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28 abril 2015

Palestra Ivy League em Sampa

Olha que interessante (saiu no Estadão): Representantes de universidades dos EUA vêm a SP para explicar processos seletivos. Evento trará especialistas de Harvard, Stanford, Duke, Penn e Georgetown para falar sobre processo seletivo para graduação. *.*

O evento ocorrerá em São Paulo no dia 6 de maio para falar sobre o processo seletivo na graduação dessas universidades.
O prazo final de aplicação para Harvard, tanto na graduação quanto na pós-graduação, costuma ser nos meses de dezembro e janeiro. As datas variam de acordo com a faculdade pretendida pelo aluno.
Diferentemente do Brasil, em que a principal porta de entrada no ensino superior é o vestibular ou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a seleção nas universidades americanas é mais complexa.
O processo pode envolver a análise de notas do ensino médio, cartas de avaliação, entrevistas, testes de idiomas e discussão sobre atividades extracurriculares.

Abaixo uma imagem com as Ivy Leagues e suas localizações:

Middle Atlantic
Stanford fica na California (região oeste).

"Hidden Ivy Leagues": Georgetown e Duke ficam no Sul dos Estados Unidos (Washington D. C. e Carolina do Sul, respectivamente).

21 junho 2014

Rir é o melhor remédio

Como os estadunidenses se sentiram quando souberam que o time dos EUA ganhou de do de Gana por 2x1:



"Nós temos um time competindo na Copa do Mundo?" ;)

05 fevereiro 2014

Convergência não é prioridade para os EUA

Apesar de recentemente ter feito uma doação de 3 milhões de dólares ao Iasb, o regulador dos Estados Unidos não está assumindo um maior compromisso com a convergência. Pelo contrário, informou o Compliance Week.

Depois de terminar alguns projetos conjuntos com o Iasb, que inclui questões polêmicas como leasing e seguros, os Estados Unidos irão dedicar-se a questões consideradas relevantes para o público interno: melhorias nas normas contábeis dos Estados Unidos.

Recentemente os Estados Unidos colocaram 3 milhões de dólares na Fundação IFRS, com o objetivo de finalizar os projetos em andamento. Isto aliviou os problemas financeiros da entidade reguladora internacional. Entretanto, a Compliance Week lembra que no passado os EUA criticaram os problemas de financiamento do Iasb: com adoção em mais de cem países, menos de 30 fazem contribuição financeira. Assim, o Iasb depende muito do dinheiro das grandes empresas de auditoria.

O Going Concern usou uma imagem fantástica. A SEC é uma péssima namorada, que prometeu ao seu pretendente (Iasb) para ser paciente já que um dia iriam morar juntos, com quase todos os móveis dele (Iasb), exceto algumas poucas tralhas da SEC. E agora no seu plano estratégico, um documento de 42 páginas, só tem um parágrafo sobre o Iasb.

19 novembro 2012

Convergência

Uma boa notícia para os defensores da convergência internacional. Pesquisa com 493 investidores dos Estados Unidos realizada pela ACCA e revista Forbes mostrou que este grupo de usuários acreditam que a adoção das IFRS poderá ser benéfica para economia dos EUA. A pesquisa foi realizada no primeiro semestre (em dois momentos distintos).

Muitos investidores estão convencidos dos méritos dos padrões internacionais, confiando que a adoção, apesar de exigir um grande investimento em capital humano e um período de quatro anos e meio para adoção plena. Além disto, a confiança nos padrões irá aumentar substancialmente quando os investidores e analistas tornarem familiarizados com as normas internacionais.

Mas uma parcela expressiva dos respondentes revelou um desconhecimento quando questionado sobre a qualidade da evidenciação das IFRS quando comparada com as normas dos EUA: 28% da amostra. Outro aspecto curioso é que os respondentes afirmaram que as empresas que adotarem inicialmente as normas internacionais terão um “prêmio IFRS”. São os aspectos negativos captados pela pesquisa.

