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Mostrando postagens com marcador Goldman Sachs. Mostrar todas as postagens
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26 outubro 2020

Punindo o executivo, não a entidade


O Goldman Sachs admitiu ser culpado, pela primeira na sua história de 151 anos, pelo que aconteceu com sua subsidiária na Malásia, no escândalo do 1MDB. O Goldman foi uma das instituições que participou do gerenciamento inadequado do fundo soberano do país asiático. A multa deverá ser de mais de 5 bilhões de dólares. Este valor já tinha sido contabilizado no balanço do banco. 

O Goldman deverá recuperar 174 milhões dos salários que foram pagos para os executivos. Isto é algo bastante interessante. Na época do escândalo, os executivos Lloyd Blankfein (CEO), Gary Cohn (COO) e David Viniar (CFO) receberam remuneração de desempenho. O atual presidente, David Solomon, e outros executivos, também deverão devolver parte do salário recebido. 

“O ponto importante é que tirar dinheiro do bolso de um humano é mais eficaz do que tirar dinheiro da conta corrente de uma empresa”, afirmou Joseph Grundfest, professor de direito de Stanford e ex-S.E.C., para o New York Times. Além disto, se o pagamento é feito pela executivo, o acionista não seria punido. É bem verdade que o valor a ser pago é bem reduzido em relação a remuneração recebida pelos executivos. Um CEO deste nível recebe mais de 20 milhões por ano.

06 junho 2020

Valor da indenização

O escândalo do 1Malaysia Development Berhad ou 1MDB foi um dos maiores escândalos de corrupção nos anos recentes. Fundado em 2009, o fundo era constituído por recursos oriundos do petróleo. Logo no início, o fundo contou com o apoio do banco de investimentos Goldman Sachs na venda de títulos. O problema é que parte dos recursos do fundo foram depositados nas contas pessoais do então primeiro ministro do país. Acredita que Razak, o ex-primeiro-ministro, tenha desviado 700 milhões de dólares para suas contas pessoais. Mas Razak não foi o único que ganhou muito dinheiro com o fundo; Jho Low, um "financista" e conselheiro, pode ter desviado uma quantia semelhante.

As investigações revelaram problemas sérios de governança, auditoria e transparência na gestão do fundo. Dentre as empresas envolvidas, a Goldman Sachs seria aquela que mais se beneficiou das falcatruas. E por isto, o novo governo da Malásia busca obter uma indenização. Há uma estimativa que o prejuízo causado seja de 6,5 bilhões.

Inicialmente a GS tentou um acordo não litigioso no valor de 1,5 bilhão de dólares, bem acima do que ganhou com comissões, estimado em 600 milhões. O governo da Malásia recusou a proposta. Agora, segundo a Reuters, o governo da Malásia afirmou que não irá aceitar nem uma compensação de 3 bilhões, embora não tenha sido dita qual seria uma quantia "aceitável".

(Foto: Miranda Kerr, uma das pessoas beneficiadas com o dinheiro da 1MDB)

02 fevereiro 2019

Goldman Sachs e o 1MDB

No passado, o governo da Malásia tinha um fundo soberano denominado 1MDB. Com o tempo, este fundo tornou-se uma fonte de recursos para políticos corruptos; até algumas celebridades aproveitaram do dinheiro, sabendo ou não da origem escusa do dinheiro.

Nesta semana, o governo da Malásia puniu uma das empresas responsáveis pelo escândalo: a empresa de auditoria responsável de verificação das aplicações que parece que sabia sobre o que estava ocorrendo.

Talvez antecipando a uma punição, a empresa Goldman Sachs resolveu reter um bônus, no valor de 7 milhões de dólares, que seria pago para um ex-executivo. Esta retenção será até quando as investigações sobre o envolvimento do banco no escândalo for esclarecida. Outros executivos podem ter seus proventos reduzidos se for comprovado que seu "desempenho" foi ajudado pelo papel que o banco teve na venda de títulos que arrecadaram 6,5 bilhões de dólares.

(Foto: Miranda Kerr, que ganhou presentes de um dos envolvidos)

19 dezembro 2018

Malásia e Goldman

Já contamos aqui o caso do trambiqueiro da Malásia. A história de Jho Low, um financista que usou dinheiro público para pagar celebridades (Paris Hilton), namoradas (Miranda Kerr e Elva Hsiao) e amigos (Foxx, Di Caprio e Alicia Keys. Isto resultou na prisão do primeiro-ministro e na devolução de um iate, símbolo da corrupção.

Agora o governo do país asiático esta processando a Goldman Sachs por cumplicidade na fraude em um fundo chamado 1MDB (nenhuma relação com um partido político brasileiro). Apesar da negativa da empresa, suas ações caíram diante da possibilidade de ter que pagar alguma indenização no futuro.

