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31 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio

Propaganda do HSBC sobre diferenças culturais: no Japão, deve-se dar presentes caros.

Teste 403


A fotografia acima foi anunciada num catálogo da Sears por 84,90 dólares. Você saberia dizer o que é?

Resposta do anterior: Ex-funcionária do JP Morgan, atualmente é a presidenta do Fasb. Fonte: New York Times

Feliz 2011


Aos leitores do blog, um Feliz 2011 para todos.

Desenho: David Silverman

Obras em Leilão

As três obras de arte leiloadas no ano de 2010 e que foram destaque pelo seu preço:



Pablo Picasso - "Nude, Green Leaves and Bust" (1932) vendido pela Christie's de New York por $106.5 million em maio.



Alberto Giacometti - "L'homme qui marche I" (1961) vendido pela Sotheby's em Londres por $104.3 million em Fevereiro



Amadeo Modigliani - "Nude Sitting on a Divan" (1917) vendido pela Sotheby's em New York por $68.9 million em Novembro.

Por que ...?

Ao longo do semestre solicitei aos meus alunos de graduação que fizessem uma pergunta interessante e sugerissem uma resposta. Nos próximos dias irei postar algumas destas perguntas e sua possível resposta. O texto em itálico é de autoria do aluno.

Por que as grandes redes de supermercado passaram a vender eletrodomésticos? (D. Guimarães)

O que realmente acontece é que as vendas de eletrodomésticos são altamente rentáveis. Como estes bens possuem um valor maior que produtos usualmente vendidos em supermercados, geralmente são adquiridos pelos consumidores em pagamentos a prazo o que garante a receita financeira que o supermercado queria ganhar sobre você. Por isso também que a loja sempre quer que você compre com o cartão dela, e para isso oferecem ofertas que só podem ser aproveitadas por quem o tenha.A contabilidade já trata de evidenciar esses fatos através do ajuste a valor presente distinguindo assim receitas financeiras das de vendas propriamente ditas.


Em geral a lucratividade de um produto numa rede de supermercado leva em consideração não somente a margem de lucro mas também o giro (a rapidez que a mercadoria sai da loja), o espaço ocupado (o aluguel ou o seu custo de oportunidade é elevado) e o poder de atração dos clientes para consumir outros produtos. Assim, fazer promoção de óleo de cozinha é interessante pelo fato disto atrair novos clientes. Já a venda de eletrodomésticos pode ser uma boa justificativa para atrair um potencial cliente para o cartão de crédito da empresa.

Fifa ganha isenção de impostos

A Presidência da República publicou nesta terça-feira (21/12), no Diário Oficial da União, lei que estabelece uma série de isenções de impostos federais para a realização da Copa de 2014 e da Copa das Confederações em 2013, organizadas pela Fifa.

A desoneração é uma das exigências da Fifa para que a Copa do Mundo ocorra no país. A isenção desses impostos começa a valer a partir de 1º de janeiro de 2011.

Com a lei, a Fifa não precisa recolher, para a preparação do Mundial, taxas e impostos como o de Importação; sobre Produtos Industrializados (IPI); a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre bens e serviços importados; e a Contribuição para os Programas de Integração Social e Formação do Patrimônio do servidor Público (PIS-Pasep) sobre a importação.

A lei foi publicada com quatro vetos sugeridos pelo Ministério da Fazenda, entre eles a isenção para obras e equipamentos dos estádios de apoio, utilizados para o treinamento das seleções nas 12 cidades-sede da Copa.

Segundo o ministério, a desoneração permitiria a "ampliação injustificada de incentivos fiscais para estádios de apoio, cujas características afastam-se das finalidades e das razões que justificam a concessão dos benefícios do Recopa [Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização de Estádios de Futebol]".


Fifa fica isenta de impostos federais para Copa de 2014 - Brasil Econômico - As informações são da Agência Brasil - 21/12/10

Alguém acreditou que a Copa do Mundo seria realizada sem nenhum dinheiro público, conforme promessa feita pelo governo?

30 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio


O triângulo da Bermudas da produtividade. Fonte: aqui

Teste 402


A senhora da foto chama-se Leslie. Talvez seja a mulher mais relevante para a contabilidade mundial. Você saberia dizer o que ela faz?

Resposta do anterior: Mais de 5 mil e seiscentos dólares. Fonte: Carpe Diem The Magic and Miracle of the Marketplace: Christmas 1964 vs. 2010 - There's No Comparison. Para consultar o catálogo, vide aqui

O ano de 2010

No domínio da contabilidade, ninguém se moveu mais rapidamente este ano do que o Financial Accounting Standards Board e o International Accounting Standards Board. Os dois organismos de normatização estabeleceram uma agenda agressiva que conduziu para uma dúzia ou mais de novas regras a serem emitidas em 2011.

Seu objetivo era completar o seu projeto de convergência agora com oito anos de idade e aparecer com um único conjunto de normas contábeis globais. Mas o esforço foi emboscado pela realidade - a crise financeira global e a recessão global subseqüente; acalorados debates sobre as decisões de regras controversas; a aposentadoria antecipada do presidente do Fasb Robert Herz e o anuncio da saída do presidente do IASB, Sir David Tweedie, prevista para junho de 2011. (Em 23 de dezembro os curadores da Financial Accounting Foundation anunciaram que F. Leslie Seidman, agindo como presidente do FASB desde a aposentadoria Herz, tinha sido nomeado presidente da FASB, efetivado imediatamente.)

Assim, os reguladores desaceleraram o processo de convergência na última parte de 2010, prometendo a emitir apenas quatro novas regras a qualquer momento. Ainda assim, eles esperam terminar uma série de projetos de convergência até o final de 2011. Isso vai ser uma tarefa espinhosa, uma vez que esses projetos têm abalado alguns princípios fundamentais do negócio. Por exemplo eliminar o conceito de leasing operacional, as regras de reconhecimento da receita; acabar com a o LIFO na contabilidade de estoque e ampliar o alcance da contabilidade do valor justo. (...)


Best of 2010: Accounting - Marie Leone and David M. Katz - CFO.com - 23 dez 2010

Por que...?

Ao longo do semestre solicitei aos meus alunos de graduação que fizessem uma pergunta interessante e sugerissem uma resposta. Nos próximos dias irei postar algumas destas perguntas e sua possível resposta. O texto em itálico é de autoria do aluno.

O nível de poupança interna da economia chinesa está em torno dos 50% do PIB, enquanto que no Brasil essa relação não passa dos 20%. Por que isso ocorre? (D. Cavalcante)


Uma das explicações para isso é porque a poupança das famílias é baixa. Existem vários incentivos para as pessoas não pouparem no Brasil, entre eles o seguro-desemprego, planos de aponsentadoria bastante agradáveis, seguro-saúde, que embora seja precário é muito abrangente, e para os funcionários públicos, que compõem um boa parte da classe média ou classe que teoricamente seria poupadora, existem planos de carreira, estabilidade no emprego e aposentadoria com salários integrais.

Na China a população, mesmo a de baixa renda, poupa quase 50% da renda, pois lá inexistem planos de aposentadorias, os seguro-desempregos são recários e o mais importante: os chineses priorizam a educação dos filhos, então eles fazem o maior esforço possível para que os filhos tenham uma boa educação no futuro.




Já li outra explicação. Em razão da política do governo de restringir o número de filhos, as famílias tendem a "escolher" homens. Isto decorre da tradição de que os homens sustentam os pais idosos, o que não ocorre com as mulheres. Então, para garantir o futuro, existe esta preferência por filhos homens.

Por conta disto, o número de homens é proporcionalmente maior que o número de mulheres. Com isto, o homem para encontrar sua esposa deve pagar um "dote" considerável. A economia seria a forma de obter este dote e, com isto, casar.

Contabilidade de bancos

Depois de dois fortes e inesperados chacoalhões nos últimos anos - crise global e fraude bilionária no Banco Panamericano -, o sistema financeiro brasileiro tem mais um grande teste pela frente, este com data marcada. Está agendada para o início de 2012 uma mudança de regra contábil pelo Banco Central (BC) que, segundo especialistas, deve afetar negativamente várias instituições, sobretudo as de pequeno e médio portes.

O Estado conversou com várias fontes do setor, inclusive altos executivos de bancos pequenos e médios. Todos afirmam que, se a nova regulamentação entrasse em vigor já, haveria um baque. "O sistema não aguenta", diz uma das fontes. O prazo para a alteração está distante, mas, como se trata de algo espinhoso, será preciso tempo para as instituições se adaptarem - provavelmente o ano de 2011 inteiro.