Por outro lado, 57% acreditam que a SEC tornará obrigatório o uso da IFRS (versus 12% que disseram não e 31% que não sabem). Mais ainda, 41% acham que os benefícios superam os custos (29% disseram que não e 30% que não sabem). Mas 55% acham que haverá melhorias na comparabilidade.

Os respondentes avaliaram os principais problemas do IASB, com destaque para o processo de normatização, sua independência e financiamento e a perda de influência dos Estados Unidos no processo de padronização. Entre as mudanças esperadas: de sistemas (44%), treinamento (44%) e custos de implementação (37%).

13 outubro 2012

Entrevista com Joseph Stiglitz

O 'sonho americano' se tornou um mito, afirma economista Prêmio Nobel
Alexander Jung e Thomas Schulz
Der Spiegel

O setor financeiro é responsável pela crescente desigualdade entre ricos e pobres nos Estados Unidos, diz o professor de economia ganhador do Prêmio Nobel, Joseph Stiglitz. Em uma entrevista para a “Spiegel”, ele acusa o setor de rapinar os pobres e comprar políticas do governo que o ajuda a ficar mais rico. Na Universidade de Colúmbia, que fica localizada a apenas quadras do Harlem, no oeste de Manhattan, riqueza e pobreza estão mais próximas do que em muitos lugares em Nova York. Aqui é onde o economista americano e ganhador do Prêmio Nobel de 2001, Joseph Stiglitz, trabalha como professor.

Natural de Gary, Indiana, ele passou anos examinando a desigualdade social. Sua primeira experiência pessoal com a questão ocorreu na infância, quando perguntou por qual motivo sua babá não estava cuidando de seus próprios filhos. Posteriormente, como economista-chefe do Banco Mundial, ele estudou o fenômeno em um nível global. Em junho, ele publicou um livro sobre o assunto, intitulado “The Price of Inequality: How Today's Divided Society Endangers Our Future” (O preço da desigualdade: como a sociedade dividida de hoje coloca nosso futuro em risco, em tradução livre), que foi lançado recentemente em alemão. Em uma entrevista para a “Spiegel”, Stiglitz discute como a disparidade de renda está dividindo os Estados Unidos e como a Europa poderia superar a crise do euro.

[...]

Spiegel: Os Estados Unidos sempre se viram como sendo uma terra de oportunidade, onde as pessoas podem sair da miséria para a riqueza. O que aconteceu ao sonho americano?

Stiglitz: Essa crença ainda é poderosa, mas o sonho americano se tornou um mito. As chances na vida de um cidadão americano jovem dependem mais da renda e da educação de seus pais do que em qualquer outro país industrializado avançado para o qual existem dados. A crença no sonho americano é reforçada por casos, por exemplos dramáticos de indivíduos que ascenderam do fundo ao topo –mas o que mais importa são as chances na vida do indivíduo. A crença no sonho americano não é apoiada por dados.

Spiegel: O que os números sugerem?

Stiglitz: Não houve nenhuma melhoria no bem-estar da família típica americana por 20 anos. Por outro lado, o 1% no topo da pirâmide da população ganha 40% mais em uma semana do que o quinto mais baixo recebe em todo um ano. Resumindo, nós nos transformamos em uma sociedade dividida. A América criou uma máquina econômica maravilhosa, mas a maioria dos benefícios vai para o topo.

Spiegel: Entretanto, restando mais cinco semanas de campanha presidencial, a desigualdade ainda não teve um papel sério.

Stiglitz: Ela é um assunto, mas geralmente apenas sob a superfície. Não se pode esperar um debate científico sobre o coeficiente Gini, a medição estatística de desigualdade. Mas quando os democratas dizem que apoiam a classe média, eles estão falando sobre a desigualdade. E eles acentuam o contraste com o candidato republicano, Mitt Romney, que é emblemático do 1% superior da população. O fato de Romney ter denegrido os 47% dos americanos que não pagam imposto de renda provocou uma reação enorme, em parte porque mostrou quão fora de contato as pessoas no topo estão do restante do país.

