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21 novembro 2017

História do Petróleo na Venezuela em um gráfico

O gráfico mostra a produção de petróleo da Venezuela por habitante. Na sua origem, o destaque para o período bolivariano, a partir de 1998, quando a produção caiu de 60 barris para quase 20. Entretanto, os problemas começaram antes. Em 1971, o presidente Rafael Caldera aprovou uma lei de nacionalização da indústria de petróleo. Coincide com o início da decadência. Logo a seguir, em 1973, criou-se a PDVSA.

A partir dos anos 80 a produção ficou entre 40 e 60 barris por habitante.

11 outubro 2011

Petrobras e PDVSA


Sobre a parceria entre a Petrobrás e a PDVSA, eis uma notícia interessante:

A estatal brasileira cobra da PDVSA o pagamento até 30 de novembro de 40% do que já gastou na obra. Mas, antes de quitar a dívida, a companhia da Venezuela pretende esmiuçar a prestação de contas que será apresentada pela parceira do Brasil. 


Firmada em 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a aliança entre Petrobrás e PDVSA acaba de receber o aval do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição aprovou as garantias apresentadas pelos venezuelanos para participar de 40% da sociedade empresarial que constrói a refinaria. 


Agora, a Petrobrás quer receber os 40% do dinheiro que já gastou, fora os valores do empréstimo de R$ 10 bilhões contraído em 2009 no BNDES. 


Nos contatos com a parceira, a companhia estatal da Venezuela reconhece a condição de devedora, mas avisa que checará os valores fixados. A Petrobrás ainda não revelou o total das despesas que teve. 


Assim que o fizer, a PDVSA planeja examinar a razão dos gastos e as fórmulas que embasaram os cálculos. Ao longos dos últimos anos, Petrobrás e PDVSA já discordaram dos valores de compra de equipamentos. (...)


Em julho, o Estado revelou que a estatal da Venezuela questionava, nas mesas de negociação com os representantes da Petrobrás, os custos apresentados para a construção da refinaria. Em 2006, quando do anúncio da parceria, o empreendimento foi orçada em US$ 4,4 bilhões. Hoje, extraoficialmente, a Abreu e Lima custará cerca de US$ 15 bilhões. 


A exigência do pagamento de 40% dos gastos foi repetida na semana passada pelo diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Ao Estado, o executivo disse que não basta à PDVSA, para ser aceita na sociedade que constrói a refinaria, ter apresentado as garantias bancárias que a habilitam a participar do negócio. Será preciso pagar o equivalente a 40% do dinheiro gasto pela Petrobrás até agora. E a data-limite é o próximo 30 de novembro. 


Costa não disse qual será o valor. Segundo ele, as quantias ainda estão sendo avaliadas. No primeiro semestre deste ano, a Petrobrás calculou que o dinheiro do BNDES acabaria em agosto. O mercado avalia que, passados dois meses, pelo menos mais US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,8 bilhão) já foi gasto pela brasileira. 

É estranho que os valores gastos ainda não estejam prontos. Seria uma forma da empresa E como o prazo é 30 de novembro para a PDVSA participar com as garantias, e dado que os valores ainda não foram estimados, isto é sinal de problemas adiante.

(Foto: Chavez, presidente da Venezuela, e o presidente da Petrobras, aqui)

15 dezembro 2010

Petrobras, PDVSA e a Refinaria de Pernambuco

A Petrobras admitiu nesta terça-feira a "hipótese" de que a venezuelana PDVSA desista da refinaria binacional que ambas concordaram construir em Pernambuco e cujas obras foram iniciadas apenas com recursos brasileiros.

O diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, admitiu nesta terça-feira em entrevista coletiva que a companhia brasileira adiou alguns investimentos na refinaria por conta da "hipótese" de que a empresa venezuelana finalmente desista do negócio.

(...) Segundo Costa, há a necessidade de comprar uma unidade especial de redução de enxofre que custa entre US$ 350 milhões e US$ 400 milhões para poder processar o petróleo venezuelano, mas a empresa não efetuará a compra enquanto a indefinição se mantiver [1]. De acordo com o diretor de abastecimento, a estatal está trabalhando com a hipótese de ter que assumir o projeto sozinha. [2]

A entrevista foi concedida nesta terça-feira no Rio de Janeiro, e contou ainda com a presença do presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, que apenas duas semanas atrás havia manifestado sua confiança na resolução dos problemas. [3]

Costa disse que, para garantir sua parte no projeto, a PDVSA teria que desembolsar R$ 7,6 bilhões como contrapartida a empréstimos assumidos pela Petrobras e às despesas que já fez na construção da refinaria. [4]

O dirigente explicou que, apesar dos acordos já terem sido assinados e não haja nenhum impedimento contratual, a PDVSA precisa superar dois empecilhos que a impedem de assumir sua parte na refinaria.

O primeiro é a responsabilidade por 40% de um empréstimo já concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e no qual sua parte equivale a R$ 3,6 bilhões. Também é necessário que faça uma contribuição de capital de 40% do que a Petrobras já investiu na refinaria, o que significa que teriam que desembolsar mais R$ 4 bilhões.

Costa disse que Petrobras não tem nenhuma previsão de quando a PDVSA conseguirá solucionar esses problemas e acrescentou que, enquanto isso, a construção da refinaria "avança rapidamente" com a meta de que seja possível começar a operar no final de 2012. EFE


Petrobras admite hipótese de desistência da Venezuela em refinaria conjunta - EFE

[1] Esta unidade é para processar o petróleo venezuelano, tradicionalmente conhecido por ter uma elevada parcela de enxofre. Ao não comprar a unidade, a Petrobras está assumindo que a parte do fornecimento do petróleo da Venezuela não irá ocorrer, não sendo necessária a unidade.
[2] Um pergunta: isto muda o tratamento contábil para Petrobrás? Não, pois a refinaria continuaria sendo controlada pela empresa.
[3] De novo ele. Veja a postagem sobre insistência irracional de hoje.
[4] O mercado sabe que a situação financeira da PDVSA não é boa. Recursos em caixa é algo que a empresa venezuelana não possui.