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Mostrando postagens com marcador big four. Mostrar todas as postagens
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26 dezembro 2022

O modelo Big Four sobrevive a uma falência de uma das empresas?

Segundo Jim Paterson (via newsletter de Francine McKenna) 


"Nenhum de nós faz a menor idéia". O falecido William McDonough, primeiro presidente do Conselho de Supervisão da Contabilidade das Empresas Públicas nos EUA, respondeu em 2005 o que as autoridades fariam no caso de outra falha na rede de contabilidade global.

No início desta semana, atualizei a seguinte pergunta, examinada pela primeira vez em 2006 e atualizada periodicamente:

Qual o tamanho do golpe financeiro que uma rede de contabilidade das Quatro Grandes poderia suportar e sobreviver, devido a danos litigiosos ou a uma penalidade de execução na escala do golpe fatal que a Enron infligiu à Arthur Andersen em 2002?

Aplicando um estudo comportamental feito em 2006 aos dados reportados pelas Quatro Grandes sobre as receitas globais e nacionais, que avaliou a disposição dos parceiros das Quatro Grandes no Reino Unido de sacrificar a renda atual para salvar uma empresa de um julgamento de litígio financeiramente ruinoso, os resultados são sinistros:    

Nenhuma das redes de contabilidade das Quatro Grandes tem os recursos financeiros ou estabilidade organizacional para sobreviver a seus maiores litígios e exposições de aplicação da lei. Se outra das Quatro Grandes falhar, todo o modelo entrará em colapso.

Todos elas cairão.

Como foi construído na primeira parcela, os cálculos sob o estudo de 2006 indicam que os pontos de ruptura para os Quatro Grandes em nível global cairiam, com base em suposições otimistas, bem abaixo do nível dos lucros globais totais de um ano de uma empresa.

Esses limites estariam, entretanto, sujeitos a uma maior erosão baseada em suposições menos otimistas quanto ao comportamento do parceiro, bem como dúvidas quanto à capacidade de uma rede de manter sua coesão e integridade sob tais desafios, e mais especialmente de uma perspectiva local do país, onde faltariam os recursos para atender a uma demanda medida nos bilhões (sejam dólares, libras ou euros).   

(...) Levando em conta as estimativas sinistras que emergem dos dados que acabamos de resumir são as realidades estruturais dos Quatro Grandes, mal apreciadas, se é que de alguma forma: que sua composição como redes de parcerias privadas operam com níveis de capital muito finos. (...)

Foto: Bradyn Trollip

13 setembro 2022

Moral tributária, Multinacionais e Big Four

Uma pesquisa da OCDE indicou que as autoridades fiscais possuem uma percepção negativa das empresas multinacionais quando se trata de impostos.  Esta percepção também alcança as chamadas Big Four, quatro grandes empresas de auditoria (Deloitte, EY, KPMG e PwC) quando se trata de confiança e impostos. Mas o estudo diz que há opiniões positivas sobre a Big Four em termos de seguir a letra da lei e apresentar conformidade formal. 

O destaque do relatório parece ser a falta de comunicação e de confiança dos funcionários fiscais com as multinacionais e as Big Four. O resultado variou conforme o local da pesquisa, sendo que o menor índice foi obtido no Caribe e na América Latina. 

É importante notar que o foco do relatório foi a moral tributária e as empresas multinacionais. A questão da moral tributária não tem sido objeto de atenção, mas o relatório reconhece que há uma mudança em razão da crescente importância para os investidores e para as multinacionais do tema ESG. 

O relatório reconhece que o tema "moral tributária" é importante para os países em desenvolvimento. E existem poucas pesquisas:

Embora exista um interesse crescente no moral tributário das EMN (multinacionais), há pesquisas relativamente limitadas sobre o tema. Embora o corpo de pesquisas sobre moral tributária tenha aumentado nos últimos anos, muito disso se concentrou em indivíduos, em vez de tentar entender quais fatores podem influenciar o moral tributário das empresas, especialmente EMNs, como o moral tributário pode variar entre países e regiões, e como isso pode ser aprimorado.


