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18 junho 2014

Rir é o melhor remédio

Álcool e cálculo não se misturam. Por isto não beba e derive (dirija)
Nós temos cerveja tão geladas quanto o coração da sua ex-namorada
De acordo com a química, álcool é a solução
Álcool. Nenhuma grande história começou com alguém comendo uma salada
"Acredite, você pode dançar" - Vodka

17 setembro 2013

Finalmente: IgNobel 2013

O resultado tão esperado do IgNobel saiu!!!

A "estatueta" também merece um IgNobel

Quem segue o blog sabe que adoramos o IgNobel, a premiação cujos laureados são pesquisadores com trabalhos óbvios - mas que não deixam de ter sua contribuição à ciência. O Brasil já esteve presente, como publicado em 2008:
Um estudo sobre os danos provocados por tatus a sítios arqueológicos rendeu aos brasileiros Astolfo Mello Araujo e José Carlos Marcelino um prêmio IgNobel.
 O professor César já explicou o evento:
 O Prêmio IgNobel é uma brincadeira com a ciência. Organizado pelo Annals of Improbable Research (AIR), os vencedores são apresentados inclusive por ganhadores do Nobel na Harvard University. O prêmio começou em 1991 para premiar pesquisas que não podiam ser reproduzidas, mas hoje inclui também pesquisas engraçadas ou com aspectos inesperados. O nome é uma junção da palavra "ignoble" e "nobel", do prêmio Nobel. Não existe, a rigor, categorias no prêmio e as áreas destacas podem ser medicina, química, psicologia, literatura, paz, economia, engenharia etc. A lista dos vencedores pode ser obtida na Wikipedia.
Abaixo os vencedores de 2013:

Em psicologia foi comprovado os bêbados acreditam ser mais atraentes. É. Pesquisaram isso.

Um estudo que uniu astronomia e biologia revelou que o besouro rola-bosta, quando perdido, pode utilizar a via láctea para se localizar. Um dos autores, o Marcus Byne, tem, inclusive, uma palestra TED intitulada "a dança do besouro rola-bosta".

Medicina apresentou um trabalho sobre os efeitos positivos advindos de ouvir ópera durante  transplante de órgãos. Os pacientes eram ratos.

Agora... o pessoal da engenharia de segurança se empolgou! O ganhador criou um sistema eletromecânico para encurralar sequestradores de aviões. O meliante cai em uma portinhola, é selado em um pacote - com paraquedas - e jogado para fora da aeronave. Em terra, veja só, policiais o estarão aguardando.

Os físicos receberam a premiação por terem descoberto que algumas pessoas seriam fisicamente capazes de correr através da superfície de uma lagoa. Para isso seria necessário que tanto a pessoa capaz quanto o laguinho estivessem na lua.

Química surpreendeu. A pesquisa revelou que o processo que faz com que quem corte cebolas chore é muito is complexo que os cientistas imaginavam.

Os arqueólogos se envolveram apaixonadamente com a pesquisa, parboilizaram um musaranho morto e o engoliram inteiro para posteriormente verificar quais ossos seriam digeridos pelo sistema humano. Argh!

Conforme o Hypersciente, o prêmio da paz foi para o presidente da Bielorrússia por tornar ilegal aplaudir em público em 2011, e para a Polícia Estatal da Bielorrússia, por prender um homem, que tinha só um braço, por aplaudir. Eles acrescentam : "Aliás, a Bielorrússia tem tido sua cota de surrealidades, como um surdo-mudo sendo acusado de gritar slogans contra o governo e um professor acusado de agitar os braços e gritar slogans contra o governo enquanto andava de bicicleta."

Ainda, probabilidade se destacou pela descoberta de que quanto mais tempo uma vaca fica deitada, mais provável será que ela irá se levantar em seguida, mas uma vez em pé, não é possível prever com facilidade quando ela irá se deitar novamente. Ahá!

Em saúde pública os pesquisadores tailandeses ganharam a recompensa pelas técnicas médicas recomendadas em seu relatório “Surgical Management of an Epidemic of Penile Amputations in Siam” (“Tratamento Cirúrgico de uma Epidemia de Amputações de Pênis no Sião”, em tradução livre). As técnicas eram recomendadas exceto nos casos em que o pênis amputado tivesse sido parcialmente devorado por um pato (animal doméstico comum na Tailândia).

Foto: BBC News

13 fevereiro 2013

Ciência e ressaca

Editora Globo
Todas as promessas de cura da ressaca são, na verdae, apenas paliativos para um ou outro dos sintomas / Créditos: Alex Silva


Banho gelado, água de coco, café, coca-cola. Chá de hortelã, canela em pau. Chupar limão, comer ostra em jejum. Ovo cru, comprimidos e orações. Além de beber mais cerveja, é claro. Não acredite em tudo que você ouve por aí sobre como curar uma ressaca. Infelizmente, não existe nenhuma evidência científica de que qualquer remédio ou receita popular resolva o mal-estar que segue uma bebedeira.

