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30 setembro 2014

Caixa, muito caixa

O gráfico mostra que os alemães fazem mais de 80% dos seus pagamentos em dinheiro. Em Why Germans pay cash for almost everything sugere que a preferência pelo dinheiro, em lugar dos pagamentos eletrônicos ou de outro tipo, pode ser decorrente da privacidade ou da necessidade de controle do orçamento doméstico. Mas o Quartz  considera que a história inflacionária da Alemanha ajudaria a explicar este comportamento.

Nos anos vinte a Alemanha viveu uma hiperinflação, que resultou na ascensão de Hitler. Durante a ocupação, após a segunda guerra, os preços também aumentaram, conduzindo a reforma de 1948, que criou o marco, antiga moeda alemã. Outro ponto interessante é o fato dos alemães serem avessos ao endividamento. Tão avessos que o país possui uma das taxas mais baixas de propriedade de casa própria.

Duas outras possíveis explicações não apresentadas pelo Quartz. A primeira, o regime comunista da antiga Alemanha Oriental, onde o valor da moeda não significava poder de compra, já que os artigos eram racionados. A segunda, a língua alemã, que propicia a economia.

Ainda sobre o caixa, a The Economist (via aqui) mostra como as empresas japonesas e coreanas estão retendo uma montanha de dinheiro. As japonesas são donas de 2,1 trilhões de dólares ou 44% da economia do Japão. Já as coreanas guardam $440 bilhões ou 34% do PIB. As empresas alemães também são conservadoras e retém 20% da economia em caixa. Já as empresas dos Estados Unidos, mesmo com o medo da tributação dos lucros obtidos no exterior, possuem um caixa de 10% da economia.

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