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30 abril 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Conselho da Petrobras

O acionista controlador da Petrobras anunciou os seus nomes indicados para o Conselho da Petrobras. Aparentemente as indicações são mais técnicas do que o antigo conselho. (Em postagem no passado abordamos a ausência de nomes com conhecimento na área contábil e financeira nestes conselhos e a falta de independência do controlador)

Mais importante que o currículo é saber se os indicados tem condições de ajudar a governança da empresa. 

Iasb posterga o padrão da receita

Assim como o Fasb, o Iasb decidiu postergar o início da norma de reconhecimento da receita. Este é um dos projetos conjuntos Iasb/Fasb e entre as razões citadas para o atraso no inicio estão: o padrão original demorou para ser publicado; a proposta possui emendas que irão exigir uma análise e trabalho na implantação - se forem aprovadas; e as empresas estão encontrando dificuldades em implantar.As informações são do CGMA Magazine.

Correção Monetária

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou ontem o julgamento sobre a correção monetária dos balanços das empresas referentes ao exercício de 1989. Porém, após voto do ministro Luiz Fux, a discussão foi novamente interrompida. Desta vez, por falta de quórum.

Por enquanto, foram dados três votos, todos favoráveis ao autor do recurso, a empresa Transimaribo, que questiona decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. No julgamento, os desembargadores consideraram constitucional a correção monetária, com base no artigo 29 da Lei nº 7.799, de 1989.
(Valor Econômico, via aqui)

