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16 dezembro 2019

Empresas na Bolsa do Brasil

Há um mês, o Valor publicou uma reportagem indicando que o número de empresas no mercado acionário brasileiro é um dos menores já registrados. Veja no gráfico:
O valor de mercado, em relação ao PIB, poderia ser maior. Mesmo com o crescimento recente, o percentual é de 61,2%
(Isto também é um indicador de bolha acionária). Mas o número parece baixo, com relação a média mundial:
Em fevereiro destacamos que a empresa B3 é extremamente lucrativa. Veja o que dizemos:

Além disto, nos últimos anos, enquanto a receita aumentava, o número de empresas que participava do mercado de capitais diminuía
Isto é incoerente com a missão da empresa e com o que a sociedade espera de uma bolsa de valores

10 setembro 2015

Apple >329 empresas brasileiras

A crise que afeta o país, com seus desdobramentos sobre o crescimento da economia e o câmbio, fez com que a capitalização das empresas abertas brasileiras registrasse, em um ano, a maior queda entre os 20 maiores mercados acionários do mundo. Levantamento feito pelo GLOBO com base em dados financeiros da Bloomberg mostra que o valor, em dólares, de todas as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou pouco mais de 54%, de US$ 1,14 trilhão para US$ 518 bilhões, no período de 12 meses encerrado na última segunda-feira. Juntas, as Bolsas de todo o mundo registaram recuo bem menor, de 8,81% no período. O encolhimento fez com que o Brasil caísse da 12ª para a 15ª posição do ranking de maiores mercados de ações do planeta, sendo ultrapassado por Espanha, Suécia e Itália.
Para efeito de comparação, a Apple sozinha, com sua capitalização de US$ 640 bilhões — a maior do mundo — vale 23% mais do que todas as 359 empresas brasileiras negociadas na Bovespa.
O tombo na capitalização brasileira traduziu-se também em uma menor participação no mercado global de ações. Há um ano, o valor da Bolsa brasileira representava 1,72% dos US$ 66,45 trilhões em papéis negociados no mundo; hoje, a fatia é exatamente a metade disso, ou 0,86% da capitalização global de US$ 60,59 trilhões.

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/files/2015/09/bolsas.jpg 

Fonte: aqui

15 julho 2011

Evidências de bolhas especulativas na Bovespa: Uma aplicação do filtro de Kalman

Segue o resumo do artigo intitulado: Evidências de bolhas especulativas na Bovespa: Uma aplicação do filtro de Kalman.

A existência de bolhas nos preços dos ativos é um assunto de grande importância para governos e investidores no mercado de capitais devido aos sérios problemas que podem acarretar às economias nacionais. No caso das ações, a presença de bolha de preços pode ser constatada pela comparação dos preços e dos respectivos dividendos no longo prazo. Este trabalho buscou verificar a ocorrência de bolhas de preços no mercado acionário brasileiro, através da comparação do IBOVESPA, como índice de preço, e um índice de dividendos distribuídos, construído a partir da metodologia do IBOVESPA. A bolha foi considerada um vetor estado não observável em um modelo estado-espaço e foi estimada com o filtro de Kalman. Os resultados foram comparados com o modelo de valor presente e o modelo de intrinsic bubbles. Apesar de o modelo constatar a presença de bolhas, o modelo de intrinsic bubbles apresentou resultado semelhante e maior precisão.

Hat Tip: Vladimir Almeida

13 julho 2011

Críticas ao ISE

Postado por Pedro Correia


O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa, criado há cinco anos, está longe de ser um consenso no mercado. Prestes a ganhar um fundo com cota negociada em bolsa – mais conhecido como ETF – baseado na sua carteira de empresas, o índice ainda não convenceu parte dos investidores de que é a melhor referência para aplicações em companhias com as práticas mais avançadas em sustentabilidade financeira, ambiental e social.[1]e [2]

O ISE foi o tema que gerou mais polêmica no primeiro dia do 13º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, evento realizado pelo Instituto de Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), ontem em São Paulo.
O tom mais vigoroso de discórdia foi dado por Marcelo Mesquita, sócio da Leblon Equities, gestora de recursos. “O investidor não entende a formação do ISE. Algumas empresas, inclusive, não deveriam estar lá, pois causam descrédito para o índice.” [3]

O ISE é formado por 40 empresas, selecionadas dentre as 180 com maior liquidez na bolsa. As companhias são convidadas a responder um questionário com 150 perguntas sobre gerenciamento de recursos e riscos.

