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02 janeiro 2022

Faleceu Tanzi, do escândalo contábil da Parmalat


Faleceu Tanzi, o empresário que foi responsável pelo escândalo da Parmalat. Eis uma notícia sobre ele :

Uma carreira que começou na pequena empresa familiar dos arredores de Parma e que se transformou numa multinacional, e terminou com condenações e prisão por falência: o ex-patrão da Parmalat e da equipa de futebol do Parma, Calisto Tanzi, morreu este sábado aos 83 anos. Estava em prisão domiciliária e ali cumpria pena de 17 anos e 5 meses após os julgamentos pelo colapso do grupo de laticínios que fundou. Em meados de dezembro, foi hospitalizado por causa de uma infeção pulmonar.

Figura popular na cidade, Tanzi fundou a Parmalat em 1961, após abandonar a faculdade, e foi o protagonista de uma parábola que começou com o seu enorme crescimento e terminou dramaticamente com a falência em 2003 e os julgamentos que se seguiram e que lhe custaram a prisão.

A marca ganhou grande protagonismo graças ao desporto: o seu nome esteve ligado, nas décadas de 80 e 90 do século passado, ao esqui, à Fórmula 1 e depois futebol.

Tanzi nasceu em Collecchio em 17 de novembro de 1938. Formado em contabilidade, interrompeu os estudos com a morte do pai para o substituir na direção de um pequeno negócio familiar de queijos curados e conservas.

Tinha apenas 22 anos quando fundou a sua empresa de leite em 1961, pegando na antiga empresa familiar do seu avô e transformando-a numa multinacional com mais de 130 fábricas em todo o mundo. Expandiu para o setor alimentar, para o turismo, TV e futebol. Terá sido um excesso: segundo a definição dos investigadores, a Parmalat tornou-se “a maior fábrica de dívidas da história do capitalismo europeu”. Acumulou 14,5 mil milhões de dívidas, destruindo as economias de dezenas de milhares de investidores.

Tanzi também tinha laços com o mundo da política e das finanças, especialmente no ambiente católico conservador. Quando os problemas surgiram, tentou tapar os buracos financeiros com outras aquisições imprudentes, com um recurso massivo ao crédito.

As maiores dificuldades começaram em 1999, quando adquiriu a Eurolat do grupo Cirio, do empresário Sergio Cragnotti com o recurso a uma dívida contraída no Banca di Roma, a que se seguiu, com o mesmo patrocinador, a aquisição de uma empresa de águas minerais. Aí se deu o início da contração de dívida para pagar outras dívidas, num movimento que nunca mais conseguiu parar.

Em 27 de dezembro de 1999, Tanzi foi preso e assim começou a questão judicial, após a aventura empresarial. Em dezembro de 2010, Tanzi foi condenado a 18 anos de prisão por um crash de 14 mil milhões de euros.

Atualmente, a Parmalat é controlada pela gigante francesa Lactalis, que mantém a fábrica de Collecchio, onde recentemente foram anunciados importantes investimentos.

13 junho 2012

Contabilidade da Parmalat

A CVM aplicou multa com respeito a administração da Parmalat Alimentos, incluindo o colegiado. Mas eis um aspecto interessante para a contabilidade:

Além disso, a CVM julgou Andrea Ventura responsável por não observar os princípios de contabilidade, nem o pronunciamento do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil sobre transações entre partes relacionadas.

Assim, Andrea Ventura, que era diretor responsável pela elaboração das demonstrações financeiras da Parmalat Alimentos, terá que pagar uma outra multa de R$ 200 mil.

Ventura e a Parmalat Participações foram absolvidos da responsabilidade de terem elaborado demonstrações financeiras "maquiadas".

Segundo a CVM, os acusados podem apresentam recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

10 dezembro 2010

Parmalat: ex-chefe condenado

Calisto Tanzi, fundador e ex-proprietário do grupo italiano Parmalat, cuja falência em 2003 deixou um buraco de 14 bilhões de euros, foi condenado nesta quinta-feira por um tribunal de Parma (norte) a 18 anos de prisão, anunciaram os meios de comunicação locais.

A sentença foi pronunciada pela corte depois de mais de cinco horas de deliberações a portas fechadas.

A promotoria de Parma pediu uma pena de 20 anos de prisão para Tanzi, fundador do grupo alimentar italiano e considerado o "cérebro" da fraude que provocou a falência da maior multinacional italiana da alimentação.

Outras 16 pessoas foram julgadas por fraude, bancarrota e formação de quadrilha.