[...]

Spiegel: O movimento Ocupe não conseguiu se tornar um fator poderoso. Por que ele fracassou?

Stiglitz: Ele se transformou em um movimento antiestablishment, e um aspecto de ser antiestablishment é ser antiorganização. Não é possível ter um movimento que não seja organizado. De qualquer modo, a frustração ainda está lá. Eu vou contar uma história: eu assisti recentemente “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht. Quando chegou a frase “O que é roubar um banco comparado a fundar um banco?”, a plateia inteira começou a aplaudir.

Spiegel: Quatro anos atrás, nós citamos essa frase em uma capa da “Spiegel”, sobre a crise bancária.

Stiglitz: É mesmo? Não era uma plateia demagoga naquela noite no teatro, mas para mim disse algo sobre até que ponto isso penetrou na psique dos americanos.

Spiegel: O que há na mente deles?

Stiglitz: As pessoas temem perder seu emprego. Mesmo as que estão empregadas, elas não sabem se o manterão. O que é certo é que se perderem o emprego, será difícil conseguir outro. Todo mundo conhece alguém que não consegue encontrar um emprego...

Spiegel: ...ou que perdeu sua casa.

Stiglitz: Essa é outra fonte de ansiedade. Mais de um quarto de todos os proprietários de imóveis residenciais deve mais do que o valor de suas casas. Nós precisamos de uma estratégia de crescimento para estimular a economia. Nós não investimos o suficiente por 30 anos –em infraestrutura, tecnologia, educação.

Spiegel: Com um fardo da dívida de US$ 16 trilhões, não há muito espaço para manobra.

Stiglitz: Os Estados Unidos podem tomar empréstimos com taxa de juro próxima de 0%, de modo que seríamos estúpidos se não investíssemos mais dinheiro e criar empregos. E também poderíamos fazer esforços para assegurar que os super-ricos paguem sua parcela justa. Nós poderíamos levantar mais dinheiro de uma série de formas. Olha para as empresas de mineração: o governo lhes concede o direito de extrair recursos por muito menos do que deveria, mas leilões poderiam assegurar que paguem o apropriado.

Spiegel: Então, sua resposta para o problema da desigualdade é transferir dinheiro do topo para a base?

Stiglitz: Primeiro, transferir dinheiro do topo para a base é apenas uma sugestão. Mais importante é ajudar a economia a crescer de modo que beneficie tanto as pessoas na base quanto no topo, e o fim dos “privilégios”, que transferem muito dinheiro dos cidadãos comuns para aqueles no topo.

[...]

Spiegel: O senhor presume que o governo sabe melhor onde criar empregos. O senhor não está superestimando essa habilidade?

Stiglitz: Nós precisamos de estradas, pontes e aeroportos. Isso é óbvio. Os retornos do investimento público em tecnologia são, na média, muito altos –pense na Internet, no Projeto Genoma Humano e no telégrafo.

Spiegel: Também há muitos exemplos de dinheiro público desperdiçado. O programa espacial americano custa uma fortuna, e os resultados são questionáveis.

Stiglitz: Mas mesmo esses gastos ainda são menores do que o dinheiro desperdiçado pelo setor financeiro privado dos Estados Unidos, e os bilhões gastos para resgatar as empresas do setor financeiro. Apenas uma corporação, a AIG, recebeu mais de US$ 150 bilhões –mais do que foi gasto em bem-estar social para as famílias necessitadas de 1990 a 2006.

Spiegel: Mas o governo também se tornou proprietário dessas empresas e até mesmo conseguiu vender partes delas com lucro. O senhor não teme que essa estratégia de pacotes de estímulo cada vez maiores possa levar a inflação?

Stiglitz: Não necessariamente. O banco central tem a capacidade de tirar liquidez do sistema.