Mesquita questiona a “complexidade” do processo seletivo, em que a bolsa usa informações passadas pelas próprias empresas, e não apenas os dados públicos. Ele defende a utilização de critérios mais objetivos e quantitativos como os do Novo Mercado. “Hoje parece uma caixa-preta.” [4]

As respostas dos questionários não são divulgadas aos investidores atualmente. Mas isso será possível na formação da nova carteira do ISE, prevista para novembro. A BM&FBovespa vai perguntar a cada companhia se ela autoriza ou não a publicação dos dados.

Para Mesquista, o ISE poderia dar oportunidade e ser uma vitrine para as empresas menores. “Do outro lado, o poder do lobby das maiores empresas é muito forte, o que enviesa a formação do índice.”[5]

Sônia Favaretto, diretora de sustentabilidade da bolsa, aponta a importância do ISE como “ferramenta econômica” para os investidores. “O objetivo é sair da autorregulação e tentar levantar a discussão. A questão não é mais ser sustentável ou ser lucrativo, mas, sim, como a empresa faz para ter lucro sustentável”, declarou.[6] e [7]

Segundo Luiz Fernando Moran de Oliveira, gerente de relações com investidores da WEG, do ramo de motores e automação, o nível de preocupação dos investidores em relação às práticas de sustentabilidade das companhias ainda é bastante heterogêneo. “Participamos do ISE nos anos de 2005 e em 2007. Mas em 2008 e 2009 nem tentamos entrar. O esforço era muito grande para pouco retorno”, conta.[2]

Segundo Moran, a WEG voltou a responder o questionário do ISE no ano passado, apostando que “o mercado pode estar começando a olhar mais para esse tipo de iniciativa, ainda que de forma tímida”.[1] e [6]

Para Moran, a grande falha do ISE não é a sua extensão ou complexidade, mas o fato de não revelar as ações das companhias que geram valor a partir da sustentabilidade. “É como se o conceito de sustentabilidade só passasse pelo gerenciamento de riscos e servisse apenas como uma forma de evitar problemas futuros. Essa percepção é muito superficial”, afirma.[3]


A Abrasca aproveitou o encontro para lançar o selo de governança, o Código Abrasca de Autorregulação e Boas Práticas das Companhias Abertas, que começa a vigorar dia 15 de agosto e já teve a adesão voluntária de 30 empresas.

Fonte: Marina Falcão e Denise Carvalho, Valor Econômico

[1]Segundo Bissonnette , o mercado financeiro está atento a questão da responsabilidade social corporativa e foca-se cada vez mais com preocupações sociais e ambientais. A criação de índices de ações voltadas para estas questões é crescente. No mercado norte-americano os mais famosos são o: Dow Jones Sustainability e o FTSE4Good.

[2]É interessante observar que diversos estudos já foram feitos de modo a comparar o desempenho das empresas socialmente responsáveis (ESR) e outras que não são assim consideradas. Um estudo divulgado na The Economist conclui que existe uma fraca relação positiva entre as ESR e o seu desempenho financeiro. Outrossim, as empresas não são muito bem recompensadas por suas ações de responsabilidade social, mas nem por isso elas destroem valor para os acionistas. Apesar disso, Lobe e Walkshauls mostram que há pouca diferença no desempenho das ações de investimentos socialmente responsáveis e ações de companhias relacionadas aos setores: de entretenimento adulto, álcool, jogo, energia nuclear, tabaco e armas.


[3] Os critérios de seleção das empresas que compõe o ISE são muito claros.Além disso, é temerário dizer que algumas empresas que estão na carteira não dão crédito ao índice.


[4]É claro que ainda é necessário critérios mais objetivos e quantitativos, no entanto, isso não é algo fácil de se implementar,pois há grandes dificuldades quando se trata da mensuração de práticas socioambientais.É um tema bastante subjetivo e cheio de juízo de valor.


[5]Não vejo nenhum tipo de lobby na escolha das empresas.Os critérios elencados pela Bovespa são justos e claros.