O caso Parmalat, considerado um dos maiores escândalos financeiros da Europa, explodiu em dezembro de 2003 depois da descoberta de um buraco contábil de mais de 21 bilhões de dólares ao câmbio atual.

Parmalat, que foi declarada insolvente poucos dias depois, empregava então 36.000 pessoas em 30 países e tinha fábricas e investimentos em quase toda a América Latina, em particular no Brasil.


Ex-patrão da Parmalat condenado a 18 anos de prisão - Qui, 09 Dez 2010, 03h20 - AFP

Foram sete anos antes do julgamento. É muito tempo.

13 outubro 2010

Parmalat

MILÃO (AFP) - O tribunal de Milão (norte da Itália) aceitou o pedido de prisão apresentado pela promotoria contra Calisto Tanzi, ex-dono do grupo Parmalat, cuja falência em 2003 deixou um rombo de 14 bilhões de euros, informaram nesta terça-feira fontes judiciais.

Tanzi, de 71 anos, que se encontra livre devido à idade, não será preso até que a corte de cassação se pronuncie em definitivo.

Os advogados do ex-fundado e ex-dono da Parmalat anunciaram que apresentarão um recurso ante o tribunal.

Tanzi foi condenado em 2008 a dez anos de prisão por informação privilegiada no mercado de ações e cumplicidade em falsos balanços, pena confirmada em maio passado.


Tribunal italiano aceita pedido de prisão de ex-dono da Parmalat
Ter, 12 Out, 04h51

27 maio 2010

Dono da Parmalat condenado

O escândalo da Parmalat foi um dos mais famosos dos últimos anos. A empresa italiana, então com atuação no Brasil na área de laticínios, fraudou suas demonstrações contábeis. Agora a condenação do dono. Eis a notícia:

O Tribunal de Apelações de Milão confirmou nesta quarta-feira (26) a condenação a dez anos de prisão do ex-dono da Parmalat, Calisto Tanzi, no processo de falência do grupo agroalimentar italiano, informou a agência de notícias Ansa.

A Corte, no entanto, não acatou o pedido do Ministério Público de uma pena mais alta, de 11 anos e um mês de prisão.

Acusado de especulação na bolsa, de dificultar a atividade dos órgãos de vigilância e de ser cúmplice de falsificações em relatórios, Calisto Tanzi, fundador e ex-dono do grupo, foi condenado no fim de 2008.

O advogado de Tanzi, Giampiero Biancolella, informou que seu cliente irá recorrer.

O tribunal ainda condenou Giovanni Bonici, ex-presidente da Parmalat da Venezuela, a dois anos e meio de prisão e Luciano Silingardi, antigo administrador independente do grupo, a três anos, mesmo com os dois tendo sido absolvidos em primeira instância.

Por outro lado, as absolvições de três antigos dirigentes do banco americano Bank of America e de dois administradores do grupo foram confirmadas, apesar de irem contra a solicitação do Ministério Público, que queria as condenações.

Tanzi deve ainda pagar € 100 milhões para ressarcir 32 mil investidores afetados pela falência da Parmalat.

O processo de Milão começou em 2005 e é o primeiro de uma longa série de problemas com a Parmalat.

O maior processo, relativo à falência, em número de prejuízos e penas aplicadas foi aberto em março de 2008 em Parma, cidade sede do grupo. Tanzi foi julgado por falência fraudulenta.

Referência da economia italiana, a Parmalat empregava, na época, 36 mil pessoas em 30 países, reunia diversas empresas e estava presente no futebol, com o clube Parma, e no turismo.

Sua falência em 2003 representou um dos escândalos financeiros mais graves da Europa e engoliu as economias de 135 mil investidores, deixando um buraco de cerca de € 14 bilhões
.


Ex-dono da Parmalat é condenado a 10 anos de prisão
Brasil Econômico - Por AFP - 26/05/10 14:39

Todas as notícias da Parmalat deste blog aqui

24 novembro 2009

Auditoria da Parmalat

Auditorias indenizam investidor da Parmalat
Por David Glovin, Bloomberg, de Nova York - Valor Econômico - 23/11/2009

As empresas de auditoria e consultoria Grant Thornton e Deloitte & Touche vão pagar um total de US$ 15 milhões para resolver um processo no qual investidores da Parmalat Finanziaria, da Itália, acusam as firmas de contabilidade de ajudar a fraudá-los, segundo consta em documentos que deram entrada na Justiça na sexta-feira.

A Deloitte, com sede em Nova York, vai pagar US$ 8,5 milhões, e a Grant Thornton, de Chicago, US$ 6,5 milhões, segundo os documentos que pedem ao juiz distrital de Nova York, Lewis Kaplan, que aprove o acordo preliminar firmado entre as partes. "O acordo encerra o litígio com a Parmalat", diz James Sabella, um advogado dos investidores que processaram as duas firmas de contabilidade.