29 abril 2015

Rir é o melhor remédio





Esculturas

A derrocada

Gustavo H.B.Franco - O Estado de S.Paulo
A publicação do balanço da Petrobrás para 2014 abre um capítulo particularmente revelador de um desmoronamento amplo, espetacular e de dimensões históricas, mesmo que ainda incompleto. Diante dessa catástrofe, espera-se que nunca mais o País ouça sem um arrepio os conceitos que orientaram esse experimento de petro-populismo, heterodoxia fiscal e "capitalismo de quadrilhas" (na falta de melhor tradução para "crony capitalism", um fenômeno já bem identificado em outros países). 
É de se esperar que esse terremoto vá bem além da candidata eleita, ou da economia, que já vinha mal, pois atacará de frente um conjunto de ideias, ou uma ordem que seria simplório designar apenas como petista, pois vai muito além dos patéticos personagens associados à tesouraria do PT, seus líderes encarcerados e amigos da empreita. O País quer um novo paradigma em matéria de política, e de política econômica, não é outra coisa o que se ouve pelas ruas e pelos botecos.
Essa rocambolesca "ascensão e queda" não é assunto novo, e já havia recebido marcos definidores nas duas capas da The Economist: em novembro de 2009, o Cristo Redentor decolava, mas em setembro de 2013, voava destrambelhado como um pacote bêbado. Diante dos acontecimentos posteriores, a segunda capa, que alguns viram como um insulto, hoje soa como uma piada de salão, quase uma gentileza. As más notícias dos últimos meses não conhecem precedente em nossa história, tanto pela torpeza quanto pelos valores.
A decadência desse império ocorreu de forma inacreditavelmente veloz, mesmo considerando os padrões do mundo hiperconectado em que vivemos, e decorre de pelo menos três pragas, a primeira, curiosamente, relacionada com uma excelente notícia, um presente da Natureza, a heroica descoberta de um tesouro petrolífero onde ninguém havia se atrevido a procurar.
A segunda foi a utilização da crise de 2008 como um pretexto para uma grande inflexão para pior na política fiscal, agora consagrada no que tem sido chamado de "escândalo das pedaladas", e o mesmo para a política industrial, com seus campeões e favoritos.
A terceira, e mais hedionda, é a da corrupção, que potencializa e explica em boa medida a vilania exibida no desenvolvimento das duas primeiras linhas de conduta, pois sua presença parece "sistemática" a partir de 2004, segundo testemunha, viciando muitos processos decisórios.
Mais detalhe sobre cada uma dessas pragas: a primeira tem a ver com o modo como Lula e o PT definiram a estratégia do País diante da descoberta do pré-sal. Reveladoramente, o debate começou pelo fim, com a vinculação dos ganhos à educação, e com a distribuição de royalties para unidades federadas, criando um mecanismo de socialização dos "rents" para servir como espinha dorsal de um "petro-populismo" semelhante aos de Venezuela e Rússia. Nesse contexto, é claro que era preciso estatizar o mais possível essa riqueza, sem muita conta sobre os investimentos que a Petrobrás teria de fazer, pois o cálculo político, este sim, muito preciso, era sobre como se usar o Tesouro para cooptar os entes federados. É fortíssimo, no Brasil, esse DNA rentista, propenso ao extrativismo, e avesso ao suor, ao individualismo e à produtividade. Que melhor redenção, ou que melhor pretexto para abandonar agendas reformistas e modernizadoras que descobrir petróleo?
Era a praga da displicência, versão caribenha do que se conhece como "doença holandesa".
A segunda maldição teve de ver com a crise de 2008 e com a sensação de que o capitalismo ocidental estava acabado, que a índole perversa dos mercados jamais poderia levar ao bem comum senão debaixo de pesada regulação e que John Maynard Keynes, como dom Sebastião, retornava triunfal das brumas do oceano na versão idealizada em Campinas. Para alguns economistas locais, cujos relógios pararam em 1936, a ocasião era perfeita para recuperar as "políticas anticíclicas", das quais não se ouvia há décadas. Disseminou-se, ademais, exaltação ao capitalismo de Estado, modelo chinês, descontaminado das liturgias ocidentais como democracia e transparência, e o conjunto definido pela Goldman Sachs como Brics começou a levar a sério suas escassas semelhanças. Era o apogeu da ilusão na existência de "vida extraterrestre" e na "ciência alternativa": eis a "Nova Matriz Macroeconômica", a praga da irresponsabilidade.
A terceira praga veio dos porões onde se definiam os aspectos operacionais do sonho petro-populista-heterodoxo: os investimentos necessários, o conteúdo nacional, os campeões, as desonerações e as pedaladas, parece pouco provável que esses assuntos tenham sido decididos por gente inocente em ambientes republicanos. As possibilidades de entrelaçamento entre interesses públicos e privados nessa "Nova Matriz" eram imensas, necessárias e inevitáveis, e assim o cordial capitalismo de laços naturalmente desceu vários andares na escala da moralidade.
O Brasil se torna um curioso caso de país ex-comunista sem nunca ter sido, e que, bastante tempo depois da Queda do Muro, procurava imitar os traços mais pervertidos de alguns países que foram socialistas por longo tempo.
Sete anos após, nem o mais neoliberal dos profetas poderia imaginar que o sonho petista petro-populista ia se converter nessa gororoba que tem assolado o noticiário diário e que ganhou do presidente da Petrobrás uma definição em uma única palavra: vergonha, disse ele, ao reconhecer mais de R$ 50 bilhões em baixas contábeis.
A publicação do balanço auditado da Petrobrás é um fato histórico, sem ser novidade, pois foi uma confissão formal e irretratável. A companhia contabilizou suas "despesas" com corrupção em R$ 6 bilhões com a aplicação do porcentual de 3%, informação proveniente das delações no âmbito da Operação Lava Jato, sobre todos os contratos com as empresas citadas na investigação durante o período que vai de 2004 a 2012. O reconhecimento oficial da desonestidade, graças a um dispositivo da legislação americana, abre imensas possibilidades, e levanta múltiplas questões.
Os números para baixas contábeis são quase 10 vezes maiores que os da corrupção, e os de perda de valor da companhia talvez 30 ou 40 vezes maiores. Lembrando do professor Mario Henrique Simonsen e de sua lógica ferina, é fácil ver que teria saído muito mais barato para os acionistas ter pago apenas as propinas e não ter implementado o "novo modelo". Ou seja, a incompetência combinada à megalomania custou muito mais que a corrupção e levou a Petrobrás a um nível de endividamento imprudente, mais ou menos onde se encontra a União nesse momento, ambas sob o imperativo de "desalavancar".
A corrupção é a parte menor na conta, é verdade, mas vale lembrar aos que estão à espera de um Fiat Elba que o modelo está fora de linha, os tempos são outros, mas se trabalharmos com o Novo Fiat Uno, custando perto de R$ 35 mil, o balanço da Petrobrás indica que a corrupção oficialmente reconhecida equivale a 171.429 automóveis Fiat Uno. É mais de dois meses de produção à plena capacidade.

