Translate

Mostrando postagens com marcador ensino superior. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ensino superior. Mostrar todas as postagens

25 julho 2020

Covid e Ensino Superior

O texto Are American Colleges and Universities the Next Covid Casualties? analisa a influencia do Covid sobre a educação superior. Apesar do texto ter uma forte referência a questão social dos Estados Unidos, alguns aspectos podem ser usados para pensar a realidade brasileira. A questão do diploma universitário como uma forma de ascensão social é válida para os dois países. A estratificação do ensino, onde a elite dos EUA focava nas universidades famosas - mas nem sempre gratuitas, também existe no Brasil. O problema do financiamento, que no Brasil sustentou o boom das faculdades particulares, também é necessário resolver.

Há grandes divergências. Lá ocorreu uma redução do corpo docente permanente, embora aqui isto sempre esteve presente nas faculdades particulares, mas não nas universidades públicas. Nos Estados Unidos parte da questão financeira foi solucionada, nos últimos anos, com os alunos estrangeiros, o que não ocorreu no Brasil.

com a pandemia do Covid 19, o aperto financeiro de longo prazo ameaça se transformar da noite para o dia em genuína insolvência, enquanto as instituições lutam para descobrir como executar com segurança sistemas instrucionais dependentes de atividades pessoais e sistemas de apoio que lembram demais os navios de cruzeiro. O presidente da Duke University, Vincent Price, enviou recentemente ao conselho, corpo docente e funcionários um memorando afirmando que a Duke precisaria encontrar entre US $ 150 milhões e US $ 200 milhões adicionais para passar pelo próximo ano acadêmico. Os administradores da Universidade de Michigan e da Universidade de Stanford projetam perdas em uma escala semelhante. 

(...) faculdades e universidades geralmente recebem importantes receitas com pagamentos de estudantes por serviços de dormitórios e refeições. 

Neste ambiente, surge a possibilidade da expansão da instrução on-line. Apesar disto ser possível em alguns nichos, os MOOCs (Massive Open Online Courses) estão na moda. Há um debate interessante sobre este assunto, que passa pela discussão sobre o tamanho ideal de turmas (há alguns estudos que consideram que turmas menores promovem melhor aprendizado). Ao mesmo tempo, a pandemia popularizou estes MOOCS: a inscrição no Coursera aumentou 640% entre março e abril.

Contabilidade - Há muitos aspectos contábeis nesta discussão. A questão dos custos (curso presencial versus on-line) está presente. A fonte de financiamento das instituições - que inclui um necessário debate sobre finanças públicas para o caso brasileiro - também pode ter na contabilidade um instrumento para propor soluções.

Imagem aqui

31 dezembro 2014

Conquistando respeito acadêmico sem esforço

Segue o excelente texto do professor Adonai Sant'Anna: 

Digamos que você seja intelectualmente vaidoso, ou seja, uma pessoa que moralmente se alimenta de elogios sobre a sua inteligência. Mas, digamos também que você seja intelectualmente preguiçoso, isto é, uma pessoa sem muita disposição para trabalhar duro e realizar conquistas intelectuais reais e significativas. Diante deste quadro, como conquistar respeito e até admiração de seus pares profissionais, caso você decida seguir uma carreira acadêmica no Brasil? 

Para responder a esta questão encaminho a seguir uma lista de oito sugestões básicas para resolver este aparente paradoxo. É claro que essas recomendações jamais funcionarão para a conquista de respeito e admiração por parte dos genuínos pensadores, aqueles que efetivamente produzem conhecimento relevante e dominam uma visão crítica sobre ciência. Mas a lista de sugestões dadas abaixo funciona para a conquista de respeito e admiração entre os seus semelhantes, principalmente se você souber escolher com bastante cuidado a sua área de atuação profissional. Portanto, aí vai.

Sugestão 1: Publique o máximo que puder em anais de congressos. Na maioria dos casos, o processo de seleção de artigos ou resumos para fins de publicação em anais de congressos científicos é pouco rigoroso. Isso porque resumos pouco dizem.

[...]

Sugestão 2: Organize ou edite livros. Convide colegas ou amigos para contribuírem com artigos a serem publicados em seu livro. Mas nem pense em publicar através de alguma editora de alcance internacional, a não ser que seja uma daquelas que cobram elevadas taxas dos autores e veiculam absolutamente qualquer coisa em troca de dinheiro.  

[...]

Sugestão 3: Faça muitos amigos, participando de congressos nacionais e regionais. Se participar de algum congresso internacional realizado no Brasil, jamais fale em outro idioma que não seja o Português.

[...]