11 janeiro 2022

Teremos Big Three?

As falhas da KPMG no Reino Unido, a atuação forte do governo contra a empresa e sua atitutde passiva na defesa de seus interesses parece sugerir que sim. Eis um texto:

The FT reported this last night:

KPMG auditors misled regulators during inspections of their work on the audits of outsourcers Carillion and Regenersis, the accounting firm’s UK boss said.

The Financial Reporting Council accused the Big Four firm and six of its former auditors of forging documents and misleading its inspectors as the UK accounting watchdog opened its case before an industry tribunal on Monday.

If true, and it would seem that KPMG is itself not challenging these claims although former employees are, then this is an admission of gross misconduct. Fabricating evidence after an event is hard to pass off as anything but fraudulent. No doubt the Tribunal hearing this issue will seek to determine whether this happened, but as noted KPMG is not defending the claim.

The real question this raises is what does this mean for a firm that was, for the sake of the record, forty years ago my employer? My suggestion is that the claim, so often made, that there were just ‘bad apples’ in this firm and occasional lapses of quality is ceasing to make any sense now. KPMG has a long list of failings, and is at present not taking government contracts because of doubts about its ethics.

That last point is key. An audit firm is only as good as its ethics. The quality of its opinion making is all that matters, and ethical objectivity is key to that. If KPMG cannot be believed, and I cannot be alone in no longer believing it can be, then there is nothing left for it to do.

That is, I think, the point that has been reached now by KPMG. This firm has failed. No objective regulator could, in my opinion, any longer think it a fit and proper organisation to undertake audits. In that case its licence should be revoked.

Why isn’t that happening? Only, I suggest, because everyone knows that when four becomes three the audit market ceases to exist, even if it is the smallest that might be failing.

But if that market has failed - and I think that apparent - then to pretend otherwise is to undermine everything about the audit process, which either matters, in which case action is needed, or it does not, when the requirement to audit should be abandoned.

I know of no one suggesting that the audit requirement should end.

In that case we need stronger audit, and only fundamental, state driven reform can supply that. This month the government is meant to publish its plans for audit reform after a major consultation process on the issue. I suspect they will fall way short of what is required. The result will be that capitalism will be in crisis, because without proper audit it ceases to operate as a functioning market and simply becomes a short term exploitative free for all.

With KPMG no longer fit for purpose, as its ban from government contracting already proves, the government has to act, unless it does not believe in functioning markets, of course. And one has to wonder whether that is the case now.

Apesar da posição acima, é importante lembrar que o mercado britânico não é o principal mercado de auditoria. Estamos, no blog, acompanhando as possíveis sugestões de alterações estruturais que poderiam surgir de lá, mas até o momento tudo parece indicar que continuaremos com um mercado oligopolista, com quatro empresas, no setor. 

07 janeiro 2022

Rir é o melhor remédio

 

Emissão de pronunciamentos faz parte dos negócios. E se tornou um negócio. Interessa a uma entidade que possui toda uma estrutura para "fazer" pronunciamentos e vive disto, que é o IFRS. E também pode ser de interesse para as empresas de auditoria, que irão vender as soluções para seus clientes. A foto é do seriado Breaking Bad. 

24 dezembro 2021

Big 4 é igual a contabilidade precisa e transparente?


Sobre a melhoria da governança na empresa Aços Verdes do Brasil, a revista Exame diz:

1. Contabilidade precisa e transparente

Desde 2009, a Aço Verde do Brasil realiza seus processos de auditoria com empresas renomadas do segmento ─ são as chamadas Big Four Accounting Firms ou “Quatro Grandes Firmas de Auditoria e Consultoria”, na tradução.

Atualmente, a Ernst & Young (EY), com sede em Londres, garante o cumprimento, o controle, a gestão e a transparência dos dados da empresa.

