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Mostrando postagens com marcador Banco Mundial. Mostrar todas as postagens
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29 agosto 2020

Ranking de Banco Mundial pode ter sido manipulado

 


Uma pequena notícia no Valor:

O Banco Mundial suspendeu nesta quinta-feira (27) a publicação do relatório “Doing Business”, um ranking que avaliava anualmente o ambiente de negócios em 190 países, enquanto investiga irregularidades na coleta de dados do estudo.

“Uma série de irregularidades foram relatadas com relação a mudanças nos dados dos relatórios ‘Doing Business 2017’ e ‘Doing Business 2020’, publicados em outubro de 2017 e 2019. As mudanças nos dados eram inconsistentes com os métodos do ‘Doing Business’”, disse o Banco Mundial em nota.

No comunicado, a entidade informou que está fazendo uma “revisão sistemática” de todas as informações publicadas nos últimos cinco relatórios. Uma auditoria interna também será realizada para verificar todo o processo de coleta de dados.

Esta notícia é de 27 de agosto. Procurei a notícia em outros meios e percebi pouco destaque (pouca relevância para o assunto?). Mas parece que os dados alterados foram da China, Azerbaijão, União dos Emiratos Arábes e Arábia Saudita. 

04 março 2020

Ajuda à corrupção

Anderssen, Johannesen e Rijkers descobriram que “os desembolsos de ajuda a países altamente dependentes de ajuda coincidem com aumentos acentuados nos depósitos bancários em centros financeiros offshore conhecidos por sigilo bancário e gestão de patrimônio privado, mas não em outros centros financeiros”. A explicação mais plausível para esse resultado é que as autoridades locais roubam uma parte significativa dos fundos de ajuda ao desenvolvimento e escondem esse dinheiro em suas contas pessoais no exterior.

O estudo questiona a ajuda do Banco Mundial. Um dos autores é economista da instituição. Entretanto, o estudo foi censurado pelo Banco Mundial, segundo a The Economist. Como um dos autores publicou no site pessoal o estudo, o que levou a instituição a também publicar o estudo. 

14 janeiro 2018

Banco Mundial e o ranking da competitividade

O Banco Mundial assumiu ter alterado intencionalmente a metodologia de um de seus relatórios econômicos mais importantes por vários anos. O economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, disse ao The Wall Street Journal na sexta-feira que irá corrigir e recalcular os rankings nacionais de competitividade nos negócios divulgados no relatório "Doing Business" de pelo menos os últimos quatro anos. (Fonte: aqui)

As notícias informam que o principal país afetado foi o Chile (veja aqui também). Por coincidência, o antigo responsável pelo cálculo era um economista chileno. Durante o governo da socialista Bachelet o ranking caiu; no governo de Pinera, agora recentemente eleito presidente, o ranking era bastante positivo.

Mas o Chile não foi o único país prejudicado. O destaque para este país está relacionado com a posição do antigo responsável técnico pelo cálculo. Parece algo de pouca importância, mas dois pontos relevantes: (1) a notícia do ranking foi usada politicamente no Chile durante a eleição presidencial, como um argumento contrário ao governo de Bachelet; e (2) o nível de investimento estrangeiro alcançou o pior patamar no Chile nos últimos anos. Assim, pode ser que o ranking tenha alguma influência política e econômica.

12 janeiro 2016

Levy como CFO do Banco Mundial

O Banco Mundial confirmou na tarde desta segunda-feira (11/1) que o ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, será diretor financeiro da instituição. Ele deve assumir o cargo, um dos mais altos na hierarquia da casa, em 1 de fevereiro, de acordo com um comunicado divulgado hoje.

"O comprometimento sem cansaço com reformas de Joaquim Levy, orientadas em direção ao crescimento sustentável e inclusivo, é um ativo significativo para o Banco Mundial na medida em que revisamos nossas finanças e nos adaptamos a um ambiente em rápida transformação", afirma o presidente da instituição, Jim Yong Kim, em um comunicado à imprensa.