“Você pode pesquisar na internet e encontrar todos os tipos de cura, mas essas alegações são apoiadas em poucas provas para se dizer que são verdadeiras”, diz Robert Swift, psiquiatra da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, e pesquisador do tema há mais de 20 anos.

É estranho. Afinal, a ressaca é descrita em papiros desde o Egito Antigo e até hoje é um problema sério. Uma empresa de seguros constatou que um terço dos trabalhadores ingleses já bateram ponto de ressaca — 5% deles fazem isso toda semana. Nos EUA, estima-se um prejuízo de US$ 185 bilhões por ano, com faltas e quedas de rendimento provocadas pelo problema. Como pode a medicina moderna não ter uma explicação e uma cura para um problema tão antigo e tão frequente? Primeiro, porque os médicos sempre acharam que não convém.

“A ressaca era vista como uma punição natural para controlar a bebida em excesso”, diz Richard Stephens, psicólogo da Universidade de Keele, na Inglaterra, e coautor de um recente estudo de revisão sobre o assunto. Ou seja, se criassem uma “pílula do dia seguinte ao porre”, o tiro poderia sair pela culatra: talvez as pessoas bebessem mais, o que faria aumentar o número de dependentes da droga. “Devido a esse ‘bom’ efeito, os pesquisadores ficaram longe dela para se focar nos efeitos ‘maus’ da bebida, como o alcoolismo.” Os números confirmam a tese de Stephens: nas últimas cinco décadas foram produzidos quase 13 mil estudos científicos sobre a intoxicação por álcool, mas apenas 145 investigavam a ressaca.

A ignorância sobre o tema também se explica por dificuldades práticas de estudá-lo. Talvez você discorde disso, mas, entre pesquisadores, não pega bem fazer as pessoas tomarem porres em nome da ciência. “É antiético permitir que bebam muito. E, bebendo pouco, a quantidade de álcool pode não ser suficiente para uma ressaca”, diz Stephens. Por isso, alguns estudos usam voluntários que topam ir ao laboratório depois de encher a cara por conta própria. “Só que de ressaca eles não estão muito dispostos a sair da cama.” Quem chega aos cientistas não se lembra bem o que e quanto bebeu — o que também compromete a qualidade das pesquisas.

Outro desafio é criar grupos de controle. Quando se quer testar um remédio, por exemplo, uma parte das cobaias recebe, sem saber, uma substância sem ação farmacológica. Isso desconta o “efeito placebo” e dá aos cientistas um parâmetro. O problema é que, nesse caso, quem recebe o placebo logo percebe que ganhou a cerveja sem álcool — afinal, eles nem ficam bêbados.

Com tanta dificuldade, a ciência não consegue confirmar nenhuma explicação para o fenômeno da ressaca. Apesar (ou justamente por causa) disso, existem diversas teorias sobre a(s) causa(s) do fenômeno — algumas mais populares e aceitas, outras menos. Todas, porém, com seus pontos fracos e incertezas.

A explicação mais popular para a ressaca é a desidratação. Beber 50 gramas de álcool faz uma pessoa urinar de 600 a 1.000 mililitros. Trocando em latinhas, você urina pelo menos o mesmo volume que bebe em cerveja. Se vomitar ou tiver uma diarreia ao fim da bebedeira — eventos relativamente comuns quando se passa da conta—, a falta d'água só piora. E sabe-se que a desidratação causa sede, olhos e boca secos, fraqueza e vertigem — efeitos típicos dos mais trágicos dias seguintes. Coincidência? Talvez. Estudos que analisaram a relação entre hormônios indicadores de desidratação e a intensidade da ressaca não deram em nada. O sujeito pode ter uma ressaca forte, bem hidratado, ou estar sequinho e ter uma ressaca leve. Conclusão: uma coisa não é, necessariamente, causa da outra.

Outras possíveis explicações são efeitos diretos do álcool sobre o estômago, a taxa de açúcar no sangue e o relógio biológico. A droga irrita células da parede do órgão, reduz sua capacidade de se esvaziar e o faz produzir mais ácidos. Isso explicaria dores de barriga, náuseas e vômitos. Ela também reduz a glicose no sangue, única fonte de energia do cérebro — e a falta desse combustível poderia explicar fraqueza e alterações de humor. Também se sabe que o álcool bagunça o relógio biológico. Quem vai pra cama bêbado dorme mal, e geralmente pouco. “Como bebemos à noite, isso compete com o tempo de sono”, diz Swift. Cansaço e dificuldades de concentração seriam consequência disso, talvez.

“Mas não se pode dizer que essas coisas sejam causa da ressaca”, diz a cientista holandesa Renske Penning. Autora da mais recente revisão de estudos sobre o assunto, ela notou que não existe uma associação entre esses efeitos e a intensidade da ressaca. Logo, dificilmente eles são a causa do problema. Outro ponto que coloca em xeque essas teorias é que a ressaca só chega no dia seguinte, quando o álcool e seus efeitos já se foram. Esse “atraso”, aliás, também é o que está por trás de uma das mais bizarras — e menos aceitas — explicações para a ressaca: a da síndrome de abstinência.