Spiegel: Mas é muito mais difícil diminuir a liquidez do que aumentá-la.

Stiglitz: Um banco central bem administrado conta com muitas ferramentas. Ele pode aumentar os juros ou as exigências de depósito compulsório para os bancos privados. Logo, acho que o risco é relativamente pequeno. A fraqueza na economia europeia apresenta um risco muito maior do que qualquer risco de inflação moderada. É melhor algum emprego onde o salário perde em termos reais em poucos pontos percentuais do que nenhum emprego.

Leia a entrevista completa aqui.

24 agosto 2011

Novo presidente para a Standard & Poor's

Deven Sharma vai deixar a presidência da agência de classificação de risco Standard & Poor's e será substituído por Douglas Peterson, chefe de operações do Citibank (...). Sharma ficará até o fim do ano como conselheiro do McGraw-Hill, grupo proprietário da agência.

A saída de Sharma acontece poucas semanas depois de a S&P ter alterado o rating (nota) de crédito dos Estados Unidos de AAA para AA+, o primeiro rebaixamento na história do país, levando os mercados financeiros no mundo todo a registrarem fortes quedas e muita volatilidade.

Segundo as mesmas fontes, a saída de Sharma não tem relação nem com o rebaixamento do rating nem com a investigação iniciada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em torno das altas avaliações de risco atribuídas pela S&P aos créditos imobiliários podres (subprimes) concedidos por instituições financeiras americanas na década passada - os causadores da crise de 2008.

A decisão de substituir Sharma teria sido tomada ontem pelo conselho da McGraw-Hill, em reunião que também reviu as estratégias do grupo.

Ainda de acordo com as fontes citadas pelo jornal, a procura por um nome para substituir Sharma começou há seis meses.

A agência de classificação tem sido alvo de intensas críticas depois de rebaixar a nota dos Estados Unidos. A decisão ocorreu logo após uma difícil batalha do presidente americano, Barack Obama, para conseguir o consenso entre democratas e republicanos na questão da elevação do teto da dívida pública. Um acordo foi conseguido no prazo final (dia 2) e o rebaixamento foi anunciado no dia 5.

Sharma começou a trabalhar na S&P em 2006 como vice-presidente executivo e foi nomeado presidente no ano seguinte. Nos cinco anos que precederam sua ida para a agência, ele trabalhou para outras empresas do grupo.

Defesa

A S&P justificou ontem sua decisão de rebaixar o rating de crédito soberano dos Estados Unidos e afirmou que a oscilação do mercado não vai impedi-la de fazer outros cortes quando considerar justificado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Aqui

20 outubro 2009

IFRS nos EUA

Caro César

Com respeito a seu post de hoje sobre IFRS nos EUA faço os seguintes comentários.
Esta pressa na implantação da IFRS no Brasil associada à pouca discussão com vozes dissonantes é algo estranho. A "alta flexibilidade" na implantação das IFRS em cada país como bem comentando no seu post, não chegam nem perto do fato da própria "flexibilidade" das próprias normas, em especial as relacionadas à avaliação de ativos e passivos, notadamente no que se refere ao "valor justo", que vem sofrendo intensas críticas ao redor do mundo justamente pela incerteza de como tal "valor" deve ser mensurado. Prova disto é a "gritaria" das instituições financeiras e mais recentemente das seguradoras (Soberania Contábil).

Não podemos deixar de registrar que no EUA a migração às IFRS está sendo feita com mais cautela. Lá eles tem uma instituição normativa independente forte (FASB) que perderá muito com a delegação das normas ao IASB, o que tem levado ao embate com a SEC quanto ao cronograma de migração.

