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18 outubro 2013

Multis brasileiras e corrupção

Um estudo da Transparência Internacional divulgado nessa quarta-feira, 16, na Alemanha, mostra que as principais multinacionais brasileiras precisam aprimorar os mecanismos de combate à corrupção, aumentar a transparência organizacional e a prestação de contas sobre suas atividades no exterior. O levantamento - Transparência em Relatórios Corporativos: Avaliando o Mercado das Multinacionais Emergentes - faz uma análise da ética nos negócios por parte das 100 maiores companhias internacionais de 16 países emergentes.

Para a Transparência Internacional, as grandes empresas do Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - e de países como Chile, Hungria, México, Turquia e Malásia, entre outros, ainda são pouco transparentes e estão distantes dos modelos de combate à corrupção e de abuso de poder adotados na Europa e nos Estados Unidos. Em uma escala de 0 a 10, na qual as maiores notas indicam mais transparência, a média das 100 companhias foi de 3,6 e apenas 1 em 4 multinacionais receberam nota acima de 5.

As empresas brasileiras estão bem aquém dos critérios defendidos pela Transparência Internacional. A nota média das 13 companhias analisadas foi de 3,4 - acima apenas do índice das 33 estatais chinesas analisadas, quando se considera os cinco países do Brics. A mais bem classificada no ranking, a Marcopolo, está em 30.º lugar, com nota 4,8, e apenas uma das empresas, a Votorantim, tem regras explícitas de proibição ao pagamento de propina a agentes públicos. O pior desempenho entre as brasileiras é o da Odebrecth, com 0,2 na escala da entidade. (...)


Fonte: Estado de S Paulo, Multis brasileiras têm nota baixa contra corrupção - Jamil Chade - 17 de outubro de 2013

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