Sugestão 4: Oriente a maior quantia possível de monografias de especialização, dissertações de mestrado e teses de doutorado, convidando para membros de suas bancas somente aqueles que o respeitam e/ou admiram.

[...]

Sugestão 5: Se você deseja publicar em algum periódico especializado, para fazer volume em seu Currículo Lattes, basta submeter artigos para publicação em revistas editadas e distribuídas por universidades brasileiras.

[...]

Sugestão 6: Assuma cargos de chefia. Chefes, Diretores, Reitores e Pró-Reitores podem facilmente vender a imagem de tomadores de decisões, aqueles que definem quem recebe verbas e benefícios e quem fica de fora. 

[...]

Sugestão 7: Somente participe de eventos acadêmicos que emitam certificados, não importando quais sejam. Quanto maior a quantia de certificados, maior o volume de seu Curriculum Vitae. 

[...]

Sugestão 8: Sempre fale sobre as suas conquistas. Mas faça isso de maneira sutil, comentando casualmente em algum contexto que nada tem a ver com as suas atividades profissionais.    

[...]   

21 outubro 2013

Universidades de ponta tem menos aulas

Um dos maiores gaps do ensino superior brasileiro veio à tona quando estudantes brasileiros de graduação foram para universidades de ponta pelo Ciência sem Fronteiras.
A maioria deles conta que estranhou a quantidade reduzida de disciplinas das instituições dos países estrangeiros.
Um estudante universitário de uma escola como a Universidade Harvard, nos EUA, considerada a melhor do mundo, tem em média 15 horas/aula por semana.
Para se ter ideia do que isso significa, quem faz engenharia na Poli-USP tem quase três vezes mais aulas.
A filosofia de universidades como Harvard é que cada hora de aula demanda em média uma hora extra de estudos e de leituras do aluno. Ou seja, as 15 horas viram 30 horas.
Além disso, a universidade espera que o aluno se envolva em atividades de pesquisa, empresas-júnior, trabalho sociais e culturais e que faça esporte.
Com tudo isso, a formação fica completa e a grade fica cheia.
Enquanto isso, o aluno da Poli mal consegue ter tempo para estudar para as disciplinas obrigatórias porque elas tomam o dia inteiro.
Fazer atividades fora da engenharia, então, esquece.
Essa questão é comumente abordada pelos chefes do Ciência sem Fronteiras.
Na reunião anual de cientistas da SBPC, que neste ano aconteceu em Recife (PE), o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, discutiu o assunto e defendeu a redução da grade obrigatória de aulas.
O problema, de acordo com Guimarães, é fazer com que as universidades brasileiras topem essa redução.
O diretor da Poli e candidato à reitor da USP, José Roberto Cardoso, falou sobre o assunto nesta quarta-feira, 16, no primeiro dia de debates dos candidatos à reitoria da universidade.
De acordo com Cardoso, a redução das horas-aulas liberaria os professores para fazer mais pesquisa. E, quem sabe, poderia até fazer com que a quantidade de vagas se expandisse.
Eu não vejo outro caminho para o ensino superior brasileiro que não seja a redução da quantidade de disciplinas obrigatórias.
E você?

Fonte: aqui

28 junho 2013

Universidade de Coimbra é cinco estrelas

Biblioteca da Universidade de Coimbra

A Universidade de Coimbra (UC) obteve a pontuação máxima (cinco estrelas) em várias áreas no novo ranking internacional «QS Stars University Ratings», uma iniciativa da QS Intelligence Unit, responsável, entre outros, pelo «QS World University Rankings».

A UC é a primeira universidade portuguesa a integrar este ranking, tendo superado com sucesso os oito meses de auditoria externa a que foi sujeita. Os resultados agora divulgados atribuem à UC cinco estrelas nas áreas da investigação, inovação, internacionalização, instalações e acessibilidades, tendo a classificação global sido de quatro estrelas.

Segundo a QS Stars “uma universidade com esta classificação é altamente internacional, demonstrando excelência tanto na investigação como no ensino. Configura uma instituição que promove um excelente ambiente tanto para os estudantes como para os docentes”.

O QS Stars é um sistema de classificação das instituições de ensino superior (IES) complementar aos rankings universitários mais tradicionais. Neste sistema as instituições são classificadas com base na avaliação de critérios mais abrangentes, sendo auditados mais de 80 indicadores, integrados nas seguintes áreas: Ensino, Empregabilidade, Investigação, Internacionalização, Instalações, Ensino à distância/online, Disciplina, Acreditação, Cultura, Inovação, Compromisso e Acesso.