Ainda vai chegar o momento da empresa de auditoria do fundo.

30 maio 2017

Aposta do Goldman

O sempre controverso Goldman Sachs esteve recentemente envolvido numa operação financeira que, eventualmente, poderia ajudar o regime venezuelano de Nicolas Maduro. Segundo informação do Wall Street Journal (via aqui), o Goldman recentemente adquiriu títulos emitidos pela empresa de petróleo PDVSA, num valor de face de quase 3 bilhões de dólares.

Comandando um país falido, com elevada inflação e recessão econômica, Maduro tem honrado as dívidas do seu país. O Goldman, que pagou o investimento com um desconto de 31% em relação a outros títulos, aposta também numa eventual mudança no governo da Venezuela. A oposição criticou o Goldman, que estaria ajudando o atual governo.

O Goldman é uma instituição financeira muito polêmica. Envolvido na crise financeira de 2007, nos problemas da AIG, além de escândalos na Líbia e Malásia, para o Goldman a compra de títulos

é apenas uma outra oportunidade única de capitalizar em títulos altamente arriscados que podem aumentar seu valor se a aposta funcionar ou pode ruir, caso contrário. O resto, como é o caso de tantas vezes, é irrelevante para Goldman.

01 maio 2017

A volta do Glass-Steagall Act?

Donald Trump afirmou estar planejando reintroduzir nos Estados Unidos legislação que obriga a separação entre os bancos comerciais e os bancos de investimento, um tema que abordou durante a campanha da corrida à Casa Branca. A iniciativa consiste na adoção de uma lei com disposições semelhantes àquelas que integraram o Glass-Steagall Act, conjunto de normas que entrou em vigor em 1933, durante a Grande Depressão e sob a presidência de Franklin D. Roosevelt, com o objetivo de evitar a contaminação dos bancos retalhistas com os riscos da atividade da banca de investimento. [...]

No essencial, o Glass-Steagall Act impõe uma cisão dos bancos de carácter universal, dividindo-os em duas categorias. Por um lado, aqueles que podem receber depósitos que, posteriormente, financiam o crédito às empresas e às famílias. Num outro grupo ficam as instituições financeiras que transacionam investem em ativos financeiros de risco, a atividade que originou a crise financeira de 2008, desencadeada pelo elevado risco do crédito subprime e pela disseminação de produtos complexos cujo desempenho estava dependente da qualidade daqueles créditos de risco elevado.

Steve Mnuchin, secretário do Tesouro que trabalhou para o banco Goldman Sachs, frequentemente acusado de ser um dos principais responsáveis pela crise que estourou em 2008, já manifestou apoio a que uma versão atualizada do Glass-Stegall Act seja aprovada, numa iniciativa legislativa que não depende apenas da vontade da Casa Branca, já que tem de receber “luz verde” no Congresso. No entanto, os pormenores da legislação a adotar ainda não são conhecidos.

Fonte: Aqui

20 janeiro 2011

Distribuição da GS

O Goldman Sachs informou que pagou 15,38 bilhões de dólares em compensações e benefícios aos funcionários em 2010. Apesar deste valor significar uma redução de 5% em relação ao ano anterior, o valor representa 39,3% da receita, um dos menores valores da sua história. Por empregado, segundo informação do Wall Street Journal, isto representa quase 500 mil dólares, uma redução de 14% quando se compara com 2009. Entretanto, o valor médio, como qualquer média, deve ser tomado com cuidado: afinal, os 475 partners devem receber milhões de dólares.

Apesar da redução, a BBC lembra que o lucro também caiu (38%), assim como as receitas (13%). O anúncio do Goldman poderá provocar uma reação em outras instituições financeiras, que serão pressionadas a remunerar melhor seus executivos.

Entretanto, o Wall Street Journal critica a transparência do resultado da instituição. O jornal compara o Goldman com o Morgan: enquanto as informações contábeis do Goldman somam 15 páginas, a do Morgan chega a 23 páginas, com mais detalhes sobre a receita regional, o setor de crédito corporativo, por exemplo.

16 julho 2010

SEC e Goldman

A SEC anunciou um acordo com a Goldman Sachs, no valor de 550 milhões de dólares, com respeita uma questão de fraude (o fundo Abacus). Com isto encerra-se o caso. A Goldman não admite qualquer fraude, só omissão.

As ações da Goldman subiram!! Segundo o Footnoted a razão é o reduzido valor pago pela Goldman, em relação as suas despesas e em relação ao prejuízo estimado. Mesmo assim, é uma das maiores penalidades já cobradas em Wall Street, Além disto, desde que o processo começou a correr na SEC, as ações da empresa caíram no mercado.