O problema decorre de uma operação cada vez mais comum no sistema financeiro, chamada cessão de crédito. É quando um banco vende para outro um pacote com milhares ou milhões de empréstimos. Em troca, recebe um valor como pagamento. A principal vantagem de quem adquire as cessões é receber o pacote pronto, sem precisar se esforçar para construí-lo.

Lucro na cabeça. O BC tem uma regra segundo a qual quem cede a carteira pode contabilizar o valor integral da venda como lucro - é o que se chama no setor de "lucro na cabeça". O problema é que, ao longo do tempo, esse lucro não necessariamente se materializa.

Um exemplo prático ajuda a entender a questão: o banco "A" vende para o banco "B" uma carteira de crédito por R$ 100 milhões. Só que essa carteira tem prazo (ou seja, financiamentos dentro dela) de, por suposição, 36, 48, 60 meses, etc.
No entanto, ao longo desses meses/anos todos, pode haver inadimplência, pré-pagamento (quando um cliente não espera a dívida chegar até o fim e a quita antes, algo comum no caso dos empréstimos consignados), etc. Ou seja, o banco "A" não vai embolsar de fato os R$ 100 milhões obtidos na venda e contabilizados em seu balanço como lucro.

O valor exato dependerá de cada caso. No exemplo, pode ser R$ 95 milhões, R$ 85 milhões, R$ 70 milhões, etc. Quanto menos embolsar, maior é o problema potencial para o banco e, por tabela, para o sistema.

Por quê? 1) Porque, à medida que as receitas previstas nos empréstimos originais não se concretizam (de novo, por inadimplência, pré-pagamento ou outros fatores), o banco será obrigado a registrar os prejuízos em seus balanços. Isso é ruim para seus resultados, para seus acionistas e, dependendo da extensão dessas perdas, ruim para seus credores (normalmente outros bancos). 2) Porque o banco normalmente reempresta os R$ 100 milhões originais. Em outras palavras, em parte, a instituição terá concedido créditos em cima de vento, sem base.

O BC reconhece que há uma distorção. Tanto que editou uma resolução, a 3.533. A regulamentação divide as cessões de crédito em dois grupos. No primeiro, a cessão inclui os riscos e benefícios. Em outras palavras, o banco que a vende continua corresponsável por ela até que o último empréstimo seja pago.

O segundo grupo é aquele em que os riscos e benefícios são integralmente transferidos para o banco comprador da cessão. Nesse caso, o cedente não seria impactado por nada relacionado ao pacote de empréstimos. O lucro que contabilizasse na hora da venda seria um lucro real, não um lucro estimado com base nos fluxos futuros de pagamento.
O problema apontado pelo mercado hoje estaria automaticamente resolvido. "O pior pecado é um banco registrar no balanço um lucro que ainda não teve", diz um banqueiro.

Adiada. A 3.533 deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2009. Foi adiada por causa da crise global. Passou para janeiro de 2010, mas foi novamente adiada (dessa vez, por causa de mudanças nas regras mundiais de contabilização pela Iasb). Agora, ficou para janeiro de 2012.

O analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu, afirma que, quando a 3.533 entrar em vigor, muitas instituições terão de aumentar o capital para manter o ritmo de concessão de empréstimos. "Os bancos vão ter de achar soluções para isso", observa.

O negócio de cessões de crédito movimenta bilhões por ano, principalmente nos segmentos de consignado e veículos. É impossível saber quanto porque essas operações não são contabilizadas pelo sistema. É por isso que a Federação Brasileira de Bancos anunciou recentemente o desenvolvimento de estudos para criar uma central de informações de cessões de crédito.


Regra contábil é novo teste para bancos - Prevista para entrar em vigor no início de 2012, mudança deve afetar negativamente várias instituições, principalmente as pequenas e médias - 19 de dezembro de 2010 - Leandro Modé - O Estado de S.Paulo, via blog do Vladmir Almeida

29 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio

Comercial da Alpo (produto da Purina): o melhor amigo

Teste 401

No ano de 1964, no catálogo da Sears, nos Estados Unidos, uma televisão colorida era vendida por 750 dólares. Como ocorreu inflação no período, com este dinheiro corresponde a quantos dólares nos dias de hoje?

mais de mil dólares e menos de dois mil dólares
mais de dois mil dólares e menos de quatro mil dólares
mais de quatro mil dólares

Resposta do anterior: seu contador está sendo acusado de desvio. Fonte: Wall Street Journal

Enron

Durante o escândalo da Enron, Carl Bass e Thomas Bauer, como auditores da Arthur Andersen LLP, perceberam que existia algo de errado com a empresa auditada. Bass e Bauer avisaram seus supervisores da possibilidade de existirem problemas com a contabilidade da empresa de energia do Texas.

Agora, quase dez anos depois da falência da Enron e da Andersen, por conta do escândalo contábil, os registros de CPA de Bass e Bauer estão sendo cassados. A acusação é que ambos são inaptos para exercerem a profissão. A medida está sendo tomada pelo Texas State Board of Public Accountancy, que acredita que eles violaram as normas profissionais no exercício da profissão de auditor.

O caso ainda está em discussão na justiça, mas o diretor-executivo do conselho texano citou que o escândalo da Enron provocou perdas para os acionistas e funcionários.

Por que...?

Ao longo do semestre solicitei aos meus alunos de graduação que fizessem uma pergunta interessante e sugerissem uma resposta. Nos próximos dias irei postar algumas destas perguntas e sua possível resposta. O texto em itálico é de autoria do aluno.

Por que o consumidor na compra de óculos oftalmicos, por exemplo, valoriza mais a marca do óculos à própria lente? Note que a lente é o motivo para ocorrer a compra. (Ana Paula F. de Mello)

Ao observar o comportamento dos consumidores de óculos de grau, podemos levantar um fato curioso. Em geral, gasta-se mais com a armação do que com a própria lente. Isso ocorre ao apego que eles tem com as marcas e grifes que estão em alta. E como a armação é escolhida antes da lente, pois só após a escolha da armação que é possível determinar as lentes que se adaptam ao seu tamanho, só após a escolha de um óculos muito caro sobra pouco dinheiro para uma lente de boa qualidade.

Isto também se verifica mesmo posteriormente várias explicações do técnico em ótica sobre a importância de uma lente com maior amplitude visual. E se o orçamento não comporta aquele óculos com uma boa lente, a melhor opção seria trocar a armação por uma de valor inferior - visto que o motivo da compra é corrigir um problema visual. Em geral, os clientes, principalmente as mulheres, tendem a não trocar a armação e acabam comprando as lentes mais baratas, alegando gostar muito da grife do óculos escolhido.


A resposta talvez também esteja no fato da marca de óculos ser facilmente identificada pelos amigos, o que não ocorre com a lente.

Informação privilegiada


O ex-executivo da HP, Hurd, que saiu da empresa sob a suspeita de assédio sexual e divulgação de informação privilegiada, tenta evitar que uma correspondência de oito páginas seja divulgada. Esta correspondência levou Hurd a sair da empresa, após ser lida pelo conselho. Hurd argumenta que a carta é privada e não deve se tornar pública. O caso está sendo analisado por um juiz do estado de Delaware, que deve decidir sobre o assunto.

O documento deve trazer informações sobre a relação do executivo com Jodie Fisher (foto), que ficou sabendo da intenção da HP em adquirir a EDS antes da notícia chegar ao mercado.

É interessante que mesmo com a acusação, a empresa HP paga uma indenização para Hurd. Ao sair, o executivo foi acusado de mentir no relatório de despesas pessoais.

28 dezembro 2010

Férias

Nos próximos dias estarei de férias. Mas deixei cinco postagens diárias até o dia 4 de janeiro, quando retorno. Bom 2011 para todos.

Rir é o melhor remédio

Naomi Campbell é uma modelo conhecida pelo seu comportamento difícil e explosivo. Neste comercial, da Cherokee, Campbell aparece vestida com roupas desta marca. E sempre aparece o preço, informando que o custo é baixo.