No Brasil nossas normas contábeis para companhias abertas vinham sendo expedidas pela CVM, endossando em sua grande maioria as normas do IBRACON. Hoje não mudou muita coisa, pois a CVM continua endossando normas, agora do CPC, este com forte influência do IBRACON. O problema é que não questionamos as normas. Se antes o IBRACON emitia normas adaptando algumas coisa do FASB (é só dar uma lida nos best seller de contabilidade e veremos que os comentários às normas brasileiras sempre vinham acompanhadas de comparações às normas do FASB), hoje traduz quase ao pé-da-letra as normas do IASB. Em nossos novos livros de contabilidade pouca menção se faz às normas do FASB.

Uma ruptura radical de paradigma normativo, com tão pouca resistência, que podemos sentir como se nenhuma houvesse. Não estou querendo dizer com isto que as normas do FASB eram as ideais para as companhias brasileiras, mas a nossa falta de direção científica na produção ou adoção de nossas normas contábeis é algo “interessante”.

Os contadores brasileiros apenas seguem o "cumpra-se" normativo, sem se darem conta que muita coisa tida hoje como boa novidade normativa, ou “nova contabilidade” já estava sendo alertado em meados da década de 70, quando da edição da 6.404/76 (A nova tão antiga contabilidade).

Enquanto nos EUA ocorre uma preocupação em se preparar os novos profissionais de contabilidade através de reformulação dos currículos acadêmicos, antes de chegar 2014, no Brasil as faculdades foram "pegas de surpresa". Várias teses, dissertações e artigos já vinham mostrando que não estávamos preparados para uma imediata convergência.

Na excelente tese de doutorado (FEA-USP), transformado no livro O BRASIL E A HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL INTERNACIONAL: Influências dos Sistemas Jurídico e Educacional, da Cultura e do Mercado , da Drª Elionor Farah Jreige Weffort (Atlas/PWC, 2005), foi mostrado de forma bastante didática um aprofundamento, dentre outros, da influência do sistema educacional Brasileiro no processo de convergência/harmonização do Brasil às normas internacionais de contabilidade. Segundo concluiu a autora, o sistema educacional brasileiro não parecia favorecer aos esforços de harmonização internacional (p. 136-137), e isto foi publicado em 2005. Os dados coletados para pesquisa se limitaram até o ano de 2002. Temos, portanto uma grande quantidade de profissionais de contabilidade despreparados para a convergência. E poucos hoje estão sendo preparados para tal.

Só para terminar, ilustrando o parágrafo anterior - e sem deixar de ser ético, pois não revelarei nome - esta semana recebi um e-mail de um auditor-senior de uma das maiores companhias de auditoria, nos solicitando apoio na indicação de cursos sobre Sox, USGAAP e IFRS. É claro que fiz as devidas indicações de locais e livros que tratam do assunto. Mas o que me chamou a atenção foi o fato de que nem as próprias empresas de auditoria, que apóiam integralmente a implantação das IFRS, estão dando conta de treinar sua equipe de frente. Pergunto: como é que elas poderão emitir um parecer com segurança se não estão conseguindo treinar a contento seu quadro profissional? Talvez fosse a hora da CVM ser mais precisa quando faz críticas à qualidade dos pareceres de auditoria, pois parece que os problemas não estam apenas nas pequenas empresas de auditoria (vide post Puxão de Orelha 2 ).

Mais algumas postagem deste e de outros blogs sobre o assunto:

Lado negativo: IFRS mudará relação com terceiros
Dificuldades de adequação ao IFRS
Polêmica sobre valor justo persiste
Ética e informação contábil

Um abraço

Prof. Alexandre Alcantara


Sem comentários. Não deixe de acompanhar o blog Analise de Balanço.