[6]Até meados da década de 70, uma empresa era sustentável se tivesse economicamente saudável, ou seja, tivesse um bom patrimônio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas. Essa percepção mudou e segundo autores da área, o conceito de desenvolvimento sustentável embute a ideia de que o mesmo tem de ocorrer nas esferas ambiental, social, e não só na econômica. As práticas de sustentabilidade são um conjunto de ações de responsabilidade, ética e transparência, que visem minimizar as externalidades negativas no ambiente a qual pertence a corporação.Isso vai de encontro ao conceito de Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade) criado por John Elkington nos anos 90.

[7]A questão da responsabilidade social corporativa(RSC)normalmente é associada ao altruísmo e filantropia. No entanto, a RSC é um dos meios utilizados para maximizar os resultados. Em outras palavras, as empresas estão inclinadas a criar um ambiente propicio para o lucro, pois as ações de responsabilidade social geram uma série de vantagens competitivas para as empresa. A RSC é parte do modelo de negócios de diversas empresas. Um das possíveis explicações para isso é que os consumidores estão cada vez mais preocupados com questões ambientais e sociais.

13 março 2011

É possível comprar poucas ações?

É possível comprar poucas ações? - Postado por Pedro Correia

Para quem quer investir menos, existe o mercado fracionário, em que é possível comprar quantidades inferiores a um lote completo.

A venda e compra de ações em lote é predominante pela sua praticidade. Dessa forma é mais fácil fazer coincidir os interesses de compradores e vendedores. Dificilmente se encontraria ao mesmo tempo, por exemplo, um investidor interessado em comprar 133 ações de uma empresa e outro disposto a vender exatamente a mesma quantidade.

A padronização torna a negociação mais eficiente, proporcionando um atributo muito desejável em mercados de ações: a liquidez. As ações mais líquidas são aquelas das quais você consegue livrar-se mais rápido se precisar do dinheiro ou se não estiver muito confiante sobre o futuro da empresa.
O mercado fracionário exige mais negociações e, assim, é menos líquido. Exatamente por essa diferença na dinâmica, os preços do mercado fracionário podem ser diferentes dos valores no chamado mercado integral.
Quando se negocia uma ação no mercado fracionário, além das quatro letras e um número que identificam a empresa (exemplo: PETR3 para Petrobras ON), encontra-se uma letra final F (exemplo: PETR3F).

Texto de Juliana Seabra - Jornalista e Mestre em Economia pela Unicamp

05 dezembro 2010

Bolsa e a Receita

Foram cinco meses de rumores, até que, na terça-feira 30, a BM&FBovespa confirmou que a Receita Federal estava examinando com lupa as contas da empresa. Resultado: a autarquia multou a bolsa em R$ 410 milhões – R$ 301 milhões referentes ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e R$ 108,3 milhões à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Segundo a Receita, esses tributos foram recolhidos incorretamente em 2008 e 2009. Quando se fundiram, em março de 2008, a Bovespa Holding e a BM&F se aproveitaram de um benefício fiscal. Em casos de fusão, é possível usar o ágio, isto é, o preço pago além do valor patrimonial, como um prejuízo fiscal, que foi abatido no imposto de renda nos anos seguintes.

Nesta operação, o valor deste ágio foi estimado em R$ 16,4 bilhões. A Receita aponta uma suposta inconsistência na avaliação do patrimônio líquido da Bovespa Holding, utilizado para este cálculo.

“Esta economia é legítima. A forma de avaliação do resultado futuro é o que está sendo contestado”, afirma o advogado Richard Edward Dotoli, do escritório Siqueira Castro. Na terça-feira 30, as ações caíram 3,5%, mas praticamente se recuperaram no dia seguinte, subindo 2,4%.

A Bovespa, presidida por Edemir Pinto, irá recorrer da decisão. “Estamos convictos de que estamos corretos”, disse o diretor de relações com investidores da Bolsa, Eduardo Guardia, em teleconferência.

A autuação aconteceu dias depois da inauguração da Delegacia Especial de Maiores Contribuintes. O objetivo da Receita Federal, presidida por Otacílio Cartaxo, é apertar o cerco contra as 10.568 maiores empresas do País.

Não é apenas a Receita que tem se mostrado mais rigorosa. A Comissão de Valores Mobiliários multou o Credit Suisse em R$ 26,4 millhões pelo uso de informação privilegiada na compra da Terna pela Cemig. O banco também irá recorrer da decisão.


