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Mostrando postagens com marcador Catar. Mostrar todas as postagens
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22 novembro 2022

Futebol, o grande evento esportivo mundial

Quando o Catar e o Equador iniciarem o Copa do Mundo da FIFA 2022 no domingo, é o começo, do que é sem dúvida, o maior evento esportivo do mundo. Embora talvez não seja o maior espetáculo esportivo - essa honra vai para o Super Bowl [sic], que está preenchendo a lacuna entre esportes e entretenimento, diferente de qualquer outro evento - a Copa do Mundo quadrienal da FIFA é provavelmente a competição mais seguida no mundo dos esportes.

Tomar o Super Bowl como uma vara de medição revela a escala extraordinária do apelo global da Copa do Mundo. De acordo com FIFA, o público médio de TV ao vivo nos 64 jogos da Copa do Mundo de 2018 na Rússia foi de 191 milhões. Isso é significativamente mais do que estimativas para a audiência de TV do Super Bowl, que ficou aquém de 100 milhões nos EUA este ano, mais cerca de 30 a 50 milhões em todo o mundo. Lembre-se de que não é a final da Copa do Mundo de que estamos falando, são todos os 64 jogos disputados ao longo de um mês. A final está em outro nível, com o confronto de 2018 entre a França e a Croácia atraindo uma audiência média de 517 milhões de pessoas, já que a cobertura ao vivo do jogo atingiu mais de um bilhão de pessoas no total.

Olhando para o alcance geral da Copa do Mundo da FIFA, até envergonha as Olimpíadas. Em 2018, estima-se que 3,56 bilhões de pessoas assistiram a pelo menos um minuto de cobertura da Copa do Mundo na TV ou nos canais digitais, em comparação com 3,05 bilhões nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e 2,01 bilhões nos Jogos de Inverno de Pequim 2022. E a Rússia 2018 não foi estranha a esse respeito: o Brasil 2014 alcançou números semelhantes e a África do Sul 2010 também. A questão de fato é que o futebol é realmente um jogo global, praticado e seguido em todo o mundo como nenhum outro esporte. Ainda não está claro se a decisão controversa de conceder a Copa do Mundo de 2022 ao Catar afetará o alcance do evento, mas as pesquisas sugerem que, apesar de todas as críticas, centenas de milhões de fãs de futebol se sintonizam quando a bola está realmente rolando.

Fonte: aqui

 

20 novembro 2022

Custo da Copa do Mundo

Ninguém sabe quanto irá custar a Copa do Mundo para o Catar. O evento colocou o país nas conversas, mas também trouxe uma propaganda negativa: afinal, há relatos de mortes de trabalhadores, e uma controversa atitude com respeito ao consumo de bebidas e ao comportamento dos torcedores. Eis um texto sobre o assunto da Forbes:


Quando o Catar iniciar a primeira partida da Copa do Mundo de 2022, contra o Equador, na tarde de hoje (20), o mundo finalmente testemunhará o resultado final de uma das maiores campanhas de capital da história da humanidade.

O ministro das finanças do Catar disse em 2017 que o país estava gastando US$ 500 milhões por semana em projetos de infraestrutura – incluindo estradas, hotéis, estádios e atualizações de aeroportos – para preparar a pequena nação do Oriente Médio para sediar o maior evento esportivo do mundo.

Esta será, de longe, a Copa do Mundo mais cara da história. Estima-se que o Catar tenha gasto até US$ 220 bilhões em doze anos desde que foi escolhido como sede da Copa do Mundo, no final de 2010 – mais de 15 vezes o que a Rússia gastou para o evento de 2018.

O país está sob intensa observação pelas centenas, potencialmente até milhares, de trabalhadores, muitos dos quais são de outros países, que morreram enquanto trabalhavam sob condições intensas por um salário mínimo para manter os grandes projetos nos trilhos.

Mesmo agora, não está claro se o “risco ousado” que o Catar pediu à FIFA para permitir que o país seja o anfitrião valerá a pena para a organização ou para o país de origem. O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter disse na semana passada que a decisão de deixar o Catar sediar foi uma “má escolha”.

“É um país muito pequeno”, disse Blatter ao jornal suíço Tamedia. “O futebol e a Copa do Mundo são grandes demais para isso.”

Qualquer controvérsia em potencial fará pouco para diminuir as grandes quantias de dinheiro investidas, patrocinadas, jogadas ou ganhas durante o fenômeno global de 29 dias. Antes do início da Copa do Mundo, estes são os valores mais importantes:

(...) US$ 277 milhões: a quantia amplamente divulgada que David Beckham recebeu do Catar para servir como embaixador na Copa do Mundo de 2022, pago em parcelas ao longo de 10 anos.(...)