Teste 400


A atriz Tamara Tunie é conhecida por pequenos papéis em Law & Order, Sex and the City e 24. Agora a atriz está envolvida com contabilidade, pois

=> seu contador está sendo acusado de um desvio de US$1,4 milhão
=> foi eleita a musa dos contadores no estado da Califórnia por sua interpretação de contadora
=> acabou de tirar o certificado de CPA, depois de um curso de cinco anos, numa faculdade particular

Resposta do Anterior: cassou a licença de CPA de Bass Fonte: Bloomberg

Reconhecimento da Receita

O Comitê executivo do AICPA (FinREC ou Financial Reporting Executive Committee, antigo Accounting Standards Executive Committee) enviou um comentário referente ao projeto das normas sobre o reconhecimento de receita. Ao final do texto, o FinREC afirma que tendo por base o que foi apresentado, o Fasb deveria deliberar novamente e reapresentar uma nova norma.

Isto representou um ponto negativo para o processo de convergência das normas internacionais de contabilidade. A sugestão do FinREC deve-se ao grande número de comentários e as controvérsias da proposta.

Isto representa um balde de água fria, pois o projeto de reconhecimento da receita já possui oito anos de elaboração. Para os opositores da convergência nos Estados Unidos, representou uma oportunidade para atacar o processo, indagando sobre a qualidade das IFRS.

Leia mais em Is Revenue Recognition the Death Knell for IFRS Adoption? - The Accounting Onion

Por que ...?

Ao longo do semestre solicitei aos meus alunos de graduação que fizessem uma pergunta interessante e sugerissem uma resposta. Nos próximos dias irei postar algumas destas perguntas e sua possível resposta. O texto em itálico é de autoria do aluno.

Por que vemos em muitos estabelecimentos e na mídia o alerta: " Exija a Nota Fiscal" ? (M. Barbosa)

A nota fiscal é um importante instrumento de combate a sonegação fiscal. Ao fixar este alerta, a loja esta enviando um sinal para seu cliente que opera na legalidade, ou seja, paga seus impostos na forma da lei. Isto pode ser interessante como estratégia de marketing.

Outra razão é que o cartaz torna uma defesa contra um eventual fiscal. Um fiscal que entre na loja e enxerga o cartaz tenderá a imaginar que ali não existe sonegação.

Mas existe uma terceira justificativa. A loja pode estar tentando aumentar o controle interno sobre os funcionários. Ao colocar o cartaz, a loja reduz a chance do funcionário não fazer o registro da venda e, consequentemente, reduz a possibilidade de desvio do dinheiro.

27 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio



O significado da TV de alta definição. Fonte: aqui

Teste #399

Para os contadores Carl Bass é um herói. Como auditor da Arthur Andersen, Bass alertou seus supervisores que existia algo de errado com a Enron. Quase uma década depois, o Texar State Board of Public Accountancy resolveu agir e decidiu:

cassou a licença de CPA de Bass por violar as normas da profissão
dar uma medalha para Bass pelos serviços prestados para profissão
elegeu Bass seu presidente

Resposta do anterior: próximo aos 200 ou 191 em 31 de dezembro de 2009. Fonte: Anpcont

Manual

Secretaria do Tesouro Nacional, na posição de Órgão Central de Contabilidade Federal, atua junto aos entes da Federação de modo a normatizar procedimentos que possibilitem a evidenciação orçamentária, financeira e patrimonial do setor público. Propicia, assim, uma harmonização contábil de toda a Federação, atendendo à base legal, aos princípios da Ciência Contábil e aos esforços de convergência às Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, em atendimento à Portaria MF 184/2008 e ao Decreto Federal nº 6.976/2009.

Com apoio dos Grupos Técnicos de Padronização de Procedimentos Contábeis e de Relatórios, instituídos pelas Portarias STN 581 e 582, de 2010, a STN vem criando as condições necessárias para a implantação de uma nova cultura gerencial na gestão dos recursos públicos.

Assim, foi publicada a 3ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, que visa colaborar com o processo de elaboração e execução do orçamento, além de contribuir para resgatar o objeto da contabilidade como ciência, que é o patrimônio. Com isso, a contabilidade aplicada ao setor público atende a uma nova demanda de informações requeridas por seus usuários, possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões internacionais e a avaliação da situação fiscal dos órgãos e entidades públicos, sob os enfoques orçamentário e patrimonial, com base em um Plano de Contas Único.

Deste modo, no último dia 02 de dezembro foram publicadas no Diário Oficial da União as Portarias de aprovação das oito partes e anexo que compõem o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

A Portaria Conjunta STN/SOF nº 4/2010 aprova as partes I – Procedimentos Contábeis Orçamentários – e VIII – Demonstrativo de Estatística de Finanças Públicas e a Portaria STN 664/2010, elaboradas com a participação das Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação e Coordenação-Geral de Estudos Econômico-Fiscais, pela Secretaria do Tesouro Nacional, e pela Coordenação Geral de Normas, da Secretaria de Orçamento Federal.

A Portaria STN nº 664/2010 aprova as partes II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais, III – Procedimentos Contábeis Específicos, IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, VI – Perguntas e Respostas e VIII – e VII – Exercício Prático, elaboradas pela Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação.

As portarias e a 3ª Edição do MCASP encontram-se nos seguintes endereços:

Portaria Conjunta STN/SOF nº 4, de 30 de novembro de 2010
Portaria STN nº 664, de 30 de novembro de 2010
3ª Edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Destaca- se que as principais alterações em relação à 2ª edição consistem na atualização das classificações orçamentárias ante a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2010, a inclusão de capítulos sobre o tratamento contábil de relevantes aspectos patrimoniais, como os créditos tributários, o ativo imobilizado, o intangível e as provisões, o desenvolvimento de rotinas de verificação de integridade contábil e de encerramento do exercício, visando a sistematização e atualização do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, a atualização das estruturas das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público e das notas explicativas e a inclusão de uma parte específica sobre o Demonstrativo de Estatísticas de Finanças Públicas, alinhadas à cultura contábil patrimonial.

Desta forma, o Manual contribui para a promoção do desenvolvimento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público no Brasil e atua como agente de transparência social, constituindo-se assim ferramenta primordial para o aperfeiçoamento da gestão do patrimônio público.


Fonte : Aqui (Dica de Pedro Correia)

26 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio


Lista de Papai Noel no Wikileaks (Fonte aqui)

Panamericano: Sobrou para o contador

Principal executivo do Grupo Silvio Santos até o mês passado, Luiz Sandoval aponta, pela primeira vez, os nomes de dois supostos responsáveis pela fraude bilionária no Panamericano: o ex-vice-presidente financeiro Wilson Roberto de Aro e o contador Marco Antônio Pereira da Silva.

Em entrevista exclusiva ao Estado, Sandoval conta que, quando o caso foi descoberto pelo Banco Central (BC), em setembro, o contador admitiu ter maquiado os balanços do banco para esconder um rombo de R$ 2,5 bilhões e disse ter agido a mando de Aro. Ao ser confrontado sobre a acusação, afirma Sandoval, o ex-vice admitiu ter dado a ordem "para salvar o banco".

O ex-vice e o contador podem não ser os únicos responsáveis pela fraude contábil. Mas foram os únicos, na versão de Sandoval, a admitir participação no episódio, durante reunião com a presença de outras pessoas. Procurado, Aro não quis se pronunciar. Pereira da Silva não foi localizado.

Na última quinta feira, antevéspera do Natal, Sandoval depôs na Polícia Federal. Foi espontaneamente, apresentou sua versão e abriu mão dos sigilos bancário e fiscal.

Sandoval deixou a presidência do Grupo Silvio Santos, depois de uma parceria de 40 anos com o apresentador, por causa da crise no Panamericano. Amargurado por causa do escândalo, diz que não teve como evitar a fraude. "Eu era presidente do conselho do banco. Isso foi um ato de gestão."

Nesta entrevista, concedida no escritório do criminalista Alberto Zacharias Toron, o executivo relata os dias de grande tensão que a cúpula da instituição viveu em setembro, culminando numa reunião extraordinária com o dono do SBT, em seu gabinete na sede da emissora, na rodovia Anhanguera. "Isso é brincadeira, não pode ser verdade", reagiu Silvio, perplexo.

Sandoval conta que, ao contrário do que foi divulgado, os executivos recebiam bônus pela performance do banco. Uma das suspeitas é que, além de esconder a falência do banco, a fraude teria o objetivo de turbinar os números do Panamericano para engordar os bônus dos executivos.

Como e quando o sr. ficou sabendo da fraude?

Foi numa quinta-feira de setembro, dia 16. Tínhamos concluído a venda de uma participação do Panamericano para a Caixa (Econômica Federal) e levei o Silvio para conhecer a presidente da Caixa (Maria Fernanda Ramos Coelho) e o Márcio Percival Alves Pinto, que é vice-presidente. O Rafael Palladino, que era presidente do banco, estava desesperado para falar comigo.