Bolsa cai na malha fina - Isto É dinheiro - Por Juliana Schincariol

26 novembro 2007

Aumento da importância dos níveis de governança corporativa

Notícia da Gazeta Mercantil mostra que a importância dos níveis de governança da Bovespa cresceu nos últimos anos, aumentando sua relevância na bolsa em termos de número de empresas e capitalização. Entretanto, isto não deve ser considerado, a priori, uma melhoria do mercado, conforme destaca a reportagem.

Ingresso no Novo Mercado precisa ser mais criterioso
Gazeta Mercantil - 26/11/07

São Paulo, 24 de Novembro de 2007 - A entrada de companhias abertas nos níveis de governança corporativa (nível 1, 2 e Novo Mercado) da Bovespa, que começou timidamente em 2001 com apenas 15 empresas, deu seu maior salto este ano, atingindo 151 empresas. O número representa 32% do total as empresas atualmente listadas na Bolsa (477). Quando comparado ao valor de mercado que mede a confiança dos investidores, o percentual supera os 50%, o que mostra que eles estão pagando mais por empresas com mais governança.

Segundo estudo apresentado na Fecap, pela consultora Sandra Guerra, integrante do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e responsável pela consultoria Better Gorvernance, os níveis de governança já respondem por 59% do valor de mercado (market capitalization) da Bovespa ( R$ 1 trilhão). Em 2001, os níveis de governança da Bovespa exibiam apenas 14 companhias.

Analistas e investidores, porém, afirmam que os níveis de governança precisam ser aperfeiçoados. Uma empresa listada no Nível 1 não apresenta práticas diferenciadas, mas para o investidor o fato de dizer que faz parte dos níveis que exigem mais governança pode levar o investidor a comprar gato por lebre, argumentam analistas do mercado.

Outra crítica é quanto a abertura que está sendo dada para entrar, principalmente no Novo Mercado, que é o mais exigente dos níveis de governança. Isso porque na hora de firmar o contrato - necessário para entrar nos níveis de listagem especial da bolsa - existe abertura para que algumas regras só sejam cumpridas depois. Entre elas está a que determina que as companhias precisam ter um mínimo de 25% de suas ações em circulação no mercado (free float). A regra faz parte do regulamento do Novo Mercado e Nível 2.

No entanto, é permitido que as empresas tenham até três anos para cumprir o free float, após fazer seu IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações, pela qual as empresas abrem seu capital). Atualmente, das 89 companhias do Novo Mercado, nove estão fora do free-float.(...)

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

29 outubro 2007

Bovespa Holding

O lançamento de ações da Bovespa foi considerado um sucesso. Foi a maior oferta de ações (IPO) da história do País (R$6,6 bilhões) e reflete a força do mercado de capitais no Brasil. (Fonte: É dia de glória', diz Magliano Presidente da Bovespa Holding festeja primeiro pregão, Daniela Milanese Ana Paula Ragazzi, Estado de S. Paulo, 27/10/2007).

Para o investidor que fez a subscrição ocorreu uma valorização de 52,13%, afetando o comportamento do mercado. Alguns dados interessantes:

=> O volume negociado na Bolsa ao longo do dia foi o maior já registrado num único pregão: R$ 10,1 bilhões, metade só com ações da holding.
=> O Índice Bovespa subiu 3,1%, atingindo o recorde de 64.275 pontos.
=> A cotação do dólar caiu para R$ 1,769, menor valor desde abril de 2000.
=> Investidores estrangeiros foram os responsáveis por 80% da compra de ações da holding, criando a expectativa de que o dinheiro que vai entrar no Brasil para o pagamento dos papéis derrubará ainda mais o valor da moeda americana.
(Ações da Bovespa sobem 52% no dia do lançamento Sucesso dos papéis da Bovespa Holding faz bolsa bater recordes de pontuação e volume de negócios, O Estado de São Paulo, 27/10/2007)


A grande controvérsia foi o estabelecimento de um filtro para afastar especuladores que compram papéis no primeiro dia e os vende no dia seguinte, geralmente com um lucro significativo.

