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31 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Bobagens

Volta e meia leio coisas absurdas sobre a contabilidade. Mas a citação a seguir merece o destaque:

Finalmente, a política de investimento, sobretudo das grandes corporações, em algum momento terá de ser compartilhada pelos proprietários do capital e os proprietários da força de trabalho. A contratação de trabalhadores e a compra de máquinas tanto podem ser vistas como custos ou investimentos. É uma concepção atrasada contabilizar uma como custo e outra, como investimento. Essa escrituração faz parte de uma visão primitiva do desenvolvimento do capitalismo, que pode haver sido responsável por algumas das crises dessa fase histórica.

Wanderley Guilherme dos Santos, membro da Academia Brasileira de Ciências, escreve quinzenalmente neste espaço - Por um capitalismo moderno em 2010 – 30/1/2009 - Valor Econômico


Parece que existe um contador nesta Academia. Seria bom que ele ajudasse a compreender melhor o que é a contabilidade.

Contabilidade não é HOT

Usando as avaliações do site RateMyProfessores, onde os alunos podem avaliar seus professors pela internet, três pesquisadores fizeram uma relação da percepção da qualidade do professor segundo sua área. Segundo a análise, os professores de línguas possuem maior média de rating, seguido de direito e religião. Contabilidade ganha de ética da mulher, engenharia, ciência da computação e química. Só.

Veja a figura abaixo:



Fonte: aqui

Viés de Seleção

Qual a razão de uma pessoa ser convidada para participar de um painel ou conferência? Veja o seguinte exemplo da conferência de Davos, que no passado contou com a participação dos seguintes expositores: John Thain (ex Merril CEO), Richard Fuld (Lehman ex-CEO), Martin Sullivan (ex AIG CEO), Marcel Ospel (ex UBS Chairman), Lloyd Blankfein (Goldman CEO). Neste ano estas pessoas não estarão presentes em Davos, certamente.

Uma das razões é que estas pessoas talvez estejam ocupadas diante dos processos judiciais. Mas existe outro motivo: a seleção dos conferencistas incorpora pessoas que estão rotuladas com o “fracasso”. É esta a razão pela qual o técnico Bernardinho é constantemente convidado para palestras, com um polpudo depósito na sua conta corrente, mas não Barrichelo.

As pessoas não querem escutar os “fracassados”.

Mas isto é contraditório já que certamente aprendemos mais com os erros do que com os acertos. Além disto, dificilmente um palestrante associado ao “sucesso” irá afirmar que parte da sua trajetória decorreu do mero acaso.

Isto é o que este blog chamou de viés de seleção de uma conferência

30 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #10

Uma empresa obteve num determinado período um lucro líquido de R$1.100, que corresponde a uma margem líquida de 27,5%. Existem três grandes grupos de despesas: Despesa Geral e Administrativa, Despesa de Seguros e Despesa de Material de Consumo. Somente o primeiro grupo é subdividido: Despesa Geral (subdividido em Despesa de Água e Despesa de Telefone), Despesa Administrativa (Despesa de Salário e Despesa Administrativa Geral) e Outras Despesas. A Despesa Geral e Administrativa corresponde a ¼ do valor da receita. A Despesa de Água, do subgrupo Despesa Geral, corresponde a 3 vezes a Despesa de Telefone. A Despesa Administrativa representa metade da Despesa Geral e Administrativa, sendo que 80% é de Despesa de Salário. Já a Despesa Geral é de $200. Finalmente, a Despesa de Seguros é 20% maior que a Despesa Geral e Administrativa. Você seria capaz de reconstituir a DRE desta empresa com base nestas informações?

Resposta do teste anterior

1. Sim, pois Herrmann nasceu em 1896 e morreu em 1946 e o garaná Jesus é da década de 20 do século XX.
2. Sim, Charles Horngren, um dos autores da área de custos, nasceu em 1926, antes da grande depressão.
3. Sim, Heinrich Schreiber nasceu em 1496 e morreu em 1525. O astrolábio foi inventado dois séculos antes de Cristo.

Links

Um exemplo de administração do resultado numa empresa de TV a Cabo

Uma visão geral sobre a Contabilidade a Valor Justo

Ainda existe vantagem em ter a graduação?

Dividendo da discordia

O Valor Econômico fez um artigo extenso (mais de mil palavras) sobre os dividendos no Brasil (Dividendos da discórdia, 29/1/2009).

A idéia básica é afirmar, com otimismo, que as empresas brasileiras ainda não sentiram os efeitos da crise em termos da distribuição de dividendos. Esperava-se que ocorresse uma redução na distribuição dos lucros.

Em que pese os comentários do texto, não existe um esclarecimento sobre como eles chegaram a esta conclusão, exceto pela seguinte frase:

Levantamento realizado pelo Valor Online com as 20 maiores empresas de capital aberto brasileiras mostra que nos quatro meses após o fatídico 15 de setembro de 2008, quando a quebra do Lehman Brothers marcou a proliferação da crise pelo mundo, essas companhias anunciaram R$ 21,7 bilhões em remuneração aos acionistas, tanto na forma de dividendos como em juros sobre o capital próprio. No mesmo intervalo entre o fim de 2007 e o início de 2008, antes da crise chegar, o total ficou em R$ 18,5 bilhões.

Observa-se aqui um grande descuido da pesquisa, concentrada somente nas 20 maiores empresas. A amostra não é representativa para fazer as conclusões do texto. Além disto, usar números absolutos com uma amostra reduzida é correr o risco de uma empresa influenciar o resultado final. Observe como isto pode ocorre com um trecho do próprio artigo:

Das 20 companhias analisadas no estudo, 13 anunciaram remuneração a seus acionistas nos quatro meses que se seguiram ao dia 15 de setembro de 2008, ante 14 que fizeram o mesmo um ano antes. Os pagamentos mais robustos foram anunciados por Petrobras (R$ 7 bilhões), Vale (R$ 3,5 bilhões) e Bradesco (R$ 1,99 bilhão). Entre as empresas que anunciaram demissões no período analisado estão Vale, Gerdau, Santander e Usiminas.

O texto pode ser encontrado aqui

Parece um país que eu conheço

(...) Mas o OneUnited viu a maior parte de seu capital evaporar. Além disso, estava sob ataque dos reguladores por causa das más práticas de empréstimos e dos salários excessivos dos executivos, inclusive a compra de um Porsche para uso de um deles.
Apesar disso, em dezembro o OneUnited conseguiu uma injeção de US$ 12 milhões dos US$ 700 bilhões do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos, Tarp, financiado pelo Tesouro. (...)

Lobby pode ter influenciado ajuda do Tarp - Damian Paletta e David Enrich, The Wall Street Journal - 28/1/2009 - The Wall Street Journal Americas - 1

Dinheiro para Reguladores

Conforme postagem anterior, a Comunidade Européia alocou 15 milhões de euros no Iasb. Este valor é aproximadamente o mesmo que o Fasb recebe anualmente.

Qual o impacto disto. Para Albrecht (E.U. Bids to Buy IASB, 28/1/2009), um ferrenho adversário da convergência, isto talvez seja uma tentativa da comunidade européia de comprar o Iasb. É isto mesmo. Albrecht afirma que “This is a clear attempt by the EU to buy the Iasb.”

Mais adiante Albrecht afirma que a IFRS não é um língua contábil internacional, mas a língua européia.

Mesmo que achemos a afirmativa um pouco dura demais, é certo que a contribuição permitirá um aumento da influencia da Comunidade Européia sobre o Iasb.

Para os países do terceiro mundo, somente os cargos honorários, obviamente.

Observações sobre o Teste Anpad

O teste Anpad é muito conhecido daqueles que desejam ingressar num programa de mestrado em Administração e Contabilidade. Ao contrário do teste da Anpec (associação dos programas de pós da Economia), o teste Anpad é mais amplo e genérico, com provas de raciocínio lógico, por exemplo.

Uma constatação prática que fiz é que profissionais oriundos da área de exatas geralmente conseguem uma boa pontuação no teste. Isto já é um sinal de que o teste valoriza certas habilidades, em detrimento de outras (ou será que você acredita que um profissional de engenharia é mais inteligente que um contador, por exemplo).

Outra crítica ao teste é que seu desempenho pode ser melhorado através do treinamento. Assim, com o passar do tempo, surgiram cursos preparatórios e a própria Anpad passou a vender as provas anteriores. Isto talvez seja um sintoma de que parte do desempenho do teste seja decorrente do processo de aprender a realizar as provas.

Como o valor das provas é razoavelmente elevado, a Anpad passou a determinar um prazo de validade. Isto é meio esdrúxulo pois parece que as pessoas perdem rapidamente a habilidade pela qual são avaliadas com o passar do tempo.

Esta regra inclusive permite que um candidato faça mais de um teste e escolha aquele onde o seu desempenho é melhor. Ou seja, o desempenho é pelo valor máximo e não pela média, o que favorece a aumentar o número de testes e, consequentemente, o aumento da receita da Anpad.

Para concluir, é interessante notar que apesar do grande número de testes já realizados, não existe nenhum trabalho acadêmico que sobre o assunto. Qual seria, por exemplo, a relação entre a pontuação do Anpad e a qualidade do aluno no programa de pós?

Probabilidade

Considere o lançamento de uma moeda, não viciada, sendo Ca = Cara e Co = Coroa. Foram realizados sete lançamentos. Qual das opções abaixo seria mais provável de acontecer?

a) Co; Co; Ca; Ca; Ca; Ca; Ca
b) Ca; Ca; Co; Ca; Co; Co; Ca
c) Co; Co; Co; Co; Co; Co; Co

Respota: Aqui

Valor Justo

O debate sobre a avaliação pelo valor justo persiste. Um artigo opinativo que foi publicado no The Times se posiciona contrário a esta forma de mensuração. Usa a analogia com o livro Alice no País das Maravilhas, uma fábula sobre o absurdo. Selecionei um trecho que achei interessante:

(...) É perfeitamente possível dentro deste estilo de Alice no País das Maravilhas para um banco para ter prejuízos, mesmo quando os mutuários estão em boas condições. Um exemplo disso ocorreu na semana passada quando State Street, um banco americano, constatou que os valores dos ativos fora de balanço haviam caído de US $ 3 bilhões (£ 2,1 bilhões) para uma (ainda não realizada) perda total de US $ 6,3 bilhões - mais de US $ 9 bilhão do valor do acionista foi perdido em um dia. Importante, contudo, o banco notou que todos os ativos fora de balanço afetados foram os atuais juros e principal e que não tinha sido realmente um centavo perdido. O que então melhor capta a realidade; os US $ 6,3 bilhões que os contadores dizem foi perdido ou a medida perda nula sofrida pelo banco, ou algum outro resultado?