O advogado, que trabalha para a Grant & Eisenhofer, de Nova York, chamou o acordo de um bom resultado. Decisões recentes de Kaplan "reduziriam dramaticamente os danos máximos recuperáveis" se o caso fosse a julgamento, disse ele anteriormente.

Os investidores recuperaram cerca de US$ 91 milhões no caso, disse Sabella. Antes disso, o Credit Suisse First Boston e o Banca Nazionale del Lavoro já haviam pago um total de US$ 50 milhões, e a Parmalat (após a reorganização realizada pela companhia), US$ 26 milhões.

As reivindicações dos investidores contra o Citigroup e o Bank of America (BofA) foram negadas. Sabella disse que o acordo é notável porque quem está pagando são "as organizações guarda-chuva, ou de coordenação internacional", das duas firmas de contabilidade, e não as entidades que fizeram o trabalho de auditoria. Essas organizações guarda-chuva tentaram escapar da responsabilidade legal. [1]

A Parmalat Finanziaria pediu concordata em dezembro de 2003, depois que investidores alegaram uma enorme fraude. A companhia sucessora abreviou seu nome para Parmalat SpA e voltou a ser negociada no mercado de ações em 2005.

Os investidores processaram a Parmalat, seus bancos e auditores por causa da implosão da companhia. Os investidores da ação coletiva alegaram que os auditores da Parmalat deveriam ser responsabilizados pela fraude supostamente contábil.

O problema na Parmalat aconteceu logo depois dos escândalos contábeis das empresas Enron e WorldCom, que levaram a uma profunda mudança de regulação no mercado de capitais americano.

Com o colapso dessas companhias, foi criada, em 2002, a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) [2]. A nova legislação tornou a rotina das auditorias mais rigorosa, exigiu que a administração das empresas atestasse a veracidade dos demonstrativos financeiros e impôs que determinados comitês dos conselhos de administração tivessem uma maioria de membros independentes.


[1] Isto é uma novidade. No caso da empresa hindu Samtyam a PwC alegou que não possuía responsabilidade na auditoria.
[2] O texto foi infeliz, já que o escândalo da Parmalat é de 2003.

29 julho 2009

Parmalat

Bank of America pagará 100 mln dlr a Parmalat por acuerdo legal
Reuters - Noticias Latinoamericanas - 28/7/2009

Bank of America Corp acordó pagar 100 millones de dólares a Parmalat SpA para resolver una demanda, que se presentó hace cinco años y en la que se acusa al banco estadounidense de ayudar a que la empresa láctea italiana escondiera sus deudas, lo que provocó su colapso en el 2003.

El pago incluye una parte en efectivo y otra que no lo es, dijo el martes el banco.

Parmalat ha presentado demandas en Estados Unidos buscando 10.000 millones de dólares de compensaciones de Bank of America , Citigroup Inc y los auditores Deloitte Touche Tohmatsu y Grant Thornton LLP.

Los detalles del acuerdo estarán disponibles una vez que se presente en la corte estadounidense de distrito del Distrito sur de Nueva York, dijo el banco en un comunicado.

Como parte del acuerdo, Bank of America retiró reclamos contra de Parmalat en Estados Unidos, y los que presentó en una corte de bancarrota de Parma, en Italia, donde tiene su sede central Parmalat.

Parmalat colapsó bajo el peso de una deuda de 14.000 millones de euros (19.900 millones de dólares), después de descubrir una hoyo de 4.000 millones de euros en su contabilidad. La empresa se reestructuró y volvió a cotizar en la bolsa de Milán en el 2005.

Enrico Bondi, presidente ejecutivo de Parmalat, recuperó varios cientos de millones de dólares de empresas a través de litigios tras el colapso.

13 janeiro 2009

Caso Parmalat

Deloitte entra em acordo com CVM sobre caso Parmalat
Valor Online
08/01/2009 20:41

A auditoria independente Deloitte e seus sócios Wanderley Olivetti e Michael John Morrel firmaram um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e vão pagar um total de R$ 400 mil para encerrar um processo administrativo em função do caso Parmalat. Desse total, R$ 300 mil são relativos à Deloitte e R$ 50 mil à cada executivo.

De acordo com comunicado divulgado pela autarquia, a auditoria, que prestava serviços de auditoria independente para a Parmalat, era acusada no processo de não ter emitido, no período de 2000 a 2003, os pareceres e os relatórios de revisão especial de acordo com as normas contábeis vigentes. Os dois sócios também tinham sido acusados no processo porque eram os responsáveis pela emissão dos pareceres de auditoria e relatórios de revisão especial em questão.