A resposta da pergunta do título seria sim. Eis uma citação sobre o tema:

Certamente existe a percepção de que empresas maiores fornecem melhores serviços. Ninguém pode culpar um executivo que escolhe uma grande empresa quando problemas estão se formando. Existe um nível de conforto inegável que vem com as grandes empresas porque elas estabeleceram uma reputação e possuem muitos recursos. Mesmo que algo corra mal, ninguém irá culpar o executivo  que escolhe uma grande empresa. [o mesmo não ocorre com uma pequena empresas de auditoria]

(...) Escolher entre pequenas e grandes empresas não é um tipo de coisa de tudo ou nada. 

01 julho 2021

Maiores empresas de auditoria


Uma análise do Audit Analytics olhou a participação no mercado de auditoria dos Estados Unidos. O levantamento separou grandes empresas das outras. O critério do porte foi a capitalização. De um total de 3.890 empresas com capitalização acima de 75 milhões de dólares, a EY é responsável por 860 ou 22,1%. Depois, a Deloitte, com 642 (16,5%), PwC (577 ou 14,8%) e KPMG (516 ou 13,3%). Estas quatro empresas possuem 66,7% do mercado. Após as Big Four temos a GT, BDO, Marcum, Withum, RSM e Crowe. Além destas empresas, há mais 140 outras auditorias que trabalham com as empresas de capital aberto de grande porte. 

O Coeficiente de Gini, uma medida de concentração, calculado entre as dez maiores empresas de auditoria indica um valor de 0,44. (Neste caso, quanto maior o valor, maior a concentração. Não é um valor baixo, já que calculamos com somente as dez maiores empresas do setor.) 

21 junho 2021

Rir é o melhor remédio

 

Esta fotografia do cão sendo contido pela boca é muito divertida. E rendeu muitas montagens divertidas. Eis uma delas, com o trabalho em uma Big Four. 

22 março 2021

Proposta do Reino Unido tem chance de dar resultado?

Após ler no Digg um longo comentário, a resposta da pergunta seria Não. 

Recentemente , o Reino Unido apresentou uma proposta de reforma da regulação contábil, com foco nas grandes empresas de auditoria. Mas o texto é crítico

Seria um grande erro para o Reino Unido modelar suas reformas - aquelas que têm tanto ímpeto e necessidade urgente - após a reforma dos auditores dos EUA que falhou tão miseravelmente. Os investidores do Reino Unido merecem mais. Escrevi em 2012, dez anos após a aprovação da Lei Sarbanes-Oxley, que a lei e a fraca aplicação dela não conseguiram restaurar a confiança dos investidores nas firmas de auditoria após o fracasso da Arthur Andersen em mitigar a fraude na Enron. Quase vinte anos depois do meu veredicto é ainda mais severo. A lei Sarbanes-Oxley revelou-se uma mistura negociada de regras que mal foram aplicadas e gradualmente diluídas até um centímetro de sua intenção original, tudo para reduzir custos para empresas e aumentar novas listagens de ações.

Qual a razão desta opinião? 

Isso porque as maiores firmas de auditoria globais capturaram totalmente o governo e o aparato regulatório por meio da porta giratória e têm um objetivo comum de sustentar o mercado de ações e as empresas, independentemente do custo para os trabalhadores e pequenos investidores. Após a crise de 2008, quase nenhum auditor foi multado ou preso por não alertar a sociedade.

A base da proposta foi um relatório feito por Brydon, ex-presidente da Bolsa de Londres, que recomendava

incluindo a proposta de uma nova definição do objetivo de uma auditoria corporativa . Ele também enfatizou por que se deve esperar que os auditores ajam como “cães de caça” que detectam fraudes corporativas. 

O texto é crítico com a possibilidade da proposta gerar resultado. O relatório final é longo, irá a consulta pública até julho e deve gerar muitos e-mails. 


18 março 2021

Grã-Bretanha apresenta proposta para reduzir o poder das Big Four


A Grã-Bretanha apresentou um conjunto de regras para tentar reduzir o domínio das Big Four no mercado de auditoria. Depois de falhas no processo de auditoria de empresas como Carillion, o governo começou a estudar uma maneira de tornar o mercado de auditoria mais competitivo. 