Claramente, os contadores acreditam que o preço de mercado é a melhor aproximação dos resultados reais. Na exploração desta crença, eles são involuntariamente subscrevendo a teoria do mercado eficiente, que afirma que os preços correntes incorporam tudo o que é conhecido e, portanto, é o melhor estimador do valor intrínseco.

Infelizmente para os contadores, esta teoria é amplamente desacreditada.

Why this Alice in Wonderland accounting must be changed - Jeremy Hosking – 27/1/2009 - The Times – 1 - 52


No mesmo sentido, outro artigo (Fair Value Accounting – A critique) com uma crítica ao valor justo faz um amplo apanhado sobre o assunto. Gostei, particularmente, do trecho onde o autor destaca, de forma polêmica e controversa,

(...) Se você acha que contabilidade é simplesmente uma maneira de gravar números, pense novamente. Contabilidade é uma arte extremamente conceitual em que muito objetivos prioritários competem. E como em política, a aparência é muitas vezes a mesma coisa que a realidade. A condição financeira de uma empresa pode parecer forte ou fraca, dependendo da teoria da contabilidade que é utilizado para avaliar os seus ativos.

Resposta a leitores do blog

Primeiramente, bom dia! Parabéns pelo seu blog! Eu estou trabalhando há pouco mais de três meses no financeiro de uma empresa. São muitos controles, controle de crediário, vales, brindes, etc, o que tem me dificultado de arranjar as planilhas que devem ser efetuadas para o controle interno.
O sr. recomenda algum livro de como fazer a analise da situação empresarial e verificar os controles necessários?


São duas coisas distintas: a questão do controle e a análise. Começando pelo mais fácil, a análise pode ser feita com algumas planilhas simples, como aquelas que constam em livros de Análise das Demonstrações Contábeis. Uma sugestão é a planilha do livro do Alexandre Alcantara.

Com respeito aos controles, o tema é muito amplo. Mas certamente você deve começar pelo controle do disponível (caixa, bancos e equivalentes). É o mais importante de uma maneira geral. Aqui você pode usar uma planilha simples para fazer coisas como conciliação bancária ou um software, como o Money. Comece por aí.


Venho por meio dete solicitar sua ajuda. Sou estudante do curso de Ciências Contábeis da XXX e tenho que elaborar um artigo cujo assunto é a ética profissional e a postura do auditor. Já fiz pesquisas, mas ainda acredito não ter chegado a uma riqueza de conteúdo que desejo. Por isso venho aqui solicitar sua colaboração para um possível envio de materiais sobre o assunto.


O assunto deve iniciar pelo código de ética, apesar do código não ser necessariamente a questão central.

Você já pesquisou no Google Acadêmico. São mais de 5.400 referências (é certo que algumas delas não são boas, mas tente). Aqui o link. Selecione aqueles textos que são de congressos ou periódicos.

Talvez você possa melhorar seu trabalho se pensar no proceder metodológico. Apresento duas sugestões:

1) Se você conhece auditores, você poderia usar o material que já pesquisou e fazer entrevistas para saber, por exemplo, a relevância para o mesmo. Use algum questionário que alguém testou.

2) Use os contadores da internet (isto inclui de alguns sítios financeiros) para verificar o grau de interesse pelo assunto. O Google possui um instrumento que mede a quantidade de textos que são postados sobre vários assuntos. Digite o termo ética e auditoria e verifique se o interesse aumentou nos últimos anos, quem tem feito pesquisa sobre o assunto etc.

Eu e meu grupo estamos precisando muito de algumas informações e gostaríamos de saber se o senhor poderia nos ajudar de alguma maneira (material, links, livros, qualquer coisa...). Estamos fazendo o trabalho final de Contabilidade Financeira, disciplina de xxx. A empresa proposta para nosso trabalho foi "Lojas Americanas S.A.", entretanto, na Internet só conseguimos dados como: histórico da empresa, produtos e serviços, diferencial competitivo, etc. Não conseguimos nada sobre os itens 3 e 4 (que valem mais ponto)

A melhor forma de resolver isto é tentar entrevistar um gerente de loja.

29 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


Usando o gráfico da SP 500 (índice da Bolsa de Nova Iorque) um analista grafista mostrou a existência de um cisne negro (livro de Taleb, que critica os modelos matemáticos usados no mercado financeiro e as suposições de distribuição normal dos mesmos)

Teste #9

1. Frederico Herrmann Júnior (um dos fundadores da Editora Atlas) poderia ter tomado Guaraná Jesus?
2. Charles Horngren sentiu os efeitos da grande depressão?
3. Heinrich Schreiber (1496 – 1525), o autor do segundo texto publicado de contabilidade, poderia ter usado do astrolábio?

Resposta do anterior
Deskjet S/A – serviço – 50%
Speaker S/A – comércio – 40%
Solid Ltda – indústria – 10%
Plenna Ltda – banco – 20%

Links

Modificação no “regime terrorista da Contabilidade a Valor Justo” ou uma alternativa a abordagem conceitual do Iasb/Fasb


Resposta ao artigo da The Economist sobre incorporação das caudas longas no VaR

Aumento na volatilidade do lucro nos Estados Unidos desde 1970

Uma proposta de mudança na contabilidade (World's leading accounting bodies call for global debate, 27 January 2009 - Canada NewsWire)

Publicação das Fechadas

Um artigo interessante sobre a questão da publicação dos balanços das limitadas de grande porte. Achei interessante que a decisão da juíza teve recurso da União. O governo não deveria deixar que as próprias empresas fizessem este recurso? Afinal estaria gastando o dinheiro do contribuinte por algo que é de interesse da sociedade (quem não gostaria de saber o lucro da GM e da Wal-Mart no Brasil?).

A questão apresentada por Zilveti também é interessante. Se uma empresa possui um faturamento um pouco abaixo do limite estabelecido pela lei a prova fica por conta de quem?

O outro ponto interessante do texto é sobre a punição das empresas que não se enquadrarem na lei. O texto completo a seguir:


Publicação de balanço de limitadas provoca dúvidas
Gazeta Mercantil - 29/1/2009

Uma liminar da Justiça Federal de São Paulo está provocando dúvidas entre empresários e aumentando o movimento nos escritórios de advocacia. A juíza da 25ª Vara Federal Cível da Terceira Região (São Paulo), Maíra Felipe Lourenço, suspendeu entendimento do Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que considerava facultativa a publicação de balanço pelas sociedades limitadas. Já a decisão judicial prevê que empresas limitadas de grande porte - ou seja, que tenham ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões - terão que seguir as regras contábeis aplicáveis às sociedades anônimas e estão obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras no Diário Oficial e em jornal de grande circulação. A União já recorreu e aguarda a apreciação do recurso. Enquanto isso, empresários têm dúvidas. Para especialistas, medida pode atingir, também, limitadas de pequeno porte.

"Até o momento, não existe uma definição clara quanto à obrigatoriedade de publicação de balanços por parte das limitadas de grande porte", afirma a advogada Ana Marta Cattani de Barros Zilveti, do escritório Zilveti e Sanden Advogados. "Temos recebido muitas consultas de clientes sobre essa decisão judicial e ainda está tudo indefinido", comenta a advogada Cristiane Cordeiro von Ellenrieder, do mesmo escritório. As advogadas afirmam que mesmo as empresas que não se enquadram na determinação judicial podem ter problemas na hora de registrar seus atos na Junta Comercial. "A dúvida é saber como é que a Junta vai fazer no caso das limitadas de pequeno porte. Para provar que elas são de pequeno porte terão que apresentar o balanço para a Junta?", questiona Ana Marta Zilveti.

"A Junta Comercial pode pedir a confirmação do faturamento da empresa para saber se ela teria que ter publicado ou não o seu balanço. Mas ainda é cedo para saber como vão fazer", diz a advogada Gyedre de Oliveira, do escritório Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados. "Eles (as Juntas Comerciais) devem pedir o balanço para confirmar o faturamento, mas a questão é saber se as juntas terão funcionários suficientes para fazer essa verificação", complementa Gyedre. "O DNRC tinha dado uma orientação clara para as juntas, que estava sendo seguida pelas empresas. Hoje há uma incerteza do que vai prevalecer", comenta o advogado Fábio Ulhoa Coelho.

Recurso

Segundo os advogados, muitos clientes têm procurado seus escritórios com dúvidas sobre a publicação de balanço pelas limitadas e sobre a possibilidade de recorrer à Justiça contra a exigência da publicação do balanço para o registro dos atos na Junta. Mas para a advogada Gyedre, do Souza, Cescon, essa não é uma decisão tão simples. "As empresas têm o direito de contestar judicialmente, mas isso pode não ter efeito prático", diz Gyedre. "Ao exigir a publicação do balanço, a Junta Comercial está cumprindo um ofício do DNRC, que está cumprindo uma decisão judicial. Vai ser difícil para a empresa conseguir uma decisão contra a decisão judicial", comenta a advogada.

Para Gyedre, as empresas devem aguardar o andamento da ação judicial que determinou a publicação do balanço. Caso a decisão seja mantida, as empresas têm até o final de abril para publicarem seus balanços. Para Ulhoa Coelho, as empresas devem dar entrada nos registro dos seus atos societários mesmo sem a publicação do balanço e se a Junta Comercial não der o registro pela falta do balanço a empresa deve recorrer à Justiça. "A decisão judicial não quer dizer que a junta vai exigir a publicação do balanço, apesar do DNRC ter dado uma orientação clara para as juntas", diz o advogado.