Curso de Contabilidade Básica: Introdução das Demonstrações Contábeis

Como iniciar uma demonstração contábil? Algumas empresas começam com o balanço patrimonial; isto significa que está indo direto para o “que interessa”. Mas as grandes empresas geralmente começam com o Relatório da Administração. E esta escolha não é aleatória. Como o Relatório da Administração é de certa forma “livre”, iniciar com ele é interessante pois direciona o usuário para aquilo que a gestão da empresa deseja. Se o desempenho não foi bom em razão da conjuntura econômica, o Relatório da Administração irá enfatizar isto; se o lucro foi recorde, o texto pode focar neste aspecto.

Mas quais as primeiras palavras deste Relatório? Selecionamos o caso da Araraquara Transmissora de Energia para mostrar como deve iniciar um texto:

Propositalmente colocamos acima o símbolo da empresa, que chamou logo a atenção pelo nome “China” em destaque. Veja agora como a empresa começou seu relatório:

O texto inicia informando que se trata das informações contábeis do exercício de 2014. Logo a seguir a empresa se apresenta: é uma empresa privada, de capital fechado, com sede no Rio de Janeiro, filial em Araraquara, controlada por uma empresa chinesa. Logo a seguir dois parágrafos com comentários sobre o setor elétrico (onde a empresa atua – isto não foi informado, mas fica subentendido pelo nome), sobre a agência reguladora do setor e um panorama geral sobre o setor.

Observe que este texto inicial pareceu um cartão de visita, onde as informações mais relevantes foram transmitidas ao usuário. Agora você poderá continuar lendo as demonstrações da empresa para mais informações...

Links: Petrobras

Conselheiro afirmou que o manual de governança da estatal é "fantástico", mas só no papel 

Representantes dos acionistas minoritários não receberam documentos solicitados antes da sessão e não tiveram tempo para analisar os resultados de 2014

Prejuízo da estatal foi maior que o apontado no último balanço divulgado pela empresa

Dois conselheiros não aprovaram o resultado

DFC

O Fasb está discutindo uma série de alterações nas informações financeiras para entidades sem fins lucrativos. Entre as alterações temos uma DFC mais fácil de ser entendida, o que envolveria o uso do método direto. Segundo o vice-presidente do Fasb isto poderia ser uma prévia para as empresas com ações negociadas na bolsa de valores, conforme destacou o Compliance Week.

28 abril 2015

Rir é o melhor remédio


Propaganda engraçada: A Flor que você mais precisa 

Palestra Ivy League em Sampa

Olha que interessante (saiu no Estadão): Representantes de universidades dos EUA vêm a SP para explicar processos seletivos. Evento trará especialistas de Harvard, Stanford, Duke, Penn e Georgetown para falar sobre processo seletivo para graduação. *.*

O evento ocorrerá em São Paulo no dia 6 de maio para falar sobre o processo seletivo na graduação dessas universidades.
O prazo final de aplicação para Harvard, tanto na graduação quanto na pós-graduação, costuma ser nos meses de dezembro e janeiro. As datas variam de acordo com a faculdade pretendida pelo aluno.
Diferentemente do Brasil, em que a principal porta de entrada no ensino superior é o vestibular ou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a seleção nas universidades americanas é mais complexa.
O processo pode envolver a análise de notas do ensino médio, cartas de avaliação, entrevistas, testes de idiomas e discussão sobre atividades extracurriculares.

Abaixo uma imagem com as Ivy Leagues e suas localizações:

Middle Atlantic
Stanford fica na California (região oeste).

"Hidden Ivy Leagues": Georgetown e Duke ficam no Sul dos Estados Unidos (Washington D. C. e Carolina do Sul, respectivamente).

Controle Reflexo

Um longo artigo do The Guardian foi traduzido e publicado no Estadão. Trata da política russa. Muito interessante o texto. Destaco os três parágrafos seguintes:

Um conceito tático que serve de orientação na guerra da informação russa é o "controle reflexo". Segundo Timothy L. Thomas, analista do Departamento de Estudos Militares Exteriores do Exército dos EUA e especialista em história e teoria militar russa recente, o controle reflexo implica "transmitir a um adversário informações especialmente elaboradas a fim de levá-lo a tomar voluntariamente decisões predeterminadas por quem iniciou a ação". Em outras palavras, conhecer os padrões de comportamento de seu adversário tão profundamente a ponto de induzi-lo a fazer o que se quer.