Para o Vice-reitor responsável pela área da investigação, Amílcar Falcão, “a UC orgulha-se dos resultados obtidos no QS Stars”. Refere também que a Universidade fica assim mais forte “para enfrentar o futuro. Conhecermo-nos melhor é o primeiro passo para que possamos melhorar o nosso desempenho. Estamos agora mais organizados e conscientes das nossas forças e das nossas fraquezas. Fica para nós mais claro que caminhos temos de percorrer para alcançar patamares mais exigentes”.

De referir que a Universidade de Coimbra foi considerada, em 2012, pela QS, como a melhor instituição de ensino superior em Portugal.

Fonte: aqui

27 junho 2013

Brazil Tops the 2013 QS World University Rankings: Latin America

Brazil has retained its position as Latin America’s leading center of higher education in the latest QS rankings for the region.

With two of the top three universities in the ranking and 11 of the top 30, Brazil‘s domination is even more complete than last year. The size of the country’s higher education system, together with strong recent investment, leaves it well ahead of its rivals.

Universidade de São Paulo (USP) remains narrowly ahead of Chile’s Pontificia Universidad Católica at the head of the ranking, with Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) in third place. USP topped the employers’ poll and was the most visible university on the web, as well as performing strongly on the other indicators. It moved up 30 places in the 2012 QS World University Rankings, breaking into the top 150 for the first time.

At a forum on international mobility held in February, Leandro Tessler, an associate professor and adviser to the president of Unicamp, said that poor English and resistance to English-taught programs represented the biggest obstacle to the competitiveness of Latin American universities. He saw intra-regional mobility and the establishment of joint and dual degree programs between Brazilian and European universities as more positive trends.

Brazil’s higher education landscape
Brazil has 28 of the top 100 universities in Latin America and no fewer than 77 feature in the top 300 places. Most have either improved or held their position since last year.

At the top of the table, the most progress has been made by Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", which has moved up three places to enter the top 10. Further down, Universidade Federal de Goiás has leapt almost 30 places to appear in the top 100 for the first time.

The Brazilian government is investing heavily in the country’s students and researchers, both at its own institutions and elsewhere in the world. Its flagship program, Science Without Borders, promises to send up to 100,000 undergraduates and postgraduates overseas by 2014. Host countries include France, the United Kingdom and the United States.

Within Brazil, there are now more than 6.5 million higher education students, about 1 million of them in federal institutions and 620,000 in state institutions. Nearly three-quarters of all Brazilian students, some 5 million in all, are enrolled in private institutions, most of them for-profit.

The government has also focused on widening participation in higher education, which remains free for students of any nationality. In August 2012 the Brazilian President, Dilma Rousseff, signed a bill requiring all federal universities to reserve half of the places in each degree program for students from public schools, giving preference to those from poor families and from black and other ethnic groups.

Tracking progress at Brazilian universities

The latest salary research by the Organisation for Economic Cooperation and Development showed that the earnings premium enjoyed by graduates over non-graduates in Brazil to be the highest in the world. The gap had continued to widen between 2009 and 2010.

However, Brazil still ranked only 41st out of leading 50 countries for the strength of its higher education system in an analysis produced for the Universitas 21 network. The controversial ranking aggregates data on higher education spending with a range of other measures including the proportions of female staff and students, the “policy and regulatory environment”, digital connectivity and research output.

The Brazilian Ministry of Education conducts one of the world’s biggest quality assurance exercises to benchmark standards. The latest General Courses Index (IGC) covered 8,665 courses at 1,387 of the country’s universities and colleges, finding overall improvement without considering that performance had yet reached a satisfactory level.

The exercise covered only a small part of Brazilian higher education, concentrating on courses in science, education and some areas of technology. The IGC process will reach all subject areas on a three-year cycle, although it does not cover private institutions. When scores for all courses are combined, Unicamp appears top in the IGC reckoning.

Research quality and quantity has also been improving in Brazil. The Thomson Reuters report, "Building Bricks: Exploring the Global Research and Innovation Impact of Brazil, Russia, India, China and South Korea", found that Brazilian research output is highest in the life sciences, while its top research strengths, measured by citation impact, are in physics, mathematics and engineering.

Leia mais aqui (em inglês)



Ainda: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (11); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (14); Unifesp (17); PUC Rio de Janeiro (18); Universidade de Brasília (21); PUC São Paulo (28); Universidade Federal de São Carlos (29); UERJ (35); UFPR (37); PUC Rio Grande do Sul (41); Universidade Federal do Pernambuco (43); Universidade Federal Fluminense (47); Universidade Federal de Santa Catarina (49).