Os especialistas comentam que não há uma penalidade contra as sociedades que deixarem de publicar seus balanços. Mas elas podem ter problemas para conseguir financiamentos ou para participar de licitações, por exemplo. "Do ponto de vista social e econômico, é importante a publicação dos balanços. Mas do jurídico, não há essa determinação e esse era o entendimento do DNRC", diz Gyedre.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(Gilmara Santos)

Os culpados

Jornal britânico aponta os 25 culpados pelo colapso global
28 January 2009
Gazeta Mercantil
São Paulo, 28 de Janeiro de 2009 - "A pior crise econômica desde a Grande Depressão não é um fenômeno natural, e sim um desastre fabricado pelo homem no qual todos tiveram a sua participação". Com essa explicação, o jornal britânico The Guardian publicou ontem em seu site na internet o resultado de uma pesquisa realizada por editores e repórteres, selecionando as 25 principais pessoas que estiveram ativamente no centro da atual crise (e "outras seis que sabiam o que ia acontecer"). (...) A relação traz dois presidentes de bancos centrais, quatro políticos, 15 banqueiros e representantes de Wall Street, e quatro na categoria "outros", que inclui até mesmo os cidadãos norte-americanos, "pois deveriam saber que estavam tomando emprestado mais dinheiro do que poderiam reembolsar."
O primeiro da lista é Alan Greenspan, o ex-presidente do Fed (de 1987 a 2006) que deu seu apoio aos empréstimos subprime, mas antes era reverenciado como "oráculo" ou o "maestro".
Segundo a pesquisa do jornal britânico, ele é encarado como um dos maiores culpados pela crise, por ter defendido durante muitos anos os florescentes negócios com derivativos - praticamente inexistentes quando assumiu no Fed, mas que passaram de US$ 100 trilhões em 2002 para mais de US$ 500 trilhões cinco anos mais tarde. (...)
Outro dos culpados, segundo a pesquisa do Guardian é o presidente do Banco Central da Inglaterra, Mervyn King, que assumiu seu cargo quando a economia britânica atravessava uma fase tranquila. Diz o diário que ele deveria ter percebido a aproximação da bolha imobiliária e entrado em ação.
Os políticos também
Com os culpados separados por categorias, vêm a seguir a relação de políticos, encabeçada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton. Ele reforçou a lei para reinvestimento comunitário para forçar os fornecedores de crédito hipotecário a liberalizar suas normas a fim de permitir que pessoas com menos recursos pudessem solicitar créditos imobiliários.
O atual primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, também não escapa e é responsabilizado por "colocar os interesses da City à frente dos de outros setores da economia, tais como a indústria".
O ex-presidente dos EUA, George W. Bush, é criticado por não ter feito nada para colocar um freio nos créditos subprime que a legislação de Clinton favoreceu. Também nada fez para controlar Wall Street com regulamentação, embora seja de sua administração a Lei Sarbanes-Oxley (após o escândalo da Enron). Ainda entre os políticos, entra o ex-senador pelo Texas, Phil Gramm, que foi um ardente defensor da desregulamentação financeira. (Em 2001, ele disse em um debate no Senado: "alguns olham para o subprime como o mal. Eu olho e vejo o sonho americano em ação.").
A mais concorrida
A categoria com o maior número de integrantes é a de banqueiros e representantes de Wall Street, nas quais aparece Abby Cohen, principal estrategista do Goldman Sachs, "um otimista incorrigível", substituído em março passado. Depois vem Kathleen Corbett, ex-principal executiva da Standard & Poor's, "Hank" Greenberg, do grupo AIG, que mesmo depois de receber ajuda do governo, pagou luxuosas viagens a seus executivos; Andy Hornby, ex-presidente do HBO - pelas decisões erradas na fusão com o Halifax; Sir Fred Goodwin, ex-presidente do RBS, um dos empresários favoritos de Gordon Brown; Steve Crawshaw, ex-presidente da Bradford & Bringley ; Adam Applegarth, ex-presidente do Northern Rock; Dick Fuld, principal executivo do Lehman Brothers; Ralph Cioffi e Matthew Tannin, do Bear Stearns (indiciados por fraude); Lewis Ranieri, do falido Franklin Bank Corp.: Joseph Cassano, da AIG; Chuck Pince, ex-presidente do Citi; Angelo Mozilo, do Countrywide Financial; Stan O'Neal, ex-presidente do Merryl Lynch e Jimmy Caine, do Bear Steans
Gastar além da conta
Na categoria "outros", entram o democrata Christopher Dodd, presidente da comissão bancária do Senado; Geir Haard, primeiro-ministro da Islândia (que esta semana anunciou sua saída); e os norte-americanos: "se eles tivessem simplesmente se dado conta de que estavam tomando empréstimos que não teriam condições de pagar, talvez não estivéssemos nessa confusão".
Por último, o jornal acrescenta seis outros que "sabiam o que iria acontecer": John Tiner, principal executivo da Financial Services Authority, da City londrina; Andrew Lahde, presidente de um fundo de hedge; John Paulson, também presidente de um fundo de hedge; o professor Nouriel Roubini, que em 2006 já avisava da chegada da crise e se mantém pessimista; Warren Buffett, investidor (em outubro passado disse que havia começado a comprar ações de novo); George Soros, especulador; Stephen Eismann, gerente de fundos de hedge e Meredith Whitney, da Oppenheimer Securities.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(Redação)

Dinheiro para Reguladores

A Comissão Européia anunciou ontem que irá alocar 36,2 milhões de euros (47,8 milhões de dólares) por um período de 3 anos para três comitês – conhecidos como CEBS, CEIOPS e CESR – que fazem a supervisão dos bancos, seguros e indústria de valores mobiliários da CE.
Financial regulators to receive €36.2m - Nikki Tait & Jennifer Hughes - 27 January 2009 - Financial Times
Asia Ed1 - 16

Gasto Público

Para a realização do Fórum Social Mundial, em Belém (PA), de 27 de janeiro a 1 de fevereiro, o governo Lula resolveu investir R$150 milhões em infraestrutura. Este é um claro exemplo de como a administração pública brasileira é perdulária, dando a impressão de que é necessário inventar gastos, mesmo que supérfluos, para agradar a empreiteiras, fornecedores e outros apaniguados. (...) Para justificar esses R$150 milhões, o governo Lula afirma estar investindo na segurança sexual dos participantes, adquirindo, entre outras coisas, 600 mil preservativos, para serem distribuídos no Acampamento da Juventude, que abrigará 20 mil jovens que estarão no evento. Afinal, essa rapaziada vai para Belém participar do Fórum Social Mundial ou o quê? Consideram-se dez mil casais, cada par terá direito a 12 camisinhas por dia. Ufa!

Fórum social – 28/1/2009 - O Globo – 6 (seção de cartas)

Ex-executivo da AIG condenado a 4 anos

Falando em simbolismo, a imprensa também destacou a condenação de um ex-executivo da AIG (4 Years for Christian Milton, ex-A.I.G. Executive, Associated Press, 27/1/2009), a empresa de seguros, por uma fraude que provocou um custo de mais de 500 milhões para os acionistas. O executivo, Christian Milton, além da cadeia, terá que pagar 200 mil dólares. Ele trabalhava na empresa como vice-presidente de resseguro entre 1982 a 2005.

O Jatinho do Citigroup

Nos últimos dias decisões de executivos do Citigroup foram manchetes nos principais jornais e blogs. Este grupo financeiro, que recebeu bilhões de dólares de ajuda do governo dos EUA, estava comprando um novo jato corporativo por 50 milhões de dólares. (vide, por exemplo, em No jets for Citigroup after all, Izabella Kaminska, 27/1/2009). O banco inicialmente insistiu que manter a compra era menos caro do que cancelar a ordem. O jato, um Dassault-Falcon-7X less, representa 0,1% da ajuda recebida, mas possui um valor simbólico (assim como foi simbólico a ida de executivos das montadoras ao Congresso dos EUA de jato particular para pedir dinheiro dos contribuintes).

A favor do banco, além do montante pouco expressivo, existem dois fatores. Em primeiro lugar, a venda de dois jatos antigos, por cerca de 27 milhões cada. Em segundo, o contrato foi assinado em 2005 como parte de um plano para reduzir o número de aeronaves e usar equipamentos mais eficientes.

Entretanto, o simbolismo falou mais alto e o Citi desistiu do negócio (Citi Reverses Course on $50 Million Jet, 27/1/2009).

O jornal Valor Econômico (Geithner obriga Citi a cancelar compra de jato, 28/1/2009) afirma que a decisão foi de Tim Geithner, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Segundo o jornal, Tim forçou o Citi a desistir da compra. E que o banco deverá pagar 4 milhões de dólares de multa pelo cancelamento da encomenda.

O problema do Ágio

As companhias européias poderão se ver obrigadas a provisionar um montante recorde de US$ 212 bilhões depois de pagar a mais nesta década por compras que efetuaram, o que fará com que os investidores sofram mais perdas depois do pior ano para a renda variável desde 1937. AAlcatel-Lucent e aTelecom Italia são algumas das empresas no índice Dow Jone Stoxx 600 cujo valor de mercado caiu abaixo do ágio - o item no balanço que reflete o pagamento além do valor contábil em uma aquisição, segundo dados compilados pela Bloomberg News. Ainda que o ágio passe praticamente despercebido nos mercados com tendências de alta, os reguladores contábeis exigem que seja descontado dos lucros quando a queda nos preços das ações mostra que os negócios adquiridos valem menos.

Ágio supera valor de mercado de empresas
27/1/2009 - Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Bloomberg News - Com Redação, de São Paulo)

Finanças Comportamentais no Poder

Segundo o Chicago Tribune (Left not sold on Obama's regulation czar pick: Cass Sunstein's critics say cost-benefit reliance tips toward industry , Tom Hamburger & Christi Parsons, 25/1/2009) o professor da Harvard Law School, Cass Sunstein, é um amigo do presidente Barack Obama e foi nomeado para o Federal Office of Information and Regulatory Affairs. Ou seja, um órgão vinculado a regulação dos negócios.