(...) O flipper reserva ações de empresas que debutarão em bolsa de valores e as vende já no primeiro dia de negociações com o papel. Como, em geral, a procura por novas ações é grande, esse investidor tende a obter lucro com a operação. No entanto, do ponto de vista das empresas, a transação pode ser danosa, pois a venda de papéis pressiona a cotação para baixo. "É um tipo de especulação que, pelo momento no qual ocorre, não é saudável", afirmou Edson Garcia, superintendente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec).
Filtro para afastar especulador pode se tornar padrão FINANÇAS Para especialistas, mecanismo usado pela Bovespa deve ser adotado em futuras aberturas de capital
Leandro Modé - O Estado de São Paulo 27/10/07


Um dos grandes ganhadores foi o Bradesco:

A Organização Bradesco vendeu parte de sua participação no capital da Bovespa Holding, no âmbito da oferta pública inicial, obtendo lucro antes dos impostos de cerca de R$ 178 milhões.
Bradesco lucra R$ 178 milhões na operação - O Estado de São Paulo - 27/10/07


Mas será que como investimento a Bovespa é interessante. Aqui uma discussão sobre isto

26 outubro 2007

A sedução do mercado brasileiro

Uma reportagem na The Economist de ontem (The view from cloud nine, 25/10/2007) tenta explicar a razão pela qual o Brasil parece um mercado emergente interessante. O texto destaca a redução da taxa de juros, a melhoria na governança e as finanças públicas (incluindo os preços dos commodities). Para a revista, a onda de IPO foi boa para a governança. O texto completo encontra-se aqui

24 outubro 2007

Irônico, não?

Segundo notícia publicada ontem (aqui), a Bovespa Holding terá que mudar sua oferta de ações (IPO), dando dois dias para os investidores que fizeram reserva de ações para desistir, diminuir ou aumentar seu pedido.

Isto foi uma exigência da CVM diante do fato de que os bancos que participam do lançamento da ação teriam fornecido informações adicionais a investidores.

No prospecto preliminar, a faixa de preço estimada inicialmente pelos bancos coordenadores era entre R$ 15,50 e R$ 18,50. A nova faixa deve ficar entre R$ 19,00 e R$ 23,00. Os novos valores devem ser alterados nesta terça e comunicados ao mercado. A nova faixa de preços é reflexo da alta demanda pelas ações da Bovespa.

18 outubro 2007

Bovespa segue a Bolsa dos EUA

Bolsa Hoje informa que a Bovespa deve seguir o comportamento das bolsas estrangeiras em "Por haver diversas empresas com ações negociadas na Bolsa de NY, através de ADRs, o que acontece lá acontece aqui. Nosso mercado está atrelado aos mercados americanos. A BOVESPA nunca irá descolar dos movimentos externos."


Já tinha sido notado que a correlação entre os mercados brasileiros e internacionais estava tendendo com o passar do tempo para valores elevados, próximos de um.

01 outubro 2007

Bovespa

Em outubro de 1843, o então Governo Imperial instituía a primeira regulamentação da atividade de corretores no País, no intuito de concentrar e organizar a arrecadação de impostos. Mas o marco inicial para a criação da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a primeira Bolsa do Brasil, foi o Decreto Lei nº 417, assinado por D.Pedro II em 14 de junho de 1945. Depois disso, outras Bolsas se estabeleceram no País até a concentração em apenas uma, a Bolsa de Valores de São Paulo, em 2002.

Fundada em 23 de agosto de 1890, a Bovespa tem história de serviços prestados ao mercado de capitais e à economia brasileira. É atualmente o maior centro de negociação de ações da América Latina e possui escritórios em cinco capitais, além de sua sede, no centro histórico da cidade de São Paulo. Em vias de tornar-se uma empresa de capital aberto, a Bovespa, que passará a se chamar Bovespa Holding, carimba o passaporte do mercado acionário brasileiro ao profissionalismo exigido pela globalização. (...)


A rica história das bolsas
ANA PAULA CARDOSO
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 01/10/2007

03 setembro 2007

Ainda sobre Bolsa

Duas outras notícias sobre bolsa de valores. A primeira informa que a Bovespa solicitou o registro para venda de suas ações (Bovespa pede registro para vender suas ações, Gazeta Mercantil, 03/09/2007). A segunda informa que fundos de investimentos mais agressivos aumentaram seus investimentos no país (Fundo agressivo dobra presença no país, Folha de São Paulo, 03/09/2007, por Toni Sciarretta):

Considerados os agentes mais agressivos do capitalismo financeiro, os fundos de "private equities" [participação fechada em empresas] dobraram sua presença nas fusões e aquisições em menos de dois anos no Brasil, segundo estudo da consultoria PriceWaterHouseCoopers obtido pela Folha.

