrédito. Para quem não conhece, o microcrédito diz respeito a concessão de pequenos empréstimos a pequenos empreendedores localizados nos países subdesenvolvidos. O assunto virou moda quando da atribuição do Prêmio Nobel da Paz para Muhammad Yunus em 2006.

Na época Posner afirmou que o sucesso da idéia teria que ser demonstrada, já que não existia (não existe) uma evidência empírica sobre a eficácia do microcrédito em estimular a produção e reduzir a pobreza. "Eu não tenho nenhum conhecimento de um exemplo histórico de nação que saiu da pobreza através do crédito de financiamento a pequenos empreendedores", afirma Posner. Uma das razões é o fato da inadimplência ser muito reduzida. Se isto ocorre, é que existe uma grande seleção nos empréstimos, que se imitado por outras microfinanceiras, reduz substancialmente o alcance e a influência do microcrédito. Em 2010, o microcrédito na Índia foi acusado de cobrar taxa de juros elevadas e coagir pessoas. Medidas tomadas pelo governo indiano impuseram limites e controles. O mesmo ocorreu em Bangladesh e Nicarágua.

Recentemente Yunus reconheceu que existem instituições que visam lucro no segmento de microcrédito, que ele chamou de "sua própria raça de agiotas". Isto provavelmente incluiria bancos especializados no segmento, que abriram seu capital. Mas Posner lembra que o Banco Grameen é uma sociedade por ações, não uma entidade do terceiro setor. Isto é uma contradição.

Becker lembra o seu comentário em 2006 quando afirmou que "o crescimento econômico requer direitos de propriedade, incentivo a iniciativa privada, abertura ao comércio internacional, estímulo à educação, uma regulamentação e um governo razoavelmente honesto". Ou seja, microcrédito tem pouco a contribuir para isto. Afirma Becker que "nenhum economista sério na área de desenvolvimento sugere que as micro finanças tenha uma papel importante no desenvolvimento econômico das economias mais pobres". Becker não deixa de reconhecer o papel inovador do Banco Grameen, que descobriu maneiras diferentes que emprestar aos pobres, em especial para mulheres pobres muçulmanas. A solução, para Becker, é incentivar a concorrência entre os credores nas áreas remotas rurais, pois monopólios geralmente cobram taxas de juros elevadas.

17 novembro 2010

Microfinanças no Brasil

Um estudo elaborado pelo Economist Intelligence Unit (EIU) sobre o setor de micro finanças em 54 países em desenvolvimento mostra a evolução do setor. O Brasil aparece em 26o. lugar, numa lista comandada pelo Peru.

22 fevereiro 2007

Normas internacionais para PME

Notícia do jornal Expansion, de 20/2/2007, anteriormente divulgada aqui:

Las normas contables internacionales para pymes serán "un 85% más sencillas"
P.GONZÁLEZ. Madrid

Economía publica el borrador del Plan General de Contabilidad, que recogerá un régimen simplificado para las pequeñas empresas. El organismo internacional regulador ya ha presentado su propuesta para estas sociedades.

Las pequeñas y medianas empresas contarán con reglas de contabilidad sustancialmente más sencillas que las de las empresas de mayor tamaño o las que cotizan en Bolsa. Esa es la propuesta del organismo internacional que regula esta materia, el IASB (según sus siglas en inglés), que acaba de publicar su borrador de normas contables para pymes. Se trata de una propuesta simplificada de las Normas Internacionales de Contabilidad (NIC) adaptadas para las compañías de menor dimensión.

"Quitando opciones en el tratamiento de la contabilidad, eliminando los asuntos que no son relevantes para las pymes y simplificando los métodos de reconocimiento y valoración, el borrador reduce las normas aplicables a las pequeñas empresas en un 85% comparado con las NIC al completo", señala el IASB. Estas normas no serán de aplicación para las compañías que coticen en Bolsa -aunque sean de reducido tamaño- para las que ya existen unas reglas, que son precisamente las NIC.

