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Mostrando postagens com marcador Stephen J. Dubner. Mostrar todas as postagens
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15 julho 2015

Resenha: Quando roubar um banco

Como os autores, vou começar pela dedicatória que é uma graça: “Dedicamos este livro aos nossos leitores. Somos perpetuamente surpreendidos pelo seu vigor e agradecidos por sua atenção”. *.*

E aí começa a história. Há dez anos, quando os autores resolveram publicar o livro Freakonomics, decidiram também começar uma web page associada. Por acaso, o site oferecia uma função para blogs... E aí eles começaram a publicar e no livro “When to Rob a Bank” acompanhamos algumas experiências, além das postagens que eles consideram top hits.


As postagens no blog tendem a ser mais informais e casuais quando comparadas a escrita de um livro. Eles acrescentam que “[...] ter o blog nos deu uma boa razão para continuar curiosos e abertos em relação ao mundo”. Durante todos os anos eles continuamente se questionavam porque continuavam a blogar e não havia motivo óbvio já que é uma atividade não remunerada e não havia qualquer evidência que o blog os ajudasse a vender mais cópias do livro. Com o tempo eles perceberam a razão: “nossos leitores adoravam de ler o blog, e nós adorávamos nossos leitores. A curiosidade e inventividade e especialmente a diversão nos mantiveram ali”. E com o livro percebemos todo o espírito disso.


O início do livro, com o primeiro capítulo intitulado “o que blogs e garrafas de água têm em comum?” é super engraçado, com eles explicando como antigamente achavam um absurdo livros vindos de blogs serem publicados porque bastava a pessoa entrar no blog e ler tudo de graça. Mas aí... eles publicaram um.

Alguns textos não me interessaram tanto (especialmente os sobre planos de saúde estadunidenses) , enquanto outros me fizeram gargalhar alto. Eu ri muito quando, por exemplo, ele debateu no blog sobre a possibilidade de aeromoças (ou comissárias de bordo) ganharem gorjeta, já que elas prestavam um serviço similar aos de garçonete, por exemplo. Ele colocou várias justificativas plausíveis, os comentários do blog o deixaram bem animados e ele colocou a ideia em prática: tentou dar a tal da gorjeta. A comissária de bordo ficou ofendida e ralhou com ele. A forma como ele descreve a situação é hilária.

Também ri quando, no capítulo “Estávamos Apenas Tentando Ajudar” – foi a postagem que gerou mais cartas e correspondências desde a história da relação entre crime e aborto publicada no primeiro livro (leia aqui). Na postagem original ele diz que se fosse um terrorista com recursos limitados e quisesse maximizar o terror, organizaria vários ataques simultâneos, em diversos locais do país. Teria que ser aleatório para cada um achar que seria uma possível vítima, de preferência fechando o comércio, porque quando isso acontece as pessoas tem mais tempo para pensar em seus infortúnios e então o medo aumenta, e se possível fazendo com que o governo tenha que publicar diversas leis e gastar um bocado para lidar com a situação. E o que isso causou? Diversas correspondências questionando se ele era um traidor, um imbecil, ou ambos. Também pediram que ele fizesse uma postagem listando formas de combater o terrorismo. Se você ler com desapego, puramente racional e sem considerar as “emoções do absurdo” é um capítulo extremamente inteligente e bem versado.

Então esse é o espírito do livro.

Vale a pena? Você pode dar uma passada no blog e ler algumas postagens se ainda não o fez. Caso goste do que lê, vale sim a pena comprar o livro. Ainda não há a versão traduzida, mas fique atento caso ler em inglês não lhe seja agradável. Eu comprei o e-book e pretendo comprar o livro físico tão logo seja possível (leia-se: quando houver promoção, mais provavelmente no Black Friday).
E a resposta para a pergunta do livro? Simplificando, qualquer dia é um bom dia para roubar um banco, desde que você não resolva agir no mesmo dia que outros ladrões. Isso porque vocês entrarão no caminho um do outro e ainda terão que dividir o produto.


LEVITT, Steven D.; DUBNER, Stephen J. When to Rob a Bank: ...And 131 More Warped Suggestions and Well-Intended Rants. Harper-Collins, 2015.

Se decidir comprar o produto, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado aos seguintes programas:
Amazon Brasil
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Submarino
ShopTime
SouBarato.com.br

Evidenciação: Livro adquirido com recursos particulares, sem ligações com os escritores ou a editora.

05 abril 2014

Novo livro de Levitt e Dubner

No dia 13 de maio será lançado nos Estados Unidos o livro da trupe Freakonomics, Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner, intitulado Think Like a Freak: The Authors of Freakonomics Offer to Retrain Your Brain. A tradução livre é algo como “Pense como um Freak*: Os Autores de Freakonomics se Oferecem para Retreinar o seu Cérebro”.

*É a palavra-chave da “grife” deles então nem imagino como (e se) será traduzido.

Para muitos o twitter está morto, para tantos outros, não. Após divulgar a pré-venda na plataforma, houve um aumento de vendas considerável seguido por um tweet de agradecimento dos autores:


Eles agradecem pois estão em 321 no ranking de vendas. Antes de anunciar o livro a seus "seguidores", estavam na posição 22.243.

Segundo a sinopse, com a marca registrada de misturar análises não convencionais com a forma cativante de contar histórias, os autores nos levam para dentro do seu processo intelectual e nos ensinam a pensar de forma mais produtiva, criativa e racional – ou seja, pensar como um Freak.

Alguns dos passos:

- Primeiro deixe de lado a sua bússola moral – porque é difícil ver um problema claramente se você já decidiu o que fazer em relação a ele.

- Aprenda a dizer “eu não sei” – porque até você conseguir Admir o que você ainda não sabe, é virtualmente impossível que você aprenda o que precisa.

- Pense como uma criança – porque você aparecerá com ideias melhores e fará perguntas melhores;

- Faça um mestrado em incentivos - porque para melhor ou pior, incentivos comandam o mundo;

- Aprenda a persuadir pessoas que não querem ser persuadidas – porque estar certo raramente é o suficiente para seguir o dia;

- Aprenda a apreciar a vantagem de desistir – porque você não poderá resolver os problemas de amanhã se não estiver disposto a abandonar os fracassos de hoje.


No Brasil o livro também estará disponível para download, mas ainda em inglês: por R$ 33,90 na Amazon brasileira (na americana: US$15,29); R$24,99 na Livraria Cultura. Interessante é a Saraiva que está indicando a venda de duas edições (que acredito serem cópias impressas): uma da Harpercollins USA por R$ 57,00 e outra, da Penguin Books UK por R$ 83,50.

Os preços foram pesquisados no dia 3 de abril e devem sofrer alterações.