US$ 6,5 bilhões a US$ 10 bilhões: o intervalo de estimativas sobre quanto o Catar gastou para construir sete estádios de futebol para a Copa do Mundo deste ano. Após o evento, partes dos estádios serão desconstruídas e doadas a outros países, e os prédios reaproveitados em espaços comunitários para escolas, lojas, cafés, instalações esportivas e clínicas de saúde. Um local, o Estádio 974, foi construído com contêineres reciclados e será totalmente desmontado e removido.

US$ 14,2 bilhões: custos totais da Rússia associados à realização da Copa do Mundo de 2018, de acordo com o Moscow Times. Os maiores itens incluíram infraestrutura de transporte (US$ 6,11 bilhões), construção de estádios (US$ 3,45 bilhões) e acomodações (US$ 680 milhões).

US$ 220 bilhões: Um custo estimado do que o Catar gastou nos últimos dez anos em preparação para a Copa do Mundo. Funcionários do governo nunca confirmaram o número, mas, em 2017, o ministro das finanças do Catar disse que o país estava gastando US$ 500 milhões por semana em projetos.

Foto: Fauzan Saari

Outro texto com conteúdo aproximado, pode ser encontrado aqui

30 janeiro 2018

Contabilidade das Cias Aéres 2

Conforme apresentado ontem neste blog, a Qatar Airlines estava sendo pressionada pelo governo dos Estados Unidos por uma competição mais justa. O primeiro passo para resolver o problema foi dado hoje, com a divulgação, por parte do secretário de Estado, Rex Tillerson, que abriram um diálogo. Conforme a Reuters, espera-se que a empresa aérea comece a evidenciar suas demonstrações contábeis anuais, auditadas, no próximo ano. E que no futuro divulgue as transações com o governo do Catar.

29 janeiro 2018

Contabilidade de empresas aéreas

Quando um país deseja criar uma ligação aérea com um cidade no exterior, há um acordo de que a linha aérea deve ser explorada por duas empresas, uma de cada país. Assim, uma ligação entre São Paulo e Lisboa feita por uma companhia brasileira também deve ser feita por uma companhia francesa. Esta é uma política conhecida como “open skies”. Mas isto inclui a criação de um ambiente de livre mercado e redução da participação do governo. Como consequência disto, espera-se que os serviços prestados pelas duas empresas sejam razoavelmente equivalentes, uma vez que a estrutura de custo é também equivalente.

Mas isso desaparece quando uma das empresas recebe subsídio de seu governo. Três grandes empresas dos Estados Unidos acusaram empresas da Ásia, como a Emirates, a Etihad e a Qatar Airlines de violarem os termos do “open skies”.

Parece que este aspecto deve mudar com respeito a Qatar. A empresa e o governo do Catar concordaram em melhorar a evidenciação contábil da empresa dentro de um ano ou dois, segundo informou a Reuters. O acordo não se aplica as outras duas empresas, ambas do Emirados Árabes Unidos.

Eis um bom exemplo de como uma informação contábil pode ser útil em uma situação de competição. Neste caso, a divulgação da relação entre empresa e acionista poderá esclarecer a existência ou do subsídio e o tamanho do mesmo.

19 julho 2014

Escolinha de Futebol

O jornal New York Times (via aqui) faz uma narrativa sobre a escola de futebol Aspire Football Dreams. O programa escolheu entre 3,5 milhões de garotos em diferentes países da África. Os melhores foram mandados para viver e morar em duas academias: uma em Doha, Catar, e outra no Senegal. Os garotos recebem educação e tem seus gastos custeados; sua família também recebe um dinheiro. Os centros são assessorados por profissionais com experiências em clubes europeus de futebol. Parece bom demais para ser verdade.

Aspire é bancado pelo governo do Catar. Qual a razão do governo deste país fazer isto? O Catar irá sediar a Copa de 2022 e seu time é muito fraco. (É bem verdade que isto não é uma boa razão, já que o Brasil sediou a Copa de 2014) Mas a naturalização maciça de jogadores pode gerar desconfiança e foi descartada pelos dirigentes da Aspire. Segundo eles, a academia poderá contar com alguns garotos do Catar, que aprenderiam futebol com os melhores futuros jogadores do mundo. (Nada impede da Aspire naturalizar um ou dois grandes craques; isto não despertaria suspeita)

Outra possibilidade é que Aspire pode estar vinculada a corrupção. A votação que escolheu Catar como sede do mundial de 2022 foi questionável pela compra de votos. Segundo o jornal, das 24 nações que compõe o comitê executivo da FIFA, cinco são países que Aspire está operando.