O comunicado do Banco Mundial ressalta ainda a passagem de Levy, além do Ministério da Fazenda, por outras instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Bradesco e o governo do Rio, onde foi secretário estadual das Finanças.

[...]

Levy assume o posto deixado pelo francês Bertrand Badré, que no começo de novembro comunicou que estava deixando o Banco Mundial.

Na sexta-feira, em um evento em Washington, o diretor do Brasil no FMI, Otaviano Canuto, mencionou a ida de Levy para o Banco Mundial durante palestra no Wilson Center e destacou que, por ser uma instituição bilateral, o ex-ministro, que deixou a Fazenda pouco antes do Natal, não vai precisar passar pela tradicional quarentena dos que saem de altos postos de governos

No mesmo comunicado, o Banco Mundial informa a contratação de Shaolin Yang, que é chinês, como chefe administrativo geral (CAO, em inglês), um cargo novo na instituição. "Os dois executivos vêm em um momento crítico em que a organização trabalha para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade compartilhada."

Fonte: Aqui

15 janeiro 2015

Professores-superestrelas

Para a América Latina, 2014 não foi um ano tão positivo quanto imaginávamos. Cultivávamos a expectativa de que um país latino-americano ganhasse a Copa do Mundo, trazendo novamente o troféu para as Américas. E falando sobre tema mais sério, também tínhamos a esperança de que o crescimento econômico da região mantivesse um ritmo constante, embora mais lento. No entanto, de acordo com os mais recentes prognósticos, a região poderá crescer apenas 1% este ano. Levando em conta o aumento populacional, isso significa que a renda média per capita dos latino-americanos não progrediu nos últimos 12 meses.

O crescimento não chegará com facilidade. Uma expansão promovida por matérias-primas, como a que a América Latina apresentou na última década, dificilmente se repetirá, considerando a menor demanda mundial por seus produtos, em particular da China. E como se isso não bastasse, o custo para financiar o desenvolvimento vai provavelmente aumentar nos próximos anos, à medida que a política monetária dos Estados Unidos muda a sua orientação. As históricas conquistas sociais obtidas pela região nos últimos dez anos correm perigo. A América Latina terá que depender de seus próprios recursos se quiser retornar ao caminho do crescimento com a equidade que possibilitou esses avanços.
 
Este desafio impõe uma pressão significativa sobre os cofres públicos. Portanto, será atribuída uma grande importância às políticas que tenham condições de impulsionar o crescimento mantendo o foco sobre os pobres. Além disso, quando se trata de investimentos públicos que atendam a ambos os objetivos, muito poucos entre eles têm o alcance da Educação. Por um lado, um país que conta com um melhor capital humano pode se tornar mais produtivo e crescer mais rápido. Por outro, uma população mais qualificada será capaz de encontrar melhores oportunidades de vida e romper com o ciclo da pobreza, que muitas vezes se perpetua ao longo de várias gerações.

Em uma região onde o acesso à Educação até o nível médio é quase universal, o principal desafio reside na qualidade. Para elevá-la, é fundamental o que acontece na sala de aula ou, mais especificamente, as habilidades dos profissionais de Ensino.

Contudo, todas as semanas os Alunos das Escolas públicas da América Latina e do Caribe perdem o equivalente a um dia completo de aula por causa do absenteísmo, da baixa qualificação e do nível salarial dos Docentes, assim como em decorrência da escassa liderança Escolar. Esta é uma das conclusões mais importantes do inovador relatório do Banco Mundial, "Grandes Docentes: como melhorar a aprendizagem dos Alunos na América Latina e no Caribe".

Outra das conclusões desse estudo que chama a atenção é que os indivíduos que ingressam na carreira Docente na América Latina possuem em média um nível acadêmico inferior ao do conjunto de Alunos que cursam o Ensino superior. Em Cingapura e na Finlândia, os Professores são provenientes do terço mais elevado entre os estudantes. E isto me leva aos Professores-superestrelas.