Palladino estava no encontro?

Estava convidado, mas não foi. Falamos por telefone. Perguntei qual era o problema, ele disse que era o Banco Central. O BC vivia dentro do banco, achei que podia ser algum problema de provisão para créditos duvidosos, porque houve uma ocorrência em abril, maio. ‘Não, é coisa mais séria’, ele falou. Então fui ao banco. Quando cheguei, ele estava desesperado. Disse assim: ‘O BC apurou uma diferença contábil entre as carteiras que cedemos e os valores que estão nos bancos cessionários.’ Era uma diferença de R$ 2,1 bilhões! Explica isso aí, falei.

Como ele explicou?

Dizia que não sabia. Falava coisas desconexas. Mandei chamar a diretoria. O diretor que conhecia mais banco ali era o Wilson de Aro, o financeiro. Eles vieram e começaram a me enrolar. ‘Isso aqui é decorrente de erros’, diziam. Como? Erro nesse valor? Aí usaram uma expressão que eu gravei: ‘Foi uma parametrização contábil.’ Eu sou administrador de empresas e advogado, mas parametrização contábil? Que é isso? Eles respondiam: ‘Você lança assim, lança assado’... Senti que estavam me enrolando. Pedi para chamar o contador, que eu não conhecia, o Marco Antônio (Pereira da Silva).

O que ele disse?

O contador sentou-se ali, com a diretoria, na sala do Rafael Palladino, e explicou tudo: ‘Nós vendíamos carteiras (de empréstimo, a outros bancos) e tínhamos de dar baixa no ativo. Só que não dávamos baixa completa. Exemplo: vendíamos R$ 100 mil em carteira, mas só dávamos baixa em R$ 80 mil. Ficavam R$ 20 mil no ativo, gerando receita.’ Ou seja, estavam produzindo um lucro irreal. Perguntei ao contador quando isso tinha começado, ele disse que na crise de setembro de 2008.

E os diretores?

Só olhando. Falei ao contador: Você sabe que isso é ilegal, é irregular? Ele respondeu: ‘Sei sim, senhor.’ Então, por que fez? ‘Porque recebi ordem.’ Quem te deu ordem? ‘Wilson de Aro’. E apontou para o Wilson. O Wilson confirmou: ‘Eu mandei fazer’. Disse que foi para salvar o banco.

Salvar o banco?

Foi o que perguntei. Ele disse que o banco estava em dificuldades na crise de 2008, ia ficar com o patrimônio líquido negativo. Perguntei quem mais sabia. Ele disse: ‘Só eu sabia. Eu dei a ordem para o contador fazer’. Quando fiquei sabendo, liguei para o Marcio Percival (vice da Caixa) e pedi que fosse ao banco. É claro que ele ficou tão pasmo quanto eu.

O sr. contou ao Silvio Santos?

No dia seguinte, convoquei o conselho de administração e o pessoal do comitê de auditoria para discutir o assunto e ver o que fazer. Chamei o contador e ele assumiu de novo. Disse: ‘Fiz, mas recebi ordem do Wilson’. Ele foi questionado, o Rafael, que além de presidente era do conselho, também foi. Em todos os momentos, o Rafael se disse traído.

Mas ele era o presidente. O sr. acha possível que ele não soubesse?

Só posso dizer o que ouvi. E ouvi o Rafael dizer que foi traído e o Wilson de Aro assumir a responsabilidade. Me disseram que essa operação teria começado em agosto de 2008. Depois, mandei o comitê de auditoria verificar e ele constatou que a operação, na verdade, tinha começado em janeiro de 2006.

O sr. não tentou saber mais detalhes?

Tentei saber mais do Wilson. Ele começou a chorar e saiu da minha sala. Não dá para entender como entrou nisso.

Quando contaram ao Silvio?

Rafael Palladino contou a história na quinta, convoquei o conselho de administração na sexta e procurei Silvio no sábado. Ele estava gravando no SBT. Levei o Guilherme Stoliar, que era do conselho, o Rafael e o Wadico Bucchi, também do conselho. Silvio estava preocupado com a minha insistência de falar no sábado. Pelo telefone, perguntou ‘o que está acontecendo, alguma coisa com minhas filhas?’. Disse que era o banco. ‘Então deixa para segunda-feira’, o Silvio sugeriu. Disse que não dava, a coisa era séria.

Quem contou?

Eu abri a conversa. Silvio ficou perplexo. ‘Isso é brincadeira, não pode ser verdade. Vocês vão ter de me explicar isso aí e vão ter de arrumar uma solução’. Depois começamos a trabalhar na solução, que foi o empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Olha, o que costumam fazer os banqueiros com problemas? Tiram o que podem, deixam o banco quebrar, o processo leva dez anos, 15 anos, ele pode até ficar preso, 40 dias, no máximo. O Silvio colocou todo patrimônio dele como garantia.

Existe a dúvida sobre se o sr. e Silvio já não sabiam do rombo antes da descoberta do BC...

Conversa. O Silvio não acompanhava as empresas e eu era presidente da holding do grupo e do conselho de administração do Panamericano. Nunca estive na gestão das empresas e, no caso do banco, a gente não desce na contabilidade. Para essas coisas tem a diretoria. O que aconteceu foi um ato de gestão. Nem Silvio nem eu estávamos na gestão das empresas.

Quando a história surgiu, imaginou-se que um dos motivos da fraude seria melhorar os resultados do banco para aumentar os bônus dos executivos. Mas depois saiu a informação de que o Panamericano não pagava bônus. Isso é verdade?

Os diretores do banco eram diretores também de outras empresas da divisão financeira. Recebiam um porcentual sobre o lucro consolidado da divisão financeira.

Então havia bônus ...

O bônus estava condicionado não só ao banco, mas à área financeira. O pagamento do bônus era feito pelas diversas empresas da divisão.

Se o banco fosse mal...

Os diretores ganhariam menos. Talvez nem fizessem jus ao bônus.

O sr. esteve na Polícia Federal. O que disse lá?

Foi depois da operação de busca e apreensão. Falei isso que estou falando para vocês. O delegado perguntou se não houve omissão. O conselho teria se omitido se não tivesse contratado auditoria externa, se não tivesse composto o comitê de auditoria e o conselho fiscal. Agora, faço tudo isso, todo mundo dá pareceres sem ressalvas esses anos todos e me acontece isso? Não dava para saber.


‘O vice-presidente de finanças do banco mandou o contador maquiar o balanço’
Entrevista com Luiz Sandoval, ex-presidente do Grupo Sílvio Santos - Estado de S Paulo - 26 de dezembro de 2010 - David Friedlander e Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo

E a velha máxima da administração: não se delega responsabilidade. (Grifo do blog)

Nova liderança no Fasb

F. Leslie Seidman, um ex-auditora e contadora do JPMorgan , foi nomeada nesta quinta-feira como presidente do Financial Accounting Standards Board , que define as regras contábeis para as empresas americanas.

Seidman, 48, é um membro do conselho desde 2003 e atuando presidente desde o final de setembro, quando Robert H. Herz aposentou inesperadamente. Sua nomeação é para um prazo que termina em 2013, embora ela posssa ser reconduzida.

Ela assume num momento de incerteza para o conselho, cujo papel pode mudar se a Securities and Exchange Commission decidir permitir que as companhias americanas usem as regras promulgadas pelo International Accounting Standards Board.

A nomeação foi anunciada pela Financial Accounting Foundation, que administra a conselho.

(...) Seidman, como membro do conselho de administração, se opôs a uma proposta [de adoção do valor justo], e parece provável que o resultado final será a menor utilização dos valores de mercado do que o Sr. Herz tinha desejado.


Accounting Board Puts Interim Head in Lead Spot - Floyd Norris – 23 dez 2010 – New York Times

25 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio

Natal

Hou Yifan




Terminou a disputa do título mundial de xadrez feminino. A chinesa Hou Yifan derrotou sua compatriota, Ruan Lufei, na disputa de desempate, por 3 a 1.

Yifan tornou-se a 13ª. Campeã mundial. O torneio começou com 64 jogadoras que, por eliminação nos confrontos diretos.

Mesmo sendo a segunda jogadora com maior pontuação entre as participantes, com um rating de 2591, a vitória de Yifan não deixa de ser uma surpresa: ela possui 16 anos de idade. Com 14 anos e 6 meses já era Grande Mestre, um título que somente 22 jogadoras de xadrez possuem (e poucos jogadores brasileiros).