29 abril 2010

Goldman

Aqui a carta aos acionistas de 2009, onde os executivos afirmam que os interesses dos clientes é prioritário. Aqui, um texto comentando sobre o duelo entre o Goldman e o JP Morgan. Inclui um gráfico interessante mostrando o gasto com lobistas de alguns grandes bancos estadunidenses.

19 abril 2010

Reputação

Sobre a questão da fraude do Goldman Sachs, a principal perda do banco será na sua reputação. Aqui uma opinião de que o processo contra o Goldman Sachs parece fraco. Neste outro texto comenta-se que o Goldman Sachs representa tudo que a imprensa e a opinião pública odeia em Wall Street. Entretanto, mesmo que o mesmo não resulte em condenação ou multa, a instituição financeira já sofreu perdas no seu goodwill. Abaixo uma opinião de que isto é muito mais relevante do que as multas ou condenações:

"As penalidades associadas à reputação sofridas por uma empresa acusada de fraude são substanciais, antes mesmo de a empresa ser condenada. O valor de mercado das empresas acusadas de fraude caiu US$61 milhões durante a década de 1980. Em média, apenas 6,5% deste declínio reflete os custos judiciais; e apenas 1,4% devem-se a penalidade e multas. O restante do decréscimo reflete as expectativas de uma diminuição das vendas e dos ganhos. Essa situação contrasta fortemente com a queda nos preços das ações quando uma empresa é acusada de prática de crimes ambientasi, em que quase a totalidade das perdas reflete os custos judiciais e as penalidades da empresa. Em sua essência, as sanções reputacionais por um crime ambiental são, em média, inexistentes. As pessoas podem não gostar de ouvir, durante as audiências, que uma empresa polui; mas, no geral, elas simplesmente não deixarão de comprar os produtos dessa empresa com base em ações ambientais inadequadas.

Assim, é essencialmente o receio de sanções legais, e não de sanções reputacionais, que dissuade a prática de crimes ambientais. Mas não é este o caso com a fraude corporativa."

John R Lott Jr, Freedomnomics, Saraiva, p. 105-106

18 abril 2010

Goldman Sachs e a Contabilidade

Qual a relevância dos problemas do Goldman Sachs para Contabilidade? São vários aspectos, mas podemos listar o seguinte

  1. No relatório de 2009, o GS afirmou que não jogava contra seus clientes. Parece que esta afirmação não era verdadeira;
  2. Uma das acusações da SEC é que o GS ocultou informações;
  3. A intervenção da SEC diz respeito à questão da regulamentação no mercado de capitais, assunto que interessa de perto a contabilidade. É o tipo de caso que inclui aspectos como o papel do estado na economia e influência da Sarbox.
  4. O problema do GS está relacionado com uma crise financeira. É bom lembrar que algumas dos avanços da contabilidade ocorreram em períodos de crise, como a criação da SEC após a crise de 1929 e a Sarbox, após os problemas da Enron. Pode ser que novas reformas sejam aprovadas, que inclui interferências sobre a contabilidade, nos Estados Unidos. E tudo leva a crer que as acusações são bombásticas, já que envolvem uma grande instituição financeira e um ex-secretário do Tesouro. Além disto, a grande cobertura da imprensa mostra que o assunto é extremamente relevante.
  5. Certamente a crise deverá influenciar diretamente na reputação do GS, no seu intangível mais relevante.
  6. Uma das acusações centrais é que o GS não tratou de maneira igualitária seus clientes. Os pequenos clientes foram prejudicados. Isto poderá induzir um maior foco da informação contábil para o cliente. É bom lembrar que a contabilidade dos EUA geralmente está focada no investidor acionista.
  7. A controvérsia sobre a qualidade da denúncia, associado com a intensa cobertura da imprensa, pode emergir um grande debate na imprensa especializada, incluindo aqui o papel da contabilidade.

Goldman Sachs

A principal notícia da semana é a acusação de fraude do Goldman Sachs. Uma das maiores instituições financeiras do mundo, fundada em 1869, o banco escapou da crise financeira. Suspeita-se que graças a ligação do então secretário do Tesouro, Henry Paulson, com a entidade.

A denúncia vem da SEC, o órgão de regula o mercado de capitais dos Estados Unidos. Basicamente o problema é o seguinte:

A operação, de acordo com a SEC, foi elaborada pelo francês Fabrice Tourre, vice-presidente do banco em Nova York - o cargo é intermediário na hierarquia do banco. Tudo começou quando o funcionário especializado no mercado de derivativos teria recebido um pedido do megainvestidor John Paulson para criar produtos derivados das hipotecas subprime (com elevadíssimo risco de calote). Para o serviço, ele pagou US$ 15 milhões para a Goldman. Na avaliação de Paulson, no início de 2007, a bolha imobiliária, que estava no auge, iria explodir. Outros clientes preferenciais, além do próprio banco, foram aconselhados a apostar contra o novo produto, denominado Abacus-2007-AC1.