A América Latina é conhecida por suas grandes superestrelas de nível internacional, sejam elas escritores, ídolos do futebol ou artistas. Shakira, por exemplo, é admirada por sua música e talento, e também por seus anos de dedicação a melhorar as vidas das crianças pobres da América Latina. Não há dúvida de que a cantora e compositora colombiana merece toda a atenção e os elogios que recebe, mas a região poderia beneficiar-se de possuir Docentes que contassem com a metade da admiração das estrelas da música.
Isto é mais fácil de dizer do que de fazer, dirão muitos. Porém, não é impossível. Requer, sobretudo, uma enorme dose de vontade política.

Na década de 70, por exemplo, a Finlândia elevou o nível exigido para a contratação de Docentes. Esta foi a pedra fundamental de sua estratégia da reforma educativa. A Finlândia tinha um mercado de trabalho na área da Educação muito semelhante ao da América Latina, com muitas instituições de capacitação de Docentes de qualidade variável, que formavam um contingente excessivo de graduados. Ao longo de várias décadas, o país conseguiu que um número muito menor de instituições de alta qualidade produzissem a quantidade necessária de Professores talentosos que encontram trabalho e desfrutam de um elevado prestígio social, assim como de salários competitivos.

Existe um consenso cada vez maior de que o caminho para o crescimento no longo prazo das economias latino-americanas deve ser forjado com base na produtividade. Isto significa, principalmente, investir nas indústrias mais intensivas em conhecimento, que possam inserir a região de maneira mais competitiva nas cadeias de valor globais para gerar um maior crescimento, apoiando-se nas novas tecnologias e em melhores práticas administrativas.

Esta transformação exigirá uma força de trabalho capacitada e a qualidade da Educação deve melhorar rápido. Para evitar o risco de uma ampliação da disparidade de renda durante o processo em que nos tornamos mais produtivos, a qualidade da Educação não pode se limitar a alguns poucos afortunados.
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*Jorge Familiar Calderón é vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. - See more at: http://blog.andi.org.br/professores-e-as-superestrelas#sthash.2UsDmKJK.dpuf

21 julho 2014

Um acrônimo com capital, o banco dos BRICS

Essa história dos BRICS é uma grande bobagem que muita gente ainda acredita. Agora pra piorar as coisas resolveram criar o tal dos bancos dos BRICS. Ou melhor duas instituições financeiras com a "mesma função" do FMI e do Banco Mundial. Outro dia eu volto aqui pra comentar a razão disso ser uma péssima ideia para o Brasil. A reportagem da The Economist já dá algumas pistas.

FOR years the BRICS countries have insisted they are more than an acronym. To dispel any lingering doubts, the leaders of Brazil, Russia, India, China and South Africa, who gathered in the Brazilian city of Fortaleza for their sixth annual summit on July 15th, announced the creation of two financial institutions: the New Development Bank (NDB) to finance infrastructure and “sustainable development” projects, with $50 billion in capital to start with, and the $100 billion Contingent Reserve Arrangement (CRA), to tide over members in financial difficulties.
On the surface, the NDB and the CRA, which must still be approved by the five countries’ parliaments, look like upstart rivals to the World Bank and the IMF, together the cornerstone of the post-war economic order. The BRICS complain that the Bretton Woods outfits, named after a New Hampshire town where they were conceived 70 years ago this month, give the developing world short shrift. China, whose economy is second only to America’s, has fewer votes there than the Benelux countries. America and Europe have proved shamefully slow to redress the imbalance.