Sunstein foi professor da University of Chicago Law School, onde Obama também ensinava, e seu trabalho inclui a questão comportamental. Talvez a sua obra de maior destaque seja o livro Nudge, em co-autoria com Richard Thaler (este sim, mais conhecido na área de finanças comportamentais).
Isto talvez seja um alento de que políticas públicas poderão ser mais criativas. Mais sobre o assunto, aqui

28 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #8

O objetivo é resolver o enigma com a ajuda de pistas. São quatro empresas (Plenna Ltda, Solid Ltda, Speaker S/A e Deskjet S/A) que atuam em quatro setores diferentes (Indústria, Comércio, Serviço e Banco). Cada uma das empresas obteve no exercício social uma margem de lucro diferente.

Pistas:

1. É uma limitada que atua no setor financeiro

2. A S/A que atua no setor de serviço teve uma margem de 10% a mais do que a S/A que atua no comércio

3. A margem da empresa industrial é de 10%

4. A Plenna Ltda teve uma margem maior que a Solid Ltda, mas a Speaker S/A teve uma margem menor que a Deskjet S/A

Resposta do Anterior: Ativo – bancos – caixa – diferido – divida – estoque – Fluxos – Fornecedor – giro – goodwill – imobilizado – lucro – Passivo – prazo – prejuízo – receita – reserva – Salário - vendas

Pesquisa

Conforme postado anteriormente, fiz uma pequena pesquisa sobre um tema muito banal: qual o nome do lado direito do balanço? 93 leitores do blog participaram (grato) e 71 deles escolheram a opção que está na Estrutura Conceitual do CPC. A minoria ficou com a proposição da Lei 11.638.

Grato pela contribuição.

Links

A Microsoft está perdendo dinheiro com Xbox e com os serviços online

Equador declarou default para comprar no mercado papéis da dívida por um valor menor do que o de custo

Ganhar na loteria apenas adia os problemas financeiros, não reduz

Jovens que gostam de videogame possuem relações com família e amigos mais pobre e maior risco de comportamento (por exemplo, usuário de drogas)

Satyam

Na medida em que as investigações na empresa Satyam prosseguem indícios passados começam a aparecer. É o famoso “eu avisei” (ou o corolário, “estava muito claro, só não viu quem não quis”).

Além disto, as investigações também mostram que a semelhança com a Enron está talvez somente na grandeza dos valores. Tudo leva a crer que os problemas contábeis da empresas eram mais graves e envolviam inclusive a criação de lançamentos contábeis.

(...) Em setembro, senhor Mukherjea [analista do Noble Group, um banco britânico de investimento] usou um modelo computacional para examinar as 500 maiores empresas abertas com sinais de manipulação contábil. Ele encontrou que mais de 20% delas estavam potencialmente engajadas em contabilidade agressiva, mas Satyam não estava na lista.

Isto porque as telas automatizadas que analistas como o Sr. Mukherjea usam para obter sinais de fraude começa pela busca de grandes discrepâncias entre os lucros reportados e fluxo de caixa. No caso da Satyam, o dinheiro parece acompanhar o ritmo com os lucros.

Mas Kawaljeet Saluja, um analista de Kotak Securities, um banco de investimento indiano, avistou um fenômeno enigmático. De dezembro de 2006 a setembro de 2008, os depósitos bancários da empresa indiana mantiveram-se mais ou menos plano. Mas durante este período a parte do dinheiro mantido em contas correntes, o que permite fácil acesso ao dinheiro, mas ganham poucos juros, aumentou mais de sete vezes.

Sr. Saluja questionou à administração da empresa durante uma conferência telefônica setembro. O ex-diretor financeiro da Santyam, Vadlamani Srinivas, disse que o dinheiro iria em breve ser transferido para contas de alto rendimento. (...)

In India, Clues Unfold To a Fraud's Framework - JEREMY KAHN; 27/1/2009 - The New York Times - Late Edition – Final - 1

Transação estranha

A mansão Jupiter Island na Florida foi comprada por $13 milhões de dólares há cinco anos. Agora ela foi vendida por 10 dólares. O vendedor, Richard S. Fuld Jr., o ex-executivo da Lehman Brothers. O comprador, a sua esposa, Kathleen.

A razão para a transação ainda não está clara, mas pode ter relação com os aspectos legais da bancarrota da Lehman em Setembro, segundo informa o New York Times (For $10, Fuld Sold Florida Mansion to His Wife. No Brasil, o artigo foi traduzido e publicado na Gazeta Mercantil/ Caderno A - Pág. 9, Ex-presidente vende mansão por US$ 10, 27/1/2009)

A falta que faz a venda a crédito

O trecho a seguir mostra como é importante para uma empresa a venda a crédito. Obviamente que a situação atual da Casa & Vídeo não é decorrente somente deste aspecto, mas a ausência de venda a prazo afasta clientes.

Restrita a cheque e dinheiro, venda da Casa & Vídeo cai

26/1/2009
Valor Econômico

Passados dois meses da prisão dos dois proprietários, acusados de crimes de sonegação fiscal, evasão de divisas, contrabando, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, a rede de varejo popular Casa & Vídeo tenta sobreviver. Com as contas bancárias bloqueadas, dívidas de pelo menos R$ 100 milhões em impostos e de R$ 40 milhões à Previdência Social, a rede só recebe em dinheiro vivo ou em cheque.

As vendas a prazo se limitam a um crediário próprio cujas parcelas precisam ser pagar em dinheiro nas lojas. Com a dificuldade de oferecer a venda parcelada, um de seus principais atrativos, as vendas caíram de 10% a 15% nos meses de novembro e dezembro, segundo o novo presidente da empresa, o consultor Fernando Luzio, que já havia auxiliado a elaborar o plano estratégico da rede em 2004.

(...) Luzio prepara um plano de reestruturação que prevê cortes de funcionários e a possibilidade de fechamento das lojas menos rentáveis. "É absolutamente natural que nesse momento esteja, sim, sendo estudada a possibilidade de se fechar. Não está definido ainda", disse Luzio. "Se fecharmos lojas, serão pouquíssimas."

Outra estratégia de sobrevivência será a adoção de uma oferta menor de produtos, privilegiando os com margens de lucro maiores. Com as contas bloqueadas pela Justiça, a empresa tem sofrido dificuldades para pagar os fornecedores. Alguns deles desistiram de fazer negócios com a rede, mas outros mantiveram os contratos e facilitam prazos e preços, segundo o consultor.

(...) As demissões ainda não estão definidas, mas devem acontecer diante da situação crítica. Em carta enviada ao Sindicato dos Comerciários do Rio, a empresa informa que pretender cortar 1.668 funcionários no Rio entre os 6 mil que possui em toda a rede. Neste mês, já foram demitidos 400 empregados, mas segundo a direção, foram apenas os contratados temporariamente para as vendas de Natal. (...)

Evidenciação

Evidenciação

O Grupo Pão de Açúcar deixa de divulgar as vendas mensais a partir deste mês, abandonando uma prática adotada há anos pela varejista. Analistas consideram que a falta de transparência será prejudicial, por deixar os investidores no escuro até a publicação de um relatório prévio, com as vendas trimestrais.

(...) Por ser a única rede de supermercados do país com as ações negociadas na bolsa, o Pão de Açúcar também se vê em desvantagem em relação aos seus concorrentes estrangeiros no país, cujas informações financeiras não são abertas ao público. O Wal-Mart divulga apenas as vendas brutas no Brasil, uma vez por ano, para a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A decisão de não mais publicar as vendas mensais foi manifestada pelo Pão de Açúcar ainda durante a divulgação dos resultados financeiros do terceiro de trimestre de 2008. "Essa mudança no processo de comunicação tem por objetivo diminuir a volatilidade das ações, provocada pelo foco excessivo do mercado sobre a performance de curto prazo de vendas, garantindo maior alinhamento das estimativas de mercado com o "guidance" de crescimento das vendas da companhia, em base anual", justificou a administração do grupo. A varejista publicará um boletim com as vendas trimestrais antes das demonstrações financeiras.

Pão de Açúcar deixa de apresentar vendas mensais
26/1/2009 - Valor Econômico


A justificativa da empresa é frágil. A volatilidade das ações pode ficar maior, uma vez que os analistas deverão trabalhar com informações menos precisas e, alguns casos, com suposições de baixa solidez.

Ágio da Perdigão

CVM determina que Perdigão reverta baixa de ágio da Eleva
23/01/2009
Valor Econômico

A Perdigão terá de refazer e republicar os balanços trimestrais de 2008 para reverter a amortização integral do ágio de aquisição da Eleva, feita no balanço de junho. A decisão foi tomada pela superintendência de relações com empresas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e enviada à companhia no dia 16. A Perdigão recorrerá desta decisão.

(...) O ofício da CVM, além de pedir a reversão da amortização integral do ágio, determina que a companhia corrija a forma como contabilizou e evidenciou o ágio da Eleva, separando o valor em duas contas diferentes - conforme instruções do regulador que tratam do tema. Como efeito prático, é possível que o ágio passível de ser amortizado para fins de economia fiscal seja reduzido.

A diferença entre o valor patrimonial de uma companhia adquirida e o preço de aquisição é costumeiramente tratado integralmente como ágio. Foi o que fez a Perdigão com a Eleva e o que boa parte das empresas faz nas aquisições.

Na contabilidade e nas regras da CVM, porém, o ágio é apenas o adicional pago em transações fruto da expectativa de rentabilidade futura. É somente esse adicional que pode ser amortizado para economia tributária.

Eventual saldo que venha da diferença entre o valor contábil e a avaliação de mercado da companhia adquirida deve ser considerada como mais-valia e registrada como ativo. Nesse caso, o ativo da companhia compradora aumenta, ampliando a valor de sua depreciação na mesma proporção.