Ontem a BBC informou sobre estas propostas, apresentadas pelo secretário de negócios, Kwasi Kwarteng (foto). Segundo Kwarteng, as mudanças poderiam restaurar a confiança nos negócios. A proposta estará sujeita a uma consulta de cerca de 4 meses. 

Um dos pontos considerados na proposta é a mistura do trabalho de auditoria com o trabalho de consultoria e outros serviços vinculados. Para reduzir a influência das quatro grandes empresas, estas seriam obrigadas a usar firmas de auditoria menores para realizar parte da auditoria anual. 

Uma das pessoas que participaram do estudo, Donald Brydon, ex-presidente da Bolsa de Londres, afirmou o seguinte para BBC: 

as pessoas querem saber três coisas sobre uma empresa: como está seu desempenho, se é administrada honestamente e se sobreviverá. E os auditores são importantes para responder todas as três coisas. 

Um novo órgão de fiscalização contábil, ARGA (algo como Autoridade de Auditoria, Relatórios e Governança) será criado para substituir o FRC. Esta entidade terá poderes para forças as empresas a reapresentar suas informações. Além disto, haverá restrições no pagamento de dividendos e na remuneração das empresas caso exista má conduta, publicação de informações contábeis imprecisas ou caixa insuficiente. As gestores das empresas que faliram poderão ter que devolver seu bônus até dois anos após o pagamento, para evitar o "bônus" pelo fracasso.

23 dezembro 2020

Imprensa pode melhorar a qualidade da contabilidade


A imprensa pode melhorar a qualidade da informação contábil. Um estudo (via aqui), da Universidade do Arkansas, descobriu que notícias da imprensa (The Wall Street Journal, The New York Times , o Washington Post, o Chicago Tribune, Forbes, The Economist, Economic Times, Kiplinger, Accounting Today, Wired e CFO Magazine) podem ajudar na qualidade da auditoria das empresas. 

Quando uma auditoria é questionada no seu trabalho, que inclui notícias de fraudes, por exemplo, estas empresas aumentam a atenção dada às auditorias. Basicamente, nenhuma Big Four quer estar na primeira página do The Wall Street Journal. 

A pesquisa também encontrou que as empresas de auditoria tentam gerenciar a reputação, pois notícias negativas possuem custos de crescimento e retenção de clientes. 

“Coletivamente, nossa evidência sugere que a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz das firmas de auditoria, ao direcionar a atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria”, disse o estudo.

(...) As descobertas sugerem que “a mídia de notícias funciona como um mecanismo de supervisão informal eficaz de firmas de auditoria ao direcionar maior atenção do auditor e melhorar a qualidade da auditoria.

01 fevereiro 2020

Auditoria ou consultoria?

A relação da receita gerada pela atividade de auditoria e a receita proveniente de consultoria nas grandes empresas de auditoria mostra a importância cada vez maior da consultoria.. Isto seria um problema? Uma resposta otimista seria não, já que os profissionais envolvidos não se misturam. Além disto, ao prestar consultoria haveria uma melhoria na qualidade do trabalho. E não priva a empresa de ter a experiência de uma empresa de auditoria.

Entretanto, há uma grande desconfiança de que isto não seja verdadeiro. Um problema nítido é o conflito de interesse. Talvez o auditor relaxe seu trabalho e isto altere a qualidade do resultado.

Durante o escândalo da Enron, as consultorias das auditorias foram criticadas. A Arthur Andersen ganhava mais não sendo auditor. Naquele momento, as outras empresas venderam ou separaram os negócios de consultoria.

Nos Estados Unidos,

A SEC exige que o auditor seja “independente”, evitando relacionamentos que possam comprometer sua capacidade de realizar uma auditoria dura e cética. A independência do auditor é "extremamente importante, é fundamental", disse o presidente da SEC, Jay Clayton, em uma conferência contábil em dezembro.