The new institutions are not as subversive as they may seem, however, at least in their current guise. Unlike the IMF, the CRA is not a fund but a tangle of bilateral promises to make foreign reserves ($41 billion from China, $5 billion from South Africa and $18 billion each from the others) available to BRICS in trouble. Every country will be able to tap a multiple of its contribution. But, Mr Putin’s bluster notwithstanding, anything above 30% of that sum will be, as the instrument’s name implies, contingent—including on participation in an IMF programme.
Recipients of IMF cash also resent the tough reforms on which help is conditional, not to mention the lecturing tone in which they are dictated. In Fortaleza Vladimir Putin, Russia’s president, extolled the NDB and CRA as a way to prevent the “harassment” of countries whose foreign policy clashes with America’s or Europe’s (as did his annexation of Crimea).
The NDB, for its part, joins an alphabet soup of regional and national development banks the lending of which already dwarfs the $52.6 billion the World Bank disbursed last year. In 2013 BNDES of Brazil doled out $88 billion. Its Chinese equivalent made loans worth $240 billion. China is also creating an Asian infrastructure bank (which it has invited India to join but, for reasons of geography, not the others).
Even when the NDB’s capital eventually rises to $100 billion, including from non-BRICS states and institutions, it would leave most of the developing world’s infrastructure needs unmet. The World Bank estimates that South Asia alone requires $2.5 trillion over the next ten years. China was willing to chip in more. But India and Brazil, happy to use the bank as a politically palatable way to tap Chinese cash but wary of its dominance as much as they are of the West’s, insisted on an even split. South Africa could only afford $10 billion.
The politics don’t end there. A tussle between China and India over the bank’s headquarters, and between India and Brazil over who should hold the first five-year rotating presidency, nearly scuppered the deal. The BRICS leaders settled on Shanghai and an Indian, yet to be named. But a Brazilian is to chair the board of directors and a Russian the board of governors. They may not all pull in the same direction.
Herein lies the biggest obstacle to the upstarts of Fortaleza. Other than being big and developing (the reason why economists at Goldman Sachs, an investment bank, coined the term in 2001), the BRICS have little in common. The Chinese economy is 28 times the size of South Africa’s (not part of Goldman’s original grouping). Income per person in India is one-tenth that in Russia. True, all lack infrastructure but lively democracies (Brazil, India, South Africa) go about erecting it differently to authoritarian regimes (Russia, China).
Such disparities will make it hard to agree on even basic principles, like whom (other than themselves) to lend money on what terms or what counts as “sustainable development”, notes Douglas Rediker of International Capital Strategies, a consultancy. It took the Bretton Woods institutions decades to sort it all out, far from satisfactorily—and they are dominated by like-minded liberal democracies.
Fonte: aqui

10 julho 2014

Banco dos BRICS


A presidência e sede do banco ainda não estão definidos
A presidência e sede do banco ainda não estão definidos (Sabelo Mngoma/AP)
O acordo que criará o banco de desenvolvimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) está praticamente fechado e deve ser assinado pelos membros do grupo na 6.ª cúpula do bloco, que será realizada nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza. A intenção dos líderes dos Brics é que a nova instituição ocupe parcialmente o espaço do Banco Mundial e do FMI, reduzindo a dependência dos países-membros desses organismos.

Segundo o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, o local da sede do banco de desenvolvimento ainda não está definido. Xangai, na China, e Nova Déli, na Índia, são as opções mais prováveis. A presidência do Conselho do banco, com um mandato de cinco anos, vai rodar entre os países-membros, mas a primeira também não foi decidida ainda.

Fonte: Veja

11 maio 2014

Pesquisas do Banco Mundial

Os técnicos do Banco Mundial tinham a sensação de que ninguém ouvia o que eles diziam. Foram investigar e descobriram que a situação era pior do que imaginavam.
Um levantamento do banco mostra agora que um terço dos arquivos PDF contendo os estudos realizados por seus qualificados economistas nunca recebeu nenhum --nenhum, zero-- download.
Outros 40% foram baixados menos de 100 vezes. Apenas 13% dos trabalhos tiveram mais de 250 corajosos interessados em lê-los.
Os temas dos trabalhos variam de análises gerais sobre a macroeconomia internacional até coisas superespecíficas como "Detectando a expansão urbana e a segurança na posse da terra: o caso de Bahir Dar e Debre Markos, no interior da Etiópia". De 2008 a 2012, o Banco Mundial publicou cerca de 1.500 estudos em PDF no seu site.
É possível que os artigos tenham sido distribuídos de outras maneiras, como por e-mail ou versões impressas.
"Ainda assim, é justo assumir que muitos relatórios com boas ideias nunca foram lidos por ninguém além do autor e de um editor. Talvez a mãe do autor", escreve o jornalista Christopher Ingraham no seu blog no "Washington Post".

