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14 setembro 2020

Herbalife, China e Trump


 Há semanas, o presidente dos Estados Unidos ameaçou as empresas chinesas com ações negociadas na bolsa de valores do seu país. O motivo foi a falta de supervisão das entidades de fiscalização dos trabalhos dos auditores dos EUA, o PCAOB. Parecia o típico imperialismo ianque, mas os problemas de falta de controle da qualidade do trabalho dos auditores chineses é sério. 

Michael Rapoport, em Herbalife Nutrition is in hot water again (The Digg, 11 de set de 2020), conta que os auditores chineses não perceberam nenhum problema nas atividades da Herbalife em território chinês. A empresa foi condenada a pagar uma multa por suborno de autoridades do país asiático: 

That’s why the recent U.S.-China showdown over corporate audits is so important for investors. The Trump administration is threatening to boot Chinese companies out of U.S. markets if U.S. regulators aren’t able to monitor Chinese audit firms.

The Herbalife case shows what might happen if a U.S.-listed company’s Chinese business is being vetted by an auditor whose performance and objectivity are big question marks. It suggests the lack of oversight over Chinese audit firms poses real risks for investors - risks that are likely to continue unless something is done to fix the problem.

Outras empresas dos EUA, que possuem uma grande operação na China, como WalMart e 3M, também podem ter problema. O que ocorre na contabilidade chinesa, só os chineses podem indicar se está correto ou não. 

01 fevereiro 2018

Contabilidade da Herbalife

Eis um caso interessante, relatado pelo Fraud Files Foresinc Accounting:

Em novembro de 2017, em uma teleconferência, o presidente da Herbalife Des Walsh disse que a empresa tinha cerca de 215.000 distribuidores. Na demonstração publicada em novembro, a empresa disse:

"Em um típico mês entre junho a setembro de 2017, cerca de 45.000 distribuidores dos Estados Unidos pediram produtos para revenda para Herbalife e cerca de 40.000 deles ganharam dinheiro com suas vendas. Aqui está o que eles produziram num típico mês, antes das despesas:"


A empresa ignorou 170 mil distribuidores. 

13 abril 2013

Fato da Semana

Fato: O escândalo do auditor da KPMG

Qual a relevância disto? Os escândalos contábeis estavam relacionados com a manipulação de informações que chegavam ao usuário. As empresas de auditoria eram questionadas pela sua incapacidade de enxergar os engodos cometidos por gestores inescrupulosos.

O escândalo da KPMG é de outro tipo. Um partner da empresa, de sobrenome London, que fazia auditoria de empresas como a Herbalife, renunciou a sua função na empresa e confessou ter passado informações para um investidor. Este investidor, obviamente, aproveitou-se das informações para aplicar no mercado de capitais.

A KPMG abriu mão de continuar fazendo a auditoria da Herbalife, que já era complicada em razão do estilo de negócio da empresa, parecido com uma pirâmide. A entidade que regula o negócio de auditoria nos Estados Unidos já comenta da possibilidade de apertar a fiscalização, com novas normas. Algumas destas normas poderão abrir a possibilidade de processo na justiça contra os relatórios de auditoria que não alertaram sobre a manipulação de informações.

Até então, a preocupação com a informação privilegiada estava voltada para o gestor da empresa. Agora se percebe que o auditor externo também pode usar esta informação.

Positivo ou Negativo? – Para o setor de auditoria é um fato lamentável. Além da série de problemas já enfrentados, a possibilidade de um auditor usar a informação privilegiada de uma empresa é assustadora e poderá significar mais normas restritivas para o setor. A imagem das grandes empresas de auditoria também fica arranhada.

Desdobramentos – O partner deverá sofrer um processo do órgão regulador e deverá ser penalizado. A KPMG tentará defender-se dizendo que é um caso isolado – o que de certa forma tem um pouco de razão.

Outras possibilidades de fato da semana: tem semana onde parece que nada ocorreu. Esta foi bastante emocionante: a posição do STF sobre o imposto das controladas, o reconhecimento que o Iasb está precisando de dinheiro e o novo posicionamento do Fasb quanto ao leasing são situações que merecem destaque.

12 abril 2013

Efeitos do escândalo KPMG

A notícia que um contador da KPMG repassou informação confidencial sobre a Herbalife e outras empresas, onde era responsável pela auditoria, ainda repercute no mercado.

O New York Times disse que o fato poderá forçar os auditores a repensar suas práticas. O trader que recebeu as dicas do auditor pediu desculpas.

10 abril 2013

KPMG e Herbalife

A empresa Herbalife é uma empresa que vende “shakes” através de um esquema que lembra uma pirâmide. Para aumentar seu faturamento, a empresa possui uma série de patrocínios. Entre eles, o time de futebol do Los Angeles Galaxy, ex-time de futebol de David Beckham.

A Herbalife é auditada pela KPMG. Agora, Jonathan Weil, da Bloomberg, revela uma estranha coincidência: o auditor responsável pela conta da KPMG é chairman do Los Angeles Sports Council, que tem por missão, a promoção de esportes na região de Los Angeles. Que apoia o time de futebol dos Galaxy. A questão da independência do auditor seria altamente questionável.

Mas nada que não possa ficar pior. Noticiou ontem que o referido auditor também estava envolvido numa situação de utilização de informação privilegiada. O auditor trabalhava na KPMG a quase 30 anos.

Além de demitir o auditor, a KPMG anunciou que está entregando as contas da empresa auditada. A demissão traz a discussão sobre a frequência do uso de informação privilegiada, que pode ser muito mais comum do que se acredita. E que a história ainda está obscura.

Mas a KPMG lembra que possui 22 mil partners e a possibilidade de ocorrer um problema com um deles é razoável.

06 fevereiro 2013

Herbalife

O Valor Econômico apresentou ontem um texto sobre o Caso Herbalife (Caso Herbalife é alerta para investidor, 6 de Fevereiro de 2013, Valor Econômico, Marcelo d'Agosto). Em meados de janeiro este blog já comentava o assunto.

O texto do Valor resume o assunto:

O investidor americano Bill Ackman, que administra a companhia de investimentos Pershing Square Capital Management - um "hedge fund" -, acusa a Herbalife de organizar um esquema de pirâmide que provoca enormes danos a diversas comunidades vulneráveis nos Estados Unidos e no mundo. Com a esperança de aumentar rapidamente a renda, argumenta Ackman, as pessoas acabam comprando produtos que não precisam e que são vendidos pela Herbalife por preços acima dos praticados pela concorrência.

Recentemente o blog especializado em fraudes Grumpy Old Accountants fez uma análise das demonstrações contábeis da empresa. A conclusão é que a empresa é saudável:

No caso da Herbalife, as demonstrações financeiras podem estar mascarando algum risco de longo prazo, particularmente se autoridades regulatórios fizerem a empresa mudar a maneira de fazer negócios. 

O problema estaria na maneira de fazer negócios da empresa, não na sua contabilidade.

10 janeiro 2013

Herbalife

O xerife do mercado de capitais dos EUA, a SEC, decidiu abrir uma investigação sobre o esquema de vendas da empresa Herbalife. A SEC não fez nenhuma acusação contra a empresa, como revela o NY Times. A investigação surgiu depois que um gestor de um fundo de investimento chamou a empresa do "mais bem administrado esquema de pirâmide da história do mundo".

A Herbalife, que também atua no Brasil, incentiva seus vendedores a fazerem recrutamento de novos vendedores.

O gráfico ao lado mostra o comportamento das ações da empresa nos últimos meses.