Um exemplo notório disso durante a Guerra Fria eram as paradas militares anuais na Praça Vermelha, quando a URSS exibia ao mundo suas armas nucleares e seus mísseis balísticos. Os soviéticos sabiam que esse era um dos raros momentos em que os analistas ocidentais tinham a possibilidade de ver seu arsenal e faziam desfilar falsas armas nucleares com ogivas excepcionalmente grandes destinadas a difundir o pânico no Ocidente diante do poderio e da inovação do armamento soviético. "O objetivo", escreve Thomas, "era levar os cientistas estrangeiros, que queriam copiar a tecnologia avançada, a um beco sem saída, com desperdício de tempo e de dinheiro preciosos". Na era soviética, o "controle reflexo" tornou-se tema de amplos estudos acadêmicos, cujo pioneiro foi VA Lefebvre, um psicólogo matemático que, segundo Thomas, "descreveu o controle reflexo no contexto e na lógica de um jogo reflexo". No início dos anos 2000, o Instituto Russo de Psicologia publicou uma revista semestral dedicada a esse tópico, com artigos sobre a álgebra da consciência e os "jogos reflexos entre pessoas e robôs".

Aplicado ao panorama da guerra da informação, "controle reflexo" significa que os estonianos ficam adivinhando as intenções do Kremlin, paralisados pela incapacidade de formular uma resposta a provocações cujas origens e objetivos é impossível determinar - na realidade, cujos objetivos talvez se reduzam a induzir uma reação excessiva. "Quando os políticos russos fazem ameaças alertando para a capacidade do seu país de conquistar a Estônia, quer dizer que a ocuparão de verdade?", questionou Iivi Masso, assessora de segurança de Ilves quando ela visitou conosco a residência do presidente. "Será que eles procuram apenas nos desencorajar? Ou querem que os jornalistas ocidentais os citem, indicando aos mercados que não somos um país seguro, arruinando o clima para os investimentos?"

Punição

Um assunto pouco tratado é a punição que a empresa Petrobras deverá sofrer nos Estados Unidos em razão dos problemas com a corrupção. Segundo Erica Gorga, da FGV, o caso da Petrobras é diferente dos anteriores (Aracruz e Sadia) (via aqui):

Diferentemente do ocorrido com Aracruz e Sadia, o caso Petrobrás não se circunscreve à esfera cível de reparação de danos patrimoniais dos investidores. Engloba também o Departamento de Justiça (DOJ) americano, conduzindo investigações na esfera criminal, e a Securities and Exchange Commission (SEC), investigando ilícitos relacionados ao Foreign Corrupt Practices Act e à regulação federal de mercado de capitais, na esfera administrativa.

Isso significa que a Petrobrás terá que realizar acordos financeiros tanto com o DOJ quanto com a SEC para evitar julgamentos criminal e administrativo, que poderiam gerar consequências à sua própria sobrevivência. O envolvimento desses órgãos governamentais americanos, como já demonstrado em estudos empíricos publicados em revistas especializadas, também produz impactos financeiros nas ações coletivas mencionadas, que resultarão em acordos judiciais de valores superiores devido à maior gravidade dos ilícitos e à publicidade resultantes da participação do DOJ e da SEC.

Por exemplo, caso recente envolvendo investigações de empresas do grupo Siemens devido à corrupção em contratos de transporte na Venezuela, de telefonia celular em Bangladesh, de eletricidade em Israel e de sistema de controles na Rússia, acabou gerando multas pelo DOJ e pela SEC, de US$ 450 milhões e US$ 350 milhões, respectivamente.

Os valores desviados da Petrobrás em corrupção e outros ilícitos superam em muito as perdas financeiras sofridas por Sadia, Aracruz e a própria Siemens. Como as multas e acordos da Petrobrás com órgãos públicos americanos e nas ações da esfera cível serão lastreados no valor real que foi dela expropriado, seus valores tenderão a ser proporcionalmente mais altos do que nos casos das outras companhias. (...)

Considerando-se todos esses fatores, fatalmente os custos totais do imbróglio jurídico da Petrobrás nas esferas cível, criminal e administrativa nos EUA, custarão à estatal brasileira bilhões de dólares. Quem vai pagar essa conta do Tio Sam e a da reparação patrimonial dos investidores americanos? Por óbvio, os investidores brasileiros da Petrobrás, pois uma vez que o custo sai do caixa da empresa, o valor do investimento do acionista brasileiro diminuirá proporcionalmente. Assim, o acionista brasileiro, além de sofrer diretamente as perdas do valor do seu investimento devido à corrupção, ainda arcará indiretamente com os custos das indenizações a serem pagas aos investidores americanos. Em suma, pagará a conta da Petrobrás duas vezes. (...)