A melhor jogadora de todos os tempos, a húngara Judit Polgar, não participa dos torneios femininos. Judith, a mais forte das irmãs Polgar, que inclui uma ex-campeã do mundo, só joga entre os homens, que geralmente são jogadores mais fortes que as mulheres. Ela já chegou a estar entre os dez jogadores de maior rating do mundo.

As campeãs anteriores foram:

1. Vera Menchik (1927–1944),
2. Lyudmila Rudenko (1950–1953),
3. Elisabeth Bykova (1953–1956 e 1958–1962),
4. Olga Rubtsova (1956–1958),
5. Nona Gaprindashvili (1962–1978),
6. Maya Chiburdanidze (1978–1991),
7. Xie Jun (1991–1996 e 1999–2001),
8. Susan Polgar (1996–1999),
9. Zhu Chen (2001–2004),
10. Antoaneta Stefanova (2004–2006),
11. Xu Yuhua (2006–2008)
12. Alexandra Kosteniuk (2008–2010)

24 dezembro 2010

Feliz Natal



Feliz Natal aos nossos leitores

(Fonte da imagem, aqui)

Rir é o melhor remédio

O que Papai Noel faz enquanto você está dormindo







Rir é o melhor remédio

No clima do Natal, um comercial da Heineken, com direito a música Let Is Snow, comemoração e as lembranças dos últimos dias da Andersen. Fonte: Funny place

Panamericano

Auditores, economistas e advogados que remexem na contabilidade do PanAmericano em busca de explicações para o rombo de R$ 2,5 bilhões não detectaram até agora desfalques dentro do banco de Silvio Santos.

A hipótese mais provável, compartilhada por auditores e delegados da Polícia Federal, é que os diretores do banco tenham desviado dinheiro das empresas não financeiras de Silvio Santos.

Essa hipótese baseia-se na constatação de que pelo menos três ex-diretores do banco têm um patrimônio incompatível com os salários de R$ 50 mil, sem bônus, baixos para o setor.

A escolha das empresas não financeiras tem um sentido estratégico, na visão dos investigadores: elas não são monitoradas pelo Banco Central, o que dificulta a descoberta de eventuais desvios.

Três dos diretores do PanAmericano também eram diretores de outras empresas de Silvio Santos. A PF vai concentrar sua investigação nessas empresas.

O trio seria composto por Rafael Paladino, ex-superintendente, Wilson Roberto de Aro, ex-diretor financeiro, e Adalberto Savioli, ex-diretor de crédito, segundo os investigadores.

Com notas aparentemente frias, eles retiraram cerca de R$ 70 milhões das empresas não financeiras de Silvio Santos, segundo um levantamento ainda não concluído ao qual a Folha teve acesso. Especialistas envolvidos na apuração acreditam que esse valor não deve ultrapassar a casa dos R$ 100 milhões.

Para quem olha só os dados contábeis, é quase um crime perfeito, define um advogado envolvido na apuração, já que os recursos retirados pelos diretores saíram de outras empresas.

SOFTWARE

Os auditores ficaram impressionados com a sofisticação do software usado para maquiar a contabilidade. O funcionamento foi revelado pelo chefe da contabilidade do PanAmericano, Marco Antonio Pereira da Silva, que decidiu colaborar com a PF.

O esquema de fraude é o mesmo descoberto pelo Banco Central em setembro: o PanAmericano vendia carteiras de crédito para outros bancos, mas não dava baixa, o que fazia crer que a instituição tinha mais recursos a receber do que o fluxo real.

O PanAmericano fatiava os crediários e os vendia para bancos diferentes. Imagine um cliente que comprou um carro usado em 48 prestações mensais. O PanAmericano dividia essas 48 prestações em quatro e vendia um pedaço desse crédito para quatro bancos diferentes.

Quando surgia um rombo, o software fazia uma busca aleatória nos créditos vendidos, arranjava os valores necessários e apresentava-os como se não estivessem em mãos de outro banco.

OUTRO LADO

Os advogados de Rafael Palladino, Wilson Roberto de Aro e Adalberto Savioli não quiseram se pronunciar sobre a hipótese de que recursos teriam sido desviados das empresas não financeiras de Silvio Santos, e não do Banco PanAmericano. Eles afirmam que não conhecem detalhes dessa investigação para opinar sobre ela.

ENTENDA O CASO

O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, precisou colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O dinheiro virá de empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.

DE PERTO

Para ficar mais perto do comando de seu grupo após a fraude no Banco PanAmericano, Silvio Santos anunciou no final de novembro que irá mudar a administração de suas empresas para o Complexo Anhanguera, sede do SBT.

Essa foi a primeira decisão importante depois que Luiz Sandoval pediu demissão, no mês passado, da presidência do Grupo Silvio Santos, que reúne 44 empresas. Sandoval foi substituído por Guilherme Stoliar, sobrinho e homem de confiança do apresentador.

A mudança de endereço da sede do grupo e a nomeação de Stoliar são vistos como sinal de que Silvio deverá priorizar o SBT na administração da crise.


Stoliar era diretor-executivo do SBT e um dos grandes defensores da concentração da holding no complexo.



PF investiga outras empresas de Sílvio Santos - Folha de S Paulo - Mário César Carvalho - 23 dez 2010

23 dezembro 2010

Feliz Natal



Vídeo mostrando o nascimento de Jesus nos dias de hoje (dica de Alexandre Alcântara)

Rir é o melhor remédio


Todo ano a Webster (do dicionário famoso da língua inglesa) divulga a palavra do ano. Em 2010 a palavra foi Austeridade.

Fonte: Aqui

Links

Clube procurar orientar as finanças pessoais dos jogadores de futebol

E&Y pode ser processada por fraude Aqui , aqui e aqui também.

O primeiro doutor em contabilidade "não-USPiano"

A influência das normas internacionais na TI

As particularidades da contabilidade de uma cooperativa

Defesa das contas de compensação na contabilidade pública

Irlanda pode ter problemas de pagamento

O Fato do Ano

O fato do ano de 2010 na área de contabilidade está relacionado com as auditorias realizadas pela Deloitte. Esta empresa de auditoria estava nos pareceres do Carrefour e do banco Panamericano. O Carrefour francês terminou mudando a direção brasileira depois que descobriu problemas com a contabilidade da filial. O Panamericano quase quebrou e gerou uma desconfiança no mercado sobre a saúde financeira de bancos de médio porte.

Na enquete que este blog fez entre os leitores, mais da metade concordaram que este representou a principal notícia do ano, ou 52%. Mas 30% lembraram da implantação do sistema de custos no setor público. Este é um fato positivo e apresenta uma evolução numa área específica da contabilidade.

Foram votados também as divergências na área contábil (15%) e as mudanças na direção do Iasb e do Fasb.

Controle na área pública

O texto a seguir é decorrente do GNA – Grupo de Normas de Auditoria do PROMOEX – Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados, Distrito Federal e Municípios brasileiros.

A Contabilidade Pública passa por significativas mudanças e ganha cada vez mais espaço na gestão governamental. Essa transformação decorre da adoção facultativa, a partir de 2010, das Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica – Setor Público (NBCT – SP) editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da convergência aos padrões internacionais.

Paralelamente a essas ações, torna-se oportuno registrar, por importante, que uma silenciosa revolução também se materializa no âmbito do controle público brasileiro. Refere-se à elaboração e aprovação das Normas Brasileiras de Auditoria Governamental (NAGs).

Com efeito, esse processo decorre, fundamentalmente, de projeto desenvolvido no âmbito dos Tribunais de Contas brasileiros, em face de ação conjunta com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), órgão financiador, e do Instituto Rui Barbosa (IRB).

Entre outros aspectos, o IRB, sociedade civil criada pelos Tribunais de Contas, objetiva desenvolver estudos, pesquisas, “bem como investigar a organização e os métodos e procedimentos de controles externo e interno para promover o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das atividades” desses Tribunais.

Esse projeto ganha cada vez mais relevo nos dias atuais, pois, nada obstante os avanços alcançados nos últimos anos na prática auditorial no setor público brasileiro, principalmente no que se refere à auditoria operacional, o País ainda carece de normas de auditoria específicas que visem assegurar os princípios fundamentais, os padrões mínimos necessários e a sistematização das ações de auditoria aplicáveis ao controle público brasileiro.

As NAGs definem os princípios básicos que devem reger os trabalhos dos Tribunais de Contas. Elas fornecem um enquadramento geral que estabelece procedimentos e práticas a serem utilizados no planejamento e execução das diferentes atividades de auditoria, bem como na elaboração dos relatórios e na efetivação dos seus respectivos monitoramentos.