Ao mesmo tempo, a Goldman vendeu o Abacus-2007-AC1 para clientes comuns. Até esse ponto, não há nada de errado. O problema é que, segundo a SEC, o banco informou esses clientes que uma terceira parte independente teria organizado o Abacus-2007-AC1, e não a própria Goldman junto com Paulson. Isto é, de acordo com a SEC, os clientes comuns foram enganados para o favorecimento de preferenciais, como Paulson, e do próprio banco - o investidor não foi acusado pela SEC por supostamente não ter conhecimento da fraude.

    Goldman Sachs é acusado de FraudeEstado de São Paulo – 17 de abril de 2010

O GS refutou a acusação e disse que perdeu dinheiro com a operação. Entretanto, a empresa tem sido comparada a um grande vampiro (aqui).

12 fevereiro 2010

Contabilidade criativa grega

Goldman Sachs ayudó a que el gobierno griego ocultara la verdadera magnitud de sus déficit con la creación de contratos de derivados que legalmente permiten eludir las normas de control. Grecia entregaba información estadística a Eurostat de una manera que no tenía como ser contrastada con la realidad.

Una cosa es la contabilidad creativa, pero otra es el intento de fraude y engaño. Como las normas de Maastricht amenazan con aplicar fuertes multas a los países miembros del euro que superen el límite del déficit presupuestario del 3%, Grecia recurrió al malabarismo financiero que le ofreció el banco estadounidense y hasta el momento principal ganador con la crisis financiera.

Las operaciones de cosmética contable se iniciaron el año 2002. En una ocasión todos los gastos militares fueron sacados de balance y en otro los miles de millones de euros de la deuda hospitalaria. Por eso, los expertos de Eurostat sufrían dolores de cabeza cada vez que les tocaba revisar las finanzas griegas. La ayuda de Goldman permitió crear figuras invisibles a los ojos de los controladores: los complejos derivados financieros con los cuales el gobierno podía obtener liquidez en préstamos diluídos a 30 años.

Goldman ideó un tipo especial de cambio para Grecia que le permitía acceder a créditos adicionales de hasta mil millones de euros. Este crédito se disfrazaba como intercambio y no aparecía en la deuda griega. Anteriormente, Italia también empleó un truco similar para enmascarar su verdadera deuda pública. En el caso de Grecia, el déficit que presentó el año 2002 fue de 1,2% del PIB. Cuando Eurostat revisó los datos el año 2004 el déficit llegó al 3,7% (tres veces el valor dado originalmente). De acuerdo a los registros actuales el déficit para ese año llegó al 6,1% (seis veces el valor inicial).

Todos estos temas serán debatidos hoy en la cumbre europea que decidirá los mecanismos de rescate que se aplicarán a Grecia. Si no se consigue un apoyo multilateral, Alemania ha comprometido su apoyo a Grecia para mantener la integridad de Europa. En todo caso, no actuar ya no se considera una opción válida.


Goldman Sachs ayudó a Grecia a disfrazar los déficit fiscales - Marco Antonio Moreno

24 fevereiro 2007

Sanyo investigada

A empresa Sanyo está sendo investigada por problemas contábeis. Segundo notícia do periódico Cinco Días, de Madri,


La empresa confirmó la revisión de su contabilidad, y aseguró que cooperará con la Comisión de Supervisión Bursátil del país. No obstante, no precisó el contenido de la investigación. El diario Asahi Shimbun publicó que la empresa no habría contabilizado unas pérdidas de 190.000 millones de yenes (unos 1.200 millones de euros) procedentes de sus filiales en 2003, ejercicio fiscal en el que reconoció unos números rojos de 316 millones de euros. En principio, Sanyo habría estado aflorando estas pérdidas en los últimos ejercicios. La investigación de las autoridad bursátil supone un varapalo para el plan de rescate puesto en marcha por un grupo de inversores encabezado por Goldman Sachs. El banco de inversión estadounidense pagó 1.100 millones de dólares (unos 846 millones de euros) por un paquete de acciones preferentes de Sanyo convertibles en títulos comunes. Una participación que daría a Goldman Sachs en torno a un 25% del capital de la empresa japonesa. Al mismo tiempo, Sanyo se une a la lista de empresas japonesas que en los últimos meses se ha visto envueltas en situaciones similares de posible manipulación contable tras los casos de la compañía de internet Livedoor, el broker Nikko Cordial y el fabricante de maquinaria industrial Komatsu.