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27 março 2018

Pós-graduação e saúde mental

Nos últimos anos foram publicadas diversas pesquisas que alertam sobre o estado de saúde mental dos alunos de doutorado. Um exemplo recente é o trabalho que acaba de sair na Nature Biotechnology, apontando que os doutorandos são seis vezes mais propensos a desenvolverem ansiedade e depressão em comparação com a população geral. Segundo esse trabalho, dirigido pelo pesquisador Nathan Vanderford, da Universidade de Kentucky (EUA), isto significa que 39% dos candidatos a doutor sofrem de depressão moderada ou severa, frente a 6% da população geral.

Poderíamos pensar que esses resultados se devem a cortes nas condições de trabalho, ou que sejam algo intrínseco a empregos altamente competitivos, sejam ou não doutorados; entretanto, outro estudo, este realizado pela Universidade de Gent (Flandres, Bélgica), conclui que os doutorandos, em comparação com outros grupos profissionais com alta formação, sofrem com maior frequência sintomas de deterioração na sua saúde mental. “Esta é uma publicação muito importante, porque progressivamente estamos compreendendo que existem problemas de saúde mental entre os doutorandos, e estudos como este nos ajudam a entender melhor suas causas”, afirma Vanderford.

Para aprofundar esse tema, Katia Levecque, pesquisadora da Universidade de Gent e primeira autora do estudo belga, reuniu uma amostra de 3.659 doutorandos de universidades flamengas, que seguem um programa muito similar ao do resto da Europa e Estados Unidos, e quantificou a frequência com que os alunos afirmaram ter experimentado nas últimas semanas algum entre 12 sinais associados ao estresse e, potencialmente, a problemas psiquiátricos (especialmente a depressão). Entre essas características estão sentir-se infeliz ou deprimido, sob pressão constante, perda de autoconfiança ou insônia devido às preocupações.

Os resultados foram que 41% dos doutorandos se sentiam sob pressão constante, 30% deprimidos ou infelizes, e 16% se sentiam inúteis. Além disso, metade deles relatavam conviver com pelo menos 2 dos 12 sinais avaliados no teste.

[...]

O estudo também examina se entre os doutorandos existem condições que aumentem as possibilidades de ter ou desenvolver um problema psiquiátrico. Levecque conclui, por exemplo, que o desenvolvimento desses sintomas é independente da disciplina do doutorado, sejam ciências, ciências sociais, humanidades, ciências aplicadas ou ciências biomédicas. Não ocorre o mesmo quanto ao gênero, já que as mulheres que fazem doutorado têm 27% mais possibilidades de sofrerem problemas psiquiátricos que os homens.

Outro fator que pode influir na saúde do estudante, nesse caso tanto negativa quanto positivamente, é o tipo de orientador: a saúde mental dos doutorandos era melhor do que o normal quando tinham um mentor cuja liderança lhes inspirava. Pelo contrário, outros estilos de liderança eram neutras, ou no caso dos orientadores que se abstinham de dirigir ou guiar o doutorando — um tipo de liderança laissez-faire — seus orientandos tinham 8% mais chances de desenvolverem sofrimento psicológico. “Mas, além do estilo de liderança, há outros fatores importantes, como o nível de pressão no ambiente profissional, o próprio controle sobre o ritmo de trabalho ou quando fazer pausas, que também estão relacionadas com o orientador. Por isso o orientador é relevante tanto direta como indiretamente para a saúde mental dos doutorandos”, detalha a pesquisadora.

Leia a reportagem completa: aqui.

Enviado pelo professor Cláudio Moreira, a quem agradecemos.

20 agosto 2015

Depressão na Pós-Graduação e Pós-doutorado

O que fazer com os estudantes e cientistas que não conseguem estudar e pesquisar?

A imagem de nós cientistas no senso comum, como estereotipada por Einstein, é que somos meio loucos. De fato, como revelado recentemente pela revista Nature, parece que realmente não temos uma boa saúde mental, dada a alta ocorrência de depressão entre pós-graduandos e pós-doutorandos.

Os pós-graduandos são os estudantes de mestrado e de doutorado, enquanto os pós-doutorandos são os recém doutores em aperfeiçoamento, que ainda não conseguiram um emprego estável. Os pós-doutorandos são comuns há muito tempo nos laboratórios da Europa e dos Estados Unidos, já no Brasil este é um fenômeno recente.