El organismo internacional señala que la adopción de las normas para pymes será una decisión que deberá adoptar cada país. Con la publicación de su borrador, el IASB abre un proceso de debate, al que invita a participar a empresas, entidades financieras, auditores y Administraciones, que durará hasta el 1 de octubre.

Información pública

En España, el Ministerio de Economía y Hacienda abrió ayer el proceso de información pública del borrador del nuevo Plan General de Contabilidad (PGC) que debe ser la plasmación de la reforma de la legislación contable -todavía en trámite parlamentario-, y que supone la generalización de las NIC a todas las empresas. Por eso, fuentes del Instituto de Contabilidad y Auditoría de Cuentas (ICAC) advirtieron de que este "primer texto" será previsiblemente modificado tras las enmiendas que se introduzcan a la reforma contable en el Congreso y el Senado.

Una de estas enmiendas recogerá el compromiso del Gobierno de mantener un régimen simplificado para las pymes, que el proyecto eliminaba -ver EXPANSIÓN del pasado 21 de septiembre-. Además, el ICAC trabaja en un texto para la aplicación "más sencilla" de las NIC para las pymes.

El borrador del PGC incorpora nuevas normas de registro y valoración sobre transacciones y elementos patrimoniales, como las denominadas "combinaciones de negocios" -las fusiones y escisiones-, los pagos basados en acciones, los derivados financieros y las coberturas contables. El plan recoge dos nuevos documentos -del estado de cambios en el patrimonio neto, y del estado de flujos de efectivo-, que se suman a los tres actuales -balance, cuenta de pérdidas y ganancias y la memoria-. Además, el PGC exige que las memorias de las grandes empresas recojan más información, con mayor detalles de todas sus transacciones.

Las fuentes del ICAC rechazaron que el nuevo plan contable vaya a suponer nuevas obligaciones para las empresas ni más carga de trabajo.

El Plan establece que las empresas deberán detallar en la memoria sus transacciones de forma más precisa

Los auditores acusan al ICAC de no cumplir sus compromisos

Los auditores se muestran extremadamente críticos respecto a cómo está llevando el proceso de reforma contable el organismo responsable, el ICAC. La publicación del borrador de plan contable es un ejemplo. La pasada semana, el presidente del ICAC, José Ramón González, participó en unas jornadas organizadas por AECA en las que comentó que el PGC estaba muy verde y que su publicación se retrasaría hasta que se aclarase la tramitación parlamentaria de la ley contable. Pero el borrador del plan se publicó ayer. "Es una llamativa tomadura de pelo", declaró a EXPANSIÓN Rafael Cámara, presidente del Instituto de Censores Jurados de Cuentas de España. Según Cámara, a comienzos de diciembre el ICAC se comprometió a consensuar con las empresas y los profesionales el texto del PGC antes de su publicación, y no se ha cumplido. "Se está jugando con la credibilidad de una herramienta tan decisiva como la información financiera de las empresas, y, si se sigue por ese camino, la reforma contable va a encontrarse con el rechazo frontal de toda la comunidad de negocio", subrayó Cámara.

31 outubro 2006

Microfinanças


O Nobel da Paz deste ano foi para Muhammad Yunus e seu Grameen Bank para a Microfinanças. Apesar do aspecto social do prêmio, existem alguns questionamentos sobre a validade desta estratégia.

Nesta semana, Becker fez o seguinte comentário sobre a microfinanças:

"Todos os economistas que tem estudado a microfinanças concordam que ela não será mais do que um fator menor para o fim da pobreza em qualquer país. O crescimento econômico requer direitos de propriedade, encorajamento a iniciativa privada, abertura ao comércio internacional, estímulo à educação, regulamentações limitadas e sensíveis e um governo razoavelmente honesto. Microfinanças faz somente uma pequena contribuição (...)"

Estamos no caminho certo?