26 agosto 2008

Norte-Americano, Estadunidense ou Americano

Sempre tive dificuldade em nomear a pessoa que nasce nos Estados Unidos. Não gosto de americano, por razões óbvias (não são somente eles os americanos). Norte-americano também não resolve. Estadunidense pode ser uma solução. Não para um compositor famoso:

(...) E Carmen [Miranda] adaptou-se a muitas submissões da música brasileira aos estilos cubanos, mais conhecidos dos norte-americanos (aliás, Exequiela, são poucos no Brasil que, poucas vezes, usam o termo “estadunidense”, e eu entendo: é feia essa palavra: o sumiço do plural de “estados” me causa desconforto, para só dizer o mínimo; e na verdade “americano” quer, no mais das vezes, dizer “relativo aos Estados Unidos da América”, que, indo mais longe do que no caso da África do Sul, é o único país cujos colonizadores não sentiram necessidade de nomear, tomando o nome do continente para si, como se dissessem: “América é onde chegamos, o resto é nada” - e é a partir disso que se comporta a língua ao redor desse conceito; acho natural e saudável que tentemos reagir a isso, mas “estadunidense” não é uma boa solução - nem “estados unidos” é propriamente um nome: o nome é América, “estados unidos” equivale a “república federativa” ou a qualquer outra designação genérica - e, de fato, o México é Estados Unidos do México e o Brasil foi, até pouco tempo, Estados Unidos do Brasil; quando aceitamos o equívoco termo “americano” como significando “dos Estados Unidos”, ou mesmo “norte-americano” (já que este se aplicaria igualmente ao México e ao Canadá), estamos apenas usando uma palavra pelo que ela mais freqüentemente significa: resistirmos a isso não mostra mais nossas forças do que nossas fraquezas).
O cantor da rude sutileza
Caetano Veloso - 24/08/2008
O Estado de São Paulo

22 maio 2008

Normas internacionais no Canadá

É raro pensar em contadores e mudança ousada na mesma frase. Entretanto, contadores estão conduzindo a próxima onda de mudanças grandes de regulamentos que afetam as empresas canadenses no mundo: a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade Financeira (IFRS).
A contabilidade é regida por um conjunto de regras conhecido como princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP). Cada país tem sua própria GAAP; o objetivo das IFRS é criar o mesmo conjunto de normas contábeis para todos os países, o que deve, em última análise, tornar mais fácil para os que trabalham em termos internacionais e ajudar a levantar fundos em mercados de capitais mundiais.
Mais de 100 países de todo o mundo, incluindo a Austrália, a Nova Zelândia e os membros da União Européia, já aprovaram a IFRS. O Canadá está próxima, e não há muito tempo. A IFRS será obrigatória para todas as empresas abertas, com início em janeiro de 2011. (...)
As empresas canadenses que estão mudando nessa direção estão preocupadas com a imensidão do desafio da conversão. Não só os sistemas precisam de mudanças, mas os resultados líquidos de uma empresa podem mudar em razão dos cálculos contábeis diferentes. Isso poderá ter impacto nos planos de compensação, nas dívidas, no investidor e nos relatórios. (...)
A União Européia tem aumentado o seu poder econômico ao longo da última década e mais e mais dinheiro está sendo obtido nos mercados de capitais fora os EUA. Apesar de a Securities Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos terem inicialmente uma recepção fria a IFRS, recentemente começou a permitir que empresas estrangeiras cotadas nas bolsas de valores dos EUA usassem demonstrações financeiras com IFRS. (...)
Todos esses fatores estão empurrando lentamente os Estados Unidos a adotarem a IFRS e especialistas dizem que o Canadá, com a decisão de adotar as IFRS, tem sido um instrumento de incentivo para os E.U. "Não subestimamos o impacto do Canadá sobre os EUA", diz Sir David TWEEDIE, chefe da International Accounting Standards Board (IASB). "Se alguém teria esperado Canadá para alterar as normas, eles teriam esperado que o Canadá adotasse os padrões dos EUA. A decisão do Canadá em adotar as IFRS tomou o mundo de surpresa. Os EUA estão olhando em volta em todas as grandes economias e a única que não tem a aceitação da IFRS são os EUA."


Closing the GAAP; As Canadians adopt international accounting standards, they should know the rules may change at the last minute, Karine Benzacar, Financial Post, 21/5/2008, FP19.