Segundo o texto, boa parte dos estudantes de pós-graduação que desenvolvem depressão foram ótimos estudantes na graduação. Lauren, doutoranda em química na Universidade do Reino Unido, começou com dificuldade em focar nas atividades acadêmicas, evoluiu com medo de apresentar a própria pesquisa, e terminou sem nem mesmo conseguir sair da cama. Felizmente, Lauren buscou ajuda e agora está terminando o seu doutorado, tendo seu caso relatado no site de ajuda Students Against Depression, cujo objetivo é “desenvolver a consciência de que a depressão não é uma falha pessoal ou uma fraqueza, mas sim uma condição séria que requer tratamento”, segundo a psicóloga Denise Meyer, que ajudou no desenvolvimento do site.

Para os cientistas em início de carreira, a competição no meio acadêmico pode levar a isolamento, ansiedade e insônia, que podem gerar depressão. Esta pode ser acentuada se o estudante de pós-graduação tiver problemas extracurriculares e/ou com seu orientador. Já que a depressão altera significativamente a capacidade de fazer julgamento racional, o deprimido perde a capacidade de se reconhecer como tal. Aqui, na minha opinião, o orientador tem um papel fundamental, mas que na prática não tenho observado muito: não se preocupar apenas com os resultados dos experimentos, mas também com a pessoa do estudante.

De acordo com o texto, os principais sinais de depressão são: a) inabilidade de assistir as aulas e/ou fazer pesquisa, b) dificuldade de concentração, c) diminuição da motivação, d) aumento da irritabilidade, e) mudança no apetite, f) dificuldades de interação social, g) problemas no sono, como dificuldade para dormir, insônia ou sono não restaurativo (a pessoa dorme muito mas acorda cansada e tem sono durante o dia).

Segundo o texto, a maioria das universidades não tem um serviço que possa ajudar os estudantes de pós-graduação. Não obstante, formas alternativas se mostraram relativamente eficazes. Por exemplo, mestrandos e doutorandos poderiam procurar ajuda em serviços oferecidos a alunos de graduação; já os pós-doutorandos poderiam tentar ajuda em serviços oferecidos a professores, sugerem os autores do texto. A maioria dos tratamentos requer apenas uma sessão em que são discutidas as dificuldades dos estudantes, além de sugestões de como manejar melhor a depressão. Uma das principais preocupações é com relação à confidencialidade, que deve ser quebrada apenas se o profissional sentir que o paciente tem chance iminente de ferir a si ou a outrem. Segundo Sharon Milgram, diretora do setor de treinamento e educação do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, “buscar ajuda é um sinal de força, e não de fraqueza”.

Devo admitir que o texto chamou minha atenção por me identificar com o tema, tanto na minha própria experiência, quanto na de vários colegas de pós-graduação que também enfrentaram problemas semelhantes. Acho que o sistema atual de pós-graduação tem falhas que podem aumentar os casos de depressão, como as descritas a seguir:

1- O próprio nome “Defesa” no caso do doutorado
Tem coisa mais agressiva que isso? Defesa pressupõe ataque, é isso mesmo que queremos? Algumas pessoas vão dizer que os ataques são às ideias e não às pessoas. Acho que isso acontece apenas no mundo ideal, porque na prática o limite entre as ideias e as pessoas que tiveram as ideias é muito tênue. Mas pior é nos países de língua espanhola, pois lá a banca é chamada de “tribunal”.

2- Avaliações pouco frequentes
Em vários casos, principalmente no começo do projeto, as avaliações são pouco frequentes, o que faz com que o desespero fique todo para o final. No meu caso, os últimos meses antes da “Defesa” foram os piores da minha vida, pois tive bastante insônia, vontade de desistir de tudo etc. Pior também foi ouvir das pessoas que poderiam me ajudar que aquilo era “normal” e que “fazia parte do processo”… Isso não aconteceu apenas comigo, mas com vários colegas de pós-graduação. Acho que para fazer ciência bem feita, como todo trabalho, tem que ser prazeroso, e acredito que avaliações mais frequentes podem evitar o estresse ao final do trabalho.

3 – Prazos pouco flexíveis
Cada vez mais me é claro que a ciência não é linear, e previsões geralmente são equivocadas. Dessa forma, acredito que não deveria haver nem mestrado nem doutorado com prazo fixo. O pós-graduando deveria ter bolsa por 5 anos para desenvolver sua pesquisa, e a cada ano elaboraria um relatório sobre suas atividades e resultados. Uma comissão deveria julgar esse relatório para ver se o estudante merece continuar. Como cada caso é um caso, em alguns casos, dois anos já seriam suficiente para ter um resultado que possa ser publicado num jornal científico de reputação. Isso daria ao cientista a possiblidade de bolsa por mais 5 anos, por exemplo, para ele continuar sua pesquisa. Em outros casos, 5 anos de trabalho não é suficiente, o que pode ser por causa da própria complexidade da pesquisa, ou outros motivos como atraso na importação de material etc. Nesse caso, acho que o estudante deveria ter pelo menos mais 3 anos de tolerância para poder concluir sua pesquisa, caso os relatórios anuais sejam aprovados, e o estudante comprove que não é por sua culpa que a pesquisa está demorando mais que o previsto.