Segundo a Price, esses fundos, liderados por estrelas do empresariado nacional como Armínio Fraga (Gávea), estão hoje presentes nas maiores aquisições de empresas em território nacional e nas aberturas de capital mais concorridas na Bovespa.

(...) O modelo de negócio é sempre o mesmo: comprar pelo menor preço possível parte ou a totalidade de uma empresa com sérias dificuldades, cortar gastos, demitir muita gente considerada ineficiente, consertar rapidamente a gestão, ampliar as receitas, colocar a contabilidade em dia e sair fora -seja vendendo a participação para uma empresa concorrente ou abrindo o capital na Bolsa de Valores. (...)

A receita deu certo com várias empresas que hoje são vedetes da Bovespa, como a empresa aérea Gol (e mais tarde a Varig), a construtora Gafisa, a distribuidora de TV Multicanal/Globocabo, o site Submarino/Americanas, as varejistas Brasif e ShopTime, os laboratórios Dasa, entre outros casos.

18 julho 2007

Bovespa

Os avanços da bovespa
Gazeta Mercantil - 18/07/2007

18 de Julho de 2007 - A Bovespa tem sido um dos grandes destaques mundiais em termos de captação de recursos através de oferta de ações.

Entre os países emergentes, a Bovespa figura em terceiro lugar, perdendo apenas para as bolsas de Hong Kong e de Xangai, o que apenas reflete o tamanho e o crescimento da China, mas de qualquer forma a Bovespa ainda supera com folga - principalmente quando analisamos apenas as novas companhias vindo a mercado - as bolsas que vêm em seguida na lista, como as bolsas da África do Sul, da Índia, de Istambul, de Teerã e da Coréia.

Mesmo incluindo-se os desenvolvidos, a posição da Bovespa é de destaque mundial. Figurando na sétima posição, a Bovespa está atrás apenas das duas bolsas chinesas, da bolsa da Espanha, do Canadá, da Austrália e das mais tradicionais bolsas do mundo: a de Londres e a de Nova York (Nyse). Se considerássemos apenas as novas companhias vindo a mercado, a Bovespa ainda estaria na frente das bolsas da Espanha e do Canadá, ficando muito próxima da australiana, perdendo ainda apenas para as mais tradicionais americanas (nesse caso, incluiria a Nasdaq) e londrina e para as chinesas.

Desses dados podemos chegar a algumas conclusões. Primeiro, que a Bovespa efetivamente vive um momento um tanto excepcional, em parte como resultado de mais de uma década de oferta reprimida, quando nenhuma nova companhia conseguiu emitir ações no Brasil.

Por outro lado, há também uma conjuntura internacional muito positiva, bastante líquida, e que os países emergentes têm conseguido tirar proveito disso, particularmente a China, o Brasil, a Índia e a África do Sul. Este último quase não aparece nos destaques da mídia, mas além de ter tido um volume relevante de captações também está entre as principais bolsas de países emergentes, com tamanho apenas um pouco menor que a Bovespa. Na verdade, é uma bolsa que é um bom benchmark de comparação para a Bovespa.

Finalmente, esses dados também dizem muito sobre a sustentabilidade do movimento de aberturas de capital. Apesar de o atual ritmo ser acima do esperado, os dados mostram que outras bolsas de países emergentes de destaque também têm conseguido captar recursos consistentemente e que a Bovespa tem total condição de continuar sendo uma alternativa viável de captação de recursos.

Por outro lado, fica a questão de qual vai ser o futuro da Bovespa. Entre os mercados mais avançados, vê-se uma tendência crescente de consolidação, seja a verificada no passado recente entre algumas bolsas européias (e ainda há espaço para mais), seja a aliança entre a Nyse e a Euronext ou a compra da Nasdaq de participação na Bolsa de Londres ou da bolsa sueca, além, claro, da recente fusão de CBOT e CME formando a maior bolsa do mundo - de commodities e futuros nesse caso.

Naturalmente, o papel que se espera natural da Bovespa é o de consolidadora do mercado de capitais da América Latina. O primeiro desafio seria a barreira da língua, uma vez que, operando totalmente em português, fica muito mais complexa a integração com bolsas onde os participantes falam espanhol - nesse sentido, por exemplo, a bolsa do México levaria uma vantagem sobre nós.