Assim, a diferença entre o valor de livros e o preço pago numa aquisição pode - e deve - ser dividido em dois. Uma parte que reflete o saldo ante o valor de mercado, que significa apenas um aumento do ativo da companhia. E a parcela que é o ágio de fato, fruto da estimativa de lucros futuros com o negócio adquirido.

Normalmente, a amortização desse ágio ocorre ano a ano na mesma proporção que o resultado esperado é gerado. Segundo as regras, a amortização deve ser feita num intervalo de cinco a dez anos.

Somente seria justificável que fosse feita a baixa numa única parcela se o motivo da expectativa de lucro futuro deixasse de existir ou ocorresse de forma antecipada (pela venda, por exemplo). Mas não foram esses os motivos da Perdigão.

A empresa alegou, durante as conversas com a CVM, que optou por lançar tudo numa única vez porque integrou os ativos da Eleva na atividade da Perdigão de forma que, a partir de então, tornava-se inviável apurar o desenvolvimento do saldo do ágio separadamente. (...)

Finanças comportamentais

Forma de apresentar informação pode fazer diferença
22/01/2009
Valor Econômico

Quando, em meio à maior crise financeira das últimas décadas, você escuta o ministro da Fazenda dizer que os bancos brasileiros não vão quebrar, o que vem à cabeça? Para muitos, soa como alarme: "Se se está falando nisso, é porque tem perigo! Onde há fumaça, há fogo." Por via das dúvidas, grandes bancos anteciparam a exposição dos balanços tranqüilizando clientes e mercado sobre sua saúde financeira.

A maneira de apresentar informações pode fazer diferença sobre como elas serão captadas. Os psicólogos econômicos Kahneman e Tversky chamaram isso de "framing effects" - como no enquadramento de uma foto, privilegiar uma porção da cena, deixando-se de lado o restante. Em 2008, antes da completa deflagração da crise financeira nos EUA, um pesquisador chamou a atenção para o fato de o dinheiro que o governo Bush distribuiu à população para tentar reativar a economia pelo consumo poderia não ter sucesso. Denominado "rebate", o termo é associado à devolução do imposto de renda, que dispara reação de poupar entre os contribuintes. Para ele, deveria vir com o nome "bônus" para que as pessoas se sentissem inclinadas a gastá-lo.

Pouco a pouco, conhecimentos gerados pela psicologia econômica e economia comportamental começam a ser incluídos na agenda de debates de governos e gestores, ou "policy-makers". Em períodos de crise, com a necessidade imperiosa de se buscar explicações e soluções, todos se voltam mais facilmente para a esfera psíquica, sobretudo ao componente emocional, tão inegavelmente poderoso sobre os movimentos de investidores e autoridades.

Já tínhamos exemplos ao redor do mundo. Em 2005, o economista comportamental Peter Earl elaborou detalhado relatório para o governo neozelandês com apresentação da disciplina, diagnóstico e recomendações de medidas psico-econômicas para favorecer o desenvolvimento do país.

Nos EUA, o também economista comportamental Richard Thaler, que integra a equipe de assessores de Barack Obama, e o advogado Cass Sunstein, bolaram um engenhoso programa, já adotado em alguns estados, para aumentar as contribuições previdenciárias. Por meio de uma simples mudança na apresentação das alternativas disponíveis, eles melhoraram a adesão a planos de pensão. Como alternativa padrão, aparece agora aquela que, automaticamente, faz o funcionário aumentar suas contribuições ao plano na mesma proporção dos aumentos salariais, no lugar de lhe deixar como opção-padrão ter que pensar e decidir cada vez que o salário subisse, decisão sempre suscetível às tentações de usar aquele extra para consumo. A medida obteve expressivo crescimento dos índices de contribuição e integra o cardápio do chamado "paternalismo libertário", que ao lado de induzir à escolha mais favorável - para o funcionário, que deseja ter aposentadoria confortável mais tarde, mas tem dificuldade para controlar seus impulsos consumistas agora -, mantém-se a liberdade de recusá-la e ficar com outras opções.

Para Thaler, essa perspectiva seria necessária já que, se deixados por conta própria, agimos todos como "Homer Simpson", o personagem do desenho animado que dispensa comentários... Aliás, vale anotar que a tradução do ótimo "Nudge", ou "empurrão", livro em que eles discutem essas propostas, saiu há pouco pela Campus/Elsevier). A crise atual só fez aumentar o interesse pelos fatores psíquicos. Abre-se caminho, portanto, para incluirmos este conhecimento na agenda dos "policy-makers", com o intuito de contribuir para decisões mais acertadas por parte da população.

No Brasil, muitas áreas poderiam ser alvo desse debate com a inclusão de variáveis psicológicas, tais como o esclarecimento da população em geral sobre a economia, o funcionamento psíquico e as inúmeras ciladas que nossa própria mente nos prega. Poderiam, ainda, ser debate no campo das microfinanças (decisões financeiras de populações de baixa renda) e meio-ambiente e sustentabilidade (recursos naturais são também bens finitos, envolvendo, portanto, decisões psico-econômicas). Poderiam também evitar a atração por golpes e a vulnerabilidade a tombos financeiros entre investidores, sem falar na evolução do Bolsa-Família rumo à autonomia e orientação sobre o uso do crédito consignado e de qualquer outra natureza.

Vera Rita de Mello Ferreira "Psicologia Econômica" e "Decisões econômicas - você já parou para pensar?"

27 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #7

Encontre no diagrama abaixo o maior número de palavras contábeis possíveis. Duas dicas: são 19 e nenhuma possui menos que quatro letras.

Resposta do teste anterior

1. Sim. Littleton morreu em 1974 e o homem chegou a Lua em 1969
2. Sim. Ijiri nasceu em 1935 e o ataque ocorreu em 1941
3. Não Andersen, da empresa de auditoria, morreu em 1947. O Fasb foi criado em 1973

Risco Brasil

A mensuração do risco de um país foi atentamente acompanhada até o momento que o Brasil recebeu uma nota melhor da agência de risco. Mas nos últimos meses não percebi uma análise sobre o efeito da crise no risco dos países.

Neste endereço (Country Default Risk Continues to Rise) uma análise deste índice foi realizada através do preço do CDS para dívida externa. Este índice mediria o custo de proteger uma dívida de 38 países no mundo no valor de 10 mil dólares por cinco anos.

Os piores países são Argentina e Venezuela (países que o contribuinte brasileiro gosta de investir, através do governo brasileiro). Depois Islândia, Cazaquistão, Rússia e Egito. O Brasil está em 16º. Lugar (de um total de 38, ou seja, próximo da metade.

No começo de 2008 o custo de um seguro de uma dívida externa brasileira de 10 mil dólares era de 103 dólares. No final de 2008 era de 298 dólares. Agora já é de 355 dólares. Ou seja, o risco do Brasil aumentou, mesmo sabendo que a crise é uma marolinha.

Veja o gráfico a seguir (Clique na imagem para ver melhor).

Contabilidade e Política

No livro de Teoria da Contabilidade existe uma afirmação no primeiro capítulo que pode ter passado despercebida: a contabilidade é uma atividade política. A seguir um trecho de um artigo da colunista do Financial Times, Jennifer Hughes, sobre a questão contábil nos Estados Unidos e o dilema em adotar ou não a IFRS:

Na semana passada, a Sra. Schapiro foi solicitado a sua opinião sobre a mudança para as IFRS em sua nomeação audiência pelo senador Jack Reed. Ela disse que iria "proceder com grande cautela" e não seria obrigada pelo roteiro. Ela também levantou os custos da transferência das regras, para o qual ela disse que tinha visto estimativas de US $ 30 milhões por empresa.

Contabilidade em geral está prestes a tornar-se política.

Houve murmúrios deste último ano, com os senadores dos EUA e os líderes europeus fazendo perguntas sobre o "valor justo" contábil, onde marcação de ativos a preços correntes de mercado tem dizimado os balanços dos bancos. (...)

Estas questões são todas muito pertinentes e vai significar muito mais para a ribalta da contabilidade.

IFRS set to turn political as SEC unfolds its roadmap, Jennifer Hughes, 22/1/2009, Financial Times, Asia Ed1,
18

A importância de saber finanças

A SEC e a GM chegaram a um acordo sobre um processo onde a GM era acusada em violar regras de pensão e derivativos (ver, por exemplo, GM Settles SEC Pension Allegations, Stephen Taub, 22/1/2009, CFO). Um dos pontos do processo refere-se à taxa de desconto usada no fundo de pensão. A empresa usou 6,75% e um modelo mais adequado indica uma taxa menor.

Respondendo a questão, o uso da taxa de desconto tem um profundo efeito na determinação do passivo da empresa. Maiores taxas irão conduzir a menores passivo, com influencia sobre a equação básica. Ou seja, com influencia no patrimônio líquido da GM.

Mas como foi determinada a taxa de desconto? Qual o modelo usado? Ele está baseado em suposições adequadas? Questões como esta só com um bom conhecimento de finanças.

26 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


- Mãe?

Teste #6

Responda:

1. Littleton poderia ter assistido o primeiro astronauta a pisar na Lua?
2. Ijiri soube do ataque a Pearl Harbour?
3. Arthur Andersen acompanhou a criação do Fasb?

Resposta do teste anterior: Antonio Tonzig - Fabio Besta – Benedetto Cotrugli – Maurice Moonitz – Kenneth Most – Francisco D´Auria

Esperteza

Algumas empresas estão aumentando o valor dos planos de aposentadoria para os executivos, usando uma fórmula generosa para converter a pensão num único pagamento.

A prática, desconhecida até a mudança na exigência de evidenciação, pode aumentar o valor da pensão de um CEO de 10 a 40%, aumentando em milhões de dólares o valor. Os montantes adicionais nem sempre estão refletidos na contabilidade, devido a complexidade das regras.

A lista inclui executivos da Dun & Bradstreet, Hartford Financial, McKesson, PPG Industries, United Technologies, Texas Instruments e U.S. Steel, conforme exame dos relatórios financeiros pelo Wall Street Journal.

Pensões normalmente são pagas em parcelas, ao longo da vida de um funcionário aposentado. Mas muitos executivos preferem obter as suas pensões de uma só vez, em parte para evitar o risco de perder o benefício se a empresa falir depois. (...)