Senti falta no texto uma discussão com relação ao fato de que para os futuros cientistas que ainda não tem um emprego definitivo, a ausência de estabilidade financeira é também um fator que contribui para o estado de humor dessa classe tão específica e especial de seres humanos.

Sugestão de Leitura
Gewin, V. (2012) Under a cloud: Depression is rife among graduate students and postdocs. Universities are working to get them the help they need. Nature 490, 299-301.

Fonte: Aqui

05 janeiro 2015

A crise esquecida: a depressão de 1921


 [...]
Beginning in January 1920, something much worse than a recession blighted the world. The U.S. suffered the steepest plunge in wholesale prices in its history (not even eclipsed by the Great Depression), as well as a 31.6% drop in industrial production and a 46.6% fall in the Dow Jones Industrial Average. Unemployment spiked, and corporate profits plunged.

What to do? “Nothing” was the substantive response of the successive administrations of Woodrow Wilson and Warren G. Harding. Well, not quite nothing. Rather, they did what few 21st-century policy makers would have dared: They balanced the federal budget and—via the still wet-behind-the-ears Federal Reserve—raised interest rates rather than lowering them. Curiously, the depression ran its course. Eighteen months elapsed from business-cycle peak to business-cycle trough—following which the 1920s roared.

The adage that “the past is a foreign country” is especially apt in economics. In 1920, “macroeconomics” had yet to be invented. People spoke of prosperity and depression but not of a national economy. Still less did they identify an organic whole for the government to manage. Intervention came later; by 1929, central bankers had begun to dabble in the technique of price-level “stabilization.” After the crash, President Herbert Hoover famously pressed employers not to cut wages.

Laissez faire had its last hurrah in 1921. In the 1920 Republican Party platform, the only comment on “national economy” had to do with the stewardship of the federal finances.

Borrowing and interest-rate suppression during World War I had fostered a postwar boom. Imbibing the inflationary ether, Harry Truman, then in his mid-30s, opened a new haberdashery in Kansas City. General Motors built the world’s largest headquarters building in Detroit. National City Bank , forerunner to today’s Citibank , overexpanded in Cuba.

The sky took its time in falling. A belated monetary tightening compounded the hardship of plunging prices—a combination that battered bankers, laborers, farmers, corporate titans and small businesspeople alike. By the close of 1920, Billy Durant, the flamboyant chief of GM, was broke and jobless. A year and a half later, the future 33rd president of the U.S. and his haberdashery partner were out of business, and the mighty City Bank was nursing its self-inflicted wounds in Cuba.

All this made 1921 a grim time. There had been a flu pandemic and a Red Scare. Labor and management were at each other’s throats. Prohibition had closed the bars and taverns (or driven them underground). Someone had fixed the 1919 World Series. And the Federal Reserve, determined to protect the purchasing power of the gold dollar, actually raised interest rates in the face of collapsing business activity—to as much as 8% in 1920. Without a federal safety net, people got by on savings, wits or charity—or they didn’t get by.

In the absence of anything resembling government stimulus, a modern economist may wonder how the depression of 1920-21 ever ended. Oddly enough, deflation turned out to be a tonic. Prices—and, critically, wages too—were allowed to fall, and they fell far enough to entice consumers, employers and investors to part with their money. Europeans, noticing that America was on the bargain counter, shipped their gold across the Atlantic, where it swelled the depression-shrunken U.S. money supply. Shares of profitable and well-financed American companies changed hands at giveaway valuations.


Of course, the year-and-a-half depression must have seemed interminable for all who were jobless or destitute. It was, however, a great deal shorter than the 43 months of the Great Depression of 1929-33. Then too, the 1922 recovery would bring tears of envy to today’s central bankers and policy makers: Passenger-car production shot up by 63%, for instance, and the Dow jumped by 21.5%. “From practically all angles,” this newspaper judged in a New Year’s Day 1923 retrospective, “1922 can be recorded as the renaissance of prosperity.”

In 2008, as Lehman Brothers toppled, the Great Depression monopolized the market on historical analogies. To avoid a recurrence of the 1930s, officials declared, the U.S. had to knock down interest rates, manipulate stock prices to go higher, repave the highways and trade in the clunkers.