Com o tempo, o cérebro de quem bebe muito e com frequência se adapta ao “pé no freio” que o álcool representa. Interrompendo a bebida subitamente, o cérebro “acelera” demais e começa uma síndrome de abstinência — náusea, tremedeira, ansiedade, dores de cabeça, alucinações, agitação e convulsões. Os sintomas persistem por dias, até que o cérebro volte ao normal — ou até que o alcoólico beba de novo. Uma teoria diz que a ressaca seria uma versão desse fenômeno, light e em curto prazo. Apesar de isso não ser comprovado, há quem diga que a cura do porre seja mais bebida. “Isso é combater o mal com um mal pior, pois só adia a ressaca, que pode inclusive voltar mais forte”, diz o psiquiatra da USP Arthur Guerra, especialista em álcool e outras drogas.

As teorias mais aceitas hoje em dia para explicar a ressaca são ligadas ao acetaldeído e, acredite, ao sistema imune. O primeiro é um composto tóxico, intermediário do metabolismo do álcool. Sua concentração varia de acordo com a intensidade da ressaca, indicando uma possível relação de causa e efeito. O mesmo acontece com as interleucinas, proteínas que regulam a atividade do sistema imune. Essa associação suporta a tese de que a ressaca seria uma queda temporária de imunidade — e essa é a linha de investigação mais nova que existe para explicar a ressaca.

Também há pistas de que a ressaca pode ser agravada por diversas coisas que não têm a ver com álcool. A lista inclui desde traços de personalidade — pessoas neuróticas, por exemplo, seriam mais sensíveis a ela — à quantidade de congêneres, ingredientes que não são álcool, mas estão presentes nas bebidas, como metanol e substâncias naturais que dão cor e aroma às bebidas.

Diversas pesquisas mostram que bebidas mais escuras têm mais congêneres e causam ressacas mais fortes. Um estudo holandês de 2006, por exemplo, mostrou que para se ter uma ressaca forte é preciso beber uma quantidade de álcool quase duas vezes maior na cerveja do que no vinho tinto. Uísque e vinho tinto são os piores para o dia seguinte. Gin, vodca e cerveja, os menos perigosos.

Como você pode notar, a ciência mal consegue dizer que mecanismos biológicos desencadeiam o conjunto de sintomas que caracteriza a ressaca. Vários mecanismos podem estar envolvidos com o mal-estar do dia seguinte, provavelmente mais de um deles, mas não se sabe o papel e a importância de cada um para o quadro geral. Sem essa compreensão, é complicado desenvolver um medicamento eficaz. Você deve estar se perguntando: mas e aquele monte de remédios que dizem curar a ressaca?

“Faltam testes clínicos controlados com placebo que examinem a eficácia desses produtos, ou então os produtos mostram eficácia nula ou limitada”, escreveu o cientista holandês Jos Verster, um dos expoentes da pesquisa sobre ressaca, em um editorial de 2012 da revista Current Drug Abuse Reviews. [...]

Aqui no Brasil, alguns remédios já foram obrigados a sair de circulação ou mudar de registro, depois que o Instituto de Defesa do Consumidor questionou a eficácia de uma classe de medicamentos definidos como “hepatoprotetores”. Um deles foi o Engov, obrigado a mudar seu registro e sua bula, para que conste apenas a expressão “alivia os sintomas da ressaca”. Ou seja, todas as promessas de cura são, na verdade, apenas paliativos para um ou outro dos sintomas físicos causados pelo excesso de álcool. Anti-inflamatórios, analgésicos, remédios para enjoo, bebidas para hidratar ou repor eletrólitos. Nada que realmente faça o problema desaparecer. Atualmente, e desde o Egito Antigo, a única coisa que cura mesmo a ressaca é o tempo. O tempo que o organismo precisa para desfazer a misteriosa bagunça que o álcool faz no seu corpo.

Fonte: Aqui

16 junho 2008

Baixo custo do álcool no Brasil

O Los Angeles Times (Human cost of Brazil's biofuels boom, Patrick J. McDonnell, 16/06/2008) explica a razão da competitividade do álcool brasileiro: o baixo custo da mão-de-obra.

E o segredo é as condições primitivas dos trabalhadores que cortam cana, que recebem um tratamento degradante (segundo termos da reportagem).

18 outubro 2006

Brasil produz etanol a 50% do similar norte-americano


O etanol derivado do açúcar é produzido pelo Brasil a 90 centavos o galão. Nos Estados Unidos o custo do etanol obtido a partir do milho é de $1.70 a dois dólares o galão.

Para proteger os agricultores norte-americanos, os defensores do livre comércio taxaram o produto brasileiro em 54%.

Fonte: The Stalwart