How Some Firms Boost the Boss's Pension, Mark Maremont, 23 January 2009, The Wall Street Journal, A1

Nome

Os balanços completos das companhias são compostos por várias peças, o que inclui notas explicativas e o relatório de revisão. Neste último, o auditor dá sua opinião sobre a qualidade das demonstração de resultados da empresa diante das regras e práticas contábeis em vigor.

Trabalho dos auditores nas notas também será averiguado pela CVM - 23/1/2009 - Valor Econômico

Modelos

A idéia por trás das finanças quantitativas é gerir o risco. Você ganha dinheiro tomando riscos conhecidos e protegendo o resto. E nesta queda de taxas de câmbio, de taxas de juro e títulos os modelos de derivativos têm comportado até agora como deveriam.

Em contrapartida, a modelar a história é perigoso. Não havia nenhuma garantia que o futuro seria como o passado, se só porque o mercado imobiliário americano nunca haviam sido impulsionadas por um frenesi de CDOs. Em qualquer caso, não existem dados suficientes da habitação no passado para formar um rico panorama estatístico do mercado (...)


Mathematical models are a powerful way of predicting financial markets. But they are fallible

Entrevista

A seguir, trechos da entrevista de Dan Ariely para Business Week (Human Nature: The X Factor in Economic Theory; Irrationality plays a part in economic behavior. For example, people who took on too much mortgage debt helped cause the housing collapse, Marshall Goldsmith, 21/1/2009) onde ele analisa o papel da economia comportamental para a sociedade.

Como a economia comportamental difere da economia tradicional?

Economia comportamental e economia tradicional estão interessadas em assuntos similares, isto é, as escolhas que as pessoas fazem; o efeito dos incentivos; o papel da informação; etc. Entretanto, o ponto de partida para os economistas comportamentais e' como as pessoas comportam, quase sempre em ambiente controlado de laboratório, que conduz a diferentes conclusões sobre a lógica e a eficácia de muitas coisas, incluindo aposentadorias, economias e saúde.

O mercado não corrige os erros do consumidor?

Por que o mercado corrigiria os erros em lugar de agravá-los? Economistas comportamentais argumentam que muitas pessoas podem fazer os mesmos erros e isto ira agregar no mercado. Pegue a crise do subprime, por exemplo. Neste caso, muitas pessoas fizeram o mesmo erro e o mercado trabalhou para fazer com que a agregação dos erros fosse pior.

Então nós somos irracionais e fazemos decisões arriscadas baseadas na ganância?
Somos falíveis, facilmente confundidos, não tão espertos e muitas vezes irracionais. Nós somos inovadores, criativos e adaptáveis. Por exemplo, nós desenhamos cadeiras, calçados e carros para complementar e melhorar nossas capacidades físicas. Se tomamos as mesmas lições que aprendemos quando trabalhamos com nossas limitações físicas e aplicamos elas para coisas que estão afetando nossas limitações cognitivas – políticas de seguros, planos de aposentadoria e saúde – nos estamos aptos a desenhar uma política mais efetiva e ferramentas que são mais úteis no mundo. Isto é a promessa da economia comportamental – uma vez nos observamos onde nos somos fracos ou errados, podemos tentar corrigir e construir um mundo melhor.

Imagine se levarmos em conta quão difícil é para as pessoas calcular o montante correto da hipoteca que elas devem assumir. Em vez de criar uma calculadora que dissesse o máximo que se pode tomar emprestado, ela nos ajudaria a descobrir o que devemos pedir emprestado. Se tivéssemos este tipo de calculadora [e é usado], creio que grande parte da catástrofe do sub-prime poderia ter sido evitado.

Digamos, por exemplo, que alguém tem uma escolha entre alugar um Ford (F) e alugar um Focus Lexus - a maioria das pessoas iria para o Lexus! Pode não ser o que deveria alugar, mas é o máximo e por isso eles vão para ele e esperam o melhor. Esta é uma idéia, há muitas maneiras de pensar sobre como melhorar as nossas vidas. E, é por isso que é tão otimista a economia comportamental, e útil e importante para a nossa vida pessoal e para a sociedade.

VCP e Aracruz

Para analistas, VCP pagou caro por Aracruz
22/1/2009 - Gazeta Mercantil

A Votorantim Celulose & Papel (VCP) está pagando um preço excessivamente alto pelas ações com direito a voto da concorrente Aracruz. E a aquisição vai prejudicar os acionistas minoritários de ambas as empresas, de acordo com analistas de mercado.
As ações preferenciais da VCP caíram mais de 11 % ontem, para R$ 13,83. Já as ações preferenciais da Aracruz recuaram 12, 76%, para 2,54, ampliando para 25% a queda dos papéis da companhia, que já dura quatro dias.

A VCP disse não aceitar promover uma operação de salvamento de R$ 2,71 bilhões (US$ 1,15 bilhão) da Aracruz, retomando uma tentativa de compra frustrada no ano passado, depois que ambas as empresas registraram prejuízos decorrentes de apostas malsucedidas na moeda brasileira. A Aracruz concordou no início da semana em renegociar sua dívida vinculada a essas operações de derivativos. "A transação é negativa para os acionistas minoritários de papéis PN tanto da Aracruz quanto da VCP", escreveu Felipe Reis, analista do Banco Santander, em nota aos investidores.

"Os prováveis beneficiários do negócio são os grupos Lorentzen e Safra, que vão receber, em dinheiro, um preço por ação fixado seis meses atrás antes dos problemas com derivativos enfrentados pela Aracruz e antes da crise financeira mundial.", prevê.

Marcelo de Brisac, analista da Itaú Corretora, disse que a VCP está pagando "uma soma absurda de dinheiro" pelas ações ordinárias da Aracruz. Ele reduziu sua recomendação para as ações da VCP para "de desempenho inferior à média do mercado".
A operação também repercutiu negativamente em outros bancos de investimento e corretoras. Marcos Assumpção, analista da Merrill Lynch, baixou sua indicação para os papéis da VCP de "comprar" para "neutra".

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 5)(Bloomberg News)

25 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio

Uma propaganda engraçada. Embonecamento

População na Internet

Os maiores países com acesso a Internet

1. China: 179 milhões
2. Estados Unidos: 163,3 milhões
3. Japão: 60 milhões
4. Alemanha: 37 milhões
5. Reino Unido: 36,7 milhões
6. França: 34 milhões
7. Índia: 32,1 milhões
8. Rússia: 29 milhões
9. Brasil: 27,7 milhões
10. Coréia do Sul: 27,3 milhões

Incentivo

São Paulo, 21 de Janeiro de 2009 - Após um ano de negociação, foi anunciada ontem a compra da Aracruz pela VCP, que dá origem à maior produtora mundial de celulose. Pelo acordo, a compradora pagará R$ 2,71 bilhões às famílias Lorentzen, Almeida Braga e Moreira Salles, pela participação de 28%. A incorporação de ações permitirá que a VCP obtenha benefícios fiscais com o ágio pago aos acionistas e com os prejuízos acumulados pelas empresas. (...)

VCP obtém benefícios fiscais com aquisição da Aracruz - 21/1/2009 - Gazeta Mercantil - Pág. 1)(Anna Lúcia França e Vinícius Pinheiro)

23 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio

Ajuda aos bancos



Fonte: Aqui

Teste #5

Abaixo estão autores de contabilidade, mas seus nomes estão misturados. Coloque o primeiro nome com o sobrenome correto:

Antonio D´Auria
Fabio Cotrugli
Benedetto Moonitz
Maurice Besta
Kenneth Tonzig
Francisco Most

REsposta do anterior: Contabilidade e controle – são estes os principais aspectos necessários para o bom e correto funcionamento da primeira fase da sociedade comunista – Lênin (Blog, 14/10/2008)

Links


O processo de calcular a imparidade do goodwill pelo Fasb

Retratos famosos pelos Simpsons

Curso superior compensa? Nem sempre

Camisetas engraçadinhas (Foto)

Republicação

Companhias reapresentam balanços
Graziella Valenti e Silvia Fregoni, de São Paulo
23/01/2009

Decisão da CVM obriga onze companhias a reapresentar nota explicativa que trata de derivativos nos balanços do terceiro trimestre

Por decisão da Comissão de Valores Mobiliários, onze companhias terão de apresentar novamente os balanços do terceiro trimestre, mais especificamente a nota explicativa que trata de derivativos e dos riscos que esses contratos representam. Esse é o resultado de uma análise de 148 companhias feita pela CVM, que também encaminhou a 88 empresas sugestões de melhoria no tratamento do tema nos próximos balanços.

Tanto o frigorífico Marfrig quanto a Abyara, do setor de construção, já reapresentaram os balanços e informaram que tiveram perdas com operações de derivativos. Também estão na lista de empresas que precisam republicar o balanço Cesp, CSN, Inpar, Klabin Segall, Lojas Americanas, São Martinho, São Paulo Alpargatas, Vigor e VCP.

Também por determinação da CVM, a Perdigão terá de refazer e republicar os balanços trimestrais de 2008 para reverter a amortização integral do ágio de aquisição da Eleva, feita no balanço de junho. A Perdigão recorrerá dessa decisão.

A Laranja é Verde?


A PepsiCo finalmente tem um número: o equivalente a 3,75 pounds de dióxido de carbono são emitidos na atmosfera para cada meio galão de suco de laranja. Mas a empresa está ainda discutindo como usar esta informação.

How Green Is My Orange? - ANDREW MARTIN - 22 January 2009 - The New York Times - Late Edition - Final - 1
(Clique na imagem para visualizar melhor)

O valor da participação minoritária

Há alguns meses estou acompanhando o caso do litígio envolvendo a rede de comércio espanhola El Corte Inglés. Este interesse decorre de alguns fatos associados ao caso.