Mas a SEC parece inclinada a relaxar as regras de conflito de interesses. Já no Reino Unido, a tendência é oposta, em razão de alguns escândalos contábeis recentes. O mesmo parece estar ocorrendo na Comunidade Europeia, que limitou os serviços de não auditoria a partir de 2016.

26 janeiro 2020

Crimes da KPMG

O texto a seguir analisa os problemas recentes das empresas de auditoria, o que inclui a elevada concentração do setor. Inclui uma análise dos problemas em que a KPMG se meteu.

Capitalism has a foundational dependence on auditors -- outside entities who evaluate companies' claims about their financial state so that investors, suppliers and customers can understand whether to trust the companies with their money and business -- but those auditors are paid by the companies they're supposed to be keeping honest, and to make matters worse, 40 years of lax antitrust enforcement has allowed the auditing industry to contract to a four gigantic firms that openly practice fraud and abet corruption, with no real consequences.

There've been numerous recent examples of how the Big Four accounting firms have allowed grifters to hollow out the world's largest corporations. The most egregious was Carillion, a giant contractor that had largely replaced the British government in providing vital services to large swathes of the country while sucking up billions in taxpayer money. The company had systematically defrauded the public about the state of its finances, with every one of the Big Four accounting firms signing off on its books, something that came to light in 2018 when the company collapsed in spectacular bankruptcy, leaving the people who depended on its services high and dry. To make things worse, the same accounting companies that participated in its fraud then billed Her Majesty's Government millions more to oversee Carillion's winddown.

KPMG is easily the most-scandal haunted company of the Big Four, a latter-day Arthur Anderson  Co. The company has been embroiled in scandal after scandal including instances in which they bribed government regulators to steal state documents so that KPMG could anticipate which of its audit-reports would be inspected by government officials and go back and unfuck the numbers they had frauded into those books. Then, incredibly, KMPG admitted that it knew that its own senior staff routinely cheated on their annual ethics examinations.

Now, the Project on Government Oversight has published a long, detailed story about KPMG's criminal conspiracy to recruit employees of the Public Company Accounting Oversight Board -- the government agency that oversees the Big Four -- specifically targeting those employees who were in charge of investigating KPMG's conduct and then pressuring them to hand over secret government documents that showed which of KPMG's audit reports would come under government scrutiny, again so that the company could unfuck those books and hide the evidence of their criminal conspiracies.

The testimony reveals how ex-govies conspired with their former co-workers to set up a pipeline for ongoing access to internal government documents while dangling the promise of high-paid work at KPMG as a reward for their service, and how the top execs at KPMG leaned on them to do more of the same. One government employee -- a former FBI agent named Cynthia Holder -- used her expertise to set up communications channels that would be resistant to law-enforcement investigations.

It's easy to be cynical about this, treating it as just another part of the great Age of the Grifter, but Big Four accountancy fraud is fundamental to the functioning of markets. It's impossible to know how the economy is doing when the firms that measure company performance can't be trusted -- it's as if NOAA had to depend on a cartel of thermometer and barometer manufacturers who were known to deliberately make instruments that lied about the weather.

The closest analogy here is what happened with AIG during the 2008 crisis: AIG was the insurer that investigated and rated all the weird, complex derivative bonds that the big banks were issuing -- and AIG also depended on those banks to pay its bills. AIG gave its seal of approval to trillions of dollars' worth of garbage paper that pension funds, national governments and individual investors bought, trusting AIG's ratings. The entire pump-and-dump scheme that destroyed the world's economy and destabilized dozens of countries, leading to Brexit and the Trump election, was only possible because AIG was engaged in systematic, long-term fraud.

If anything, the Big Four accounting firms' audit reports are even more fundamental to the economy, and we've known for years that they can't be trusted. And yet we keep on relying on them, because the sector is so concentrated that they're the only game in town -- as though NOAA kept on buying thermometers that they knew didn't work because no one else was manufacturing thermometers.