Como o grande acionista é a União, isto significa que o valor a ser pago sairá do bolso do contribuinte. Já o investidor que comprou as ações agora, isto já deveria estar no preço pago. Este não pagara nada.

Comperj e TCU

A maior baixa da Petrobras, no recente balanço divulgado, foi das obras do Comperj. Diantes antes, o Valor Econômico (e O Globo) tinha publicado um texto bastante interessante onde afirmava que a Petrobras tinha ocultado informações sobre os gastos no Comperj, segundo o TCU.

Os auditores do TCU conferiram a contabilidade do projeto e não conseguiram identificar o valor dos investimentos totais. Segundo o TCU, a Petrobras não estava divulgando de maneira fidedigna as informações, sendo que algumas delas conflitantes. Ainda segundo o TCU, em abril de 2014 a Petrobras tinha informado o ttoal de 13,5 bilhões de dólares de investimento no Comperj, mas no mesmo mês a empresa tinha informado à SEC 7,6 bilhões.

Waze

Segundo Sayad (A sabedoria dos mercados financeiros, Valor, 22 de abril de 2015, via aqui) o sucesso do Waze depende do fato dele não fazer sucesso:

O Waze, o aplicativo que usamos para evitar congestionamentos, é uma organização em rede. Muitos motoristas informam muitos motoristas como está o trânsito na rota de cada um. Com estas informações, indica alternativas para evitar engarrafamentos. Funciona bem se for uma informação privilegiada. Se todos usassem o Waze, não funcionaria tão bem. O congestionamento se transferiria para a rota escolhida pelo Waze. Quanto maior o sucesso do Waze, mais congestionada as rotas alternativas que indica.

Mas o fabricante pode evitar isto, através da programação do número de pessoas que estaria adotando a rota alternativa.

27 abril 2015

Finanças Pessoais Competição de investidores 2

Na semana passada mostramos qual a melhor estratégia para vencer as competições entre investidores. Nesta postagem, iremos tratar dos problemas deste tipo de competição.

Geralmente a competição ocorre com aplicação em bolsa de valores. Temos aqui um primeiro problema: não contempla todos os tipos de investimento. Isto faz sentido pela facilidade de medir o retorno da decisão financeira, mas tende a induzir o leigo a associar investimento a compra de ação.

Mas este não é o principal problema. Como muitas pessoas participam deste tipo de certame, obviamente os ganhadores geralmente conseguem retorno positivo, mesmo com o mercado em baixa. Isto cria a impressão de que é possível ganhar do mercado, sendo um investidor inteligente.

Imagine que mil pessoas decidam participar deste tipo de competição. Em média os participantes tiveram um retorno de -5%. Mas o vencedor obteve um retorno de 15%, pois teve a sorte de escolher a ação que mais teve desempenho positivo. O número de que irá prevalecer é 15% positivo, não o retorno médio dos participantes. Assim, o vencedor é o que chamamos de “outlier”, um valor extremo, fora da curva normal. A rigor deveria ser desprezado, em razão das suas características.

Roland Fryer ganha a medalha John Bates Clark




Harvard professor Roland Fryer, an economist who has done pioneering work on the sources and magnitude of racial inequality, won the John Bates Clark medal, which is given to the most promising American economist under 40 years old.

The American Economic Association, which announced the prize on Friday, said Mr. Fryer’s work made him “a major figure in the evaluation of education policies to narrow the racial achievement gap.”

Mr. Fryer, 37, founded Harvard’s Education Innovation Laboratory, known as EdLabs, in 2008 and serves as its director. From 2007 to 2008, he served as the chief equality officer for New York City’s Department of Education. In a 2013 paper, Mr. Fryer examined the benefits of high-achieving charter school that extend beyond the classroom, studying Harlem’s Promise Academy in New York City.
Mr. Fryer is the first African-American to win the medal. At 30, he became the youngest African-American to receive tenure at Harvard.

The Clark medal is often referred to as the “Baby Nobel” because many of its winners have gone on to win Nobel Prizes, including Paul Krugman and Milton Friedman. The medal doesn’t come with a monetary prize. It has been awarded every other year since 1947; since 2010, it has been awarded annually.

