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26 abril 2021

Computador e profissão

Embora os mainframes fossem muito úteis na pesquisa científica e no trabalho de engenharia, além de ter permitido que grandes empresas automatizassem muitas funções de folha de pagamento e de contabilidade, a disseminação de aplicações comerciais e científicas aceleraram com a introdução de microcomputadores durante os anos 70. A introdução do computador pessoal da IBM, em 1982, produziu uma rápida disseminação na aplicação de computadores e de softwares nas tarefas existentes, tais como o processamento de texto, a folha de pagamento e a contabilidade, para além de grandes organizações, nas pequenas empresas e nas residências. A escala e o escopo da informatização foi vastamente reforçada pelo desenvolvimento paralelo da Internet

Sobre a influência do computador no mercado de trabalho. 



08 dezembro 2020

Impostos, Mentiras e Computador

Quando o ser humano interage com a máquina, de que forma seu comportamento se altera? Já sabemos que quando um elogio de um computador possui o mesmo efeito para o usuário, mesmo ele sabendo que é uma máquina que o está bajulando. Sabemos que a bajulação também funciona na contabilidade. 

No mundo em que muitas tarefas são executadas por softwares, saber se o comportamento das pessoas muda com este tipo de comunicação é importante. O preenchimento de uma declaração de imposto de renda, quando feita através de um programa computacional, traz o mesmo resultado, em relação ao imposto se for feito por um ser humano? Como a questão tributária é um campo fértil para a mentira, será que o contribuinte mente mais quando é uma máquina que faz seu imposto ou quando é um ser humano?

Esta última questão foi objeto de uma pesquisa, recentemente publicada em um jornal de ética. Eis o abstract (via aqui):

Individuals are increasingly switching from hiring tax professionals to prepare their tax returns to self-filing with tax software, yet there is little research about how interacting with tax software influences compliance decisions. Using an experiment, we examine the effect of preparation method, tax software versus tax professional, on willingness to lie. Results from a structural equation model based on data collected from 211 actual taxpayers confirm the hypotheses and show individuals are more willing to lie to tax software than a human tax professional. Our results also suggest this effect is jointly mediated by perceptions of social presence and the perceived detectability of the lie. Beyond the practical implications for tax enforcement, our findings broadly contribute to accounting and other literatures by examining the theoretical mechanisms that explain why individuals interact differently with computers versus humans. We also extend prior research on interactions between humans and computers by examining economically motivated lies.

Are Individuals More Willing to Lie to a Computer or a Human? Evidence from a Tax Compliance Setting - Ethan LaMothe & Donna Bobek - Journal of Business Ethics, November 2020, Pages 157-180

04 abril 2017

Robôs e Contabilidade

Recentemente houve muita especulação que a crescente sofisticação e penetração da inteligência artificial irá dizimar fileiras [de profissionais] da indústria de serviços profissionais, particularmente com contabilidade em perigo.

De fato, um estudo de 2013 da Universidade de Oxford listou contadores e auditores como dos mais ameaçados pelos computadores, e um relatório da McKinsey de 2016 previa que 86% do trabalho feito pelos auditores e contadores, tinha potencial técnico para ser automatizado.

Computadores e software têm evoluído para um ponto onde eles podem preencher planilhas, números e gerar demonstrações financeiras e relatórios de desempenho mais rapidamente e com mais precisão do que qualquer contador humano. De fato, as máquinas já estão assumindo muitas das antigas, rotineiras e administrativas tarefas da contabilidade e os softwares de contabilidade são grandes exemplos de trabalho de rotina que os contabilistas não precisam mais fazer.

Isto é uma coisa boa. Já está permitindo que os contadores humanos sejam consultores e planejadores mais sofisticados. Desta forma, a tecnologia pode ser melhor utilizada como uma ferramenta que dá aos seres humanos mais espaço para se concentrar em análise, interpretação e estratégia. Em outras palavras, os computadores têm enorme potencial para capacitar.