As citadas Normas não representam algo novo acerca do controle externo, mas refletem, codificam e padronizam métodos de trabalho, que têm evoluído ao longo dos anos, principalmente após a edição da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em 2000.

As NAGs são baseadas na prática internacional, tais como as normas de auditoria publicadas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI), as normas internacionais de auditoria elaboradas pelo Comitê Internacional de Práticas de Auditoria da International Federation of Accountants (IFAC), pelo Government Accountability Office (GAO), pelo Institute of Internal Auditors (IIA) e seu congênere brasileiro, o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (AUDIBRA), pelo Tribunal de Contas da Comunidade Europeia (TCCE), e nas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) para a Auditoria Independente, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

A experiência adquirida pelos Tribunais de Contas brasileiros na realização de auditorias públicas também se reflete na essência das NAGs.

Em resumo, esse relevante projeto consiste em disponibilizar meios e recursos necessários para a i) realização de reuniões e encontros técnicos; ii) viabilização de audiência pública, por meio do Portal Nacional dos Tribunais de Contas (www.controlepublico.org.br); iii) discussão com representantes de Tribunais de Contas; iv) consolidação e aprovação das Normas; v) apresentação aos Membros dos Tribunais de Contas; vi) edição e distribuição de 30.000 exemplares, além de sua ampla divulgação em meio eletrônico; e vii) seminários de capacitação das NAGs.

Após ampla e democrática discussão técnica, inclusive com a participação valiosa do CFC, em novembro de 2010, em Manaus, essas normas foram apresentadas a Membros dos Tribunais de Contas presentes no I Simpósio Internacional sobre Gestão Ambiental e Controle de Contas Públicas, uma vez que já foram aprovadas ad experimentum pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (ATRICON), desde 2007.

O momento é ímpar, e novos parceiros precisam participar desse empreendimento, devido a sua relevância e oportunidade para a melhoria do controle público realizado pelos Tribunais de Contas brasileiros, que, apesar dos significativos progressos verificados nos últimos anos, ainda precisam de aperfeiçoamentos.


Normas de auditoria governamental – uma contribuição à melhoria do controle público -
Inaldo da Paixão Santos Araújo & Paulo Eduardo Panassol (encaminhado por Caio Tibúrcio, grato)

Contabilidade das construtoras

As construtoras conseguiram o apoio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para manter o reconhecimento da receita de venda de imóveis na planta conforme a execução da obra. Mas ainda falta combinar com os russos, ou melhor, com os auditores.

Após a definição do caso no âmbito do CPC e da publicação, pela CVM, de deliberação formal com a orientação sobre o tema - chamada de OCPC04 -, o Valorprocurou os auditores para que eles dissessem se o caso estava resolvido ou se havia o risco de haver ressalvas nos pareceres dos balanços das construtoras.

Isso porque, durante as discussões sobre o tema, os auditores teriam indicado preferência pela mudança do sistema de reconhecimento de receita para o momento da entrega das chaves.

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), PwC, Deloittee Ernst & Young Terconão quiseram dar entrevista sobre o assunto, com o argumento de que o caso ainda está sendo analisado - tanto dentro das firmas, como também no Ibracon -, sem que haja conclusão até agora. A KPMGnão se pronunciou.

A elaboração das demonstrações contábeis cabe às empresas, que são obrigadas a seguir o que foi definido na OCPC04, enquanto os auditores devem dizer se os números e suas apresentações estão de acordo com as normas.

"A administração da companhia tem o dever de elaborar o balanço da forma que melhor reflita o seu negócio e ao auditor cabe o dever de dar opinião independente sobre essa informação que está sendo prestada, se ele concorda ou não. Não há novidade, sempre foi assim", afirma José Carlos Bezerra da Silva, superintendente de normas Contábeis e auditoria em exercício da CVM.

A partir do exercício de 2010, no entanto, há um requisito a mais envolvendo a opinião do auditor. Isso porque ele deve dizer se o balanço está de acordo com as normas contábeis brasileiras, conforme emitidas pelo CPC e referendadas pela CVM e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e se também conferem com as normas internacionais IFRS.

No exterior, o entendimento mais comum sobre a aplicação do IFRS em incorporadoras é de que a receita deve ser registrada somente na entrega das chaves.

De acordo com alguns membros do CPC ouvidos nas últimas semanas, mesmo durante as discussões sobre o tema haveria o entendimento, inclusive entre os auditores, de que permitir o reconhecimento da receita conforme a execução da obra não feria, necessariamente, as normas internacionais de contabilidade, que são baseadas em princípios.

Para contornar esse risco, em vez de a OCPC04 sair com um texto dizendo que todas as empresas devem continuar usando o método atual, há uma lista de critérios que devem ser observados para que a companhia possa definir qual modelo usar.

"A orientação não tem uma determinação para que se adote o modelo A, B ou C. Com base no seu negocio e nos seus contratos, a empresa tomará a decisão de qual é a melhor metodologia", diz Bezerra.

Ainda segundo ele, quando os auditores concordam com a decisão das empresas, "maravilha", mas ele reconhece que isso nem sempre acontece. Nesse caso, diz Bezerra, cabe aos auditores explicar o motivo da discordância. "Se for necessário, a CVM pode pedir mais explicações ao auditor", diz.

Conforme o texto da OCPC04, há avaliação de que, nos contratos de promessa de compra e venda de imóveis na planta usados no Brasil, o mais comum é que haja transferência continuada dos riscos e benefícios do imóvel em questão. A possibilidade de venda do imóvel pelo comprador durante a obra e o recebimento proporcional de indenização em caso de desapropriação seriam algumas das evidências disso.

Em relação ao controle, que também teria que ser transferido, e ao envolvimento gerencial sobre o projeto, que a incorporadora não poderia ter, conclui-se que, uma vez registrado o projeto de construção em cartório e o memorial descritivo, nem o comprador nem a vendedora tem poder para mudar o projeto.

De agora em diante, caberá às companhias convencer os auditores em qual modelo estão enquadrados os seus contratos.


Fonte: Valor Econômico - Fernando Torres - Auditores ainda não têm posição sobre regra de construtoras

22 dezembro 2010

Notícias de hoje

Bom dia. Muitas notícias no dia de hoje. Inicialmente a revelação de que brevemente o Wikileaks irá divulgar documentos sobre o Bank of America. Isto provavelmente terá conseqüências contábeis.

Depois, mais um desdobramento do escândalo da demissão do executivo da HP. Para piorar, o escândalo do Lehman parece que chegou na empresa de auditoria Ernst & Young. Blog pergunta se os problemas que a E&Y irá enfrentar são parecidos com os da Andersen.

Finalmente, uma boa notícia para contabilidade: a primeira tese de contabilidade fora do programa da USP.

Boa Leitura

Qual a importância da Análise de Balanços?


Esta foi a questão que motivou a pesquisa de Adilson de Lima Tavares na tese de doutorado “A Eficiência da Análise Financeira Fundamentalista na Previsão de Variações no Valor da Empresa”. Trata-se da primeira tese em contabilidade defendida no Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis (UnB/UFPB/UFRN).

Tavares considerou as empresas brasileiras que mais agregaram valor e tentou verificar se os índices considerados na análise de balanços foram capazes de prever e separar as empresas ganhadoras das perdedoras. Usando três técnicas estatísticas (qui-quadrado, análise discriminate e logit), Tavares construiu o melhor modelo possível. Dos 23 indicadores que foram calculados e testados, os modelos usaram somente um ou dois indicadores, com índices de acertos variando entre 62% a 71%).

A tese foi defendida no dia 20 de dezembro, na UFRN, diante de um público de mais de cem pessoas! O professor Eliseu Martins tomou a palavra, no início dos trabalhos, e lembrou os esforços realizados pela Universidade de São Paulo, em promover a expansão dos cursos de pós-graduação no país. Apesar do doutorado da USP em contabilidade ter sido criado na década de setenta, somente em 2010 tivemos a primeira tese em contabilidade aprovada fora do programa da USP. (É interessante notar que além da presença do professor Eliseu Martins, a banca estava composta por mais três professores formados naquela universidade)

Fazia parte da comissão avaliadora a professora Ilse Maria Beuren, do programa da Furb (que também possui doutorado e irá titular seu primeiro doutor no próximo ano) , o professor Otávio Ribeiro Medeiros, o professor (e coordenador do programa pela UFRN) José Dionísio Silva e o orientador, este blogueiro. Diversos professores do Programa estavam presentes na defesa (Jorge Katsumi Niyama, coordenador por dez anos do programa, Paulo Cavalcante, ex-coordenador pela UFPB, professora Aneide, professor Anderson Mol) além de colegas.