Both the Lehman collapse and the Anderson collapse were so traumatic that governments and regulators have lost their taste for issuing the corporate death-penalty. Yet if there was ever a firm that was in want of a firing-squad, it's KPMG.

“This was confidential information that had been stolen from the PCAOB, and rather than report it back, we were deciding to take action to do things to improve, potentially manipulate the PCAOB's inspection results,” Sweet said.

As part of the effort, Sweet recalled proposing changes to audit records.

The review of one audit uncovered “very significant audit deficiencies,” prompting KPMG to change the conclusion of its audit, Sweet said. By preemptively flagging problems at that company, KPMG deterred the oversight board from inspecting that audit.

The covert program succeeded, Sweet said. Generally, inspections of the audits subject to the “stealth rereviews” showed “significant improvement,” Sweet said.

In a presentation KPMG prepared for a meeting with the PCAOB, the audit firm attributed the improvement to its internal quality control efforts. The results, the presentation said, had been “terrific.”

23 janeiro 2020

Trump ajudando a recrutar para a Ernst & Young?

“Quando conversei com ele [Trump], falamos sobre, francamente, talento e como podemos reter mais talento nos EUA, em particular o talento que vai para as melhores escolas e assim por diante. Ele foi muito a favor de reter esse talento nos EUA para que a EY pudesse contratá-los. Então isso foi muito bom. ”

- Carmine Di Sibio, o presidente e CEO da EY Global, que contou ao Yahoo Finance sobre sua breve conversa com o presidente Trump durante a reunião do Conselho Internacional de Negócios no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, em 22 de janeiro.

Fonte: Aqui

11 setembro 2019

Cão ou Cãozinho

O PCAOB é uma entidade criada para fiscalizar as empresas de auditoria. Entretanto, apesar do grande número de "falhas" que foram constatadas na fiscalização (gráfico), raramente as empresas são punidas.



Um relatório divulgado pelo Project on Government Oversight (POGO) mostra este histórico. Em 16 anos, o PCAOB apresentou somente 18 processos contra as maiores empresas. O valor das multas foi de 6,5 milhões de dólares. O POGO calculou que se o PCAOB cobrasse as multas máximas o valor seria de 1,6 bilhão.

Dos 31,1% casos com problemas, somente 6,6% renderam alguma punição. A KPMG, líder em erro, não foi multada uma única vez. Em 2017, esta empresa tinha um índice de baixa qualidade de 50%. Ou seja, para cada 2 clientes, em um o trabalho foi inadequado.

"Temos um cão de guarda que se parece cada vez mais com um cãozinho.", diz John Coffee, da Columbia Law School

Leia mais aqui

23 julho 2019

Auditoria no Reino Unido

Segundo o The Guardian, o último relatório do Financial Reporting Council (FRC) chegou e descreve mais do mesmo. Uma em cada quatro auditorias em todo o setor, no Reino Unido, está abaixo do padrão, portanto, o desempenho não chega nem perto da meta de aceitabilidade do regulador de 90%. Nenhuma das empresas alcançou essa pontuação. A PwC substituiu a KMPG como a retardatária das Big Four, com apenas 65% de suas auditorias consideradas aceitáveis. A PwC marcou 90% recentemente, há dois anos.

O pior desempenho foi o da Grant Thornton, onde quatro das oito auditorias inspecionadas não estavam à altura. A qualidade da Grant Thornton é "inaceitável" e "uma questão de profunda preocupação", disse o FRC.

Naturalmente, todos podem divulgar um plano de ação mostrando como mais dinheiro será investido em tecnologia, pessoas e treinamento. Ano após ano, no entanto, o estudo da FRC aponta o mesmo fracasso cultural profundo: a incapacidade dos auditores em empregar o ceticismo profissional e em desafiar as suposições da administração.

A familiaridade, o regulador sugere, é um fator. Um auditor pode vir ver a empresa, e não os investidores, como “o cliente”. Até que essa mentalidade mude, é questionável se algum nível de investimento moverá o indicador de maneira significativa.