Vimos essa evolução em muitas outras indústrias. Recentemente, tive a oportunidade de visitar o escritório da IBM em Nova York, onde testemunhei o poder da Inteligência Artificial na indústria médica. (...) o que eu vi na IBM tem um potencial incrível. Watson - o supercomputador da IBM - tem sido capaz de ler e reter milhões de páginas de revistas médicas e pesquisas de uma forma que um médico humano não pode. Isso permitiu que a máquina cuspisse diagnósticos potenciais - mesmo os raros que não poderiam vir à mente imediatamente - em tempo recorde (...)

Com esta informação, o médico pode começar a trabalhar tratando o paciente mais rápido, e o tempo economizado pode ser a diferença entre a vida e a morte. Ainda assim, no final, um médico humano é necessário para fazer as perguntas pertinentes e adicionar o julgamento que uma máquina não pode oferecer. (...) com a ajuda de AI, ele ou ela [o médico) pode fazê-lo melhor.

No futuro da contabilidade, os seres humanos serão os usuários finais da informação gerada pela IA da mesma forma que os médicos são. Contadores oferecerão o julgamento humano que não pode ser automatizado (...)

Rachel Grimes (foto), presidente do IFAC. Continue lendo aqui. (Este texto foi traduzido com o apoio do computador.)

14 dezembro 2016

Computador ou livro?

Para fins educacionais qual seria o mais vantajoso: livros ou computadores? Usando um estudo em escolas do ensino fundamental em Honduras, onde alguns livros foram substituídos por computadores, quatro pesquisadores (Rosangela Bando, Francisco Gallego, Paul Gertler e Dario Romero) mostraram que a substituição não faz diferença significativa no aprendizado dos alunos. Se por um lado os computadores podem oferecer ferramentas computacionais, comunicação e grande oportunidade de armazenar informações, por outro lado pode ser uma fonte de distração.

Alem disto, uma análise do custo e benefício mostrou favorável ao material digital. Assim, "a substituição livro por laptops pode ser uma maneira de baixo custo para fornecer conteúdo de aprendizagem em sala de aula."

11 fevereiro 2015

Importância de saber Programação

In the winter of 2011, a handful of software engineers landed in Boston just ahead of a crippling snowstorm. They were there as part of Code for America, a program that places idealistic young coders and designers in city halls across the country for a year. They'd planned to spend it building a new website for Boston's public schools, but within days of their arrival, the city all but shut down and the coders were stuck fielding calls in the city's snow emergency center.

In such snowstorms, firefighters can waste precious minutes finding and digging out hydrants. A city employee told the CFA team that the planning department had a list of street addresses for Boston's 13,000 hydrants. "We figured, 'Surely someone on the block with a shovel would volunteer if they knew where to look,'" says Erik Michaels-Ober, one of the CFA coders. So they got out their laptops.
Screenshot from Adopt-a-Hydrant Code for America
 
Now, Boston has adoptahydrant.org, a simple website that lets residents "adopt" hydrants across the city. The site displays a map of little hydrant icons. Green ones have been claimed by someone willing to dig them out after a storm, red ones are still available—500 hydrants were adopted last winter.

Maybe that doesn't seem like a lot, but consider what the city pays to keep it running: $9 a month in hosting costs. "I figured that even if it only led to a few fire hydrants being shoveled out, that could be the difference between life or death in a fire, so it was worth doing," Michaels-Ober says. And because the CFA team open-sourced the code, meaning they made it freely available for anyone to copy and modify, other cities can adapt it for practically pennies. It has been deployed in Providence, Anchorage, and Chicago. A Honolulu city employee heard about Adopt-a-Hydrant after cutbacks slashed his budget, and now Honolulu has Adopt-a-Siren, where volunteers can sign up to check for dead batteries in tsunami sirens across the city. In Oakland, it's Adopt-a-Drain.