Fonte: aqui

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Roland Fryer is an influential applied microeconomist whose work spans labor economics, the economics of education, and social problems and social interactions.  His innovative and creative research contributions have deepened our understanding of the sources, magnitude, and persistence of U.S. racial inequality.  He has made substantial progress in evaluating the policies that work and do not work to improve the educational outcomes and economic opportunities of children from disadvantaged backgrounds.  His theoretical and empirical work on the “acting white” hypothesis of peer effects provides new insights into the difficulties of increasing the educational investments of minorities and the socially excluded.  Fryer is the leading economist working on the economics of race and education, and he has produced the most important work in recent years on combating the racial divide, one of America’s most profound and long-lasting social problems.

He has mastered tools from many disciplines to tackle difficult research topics.  Fryer has developed and implemented compelling randomized field experiments in large U.S. urban school districts to evaluate education interventions.  He founded EdLabs (the Education Innovation Laboratory at Harvard University) in 2008 to facilitate such efforts and continues as its director.  He has incorporated insights from psychology to formulate a new model of discrimination based on categorization, and he has used detailed historical archival research to understand the origins and spread of the Ku Klux Klan.

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio

Motivação na segunda

400 páginas

O Valor Econômico revelou que durante a discussão do Conselho de Administração, a empresa apresentou 400 páginas de documentos na hora da reunião. Ninguém merece participar de um conselho deste jeito.

Cálculo simplório?

Segundo o Valor Econômico, a fórmula adotada para determina o valor da propina foi "simplório" (Cálculo de propina foi "simplório", dizem advogados). São vários aspectos considerados: o percentual utilizado, a falta do imposto, etc. Outros aspectos, que já apresentamos no blog (horizonte temporal, limitação ao imobilizado, etc), não foram considerados no texto.

Já comentamos em postagem anterior da dificuldade de fazer este cálculo. Prevaleceu a relação custo-benefício da informação e a tempestividade.

Pedaladas da Caixa

Segundo o Valor Econômico (TCU investiga "pedaladas" em contas da CAixa, 22 de abril de 2015, Murilo Camarotto), o TCU está investigando a contabilização indevida de mais de 700 milhões de contas que foram encerradas:

O relatório técnico preliminar aponta que a origem da irregularidade está na aprovação de normas internas da Caixa, entre 2009 e 2010. As resoluções autorizaram a movimentação dos recursos dentro da contabilidade. Segundo o banco informou ao TCU, os saldos das contas encerradas eram reclassificados para uma subconta do passivo, chamada "outros credores". Posteriormente, iam para a conta de resultado da instituição.

Durante o período de inspeção, a Caixa apresentou como "principal fundamento" para o reconhecimento desses valores como receita própria o fato de tratar-se de um "passivo contingente de exigibilidade remota", o que na prática significa tratar-se de um dinheiro que dificilmente será requerido por seus donos, especialmente pelo longo tempo de bloqueio das contas e as tentativas "infrutíferas" de localização dos titulares.


O TCU utilizou o conceito de receita para não aceita o procedimento da CEF. A empresa entende que estaria mantendo um passivo fictício e que apesar a contabilização, os valores estariam a disposição dos depositantes. Já o TCU defende que os recursos são do Tesouro Nacional, não do banco. E que a informação deveria ter sido mais transparente.

26 abril 2015

Rir é o melhor remédio

Diário e Número de palavras

Competência na Petrobras

Dúvida de um leitor sobre a Petrobras:

Se a corrupção dentro da Petrobrás já ocorre há alguns anos, essas perdas não deveriam ter sido reconhecidas através da reapresentação de balanço? Pelo o que eu entendi, as perdas foram reconhecidas todas no mesmo exercício - 2014. O que pra mim, fere o Princípio da Competência. 


Você tem toda razão. O mais correto seria reconhecer as perdas em cada um dos anos. A empresa justifica que isto não seria possível, já que não conseguiria fazer esta separação da amortização por exercício. Mas os problemas não seriam somente estes.

Em primeiro lugar, a empresa teria que refazer as demonstrações desde 2004 até 2014. Isto criaria um subconjunto de problemas, incluindo o fato do elevado custo da reapresentação e da mudança da empresa de auditoria, assim como dos Conselhos, que ocorreu neste período.

Em segundo lugar, colocar num único ano “facilitaria” para o investidor pensar que os problemas foram não recorrentes. Se você for usar a série histórica de desempenho da empresa, a retirada das amortizações é muito mais natural do que a distribuição do valor pelos anos da corrupção. Obviamente que esta medida tende a “melhorar” o desempenho da empresa.