O remédio proposto pela Autoridade de Concorrência e Mercados é uma “separação operacional” entre as divisões de auditoria e consultoria das empresas. As duas metades teriam equipes de gerenciamento, contas e bônus pools separados.

Segundo Nils Pratley, editor financeiro do The Guardian, a política representaria um começo. No entanto, essa situação também exige multas que realmente doam.

Em casos particularmente cruéis, o FRC pode se incitar a impor multas de 10 milhões de libras aos auditores. Tal soma pode soar robusta, mas mal conta como pequena mudança nesta indústria. Os lucros da PwC no Reino Unido no ano passado foram de £ 935 milhões, o que permitiu que os 915 sócios ganhassem uma média de £ 712.000 cada, um aumento de 9% no ano. Os números são semelhantes em outras grandes empresas.

Fonte: Aqui, com adaptações.

30 maio 2019

Flamengo auditado por uma Big Four

Um processo de Due Dilligence – análise financeira, contábil, legal e de riscos e seguros – realizado no ano passado, mostrou que o Flamengo estava apto a receber auditoria de uma Big Four, algo pioneiro e inédito no futebol brasileiro. Vale lembrar que já há uma parceria firmada com a Ernst&Young desde 2013, com a entrada do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, no entanto a EY fazia apenas a consultoria financeira do clube.

“Foi um trabalho de consultoria em diversas partes. Foi uma consultoria de gestão. Analisamos as pastas, finanças, fluxo de caixa e procuramos resgatar a credibilidade do clube junto ao mercado. Foi uma coragem muito grande do Flamengo em abrir mão de alguns anos de competitividade pensando em longo prazo. E o resultado já está sendo possível notar”, explicou Pedro Daniel, sócio da EY, que esteve envolvido em todo o processo, em entrevista ao Torcedores.com no início deste ano.

Mas o que isso de fato significa e quais as vantagens que o Flamengo pode ter?

Ser auditado por uma das Big Four reflete na credibilidade junto aos patrocinadores, que confiam na destinação e retorno dos investimentos realizados no clube, podendo atrair grandes aportes, inclusive, do exterior. Além da confiança junto aos bancos para a obtenção de crédito com juros menores.

O especialista e sócio da Ernst&Young, Pedro Daniel, explicou também a importância desse processo e qual a visão que isso passa ao mercado. Segundo ele, é uma mudança significativa de patamar para uma equipe que há pouco tempo era vista como grande devedora.

“Ser auditado por uma Big Four traz algumas vantagens. Não só de credibilidade, mas no mercado. Ela verifica vários setores e dá uma segurança de investimento maior. Logo, você fica mais atrativo pro mercado. As Big Four só auditam se elas sentirem confiança na empresa ou, no caso, clube. Um dos benefícios é na questão do crédito. Vamos supor que o Flamengo queira a iniciar construção do seu estádio e precise de um empréstimo bancário. Os juros, por ser uma empresa responsável, serão muito menores”, analisou.
[...]

Fonte: Aqui

23 janeiro 2019

Solução para o Oligopólio?

O professor da Universidade de Oxford, Karthik Ramanna, apresentou alguns comentários sobre a crise do setor de auditoria na Inglaterra. Esta crise começou com os problemas da empresa Carillion, que prestava serviços para o governo. Todas as quatro grandes empresas de auditoria tinha algum tipo de envolvimento com a empresa. Isto provocou uma reação por parte das autoridades britânicas, que começaram a pensar seriamente em reduzir o oligopólio das Big Four no mercado. Havia (há ?) uma clara ameaça ao poder da KPMG, EY, PwC e Deloitte.

Um dos aspectos que não ajudou muito, segundo Ramanna, foi a mudança nas regras contábeis. Durante anos existia uma regra de prudência, onde as pessoas deveriam ser cétidas com respeito ao que a administração de uma empresa informava. A regra da prudência protegeu os investidores contra os otimistas e os desonestos. E ajudou, por muito tempo, o auditor a fazer seu trabalho.

