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10 outubro 2011

Periódicos

Como os periódicos brasileiros de contabilidade julgam os artigos submetidos? Um artigo recente (Avaliação de Artigos Científicos: uma análise de formulários utilizados em periódicos da área de contabilidade e finanças no Brasil, Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, Bruno Vinícius Ramos Fernandes, José Marilson Martins Dantas, César Augusto Tibúrcio Silva e Claudio Moreira Santana, v. 16, n. 2, p. 2 - p. 12, maio/ago., 2011), mostra algumas coisas interessantes, a partir da ficha de avaliação:

Todas as fichas analisadas possuíam critérios subjetivos de avaliação, dentre estes 69% são sugestões de pontos fortes e fracos e 75% sugestões de alterações e comentários sobre o título, resumo ou conteúdo do artigo. Três periódicos possuíam avaliação totalmente subjetiva: Contabilidade, Gestão e Governança; Revista Brasileira de Finanças e Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ.


A maioria dos periódicos analisados recebem as avaliações dos avaliadores via e-mail, cerca de 69%, o restante 31% utiliza sistema on-line de avaliação, o que possivelmente agiliza o processo de avaliação.


(...) Nos critérios de avaliação objetiva verificou-se que 31% dos formulários analisados possuíam alguma preocupação quanto ao título e análise de dados, principalmente com relação ao segundo pode ser considerado um baixo percentual, visto que grande parte dos artigos submetidos a estes periódicos são quantitativos e necessitam de análise de dados. Em torno de 44% das fichas exigiam avaliação do resumo e da originalidade do artigo, sendo este quesito importância para a contribuição do trabalho ao desenvolvimento da ciência.


Metade das fichas possuía tópico de avaliação sobre a qualidade da redação e organização do texto e a qualidade do referencial teórico utilizado, 63% continham o tópico “contribuição do artigo a aplicação de conhecimento para a área” e avaliação sobre a metodologia utilizada contendo propriedade, qualidade e nível de sofisticação.


Por fim, 69% questionam sobre a atualidade do tema e 75% sobre as conclusões, seu fundamento e coerência. Observa-se, pois, a preocupação dos periódicos quanto às conclusões que das pesquisas que os artigos apresentam e a atualidade do tema abordado, e menor preocupação com a originalidade, tal aspecto releva que temas da moda ou já encontrados podem ter seu lugar de divulgação. (...)

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