The forgotten depression teaches a very different lesson. Sometimes the best stimulus is none at all.

Fonte:Mr. Grant is the author of “The Forgotten Depression: 1921: The Crash That Cured Itself.”

05 outubro 2014

Um cachorro negro em minha vida

A depressão é sim uma doença e tem afetado cada vez mais pessoas pelo mundo. Tem-se que, atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo inteiro e que de acordo com projeções da Organização Mundial de Saúde, no ano de 2030 a depressão será a mais comum, entre todos os tipos de doenças.

Sendo assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou uma animação para mostrar de forma clara o que é a depressão, e como se livrar deste problema. Desta forma as pessoas que nunca sofreram desse mal podem entende-lo melhor.

No vídeo, a depressão é tratada como um grande cão negro e mostra as possíveis consequências dessa doença na vida de uma pessoa. É só clicar no play abaixo e conferir essa esclarecedora e tocante história.



Acredito que todos nós conhecemos ou já ouvimos falar de alguém que sofreu desse mal.
Então se você quer passar essa história adiante, compartilhe com seus amigos e familiares clicando no botão abaixo. Todos nós devemos conhecer um pouco sobre essa doença que tem se tornado tão comum.

Fonte: Aqui

Enviado por uma pessoa que muito amo e admiro. Obrigada!

23 julho 2014

Pós-graduação rima com…

Qual a primeira palavra (com rima) que vem a sua cabeça quando se fala em pós-graduação?

Posso apostar que se você for da turma do stricto sensu você pensou em Depressão. Aposto também que se você está nessa fase, a expressão “quem nunca?!”, nunca foi tão válida! Acertei?

Bem-vindo ao clube! Apenas com minhas observações empíricas, ou seja, sem procurar “estatísticas oficiais”, percebo que entre os meus colegas pós-graduandos oito em cada dez tiveram sintomas depressivos ou alguém nível de depressão no mestrado e/ou doutorado.

Isso me preocupa. E as vezes ocupa também. Muitas vezes observo as sérias consequências que essa fase na vida de muitas pessoas, que se frustram terrivelmente ou replicam hábitos ao mudar de posição de orientado para carrasco orientador .

Para mim, a depressão (e suas variantes) é um fenômeno tão sério dentro dos programas de pós-graduação que o departamento de psicologia está perdendo a oportunidade de desenvolver teses sobre isso. Por mais irônico que isso possa parecer. Os órgãos de fomento também deveriam começar a considerar uma “bolsa terapia” por que se algumas profissões são prejudicadas quando entramos na pós-graduação, os psicólogos e psiquiatras não são.

O pior é a desinformação de quem passa pelo processo ou vê alguém nele. A depressão é algo tão típico comum a pós-graduação quanto sonhar com a banca em véspera da defesa. A explicação é relativamente simples: uma combinação de cobrança excessiva (externa e interna), expectativa, frustração, ansiedade, raiva, decepção e outros sentimentos recolhidos, além da jornada de trabalho árdua, ausência de férias regulares, má alimentação, imaturidade, sedentarismo e preocupação.

Depressão tem tratamento, gente! Vai ficar ai sofrendo quando você deveria poderia estar bem? A terapia é algo extraordinário. Um momento seu, para crescer, fazer as pazes com o passado e ver a real dimensão dessa fase e do seu orientador. Terapia só não resolveu e você tem que ir ao psiquiatra? Vá, meu filho! “E não olhe para trás” Por que o drama? Se você, em pleno século XXI acha que essa especialidade médica “só trata de doido”, ai mesmo é que você precisa de um terapeuta! Aperta o F5 aí nos seus conceitos.

Além de tudo isso, ou melhor, sobretudo, busque o equilíbrio. Conheço muitos casos que as pessoas tomaram rotas alternativas para sair do processo depressivo. Em todo caso, a pós-graduação, embora digam o contrário, é um trabalho, uma fase (curta) da sua vida. Temos nesse tempo uma grande oportunidade de aprendizado pessoal e profissional.

Quando nós superamos a fase de sofrimento e mimimi reclamação e procuramos auxílio para sair desse ciclo (sentimentos mal resolvidos, cobrança, expectativa e frustração), podemos ver que a pós-graduação rima mesmo é com SUPERAÇÃO.

04 novembro 2013

Kevin Breel: Confissões de um humorista depressivo

Kevin Breel não parecia ser uma criança depressiva: capitão do time, em todas as festas, engraçado e seguro de si. Mas ele conta a história da noite em que percebeu que -- para salvar sua própria vida -- ele precisava dizer três palavras bem simples.