Sounds great, right? These simple software solutions could save lives, and they were cheap and quick to build. Unfortunately, most cities will never get a CFA team, and most can't afford to keep a stable of sophisticated programmers in their employ, either. For that matter, neither can many software companies in Silicon Valley; the talent wars have gotten so bad that even brand-name tech firms have been forced to offer employees a bonus of upwards of $10,000 if they help recruit an engineer.

Continua aqui

21 abril 2014

História da Contabilidade: Microcomputador

O computador começa a ser usado no Brasil através da representação de Valentim Bouças, que vendia máquinas Hollerith, da IBM. Durante os anos, as mudanças tecnológicas ocorridas nos países desenvolvidos também chegam ao Brasil. Os anos oitenta marcam a chegada do computador pessoal ao Brasil e sua “utilização” na contabilidade das empresas. Até então predominava os mainframes.

No início dos anos 80 lideravam, nos Estados Unidos, a Commodore, a Atari, a Tandy, a Sinclair e a Texas Instruments. O computador era

“basicamente um teclado, no qual estão embutidos os circuitos eletrônicos, que é conectado ao aparelho de televisão doméstico, para que este se transforme em um terminal. O consumidor pode comprar, em separado, outros periféricos, como unidades de memória – as quais aumentam a capacidade da máquina – unidades de disco (nestes armazenam-se informações) ou impressoras.” (1)

Em 1977 foi aprovada uma reserva de mercado para as empresas brasileiras. Isto incluía todas as máquinas com até 2 megabytes de memória central (2). Surgiram alguns produtores locais, como Polymax, Dismac, Prológica etc.

No ano de 1982, os computadores pessoais já faziam serviços de contabilidade (3). Um computador TK 82C possuía 2 k de memória, ampliado para 16 k. Um computador para fazer operações contábeis, folha de pagamento, controle de estoques, mala direta, emissão de etiquetas teria um preço variando entre 4 mil a 6 mil dólares, câmbio da época (4).

A figura a seguir mostra o comercial de um computador Itautec, do grupo Itaú, com 64 k de memória, interface para disquetes de 5 ¼.:

Em razão da reserva de mercado, muitas marcas nacionais “copiavam” as máquinas lançadas no exterior. Esta situação somente foi resolvida com o fim da reserva de mercado, em 1991, com a lei 8.248

(1) RIOS, Manuela. Nos EUA, um forte setor. O Estado de S Paulo, 20 de julho de 1982, ed 32907, p. 52. Dados de 1981.
(2) RIOS, Manuela. Ganhos no mercado de computadores. O Estado de S Paulo, 20 de julho de 1982, ed 32907, p. 52.
(3) NADER, José. Corridas, mapa astral, loteria? É só usar o computador pessoal. O Estado de S Paulo, 19 de dezembro de 1982. Ed. 33062, p. 67.

(4) O valor estava entre 1 milhão e 1,5 milhão de cruzeiros em dezembro de 1982. NADER, José. Corridas, mapa astral, loteria? É só usar o computador pessoal. O Estado de S Paulo, 19 de dezembro de 1982. Ed. 33062, p. 67.

09 agosto 2013

Computador mente

Trabalhos o dia inteiro com um computador que pensamos que ele é infalível. O alemão David Kriesel descobriu que um WorkCenter da marca Xerox não estava reproduzindo os valores constantes do documento original; estava criando novos números. Kriesel concluiu que a técnica de compressão de imagem utilizada estava fazendo a troca.

Depois da descoberta de Kriesel, a empresa Xerox está tentando corrigir o problema. Mas o caso chama a atenção para erros cometidos por máquinas. Em razão da necessidade de aumento na velocidade dos softwares, a qualidade tem sido comprometida por atalhos realizados na programação.

Outro caso, relatado pela Quartz, refere-se a saída de supercomputadores usados na previsão do tempo. Os resultados, uma pesquisa concluiu, são afetados pelos softwares que usam. A forma como os programas lidam com os erros de arredondamento podem comprometer a previsão da meteorologia.