(Na foto, da esquerda para direita, Eliseu Martins, Dionísio, Adilson, César Tibúrcio, Otávio Medeiros, Ilse Beuren e Jorge Katsumi)

Ernst & Young é a nova Andersen?

Durante a crise financeira de 2008, o Lehman Brothers decretou concordata. A razão da solicitação foram os prejuízos causados pela crise do subprimes e representou a maior falência da história dos Estados Unidos. No dia 16 de setembro de 2008, o banco Barclays anunciou um acordo de aquisição.

Agora, dois anos depois, o fantasma do Lehman Brothers volta a assombrar Wall Street. Mais especificamente, a empresa de auditoria Ernst & Young. Até então, a questão contábil tinha sido deixada em segundo plano. Mas as manchetes dos últimos dias na imprensa econômica internacional mostram que os problemas do banco podem afetar a E&Y.

Segunda E&Y, em notícia publicada ontem no Wall Street Journal (Ernst & Young: We Didn’t Topple Lehman Brothers, Shira Ovide, 21 dez 2010) não existe base legal para um processo contra os auditores, já que as demonstrações contábeis estavam conforme os princípios contábeis geralmente aceitos. Ou seja, a falência da Lehman Brothers não foi causada pela contabilidade.

Entretanto, o vice-presidente sênior do Lehman, Matthew Lee, afirmou que alertou a E&Y para a tentativa de mascarar os riscos na contabilidade. Em junho de 2008 ele foi demitido do Lehman. Em maio, Lee tinha escrito uma correspondência para executivos do banco alertando para o risco excessivo (Lehman Brothers Whistleblower Matthew Lee Again in Spotlight, Shira Ovide, 20 dez 2010, Wall Street Journal)



Uma das acusações contra a E&Y é de negligência (Ernst & Young: Highlights from the Lehman Investigation, 21 dez 2010, Shira Ovide, WSJ).

A acusação parte do procurador-geral Andrew Cuomo, governador eleito do estado de Nova Iorque. Segundo a acusação, a E&Y sabia da fragilidade do Lehman sete anos antes dos problemas e ajudou a escondê-los. Além disto, a E&Y teve um papel importante no desenvolvimento do Repo 105, uma operação para encobrir o risco do banco (Cuomo checks Ernst & Young Off the hit list, GoingConcern). Cuomo quer que a empresa de auditoria devolva pelo menos 150 milhões de dólares recebidos desde 2001. (Aqui você poderá encontrar um documento de 32 páginas assinado por Cuomo sobre o assunto).

O Financial Times (Cuomo’s coruscating complaint,
21 dez 2010, John Mc Dermont) lembrou que as principais alegações contra a E&Y já são conhecidas desde o relatório de Valukas, de março de 2010. Apesar disto, o NY Times (Peter Lattman, 21 dez 2010. Aqui um vídeo onde Lattman explica o escândalo) lembra que é a primeira ação legal sobre o caso. O mesmo texto lembra que pelo menos um auditor da E&Y ficou preocupado com os problemas do Lehman: Bharat Jain, que em 2006 ficou preocupado com o risco de reputação.

Rir é o melhor remédio

Quanto custa um Citroen? O comercial brinca, começando com 16 mil euros.

Escândalo na HP

As autoridades regulatórias norte-americanas estão investigando os acontecimentos relacionados à abrupta renúncia de Mark Hurd como presidente-executivo da HP (Hewlett-Packard). Ele deixou o cargo após escândalo sexual.

A investigação da SEC (Securities and Exchange Commission, órgão que regulamenta e fiscaliza o mercado de capitais dos Estados Unidos) foi reportada inicialmente pelo "Wall Street Journal", que mencionou fontes não identificadas segundo as quais a agência estaria investigando alegações de que Hurd revelou informações privilegiadas a uma ex-prestadora de serviços da HP antes da compra da EDS por US$ 13,9 bilhões, em 2008.

A saída de Hurd, em agosto, chocou os investidores e causou queda de 8% nas ações da HP no dia posterior ao anúncio. Hoje co-presidente da Oracle, o executivo deixou seu posto anterior sob o efeito de acusações de assédio sexual, ainda que o conselho da empresa não tenha encontrado provas que sustentassem as alegações.

A HP em lugar disso acusou Hurd de apresentar relatórios incorretos de despesas pessoais com o objetivo de ocultar um "relacionamento pessoal estreito" com uma antiga prestadora de serviços da companhia, Jodie Fisher [foto], uma funcionária terceirizada que trabalhou para o gabinete de Hurd de 2007 a 2009. Representantes de Hurd negam essa acusação.



Agora, o governo norte-americano também está estudando as alegações de relatórios de despesa indevidos que teriam sido apresentados por Hurd na HP, e tenta determinar se o executivo destruiu provas armazenadas em computadores antes de sair da companhia, segundo o "Wall Street Journal".

A HP confirmou à investigação da SEC, mas se recusou a comentar o que especificamente o governo estaria investigando. Um porta-voz de Hurd se recusou a comentar.

"A HP está cooperando plenamente com a SEC em sua investigação", informou uma porta-voz da gigante da tecnologia. A Oracle se recusou a falar sobre o assunto, bem como a SEC.

Jodie Fisher, a prestadora de serviços que ocupa posição central na polêmica que levou à saída de Hurd, alegou em carta datada de 24 de junho que o executivo teria divulgado detalhes sobre os planos da HP para a adquirir a EDS antes que a transação tivesse sido anunciada, afirmou uma fonte no mês passado. Representantes de Hurd negaram as alegações, que constavam da mesma carta na qual Fisher o acusava de assédio.


Comissão dos EUA investiga saída de presidente da HP após escândalo sexual
DA REUTERS, EM SAN FRANCISCO – Folha de S Paulo

Aqui notícia do New York Times. Desde a saída do executivo da empresa, a HP perdeu 9 bilhões de dólares de valor de mercado. O caso revelou-se mais interessante para a imprensa quando descobriram que Fisher tinha participado de filmes adultos no passado.

Wikileaks e o Bank of America

Desde que Julian Assange começou a divulgar as mensagens dos diplomatas dos Estados Unidos, comentava-se que o próximo foco do Wikileaks seria uma grande instituição bancária mundial. E que a divulgação poderia afetar o mundo corporativo.

Quando os endereços do Wikileaks começaram a sofrer ataques de hackers, Assange acusou os banqueiros de ordenarem os ataques.

Agora se confirmou que o Wikileaks irá divulgar documentos do Bank of America. A divulgação irá ocorrer no início de 2011, segundo o jornal Times, de Londres.

Assange não quis entrar em detalhes, mas o conteúdo poderá provocar demissões neste banco

21 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio

Uma propaganda interessante como filmes: Instinto Selvagem, Esqueceram de mim, Bastardos Inglórios (que em Portugal recebeu o nome de "Sacanas sem lei") e A Era do Gelo.


Fonte: Funny Place

Teste #398

Qual o número de doutores em contabilidade existentes no Brasil?

Mais de cinquenta e menos de cem
mais de cem e menos de cento e cinquenta
mais de cento e cinquenta

Resposta do anterior: 2391. Fonte: Anpcont

Auditoria do Clima

As nações realizaram uma série de promessas e acordos acerca das mudanças climáticas.São medidas extremamente válidas, no entanto é complicado rastrear o que é cumprido ou não. Não obstante, um projeto do Open Climate Network vai realizar esforço para que, os países cumpram suas promessas e acordos de forma responsável. Iniciado neste mês, na Conferência do Clima em Cancun, o sistema de auditoria irá trabalhar de forma conjunta com os sistemas oficiais de divulgação, de modo a reforçar a divulgação em áreas cruciais (por exemplo : financiamentos para combate das mudanças clímáticas). É a primeira iniciativa internacional, para complementar as avaliaçãoes quantitativas da emissão de gases de efeito estufa e fluxos financeiros, com consistentes avaliações qualitativas de efetividade. Em suma, o sistema visa indentificar o que os países realmente fazem para combater as mudanças climáticas.