Em primeiro lugar, um dos lados tem como assessor o professor Pablo Fernandez. Em minha opinião, Fernandez é um dos grandes autores na área de avaliação. Sua demonstração de que os métodos de avaliação se equivalem é fundamental para aquele que deseja estudar a avaliação de empresas a sério. (Ele demonstra que partindo dos mesmos supostos o resultado é o mesmo se você usar EVA ou o fluxo de caixa descontado).

Em segundo lugar, a discussão sobre o quanto vale uma ação de minoritário numa grande empresa de capital fechado é sempre interessante. Ademais, a questão torna-se mais instigante quando a justiça age como se não conhecesse os fundamentos básicos de finanças e economia.

Finalmente, a grande divergência nos valores torna a questão mais apaixonante.

A seguir, reproduzo um texto que mostra que a questão foi resolvida com um acordo envolvendo valores entre o que foi estimado pelos dois lados.


Economía/Legal.- (Ampl.) El Corte Inglés llega a un acuerdo con Areces y le paga algo más de 50 millones por su 0,68%
21 January 2009
Europa Press - Servicio Nacional
MADRID, 21 (EUROPA PRESS)

El Corte Inglés ha llegado a un acuerdo extrajudicial con el sobrino de Isidoro Álvarez y accionista de la compañía César Areces para pagarle algo más de 50 millones de euros por su participación del 0,68%, lo que pone punto y final al litigio que mantenía en los tribunales desde 2006 por el precio de las acciones, según confirmaron ambas partes implicadas a Europa Press.

El gigante distribuidor desembolsará finalmente una cifra que está más cerca de los 37,2 millones de euros ofrecidos incicialmente por la cadena distribuidora que de los 98,5 millones de euros que pedía César Areces. El acuerdo se firmó el pasado mes de diciembre, tras cuatro meses de negociaciones.
De esta manera, finaliza el litigio por el precio de los títulos de El Corte Inglés que comenzó el diciembre de 2005 y que desembocó en los tribunales en junio de 2006.
Fuentes próximas a la compañía explicaron que la operación se ha hecho tomando como referencia el valor teórico contable que tiene actualmente la empresa, de acuerdo con las últimas cuentas aprobadas en la junta de accionistas del pasado mes de agosto. Además, las mismas fuentes consideraron que el acuerdo "está en la línea de las decisiones judiciales que resultaron favorables a este criterio".

Sin embargo, el bufete Jiménez de Parga que defiende a los hermanos Arces, aseguró en un comunicado que el precio de la venta se encuentra en una "horquilla de entre 50 y 60 millones" y que fue "pactado libremente entre las partes" sin tomar uno de los dos métodos contables aplicados para valorar los títulos de la compañía.
El acuerdo estuvo motivado "no por cuestiones judiciales, sino por la situación financiera compleja" que atraviesa César Areces, afectado por la actual crisis internacional, según explicó el bufete barcelonés.

Los jueces no lograron determinar la valoración del precio de las acciones de El Corte Inglés, que ofrecía incialmente a Areces 37,2 millones de euros por su 0,68% basándose en el método del cálculo del activo neto real. El demandante solicitaba 98,5 millones de euros por su participación bajo el método de flujos de caja descontados.

En abril de 2007, la titular del Juzgado de lo Mercantil número 3 de Madrid, Miriam Iglesias, dictó sentencia a favor de César Areces y obligó a abonar los 98,5 millones de euros a la compañía, que presentó recurso contra la sentencia ante la Audiencia Provincial de Madrid.

El 29 de julio de 2007, la Audiencia Provincial de Madrid estimó el recurso de apelación presentado por El Corte Inglés y ordenó revocar la sentencia anterior.
El dictamen advertía de que "tampoco el tribunal dispone de los elementos necesarios para fijar el valor en su resolución", y que "la sala no encuentra en las actuaciones elementos fiables suficientes para fijar cuál es el valor real de las acciones".

El tribunal no admitió ninguna de las dos valoraciones planteadas por las partes, pero tampoco designó a un tercero para fijar el valor real de las acciones, lo que se interpretó como una llamada a la negociación, según fuentes jurídicas cercanas al caso consultadas por Europa Press. Ni los demandantes ni la empresa llegaron a recurrir la sentencia ante el Tribunal Supremo.

PENDIENTE DEMANDA DE LOS HERMANOS ARECES

Por otro lado, aún queda pendiente de resolución judicial la petición similar de los otros tres hermanos de César, Ramón, Rosario y María Jesús Areces Fuentes, que por el momento no se plantean negociar con la compañía y que seguirán defendiendo la venta de sus acciones a valor de 2005, según informó Jiménez de Parga, que también ejerce su defensa.

La resolución de esta demanda podría no ser similar al de César Areces, ya que éste presentó su petición de venta de acciones en marzo de 2005, mientras que sus hermanos lo hicieron en diciembre de 2005, después de que en agosto la junta general de accionistas cambiara el artículo 17 de los estatutos para permitir que un auditor elegido por el consejo realizar a la valoración en lugar de uno independiente.
El pasado 13 de julio, cuatro días antes de la resolución de este recurso, el titular del Juzgado de lo Mercantil número 7 de Madrid, Andrés Sánchez Magro, dio la razón a El Corte Inglés frente a la demanda de los otros tres hermanos Areces Fuentes.

El fallo obligó a los Areces a vender una participación conjunta del 2,04% a la empresa por un importe total de unos 16,5 millones de euros, frente a los 40,6 millones de euros que pedían los demandantes. Esta sentencia está recurrida ante la Audiencia Provincial y pendiente de resolución.

El Corte Inglés aportó el informe de valoración de la empresa realizada por el catedrático de economía financiera y contabilidad de la Universidad Autónoma de Madrid, Leandro Cañibano, y apoyada por el auditor Antonio González Angulo. La defensa de la empresa corrió a cargo del decano del Colegio de Abogados de Madrid (ICAM), Antonio Hernández-Gil.

Por su parte, los hermanos Areces aportaron la valoración elaborada por los profesores del IESE, Pablo Fernández y José Manuel Campà y el informe elaborado por la empresa auditora Mazars y firmando por el profesor Ignacio Casanova.

Moody´s Critica a IFRS

A agência de rating Moody´s afirmou que não será mais fácil de comparar as demonstrações contábeis preparadas pela IFRS. Segundo a agência, alguns itens – como despesas financeiras – são inteligíveis, tornando difícil determinar o nível do endividamento.
Fonte: Aqui

22 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #4

Torpedo – Com o teclado do celular, traduza a seqüência de números (por exemplo, o número 2 pode ser A, B ou C) e descubra a mensagem que foi dita por um personagem histórico.

2668224543233 3 26687653 – 72~6 37837 67 7746247247 27732867 6323772´7467 7272 6 266 3 2677386 3862466263686 32 77463472 3273 32 762433233 266864782

Resposta do Anterior: Embonecamento

Efeito propriedade e o Comportamento em situações críticas

O efeito propriedade refere-se ao fato de valorizarmos mais o que possuímos. Um estudo parece sugerir que tocar num produto na prateleira pode criar uma vontade de pagar mais por ele. As pessoas sentem proprietários de um determinado item antes de comprá-lo. O estudo da Ohio State parece indicar que o efeito propriedade funciona 30 segundos antes do primeiro toque no objeto. (Via Marginal Revolution )

Outro texto interessante trata do Titanic e a tentativa de estabelecer uma regra que determina quem sobreviveu ao desastre:

Este texto explora os determinantes da sobrevivência em situações de vida ou morte criadas por um choque externo e não previsto. Nós estamos interessados em verificar se um comportamento social em situações extremas. Nós focalizamos o afundamento do RMS Titanic como um experimento quase-natural para ter evidencia do comportamento que é raro em um evento controle e de ameaça de vida. Os resultados empíricos mostram que normas sociais tais como “mulheres e crianças” sobrevivem em tais ambientes. Nós também observamos que mulheres em idades reprodutivas possuem maior probabilidade de sobrevivência entre as mulheres. Por outro lado, nós observamos que membros da tripulação usam sua vantagem de informação e seu melhor acesso a recursos (isto é, botes de salva-vidas) para gerar uma maior probabilidade de sobrevivência.

Fonte: Marginal Revolution

Erro de cálculo

As pessoas cometem erros nos seus cálculos pessoais, muitas vezes tentando justificar suas decisões financeiras erradas. Veja o seguinte trecho de uma reportagem do jornal Valor Econômico:

“(...) Eu tinha uma pulseira de madeira revestida com frisos de latão com um par de brincos que combinava. Paguei US$ 800 por eles em 1985; foram vendidos por US$ 1 mil. Vendi minhas jóias Chanel, que incluiam uma pulseira pela qual paguei US$ 500 e vendi por US$ 600. Devia ter comprado mais!" designer de acessórios Beverly Feldman

Vamos mostrar como este pensamento está errado. Considere o caso da jóia que foi comprada por 800 e vendida por 1 mil. Isto representa um ganho nominal de 25% (ou 1000 dividido por 800 menos 1). Como são 24 anos desde que foi comprada é interessante calcular o ganho anual da jóia. Este cálculo é feito através da raiz de 24 de um mais 25%. (Numa planilha basta digitar =1,25^(1/24) – 1. O resultado é 0,009341 ou 0,93% ao ano. Ou seja, um ganho nominal ridículo. Quando se considera a inflação – do dólar neste caso – provavelmente não se teria nem o ganho real.
Mais ainda. O valor de 1 mil recebidos deve ser a receita de Beverly. E as despesas?

Concluindo, ainda bem que ela não comprou mais.

Mas o texto insiste, usando exemplos de vestidos que foram leiloados recentemente e obtiveram um bom retorno. (Caso de um vestido, comprado por $300 e vendido por 2,8 mil quinze anos depois). Novamente não se considerou as despesas. Existe outro problema neste argumento: extrapolação indevida.

Usar um exemplo para construir uma regra geral é perigoso. Nestas situações, deixa-se de considerar as compras que não obtiveram uma valorização ou os casos de roupas que foram “baixadas” dos estoques pelo uso (vestidos estragados pelo tempo).

O texto chega a deixar implícito um conselho: invista em moda. Ledo engano.