Mas a prudência foi eliminada como parte de um projeto bizarro que despojou os princípios contábeis da necessidade de ser "confiável".

Mas o Reino Unido não irá conseguir quebrar o oligopólio, principalmente em um momento que se discute a saída da Comunidade Europeia. Para Ramanna, mais norma não é a solução.

De fato, pode-se argumentar que não é a falta de regulamentação, mas sim a captura de reguladores por auditores que permitiu que a indústria operasse como tem feito. Se assim for, a proposta de mais regulamentação simplesmente lança óleo no fogo.

(...) Eu suspeito que a concorrência radical e disruptiva da tecnologia fará mais para que a transpiração Big Four agregue valor do que qualquer nova regulamentação. No entanto, eu ficaria muito surpreso se qualquer grande governo, com a possível exceção de Cingapura, fosse tão corajoso a ponto de considerar tal experimento.

19 dezembro 2018

Reino Unido versus Big Four

Os reguladores do Reino Unido terminaram uma investigação sobre a questão da auditoria. As propostas estão no sentido de melhorar a qualidade do trabalho e resolver o conflito de interesses dos auditores que também fazem consultoria.

As Big Four são responsáveis pela auditoria de quase 100% das grandes empresas do Reino Unido. Ao mesmo tempo, uma grande parte da receita é proveniente do trabalho de consultoria, muitas vezes para os mesmo clientes que estão auditando.

Agora a CMA está propondo uma divisão operacional entre as unidades. A proposta é no sentido de melhorar a qualidade da auditoria. A oposição ao atual governo britânico quer uma medida mais radical: a separação dos negócios. Já o CMA reconhece a possibilidade de que a proibição pode acabar com alguns benefícios da consultoria.

Fonte: Aqui

23 novembro 2018

Concentração no mercado de auditoria

Os gráficos mostram a participação das grandes empresas de auditoria nos principais mercados de valores da Europa.Em quase todos eles a participação é acima de 70%. E este percentual tem se alterado muito pouco nos últimos anos. Veja o caso do mercado escandinavo, onde mais de 80% das empresas são auditadas pelas Big Four.
A França parece ser uma exceção, já que a participação das Big Four é de 50% e parece estar diminuindo. Pelo menos duas outras grandes empresas são atuantes neste mercado: Mazar e Grant. Isto pode ser em razão de uma questão cultural, mas as regras de atuação no setor também ajudam.
A seguir o mercado italiano, alemão e londrino.



11 novembro 2018

Big Four expandem nos serviços jurídicos

A ameaça a quebra do oligopólio não está impedindo as grandes empresas de auditoria de promoveram uma forte expansão. Especial destaque no mercado de serviços jurídicos, com potencial de 600 bilhões de dólares. Os escritórios de serviços jurídicos já estão cientes desta ameaça. Um sócio de um deles afirmou:

“[As Big Four] terão um impacto muito grande no mercado intermediário. Eles têm uma base de clientes tão forte e são tão bons em integrar os serviços de negócios em suas ofertas”.

Para isto, as empresas de auditoria estão promovendo uma série de aquisições. Recentemente, a EY anunciou a aquisição de um empresa de tecnologia voltada para área jurídica. Em alguns países, como é o caso do Reino Unido, algumas mudanças regulatórias favoreceram esta expansão, ao permitir de não advogados tivessem escritórios de advocacia.

Um dado revelador desta expansão: somente a PwC possui 2.500 advogados em 85 países. O número das demais (KPMG, EY e Deloitte) é próximo disso: 2.200, 2.100 e 1.800. Ainda é pouco em relação ao total de 890 mil funcionários, mas é um começo.

Uma grande empresa de auditoria é muito grande em relação a um escritório de advogados. A Deloitte tem uma receita de 39 bilhões de dólares, enquanto um grande escritório de rábulas dificilmente tem receita acima de 3 bilhões. A receita combinada das Big Four é de 134 bilhões, ou 22% do mercado potencial de serviços jurídicos, de 600 bilhões.

Leia mais aqui. Fonte da imagem aqui