Fonte : Aqui (Encaminhado por Pedro Correa, grato)

20 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio


Uma resposta para uma pergunta típica de entrevista de emprego

Adaptado daqui

Teste #397

Qual o número de mestres em contabilidade existentes no Brasil? Considere os titulados até 31 de dezembro de 2009:

Mais de mil e menos de dois mil
mais de dois mil e menos de três mil
mais de três mil mestres

Resposta do anterior: Sílvio Santos. Fonte: aqui

Fazenda da Vasp

Após várias tentativas frustradas, a Fazenda Piratininga, do empresário Wagner Canhedo, ex-dono da falida Vasp, foi vendida ontem por R$ 310 milhões. O imóvel era avaliado em R$ 615 milhões. O comprador é o grupo ligado à família Limírio Gonçalves, que há um ano vendeu a fabricante de remédios genéricos e similares Neo Química ao grupo Hypermarcas, um negócio de R$ 1,3 bilhão.

No fim ano passado, o grupo, que tem como um dos sócios Marcelo Limírio Gonçalves Filho, também arrematou, em leilão, o tradicional Hotel Nacional, no Rio de Janeiro, por R$ 85 milhões. Hoje, o grupo que tem sede em Goiás, Estado onde está situada a Fazenda Piratininga, fará um depósito no valor de R$ 60 milhões como sinal, e o restante será dividido em cinco parcelas anuais de R$ 50 milhões.

O dinheiro será usado para o pagamento de parte das dívidas trabalhistas da Vasp com cerca de 7 mil ex-funcionários, estimada em R$ 1,5 bilhão, valor acrescido de juros e correção monetária, segundo cálculos de advogados que acompanham o caso. Em janeiro de 2008, a dívida era de R$ 1,013 bilhão


Ex-donos da Neo Química compram fazenda de Canhedo - Por AE

Qual a razão para uma fazenda avaliada em R$615 milhões ter sido vendida por R$310 milhões? (Na realidade o valor de venda, considerando um custo de oportunidade de 15% ao ano, foi de 227 milhões de reais). Isto significa 37% do valor avaliado.

Quatro possíveis explicações:

a) a avaliação foi feita de maneira inadequada, valorizando em excesso o imóvel;

b) a avaliação foi realizada num determinado momento e as condições se alteraram no momento da realização do leilão. Por exemplo, o risco assumido no laudo de avaliação foi menor do que o risco percebido pelos participantes do leilão;

c) como o texto não permite tecer consideração sobre quem fez a avaliação de 615 milhões, e assumindo que este valor tenha sido dado pelo antigo dono (por exemplo, como garantia de um empréstimo, o dono estimou o valor da fazenda neste montante), o valor pode estar superestimado em razão do efeito propriedade.

d) o leilão não expressou o mercado. Por alguma razão, o processo de leilão não apresentou as condições ideais para que muitos participantes pudessem fazer seus lances. Em geral, leilões tendem a gerar a "maldição do ganhador" (ou "vitória de pirro"), um conceito muito conhecido nas finanças comportamentais onde o ganhador geralmente pagou muito acima do que seria razoável.

19 dezembro 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Cuidado nas compras de Natal

Brasília – A grande movimentação em lojas e bancos por causa das compras de fim de ano pode favorecer a ação de infratores oportunistas. Por isso, as precauções contra fraudes e outros crimes devem ser redobradas, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que relacionou alguns cuidados para evitar transtornos; inclusive quanto ao uso da internet e de caixas eletrônicos.

A Febraban lembra que os bancos investem de forma sistemática na segurança das agências e das transações eletrônicas, mas recomenda que o usuário também adote alguns cuidados. Principalmente às vésperas do Natal, quando milhões de consumidores vão às compras dispostos a enfrentar a aglomeração das lojas e, mais recentemente, as ofertas do comércio eletrônico na internet.

Como a criatividade criminosa não tem limites, a Febraban ressalta que até mesmo um aparentemente inofensivo e-mail de Feliz Natal pode trazer transtornos, como o transporte de vírus. A recomendação é para não abrir e-mails sem que se tenha absoluta certeza de que a procedência é confiável.

Antes de fazer compras em lojas online, o usuário deve verificar se o computador a ser utilizado está com os programas antivírus atualizados. Também deve evitar páginas desconhecidas e arriscadas e só fazer transferência de arquivos (downloads) das lojas que o consumidor tem certeza de que são confiáveis. Por isso, não é recomendável fazer operações bancárias e compras em computadores de uso público, como em lan houses e no ambiente de trabalho.

Outra dica é verificar se o endereço do site acessado começa com https:// (diferente de http:// nas conexões normais), pois a letra "s" antes dos dois pontos indica que a conexão é segura. Alguns navegadores podem ainda incluir outros sinais, como o ícone de cadeado fechado.

O comércio trabalha muito com cheque pré-datado, e é sempre bom lembrar que os cheques têm validade de apenas seis meses. Portanto, o lojista deve ficar atento ao preenchimento das datas em que deverão ser depositados.

Quanto ao uso do cartão de crédito, a Febraban lembra que cartão e senha devem andar sempre separados. O ideal é o consumidor memorizar a senha, mas se ele não conseguir, que leve a anotação da senha longe do cartão. Outra dica muito batida, mas de extrema eficiência, é a de não aceitar - nem pedir - ajuda de estranhos nos caixas de autoatendimento dos bancos.

Deve-se também evitar saques de valores elevados nas agências ou caixas eletrônicos para não correr risco de assalto na saída do banco. Se houver necessidade de fazer pagamentos elevados, utilize DOC ou TED, que são mecanismos de transferência eletrônica de valores. O ideal, segundo a Febraban, é sacar pequenas quantidades de dinheiro e, de preferência, em lugares movimentados.

Outros cuidados básicos são encobrir o teclado na hora de digitar a senha; se o caixa eletrônico engolir o cartão, comunique ao banco imediatamente, pois é indício de que o caixa pode ter um dispositivo clandestino de clonagem de senhas; e se desconfiar da aparência do caixa eletrônico não o utilize. Procure, antes, um funcionário da agência ou ligue para o banco.


Confira os cuidados para não cair em golpes neste período de compras para o Natal - Agência Brasil - Epoca Negócios

Recorde da Receita Federal

A Receita Federal deve fechar o ano com um volume recorde de R$ 94 bilhões de autos de infração em empresas e pessoas físicas. A previsão é do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, que fez hoje um balanço da sua gestão à frente do Fisco. No ano passado, a Receita autuou em R$ 90,39 bilhões os contribuintes (tanto empresas como pessoas físicas).

Até outubro deste ano, as autuações somaram R$ 52,9 bilhões. Segundo Cartaxo é comum no final do ano um aumento dos autos de infração com o lançamento dos créditos tributários.

O secretário informou ainda que a adoção dos critérios mais rígidos para os pedidos de compensação, restituição e ressarcimento de créditos tributários permitiu o fechamento de um grande "vazamento" de tributos. Pelos cálculos da Receita, houve uma redução de 79,22% no número de pedido e de 61,88% no valor total do crédito solicitado. Em 2008, os pedidos de ressarcimento do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) somaram R$ 7,1 bilhões. O valor caiu para R$ 2,74 bilhões em 2010.

Brechas

A Receita Federal também vai fechar até o final do ano brechas na legislação que têm permitido às empresas pagarem menos Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O secretário da Receita antecipou hoje que as mudanças devem exigir a edição de uma Medida Provisória (MP).

O secretário, no entanto, não quis antecipar a linha das medidas que serão tomadas. Ele comentou apenas que houve um volume muito grande de compensações de prejuízos este ano por conta do impacto da crise financeira de 2009. "Vamos propor o fechamento de vários ralos", disse Cartaxo.

Desde o mês o passado, a Receita abriu investigação para identificar as razões da queda de arrecadação do IRPJ e da CSLL. As receitas com esses dois tributos, que incidem sobre o lucro das empresas, caíram de janeiro a novembro 3,03% (o equivalente a R$ 3,91 bilhões) em relação ao mesmo período do ano passado. Todos os outros tributos apresentaram crescimento no ano. Segundo Cartaxo, houve um "deslocamento" da arrecadação do IRPJ e da CSLL em relação aos demais tributos e ao nível da atividade econômica.

Cartaxo destacou ainda que as brechas fechadas na legislação este ano na cobrança da Cofins permitiram um aumento da arrecadação desse tributo, o que estaria compensando as perdas com as receitas menores do IRPJ e da CSLL.


Autuações da Receita devem bater recorde de R$ 94 bi - Por Adriana Fernandes

Por alguma razão, achei que o tom do texto foi otimista e orgulhoso com o trabalho da Receita.