Como a diretoria colegiada da CVM aceitou a proposta de termo de compromisso, os processos e as acusações ficam suspensos em relação aos que firmaram o acordo. Após o cumprimento dos termos do acordo, o processo é extinto. A Parmalat Alimentos (que era a empresa operacional) e a Deloitte eram partes do mesmo processo administrativo, aberto pela CVM em 2005, após um inquérito que apurou irregularidades no processo de reestruturação da Parmalat Brasil S/A, iniciado em 2000. Em 2003, ocorreu o pedido de concordata da companhia.

A Deloitte já tinha feito uma proposta anterior, de pagar um total de R$ 50 mil para fechar o termo, porém os diretores da autarquia rejeitaram, em outubro do ano passado. A auditoria alegou à CVM que a empresa auditada, a Parmalat, já havia feito um acordo com a autarquia, no valor de R$ 70 mil. Depois da rejeição da primeira proposta, o comitê de termos de compromisso da CVM iniciou um processo de negociação com a Deloitte e o valor final foi acertado em R$ 400 mil.
(...)
(Catherine Vieira | Valor Econômico, para o Valor Online)

19 dezembro 2008

Executivo da Parmalat condenado

Tanzi, ex-Parmalat, é condenado à prisão
Gazeta Mercantil - 19/12/2008

Calisto Tanzi, ex-dono do grupo italiano Parmalat, cuja quebra no fim de 2003 e deixou um rombo de mais de 14 bilhões de euros, foi condenado ontem a dez anos de prisão por um tribunal de Milão, anunciou a imprensa local. Na segunda-feira, a promotoria havia pedido 13 anos de prisão para Tanzi, alegando que não deveria se beneficiar de circunstâncias atenuantes. O fundador da Parmalat era processado por manipulação de cotações na Bolsa, cumplicidade na falsificação de balanços com auditores de contas e obstrução às auditorias.

Escândalo financeiro

Esse é o primeiro julgamento no caso da bancarrota do gigante do setor de alimentos, um dos maiores escândalos financeiros dos últimos anos na Europa.

No Natal de 2003, a Parmalat admitiu ter um rombo de 3,95 bilhões de euros em sua contabilidade e pouco tempo depois a empresa entrou com um pedido de concordata. Após este pedido, foram descobertos os rombos.

O escândalo pela quebra da Parmalat bateu recordes em perdas e passou a ser considerado o "Enron europeu", numa comparação com o caso relacionado ao maior desfalque financeiro ocorrido nos Estados Unidos.

O valor do "rombo" descoberto em dezembro de 2003 após uma série de fraudes contábeis foi de 14,27 bilhões euros. O escândalo financeiro fez com que 135 mil investidores italianos perdessem suas aplicações em ações da Parmalat.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(AFP)

07 outubro 2008

Prisão na Parmalat


Promotores pedem 13 anos de prisão para ex-presidente
Reuters - 7/10/2008
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro

Promotores italianos pediram pena de prisão por 13 anos para o antigo presidente da companhia de alimentos Parmalat ontem, depois do colapso da companhia em 2003, em um dos maiores escândalos financeiros da Europa.

O executivo Calisto Tanzi está entre oito antigos executivos e banqueiros envolvidos no processo em Milão. A promotoria afirmou que Tanzi era "o centro, que cobriu a todos" no caso.

Os promotores pedem penas que vão de três anos e seis meses a seis anos de detenção para os outros acusados, incluindo três antigos executivos do Bank of America. Eles pedem multa de 300 mil euros (408 mil dólares) e o confisco de 600 mil euros da auditoria Italaudit, cujo nome anterior era Grant Thornton. Esta é a primeira vez que os promotores desse processo recomendam a prisão de Tanzi. Veredito ao caso não é esperado em meses. A Parmalat sucumbiu em 2003 com rombo de 14 bilhões de euros em sua contabilidade.