17 abril 2009

Controle Interno do Banco Mundial

Banco Mundial falha no combate a fraudes
Valor Econômico - 17/4/2009

Os procedimentos do Banco Mundial para detectar fraudes em seu principal programa de assistência a países pobres foram classificados como "fraqueza estrutural" num relatório interno, aumentando os problemas do banco no tratamento de questões de corrupção.

O Grupo de Avaliação Interna do banco deu-lhe a pior nota possível para procedimentos de deteção de fraude no programa de assistência de US$ 40 bilhões, chamado de Associação Internacional de Fomento. Isso pode prejudicar contribuições à iniciativa, que oferece empréstimos sem juros e um programa de doações aos 78 países mais pobres do mundo.

O relatório de 690 páginas, o primeiro para o programa, foi completado no fim do ano passado. Desde então tornou-se objeto de longas discussões entre o alto escalão do banco e a divisão de avaliação independente sobre se a classificação de "fraqueza estrutural", a pior de quatro possíveis avaliações, era justificada. Nenhuma das outras notas do programa foram baixas.

"Os tradicionais sistemas de controle dos bancos não foram projetados para resolver questões como fraude e corrupção", disse Ian Hume, um dos autores do relatório. "Eles foram criados para garantir a eficiência e integridade financeira do banco - ao menor custo possível". Isso aumenta o risco de corrupção no uso dos financiamentos da AIF, disse ele.

Há anos que o Banco Mundial tem sido alvo de críticas de que não leva a corrupção suficientemente a sério, e alguns funcionários temiam que a publicação do relatório estivesse sendo adiada por motivos políticos. Funcionários do banco dizem que houve muita pressão especialmente dos Estados Unidos para divulgar o relatório.

"Tivemos uma interação dura mas cordial com a direção (do Banco Mundial) durante esse processo", disse Cheryl Gray, diretora do grupo de avaliação.

O relatório foi publicado no website da unidade na quarta-feira à tarde, mas não recebeu destaque. Sua presença era notada por um pequeno ícone no canto inferior direito da página. Gray disse que o grupo não pretendia esconder o relatório e que a divisão não divulgou um comunicado à imprensa porque o relatório era "técnico e tinha jargão demais". Depois de questionamentos feitos pelo Wall Street Journal, o documento ganhou mais destaque no site.

O relatório concluiu que o Banco Mundial tinha, "até recentemente, poucas ou nenhuma ferramenta específica" para tratar diretamente de fraude e corrupção "em todos os estágios do processo de financiamento". Um comitê assessor que apoiou a designação de "fraqueza estrutural" escreveu que questões de fraude e corrupção "envolvem um risco considerável à reputação, podendo possivelmente causar uma perda de confiança dos vários interessados" no banco.

Nos EUA, o governo do presidente Barack Obama pediu recentemente ao Congresso que aprove uma contribuição de US$ 3,7 bilhões em três anos à AIF. Um integrante da maioria democrata no Congresso disse que ainda é muito cedo para saber se o relatório dificultaria a aprovação dos recursos. Em 2007, o Banco Mundial obteve de países doadores e de fontes internas um total de US$ 41,6 bilhões em compromissos de fundos para a AIF em três anos.

Funcionários do Banco dizem que o programa da AIF enfrenta desafios particularmente difíceis, porque a corrupção geralmente é um problema especialmente nos países pobres. "Nós operamos em alguns dos locais mais difíceis do mundo", disse um integrante do alto escalão do Banco. "Estamos sempre tentando melhorar as coisas."

A diretoria do banco pressionou para mudar a designação do quesito fraude e corrupção melhorada um grau, para "deficiência significativa". O argumento era que o grupo de avaliação não levou em conta as medidas adotadas pelo banco no último ano para melhorar seus sistemas de fiscalização e controle.