No livro de Teoria da Contabilidade, p. 51 e 52, existe um exercício sobre a adoção das normas internacionais de contabilidade pelo Canadá. Esse exercício refletia a surpresa dos autores (minha e do Katsumi) com a decisão do Canadá. O texto acima reflete um pouco essa questão.

26 março 2008

Iasb e EUA


No Financial Times, um texto de Jennifer Hughes sobre o Iasb e os Estados Unidos (A single standard for the world?, 25/3/2008). Enquanto a Europa levou três anos para implantar as regras internacionais do Iasb, a questão é saber em quanto tempo isto acontecerá com o país mais rico do mundo.

Segundo o texto, a grande questão não é "se" mas "quando".

Expectations are that the US will look to the EU to learn from its experiences.

"Europe didn't happen until the Commission set a date and the same will be true of the US," says Will Rainey, global head of IFRS at Ernst & Young, who thinks the US will have a headstart on the EU, which had to cope with many languages and wildly varying standards and training.

"US GAAP is much more mature and developed than (were) a lot of local European GAAPs," he says. "A lot of its principles are already similar to those in IFRS so US accounting will experience relatively minor tweaks rather than a complete overhaul."

The US should also benefit greatly from the existing IFRS experience elsewhere. More than 100 countries - including Japan, Canada and China - are now using or adopting IFRS.

20 setembro 2007

27 agosto 2007

A história se repete?

O blog do Wall Street Journal apresenta uma comparação interessante entre os Estados Unidos de 1887 e a China em 2007. No final do século XIX os Estados Unidos era o paraíso da pirataria e escândalos de alimentos, conforme observa Stephen Mihm. Na época os Estados Unidos imprimiam livros sem permissão ou pagamento, inclusive de autores como Charles Dickens.

Existe um atrativo na idéia de que a história se repete. Mas as diferenças entre a China de 2007 e os Estados Unidos de 1887 são significativas. Mas a comparação, segundo o blog, pode ser interessante por indicar o caminho que deve percorrer um país para alcançar o desenvolvimento. Isto inclui novas tecnologias, expansão do mercado, empreendedores, expansão das cidades etc.

03 maio 2007

Efeito da guerra do terror no turismo

Já se sabe que a guerra do terror diminuiu em 17% o número de turistas nos Estados Unidos (clique aqui). Em termos de dinheiro o custo tem sido uma redução nos gastos dos turistas em 94 bilhões de dólares, 16 bilhões de redução de impostos e 194 mil empregos. Clique aqui

29 março 2007

Efeito no Turismo

A reação norte-americana ao 11 de setembro foi reduzir a concessão de vistos para estrangeiros, mesmos os turistas. Uma estimativa realizada recentemente (clique aqui) mostrou que os Estados Unidos devem ter perdido 17% de visitantes. Os habitantes de outros países que mais visitam os Estados Unidos são os seguintes:

1. Canadá
2. México
3. Grã-Bretanha
4. Japão
5. Alemanha
6. França
7. Coréia do Sul
8. Austrália
9. Itália
10. Brasil

23 fevereiro 2007

Custo de um país

Recentemente postei um comentário que o principal custo para se fazer negócios nos Estados Unidos talvez não fosse mais a Sarbox (clique aqui). A The Economist de 10/2, que terminei de ler somente agora, fala o mesmo ponto. A indústria de viagem tem problemas com os visitantes nos Estados Unidos, o que tem levado a uma queda no turismo naquele país.

Um informação interessante é que a "crise de viagem" (travel crisis), conforme a The Economist, foi um dos fatores citados para que os Estados Unidos perdessem os jogos Pan-Americanos para o Brasil. Que pena!

17 janeiro 2007

Melhores universidades norte-americanas

Um ranking com as melhores universidades norte-americanas por área pode ser encontrado em Chronicle. Em contabilidade temos a Michigan State e em finanças New York University