14 junho 2008

Links

1. SEC anuncia uma comissão para modernizar a contabilidade de empresas de petróleo e gás (SEC Staff Recommends Commission Action to Modernize Oil and Gas Reporting Requirements)

2. O Fasb anunciou planos para melhorar (o que não é muito difícil) o FAS 133, Accounting for Derivative Instruments and Hedging Activities, reduzindo as mais de 800 páginas de regras e orientações. Data proposta da nova regra: 2009

3. Dois bancos suíços encerram sua participação no caso Parmalat

4. Rede Globo manipula o som do jogo Coríntians e Sport para parecer que a torcida corintiana era maior aqui e aqui

17 maio 2008

Parmalat em 2003

Quando teve problemas, a Parmalat desmentiu uma velha máxima da contabilidade, que afirmava:

"os dois números certos de uma demonstração contábil são o valor do caixa e o número do registro da empresa"

Na época, a empresa tinha registrado na contabilidade um valor do caixa, que mostrou não existir. Agora, uma notícia da Bloomberg (Parmalat Had Little Cash Left, Executive Testifies, 17/5/2008) afirma que talvez a empresa tivesse 6,5 milhões de euros em caixa seis dias, mais do que os 4 bilhões declarados.

19 março 2008

Parmalat perdoada


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) anunciou que firmou Termo de Compromisso com a Parmalat Alimentos, pelo qual a empresa vai pagar R$ 70 mil para encerrar um processo por conta de incorreções nos balanços da companhia entre 2000 e 2003.

De acordo com o processo, quando ainda era controlada pela italiana Parmalat SpA, a empresa "iniciou um processo de venda de ativos, desativação de unidades produtivas e de distribuição, e transferência de equipamentos para outras unidades da companhia, incorrendo em custos e despesas, assim como em perdas de capital, considerando-se o registro contábil líquido de certos bens a valores superiores aos de mercado".

Ainda segundo a CVM, foram realizadas também operações com parte relacionadas, pelas quais a controladora creditava a conta de resultados da subsidiária brasileira, "maquiando o balanço" da companhia.

Ao sugerir o Termo de Compromisso, o que ocorreu pela primeira vez no segundo semestre do ano passado, a nova administração da Parmalat argumentou que as incorreções foram corrigidas e que passaram pelo crivo de uma nova firma de auditoria independente, a KPMG.

Em outubro, a empresa sugeriu fazer uma doação de R$ 20 mil para o programa Fome Zero do governo federal para que o processo fosse encerrado, proposta rejeitada pela autarquia. Agora, o valor foi elevado para R$ 70 mil e será pago para a própria CVM.

Em comunicado, a Comissão de Valores Mobiliários reforça que foi arquivado apenas o processo contra a empresa Parmalat Alimentos, sendo mantidas as investigações sobre as práticas de outros acusados ligados ao caso.

Parmalat Alimentos pagará R$ 70 mil à CVM para encerrar investigação
Valor News - 18/3/2008


SÃO PAULO, 18 de março de 2008 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou a proposta de celebração de Termo de Compromisso feita pela Parmalat Brasil em recuperação judicial. A Parmalat apresentou proposta de pagamento à CVM de R$ 70 mil, o que suspende o processo, embora tenha continuidade para os demais acusados. Após o cumprimento das obrigações previstas no termo de compromisso, a acusação referente à Parmalat será arquivada.

A Parmalat foi responsabilizada por não ter observado, ao elaborar suas demonstrações financeiras anuais e trimestrais, as normas brasileiras de contabilidade. e por ter cometido falhas na elaboração de notas explicativas (omissão de informações relevantes) referentes a transações envolvendo partes relacionadas

ALIMENTOS: CVM suspende processo contra Parmalat - (Redação - InvestNews) - 18/3/2008


São Paulo, 19 de Março de 2008 - A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) anunciou ontem que, em reunião de seu órgão colegiado realizada em 26 de fevereiro, aprovou a proposta de termo de compromisso feita pela Parmalat Brasil.

A empresa, que está atualmente em fase de recuperação judicial, era acusada em um processo de 2005. A companhia propôs o pagamento de R$ 70 mil para suspender o processo, o que foi aceito pelo colegiado da autarquia.

Entre outras irregularidades, a Parmalat foi responsabilizada por descumprir, na elaboração de suas demonstrações financeiras anuais e trimestrais, as normas brasileiras de contabilidade. A infração cometida fere o artigo 177 da lei n 6.404.

Outra condenação a que a empresa foi submetida refere-se a falhas cometidas pela empresa na elaboração de notas explicativas.

Para a autarquia federal que regula o mercado de capitais brasileiro, a empresa omitiu informações relevantes referentes a transações envolvendo partes relacionadas à execução de seus negócios. Com a aceitação da proposta de acordo da Parmalat pelo colegiado da CVM, o processo ficará suspenso. No entanto, haverá sua continuidade para os demais acusados. Após o cumprimento das obrigações previstas no termo de compromisso, a acusação referente à Parmalat será arquivada pelo órgão regulador.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Luciano Feltrin) - Parmalat Brasil faz acordo com CVM - 19/3/2008