29 julho 2013

Café pode diminuir pela metade risco de suicídio

"Segundo um novo estudo da Universidade Harvard (EUA), beber várias xícaras de café por dia parece reduzir o risco de suicídio em homens e mulheres em cerca de 50%.

“Ao contrário de investigações anteriores, pudemos verificar a associação do consumo de bebidas com cafeína e sem cafeína, e identificar a cafeína como o mais provável candidato de qualquer suposto efeito protetor do café”, disse o pesquisador Michel Lucas.

Os cientistas revisaram dados de três grandes estudos americanos e descobriram que o risco de suicídio para os adultos que bebiam 2 a 4 xícaras de café por dia foi de cerca de metade dos que bebiam café descafeinado ou muito pouco ou nenhum café.

A cafeína não apenas estimula o sistema nervoso central, mas pode agir como um antidepressivo leve, aumentando a produção de determinados neurotransmissores no cérebro, incluindo serotonina, dopamina e noradrenalina. Isso poderia explicar o menor risco de depressão entre os bebedores de café.

O estudo e as consequências
Na revisão, os pesquisadores examinaram dados de 43.599 homens coletados entre 1988 e 2008, bem como dados de 73.820 mulheres coletados entre 1992 e 2008, e de 91.005 mulheres coletados entre 1993 e 2007 em três grandes estudos de saúde.

Consumo de cafeína, café e café descafeinado foi avaliado a cada quatro anos por meio de questionários. O consumo de cafeína foi calculado a partir do café e de outras fontes, incluindo chá, refrigerantes com cafeína e chocolate. No entanto, o café era a principal fonte de cafeína, em 80% dos dados coletados no primeiro relatório, 71% no segundo, e 79% no terceiro. Entre os participantes dos três estudos, houve 277 mortes por suicídio.

Apesar dos resultados mostrarem que a cafeína pode diminuir as chances de suicídio, os cientistas não recomendam que adultos deprimidos aumentem seu consumo, porque a maioria dos indivíduos ajusta sua ingestão de cafeína para um nível óptimo para eles e um aumento pode resultar em efeitos colaterais desagradáveis.

“No geral, nossos resultados sugerem que há pouco benefício adicional para o consumo acima de duas a três xícaras por dia, ou 400 mg de cafeína por dia”, escreveram os autores.

Os pesquisadores não observaram nenhuma grande diferença no risco entre aqueles que bebiam duas a três xícaras de café por dia e aqueles que tomaram quatro ou mais xícaras por dia, provavelmente devido ao pequeno número de casos de suicídio nessas categorias.

No entanto, em um estudo anterior que ligou café a depressão, os pesquisadores observaram um efeito máximo entre aqueles que bebiam quatro ou mais xícaras por dia. Na contramão, um grande estudo finlandês mostrou um maior risco de suicídio entre pessoas que bebiam oito ou nove xícaras por dia.

Como poucos participantes dos estudos revisados recentemente beberam grandes quantidades de café, os pesquisadores não abordaram o impacto de seis ou mais xícaras de café por dia nos riscos de suicídio."

Fonte: Aqui


15 julho 2013

Hannah Brencher: Cartas de amor para estranhos

A mãe de Hannah Brencher sempre escreveu cartas para ela. E então quando ela se encontrou numa depressão profunda depois da universidade, ela fez o que pareceu natural -- escreveu cartas de amor e as deixou para que fossem encontradas por estranhos. Este ato se tornou uma iniciativa global, "O Mundo Precisa De Mais Cartas De Amor", que leva cartas escritas à mão para aqueles que estão precisando de um impulso.


02 agosto 2012

Depressão

"O que está pesando é a vida".

Queridos leitores, achei interessante publicar esta entrevista que passou na CBN pensando nos tantos alunos (de todos os níveis, desde a graduação até o doutorado) que sofrem com depressão ou com a frustração confundida com a doença. Dica de José de Assis Tito, um querido e futuro membro da minha família.

Debate com Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria e Miguel Chalub, psiquiatra e professor da UFRJ e UERJ.



O interessante é que eles destacam a depressão não apenas existente, mas a que possivelmente existirá. Assim, é importante se cuidar para evitar os problemas psicológicos (há incentivo, inclusive, de campanha para esclarecimento do público).

Então lembre-se:
- Faça exercícios físicos;
- Se alimente bem;
- Tenha horário para descansar, para lazer, para cuidar de você;
- Não leve a vida tão a sério (trânsito, filas, etc).

Sempre haverá um artigo a ser escrito, um trabalho a ser melhorado, uma tarefa para melhorar o currículo. Mais importante que isso é ter equilibrio, agir com harmonia e se priorizar.