Terceiro ponto é que isto poderia destacar mais alguns exercícios e isto teria impacto político. Imagine se o maior valor tenha ocorrido na época onde a Conselheira X (ou Y) fazia parte do Conselho de Administração?

Dos aspectos apresentados anteriormente creio que a relação custo-benefício seja o principal fator. Mais do que a imprecisão do cálculo, argumento utilizado pela empresa para justificar a decisão contábil.

História da Contabilidade Primeira Evidenciação no Brasil

Anteriormente postamos sobre a evidenciação do Theatro S João, antes da independência do Brasil (1). Tínhamos informado que as informações foram divulgadas em 1812 (2). Cometemos um erro. Na realidade as informações eram de 1812, mas foram divulgadas em 1813.

Este erro levou a outro: o Theatro S João não foi a primeira evidenciação no Brasil. Na realidade, a Livraria Publica apresentou, em 6 de março de 1812, no jornal Idade D´Ouro, as suas informações de receitas e despesas (4). É bem verdade que trata-se de poucas informações: uma linha de recebimentos de doadores e três linhas de despesas, sendo uma de salários, outra de compras e a última de despesas diversas:
A diferença é considerada “balanço em dinheiro efetivo”.

Quando se compara com as informações divulgadas pelo Theatro São João é razoável afirmar que a qualidade das informações do Theatro é bem melhor que da Livraria.

Um aspecto relevante: apesar disto mudar o pioneirismo, do Theatro para Livraria, da evidenciação contábil no Brasil, não altera o responsável. Afinal, o tesoureiro da Livraria foi também o mesmo do Theatro, ou Manoel José de Mello http://www.contabilidade-financeira.com/2015/04/historia-da-contabilidade-manoel-jose.html . O verdadeiro pioneiro da contabilidade brasileira.

É interessante notar que ambas as entidades eram do terceiro setor. As organizações sem fins lucrativas realmente foram pioneiras na evidenciação no Brasil. Em 1814, o Hospital da Misericórdia do Rio de Janeiro publica as primeiras informações contábeis trimestrais do Brasil (5), incluindo divulgação de números físicos de doentes e uma espécie de relatório de diretoria. Três meses depois, o mesmo Hospital divulgava as informações do primeiro trimestre, no final de abril (6), trinta dias após o término do período de apuração. No terceiro trimestre este Hospital levou somente 19 dias para fechar suas contas (7).

(1) http://www.contabilidade-financeira.com/2013/04/1812-e-o-theatro-de-s-joao.html
(2) http://www.contabilidade-financeira.com/2014/05/historia-da-contabilidade-cronologia.html
(3) Idade D´Ouro, 18 de junho de 1813, ed 49, p. 3 e seguintes.
(4) Idade D´Ouro, 6 de março de 1812, ed 19, p. 5.
(5) Gazeta do Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1814, ed. 9, p. 4.
(6) Gazeta do Rio de Janeiro, 31 de abril de 1814, ed. 35, p. 4.
(7) Gazeta do Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1814, ed. 84, p. 4.

Estrutura Conceitual

A Fundação de Apoio ao CPC (FACPC), em conjunto com o IASB (International Accounting Standards Board) e o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), realizarão encontro técnico para discutir os principais aspectos e propostas para futuras Normas Internacionais de Informação Financeira – NIIF (International Financial Reporting Standards - IFRS) relativas ao tema Estrutura Conceitual.

Serão realizadas apresentações seguidas de debate com representante senior do staff do IASB.

O evento acontecerá no dia 10/08/2015 (segunda-feira), em horário e local a serem definidos. As apresentações serão feitas em inglês com tradução simultânea e as participações são gratuitas e limitadas seguindo a ordem de inscrição.


Fonte: Aqui

25 abril 2015

Rir é o melhor remédio

Oportunidades

Fato da Semana: Petrobras (Semana 17 de 2015)


Fato da Semana: Finalmente a maior empresa brasileira divulgou seus resultados do terceiro trimestre e do final do ano. O resultado apresentou um prejuízo recorde, mostrando uma empresa bastante endividada, que distribui participação nos lucros sem ter lucro (faz sentido?), com parecer dos auditores, um cálculo subestimado do valor da corrupção etc.

Qual a relevância disto? Talvez tenha sido o fato do ano. Muita discussão sobre método contábil, o resultado, a apresentação dos dados, a reação do mercado etc.