"O banco está totalmente comprometido em melhorar seus esforços de administração e de combate à corrupção em suas atividades de fomento ao desenvolvimento", afirmou a diretoria em comunicado. Ele cita várias melhorias, incluindo a criação de um conselho consultor independente. O banco informou também que está tentando integrar melhor os órgãos de prevenção de fraudes e corrupção à suas operações gerais.

O relatório não examina casos específicos de corrupção, embora ressalte que isso já foi divulgado em várias ocasiões, a exemplo de contratos para construir postos de saúde na Índia. Em vez de investigar, o papel do grupo é avaliar os sistemas e procedimentos existentes para evitar a corrupção ou identificá-la quando ela ocorrer.

O relatório adota padrões semelhantes aos aplicados para garantir a boa governança das empresas. No geral, a AIF se saiu bem na avaliação. "A descoberta de uma única fraqueza estrutural (...) no contexto geral deve ser considerado um resultado relativamente respeitável", afirmou o relatório.

Durante décadas, o Banco Mundial basicamente ignorou a corrupção, considerando que alguma propina era o preço de se fazer negócios em países pobres. A partir de 1996, porém, o ex-presidente da instituição James Wolfensohn deu mais atenção ao tópico, como fez seu sucessor, Paul Wolfowitz, que segurou empréstimos a alguns países pobres por preocupação relativa à corrupção. Isso levou a acusações de que o banco estava aplicando regras de corrupção seletivamente.

Depois que Wolfowitz foi criticado por mostrar favoritismo a sua namorada, uma empregada do banco, alguns países em desenvolvimento trataram os esforços do banco como hipocrisia. Wolfowitz pediu demissão em 2007 e o atual presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, tem tentado despolitizar a questão da corrupção, especialmente pelo fortalecimento do Departamento de Integridade Institucional.

Avaliações de outras instituições ligadas ao governo americano também indicaram a tal "fraqueza estrutural". Um "relatório de transparência" do Departamento do Tesouro dos EUA para o ano fiscal encerrado em 30 de setembro de 2008 denunciou quatro ocorrências do mesmo tempo, incluindo três envolvendo os esforços de modernização da IRS, a receita federal americana, na segurança de seus sistemas de informática e na contabilidade, e uma das ocorrências envolve até os boletins financeiros do governo americano.

16 janeiro 2008

Corrupção

O Banco Mundial está preocupado com a corrupção nos países que recebem sua ajuda. Uma reportagem do Wall Street Journal mostra o caso de recursos na área de saúde na Índia.

09 maio 2007

Arminio Fraga no Banco Mundial?

Com o escandâlo no Banco Mundial, onde se descobriu que seu presidente favoreceu a namorada, já se comenta os prováveis sucessores de Wolfowitz.

No blog de Brad DeLong existe uma citação do Nobel de Economia Stiglitz onde se comenta a possibilidade de Arminio Fraga, ex-diretor do Bacen, ser indicado para o cargo:

There are first-rate individuals who meet the criteria, including Arminio Fraga... [and] Kemal Dervis....

07 abril 2007

Faça o que eu digo

Notícia da Folha de 07/04/2007 afirma que o Banco Mundial, que divulga a necessidade de padrões de governança no mundo, está investigando o salário da namorada de Wolfowitz. A funcionária Shaha Riza está atualmente trabalhando no Departamento de Estado dos EUA, mas sendo paga pelo Banco Mundial, com remuneração de 193 mil dólares, livres de impostos.

A história começou dois anos atrás, quando Wolfowitz, então número dois do Pentágono, foi escolhido presidente do Banco Mundial. Veio a público que ele namorava a Shaha Riza, então relações públicas do Bird.

Pelas regras da instituição, namorados não podem supervisionar uns aos outros e por isso ela teria sido orientada a mudar. Riza foi transferida ao Departamento de Estado -foi promovida e recebeu aumentos agora questionados pela associação de funcionários do banco.