Ao mesmo tempo, ainda que a Bovespa consiga desempenhar esse papel de consolidação, a soma de todas as bolsas latino-americanas excetuando-se a mexicana não representa cerca de 30% da capitalização de mercado atual da Bovespa, o que não faria com que ela saltasse de patamar. Ao mesmo tempo, a do México, que representa pouco menos da metade da Bovespa, tenderia mais facilmente para as bolsas americanas que para a nossa.

Representando a décima-sétima posição entre as capitalizações de mercado das companhias listadas e a vigésima-primeira entre as médias diárias de negociação, parece hoje improvável que a Bovespa desapareça, até pela facilidade de transação, mas é de se esperar que ela acabe se juntando a um grupo de bolsas estrangeiras, seja através de parcerias operacionais ou através de uma eventual venda de participação.

Enquanto isso, a Bovespa tem cumprido com excelência o seu papel de viabilizar as aberturas de capital no Brasil, crescendo organicamente e aproveitando o boom brasileiro e buscando viabilizar novas opções para atrair mais companhias e investidores, como o Bovespa Mais e o próprio Novo Mercado.

Diz-se que a própria Bovespa pretende abrir o capital, talvez então a gente descubra que ela já tem um plano para responder essas questões.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Márcio Veríssimo - Consultor)

05 julho 2007

Perigos do Investimento

No Brasil, há cerca de 390 empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas somente 200 negociam semanalmente. (...) Mesmo sendo promissor e atrativo, o mercado precisa ficar atento a inúmeros perigos, como a possibilidade de haver oscilações seja no cenário econômico, seja relacionado a problemas sociais, escândalos, entre outros.


Clique aqui para ler completo

19 junho 2007

Banco da Patagônia na Bovespa

Notícia do Financial Times (Banco Patagonia to list on Bovespa, 18/06/2007, Jude Webber, p 22)

O Banco da Patagonia, da Argentina, está planejando ter ações na Bovespa, através da forma de Brazilian depositary receipts (BDRs)

Segundo Ben Ladler, do UBS Pactual in Chile

"In theory, it's cheaper and easier to list in Brazil than in the US or the UK."

Já Antonio Cejuela, brokerage Puente Hermanos, afirma:

"This (listing) highlights the evident supremacy of the Brazilian market,"

11 abril 2007

Bovespa em 15 anos


O gráfico mostra a Bovespa nos últimos quinze anos, em número de empresas listadas e a capitalização.

Fonte: Adaptado da World Federation of Exchange

02 fevereiro 2007

A inovação da bolsa

Do Valor de hoje (A força dos novos capitalistas

Mesmo com essa proporção, [Stephen] Davis diz que a criação do Novo Mercado pela Bovespa, em 2000, foi uma das grandes inovações do mercado de capitais do mundo. "A Bolsa de Valores de São Paulo acertou ao optar por criar um segmento para empresas com mecanismos de governança corporativa e contabilidade desenvolvidos. Está muito mais avançada do que as bolas que apostaram nas áreas de tecnologia ou biotecnologia", analisa o autor. [do livro The New Capitalists: How Citizen Investors Are Reshaping the Corporate Agenda" - De Stephen Davis, Jon Lukonmnik e David Pitt-Watson. Harvard Business School, 288 págs]

O Novo Mercado agrega somente as empresas que se comprometem com práticas e regras societárias mais rígidas do que as previstas pela legislação do Brasil. Quando as companhias aderem a essa divisão da bolsa, devem ampliar os direitos dos acionistas e divulgar suas informações sistematicamente e de forma transparente à sociedade. Uma das exigências mais relevantes é a manutenção de ao menos 25% do capital da companhia em circulação no mercado financeiro. Todas as ações emitidas devem ser ordinárias, isto é, cada ação dá direito a um voto nas decisões da empresa. A venda dos papéis também deve ocorrer em ofertas públicas, recorrendo a mecanismos que favoreçam a dispersão das ações e não o controle de grupos.

Stephen Davis avalia, entretanto, que um dos maiores problemas do mercado brasileiro ainda é o grande número de empresas que emitem ações sem direito a voto (as preferenciais), atuando como mecanismo de separação entre a propriedade e o controle nas companhias. "O Brasil ainda tem muitos minoritários, aqueles que detêm as ações preferenciais. Mas não há dúvida de que o dinheiro vai parar nos mercados com mais transparência e com mais investidores, o que certamente ocorrerá com as empresas do Novo Mercado", afirma.