Positivo ou Negativo – Positivo. Para a empresa, acabou o drama de apresentar os números. Para a contabilidade, uma discussão muito interessante sobre a contabilização de danos da corrupção (que tal um CPC sobre este assunto?), controles internos, parecer de auditoria etc.

Desdobramentos – Em alguns dias os resultados do primeiro trimestre. E o assunto ainda será discutido nas ações judiciais que a empresa terá que batalhar.

24 abril 2015

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Mensurando no mercado de artes

Precificar arte é mais arte do que ciência. “O preço da arte é inteiramente determinado pelo momento em que duas pessoas estão interessadas nisso”, diz Marion Maneker, do blog Art Market Monitor. (As cores de um mercado cinzento, Cynthia O´Murchu, Financial Times, publicado no Valor Econômico, 17 de abril de 2015)

A adoção de estimativas para o preço de uma obra de arte é difícil, mesmo para os especialistas. A adoção do preço de transação também pode não ajudar, pois o mesmo está sujeito a influências e modismos, como é muito comum no mercado de artes. E a contabilidade? Como resolver esta mensuração?

Imagem

Imagem do livro Curso de Contabilidade Básica, by Jannine Dias

23 abril 2015

Petrobras: Cotação


O mercado abriu com uma baixa expressiva na cotação, ON e principlamente PN. Durante a conferência com os investidores parece que o mercado confiou nas declarações da administração e recuperou a cotação. Destaque para as ações ON.

Petrobras: Hipóteses

Anteriormente postei as hipóteses do teste de recuperabilidade. Isto incluía uma taxa de câmbio de 2,85 e um brett de 52. Na apresentação a própria empresa utiliza as seguintes hipóteses:


Petrobras: onde tudo começou

O parecer não constava da informação divulgada ontem...
Assinado ontem, pelo corajoso Panassol.

Petrobras: PLR

A participação nos lucros e resultados (PLR) era uma grande incógnita, conforme informado neste blog anteriormente. Não mais: eis a nota da empresa sobre o assunto

Apesar da ausência de lucro... Nova metodologia...

Petrobras: Remuneração

O maior prejuízo da história brasileira foi adequadamente compensado: a remuneração média da empresa aumentou 16%, um aumento real de 8,8%. Mérito.

P.S. E os benefícios concedidos aumentou de 29,4 milhões para 45,9 milhões.

Petrobras: Financiamentos e Valor Justo

Na nota 17 a empresa informa que os financiamentos, de curto e longo prazo, eram de 351 bilhões. No final de dezembro era de 268 bilhões, um aumento de R$83 bilhões. O impressionante é o valor justo dos financiamentos, que no final de 2014 era de 326 bilhões ou 25 bilhões a menos. Esta diferença deve-se ao aumento na taxa de juros de captação da empresa.

Petrobras: As perdas da recuperabilidade

A tabela da empresa mostra onde foram as maiores perdas. Só a Comperj representou perdas de 22 bilhões. As razões encontram-se a seguir:
Em outras palavras: atraso nos projetos, que irá atrasar a entrada de fluxo de caixa. Mas o valor da perda é muito alto...

Petrobras: Hipóteses da Recuperabilidade

A Petrobras divulgou as estimativas utilizadas na projeção dos fluxos de caixa. A taxa de câmbio foi estimada em 2,85 R$/US$, embora atualmente esteja quase 3, e a cotação do Brent no mercado mundial é de US$52 versus quase US$ 100, conforme a própria empresa divulga.

Como a Petrobras internaliza parte do produto, isto tende a reduzir o custo da empresa, melhorando o fluxo de caixa.

Corrupção e Valor Adicionado

A DVA da Petrobras aponta que o valor da corrupção apurado pela empresa foi considerado um "insumo adquirido de terceiros".

P.S. Assim como a perda com o impairment.

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Quanto custa ... ?

Com base nas pesquisas realizadas no Google sobre o custo ("Quando custa *** em xxx?") é possível traçar uma visão do que o estrangeiro está interessado em cada país. Se a pergunta é "Quanto custa *** na Antartica?" o termo mais comum é terra. No Egito é Camelo, na China é Eletrônicos, na Escandinávia é Estudar, nos Estados Unidos é Patente e assim por diante. Brasil? A pergunta mais comum é "quanto custa uma prostituta no Brasil?"