Reportagem

Um texto da Folha de S. Paulo discute a questão da rentabilidade dos aeroportos no Brasil (são deficitários, mesmo com as elevadas taxas de embarque. Ou seja, são ineficientes) e a rentabilidade. Num trecho, uma pérola do jornalista:

Uma das dificuldades encontradas para detectar a existência de subsídios cruzados é a própria contabilidade da Infraero. A empresa não faz a depreciação dos investimentos. Atualmente, os investimentos entram como despesa da Infraero, pois são apropriados como ativos da União de uma só vez e só lá são depreciados. [sic]
Para Ipea, só 2 aeroportos são rentáveis - 20/1/2009 - Folha de São Paulo

As maiores Imparidades de Goodwill

1) ConocoPhillips –$25.4 bilhões
2) Royal Bank of Scotland: de $U.S. 20 a 28 bilhões
3) Regions Financial: $6 bilhões


Fonte: Aqui

Análise de balanços e Economia

O indicador de Estoques sobre Vendas nos Estados Unidos mostra a recessão. Este índice é um interessante exemplo de como a análise de balanços pode ser útil em termos macroeconômicos.
Vide aqui

A Governança da Satyam foi premiada

Você acredita em Governança Corporativa? Ironicamente, o World Council for Corporate Governance há poucos meses honrou a Satyam com o "Golden Peacock Award" pela excelência global em governança corporativa.

Fonte: Aqui

Crise Sistêmica

Os prejuízos financeiros sofridos pelos Estados Unidos com a crise de crédito deverão alcançar US$ 3,6 trilhões, o que sugere que o sistema bancário está "insolvente, na prática", disse Nouriel Roubini, professor da Universidade de Nova York que previu a crise econômica. "Descobri que os prejuízos com crédito das instituições norte-americanas poderão chegar ao seu pico no nível de US$ 3,6 trilhões, metade dos quais seriam perdas dos bancos e das corretoras credenciadas como operadoras primárias", disse Roubini em conferência em Dubai.

"Se isso for verdade, significa que o sistema bancário dos Estados Unidos está insolvente, na prática, porque começa a funcionar com um capital de US$ 1,4 trilhão. Isso é uma crise bancária sistêmica." Os prejuízos e baixas contábeis das empresas financeiras do mundo inteiro subiram para mais de US$ 1 trilhão desde o colapso do mercado de crédito imobiliário norte-americano de alto risco, em 2007, segundo dados reunidos pela Bloomberg.

Roubini vê insolvência e estima perdas em US$ 3,6 tri
Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2 - Bloomberg News
21/1/2009

A Sadia, a Aracruz e o dever de 'disclosure'

A Sadia, a Aracruz e o dever de 'disclosure'
Ivan César Ribeiro.
21/1/2009
Valor Econômico

(...) O principal argumento dos acionistas nessas ações é o de que as empresas falharam em comunicar ao mercado o risco a que estavam expostas. O raciocínio é o de que os investidores, se informados "ex ante" do risco, teriam preferido investir seu dinheiro em outro lugar. Ainda segundo os advogados, as informações financeiras apresentadas nos balanços através de técnicas de "value at risk" não forneciam um panorama claro do risco. Em resumo, a questão a ser respondida é se os investidores não foram informados e cobram de forma legítima esses prejuízos ou se assumiram o risco e tentam agora, de forma oportunista, recuperar parte das perdas. (...)

Contabilidade como Língua

Linguagem não é estática. Mais, não existe uma melhor forma para uma língua. (...) Similarmente, não existe uma boa razão para que os EUA discontinue a língua contábil (GAAP) e troque pelo IFRS. Ter múltiplas línguas contábeis no mundo é uma inconveniência menor e a despesas de tradução são, em geral, triviais.
David Albrecht - One world-wide accounting language? - 20/1/2009

As Empresas Familiares


O relatório da Kroll preocupa sobre a prevalência da influencia familiar em empresas de mercados emergentes (...) No começo do ano, o fundador da família SAtyam tinha mais que 36% das ações da empresa. No tempo da confissão de Raju, o relatório diz, ele possuía somente 3%.
“Embora não limitado ao Mercado emergente”, nota a Kroll, “o risco de outro escândalo Satyam é mais provável em empresas que são administradas por família.”

Pro Forma Distractions at Satyam – Tim Reason – CFO - 20/1/2009

Aumenta o número de Fraudes em 2008 na Inglaterra

Segundo calculo da BDO o ano de 2008 trouxe o segundo maior número de fraudes desde 2003, quando a empresa começou a determinar este índice. Os setores com maior perda foram o financeiro e de seguros. O total de 285 casos computados pela BDO representa uma pequena parcela do total, já que muitas empresas preferem a descrição.

Corporate fraud rises to £1.2bn
Brooke Masters – 19/1/2009 - Financial Times - London Ed2 - 19

21 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio



Upgrade



Obama e Lincoln

Teste #3

Teste #3

Partindo de uma letra E, siga as linhas e sem repetir a mesma letra descubra uma palavra vinculada à contabilidade com 13 letras. Todas as letras só podem ser usadas uma única vez.



Resposta do Anterior
Jorge – Índia – Goodwill
Emílio – Japão – Receita
Soraia – China – Imposto Diferido
Eduardo – Costa do Marfim – Contabilidade Ambiental

20 janeiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Links

Valor Justo, IFRS e Obama – proposta do Grupo de Trabalho na reforma financeira

Um filme que obteve receita de 30 dólares. E custou 2 milhões de dólares


Em defesa do Var como modelo de avaliação de risco

Imagens de carros não vendidos em vários países

A Espanha perdeu o triplo A da S&P em razão da deterioração das finanças públicas

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Teste #2

Quatro estudantes de contabilidade internacional (Jorge, Emílio, Soraia e Eduardo) se encontram num congresso e começam a falar dos trabalhos de final de curso. Os assuntos (Goodwill, Reconhecimento de Receita, Imposto Diferido e Contabilidade Ambiental) e os países são diferentes (Índia, Inglaterra, China e Costa do Marfim). Com base nas quatro dicas abaixo descubra qual o trabalho de cada estudante.

É um homem que está estudando Goodwill
Emílio pesquisa sobre a Inglaterra, mas não sobre Imposto Diferido
O trabalho final de Eduardo é sobre Contabilidade Ambiental
Soraia está fazendo seu texto sobre a China

Resposta do Anterior

1. Sim. Besta viveu entre 1845 a 1922 e o sanduíche foi inventado no século XVIII
2. Sim. Cotrugli (antecessor de Pacioli) viveu entre 1416 a 1469 e os óculos já existiam no século XIII e foram popularizados no século XIV
3. Não. Pacioli viveu até 1517 e a margarina foi inventada em 1869

Seguros

Seguradoras são pouco eficientes no Brasil, diz estudo
19 Janeiro 2009
Valor Econômico

As seguradoras brasileiras são pouco eficientes quando comparadas com suas parceiras em outros países. Aqui, gasta-se muito. A relação entre as despesas administrativas e os prêmios ganhos com as vendas de seguro, um dos indicadores para se avaliar a eficiência, é de 22,35% no Brasil, quase o triplo do mesmo índice das seguradoras de países desenvolvidos, como a França. Mesmo em comparação a outros países da América Latina, o Brasil tem posição desfavorável e só tem melhor indicador que o México. (...)

Implantação da IFRS no Brasil

O texto a seguir é um pouco longo, mas está interessante.

Balanço de 2008 traz desafio às empresas
19/1/2009
Valor Econômico

Mais trabalho, com muita hora-extra em casa e no escritório. Assim será a vida dos contadores e auditores das companhias abertas até março. Eles estão dedicados a preparar o balanço anual de 2008, o primeiro de acordo com a nova legislação contábil. Não por acaso já há quem conte com a concentração das divulgações no mês de março. Neste mês, 48 companhias não financeiras atualizaram seus calendários junto à Bovespa e 32 prevêem a publicação dos dados no último mês do prazo legal. Praticamente todas, somente a partir da segunda quinzena de fevereiro.

Ao todo, as companhias terão de incorporar 16 novas regras. Dessas, seis, entre as quais a que trata da aplicação inicial das normas e a que versa sobre instrumentos financeiros, tiveram a versão final divulgada em 18 de dezembro. A que mais está tirando o sono dos profissionais é justamente a de instrumentos financeiros, na qual se encaixam de derivativos exóticos a qualquer recebível.

Se tudo estivesse no lugar certo, a aplicação do novo padrão já traria desafios. Mas, há o tempero da correria, causado pela aprovação da Lei 11.638 no último dia útil de 2007, para vigência a partir do balanço de 2008. As regras tiveram que ser criadas no ano passado, metade do prazo esperado e único, portanto, para companhias e especialistas se prepararem.

Como se não bastasse o volume de normas, é preciso colocar em prática conceitos novos na contabilidade brasileira, em função do início da harmonização com o padrão internacional, conhecido pela sigla IFRS. Em linhas gerais, a mudança faz com que o balanço deixe de ser um acumulado de notas fiscais, que refletiam o custo dos bens e serviços, para ser o relato da situação econômica do negócio, com números que espelham o valor de mercado de bens e contratos. A aderência completa ao padrão internacional será em 2010.

Há de tudo um pouco entre as empresas: aquelas que estão adiantadas e já publicam ou estão preparando o balanço em IFRS, as que previram o tamanho do desafio e começaram a se ajustar desde o início de 2008, e há também aquelas que deixaram para tomar pé da situação nos últimos meses. O discurso dos auditores ameniza o drama, mas nos bastidores sabe-se que há muito por fazer.

"Quem não procurou saber, deve estar apanhando mesmo", acredita Eliseu Martins, diretor da CVM. Ele destacou, porém, que as companhias que quisessem se antecipar à edição das normas nacionais poderiam ter buscado informações nas regras internacionais, pois a autarquia já havia sinalizado que adotaria o que é praticado lá fora. "Algo como 95% do conteúdo das normas ficou dentro do original internacional."

Um dos maiores desafios, sem dúvida, está sendo a adaptação à regra para instrumentos financeiros. Sérgio Citeroni, sócio da Ernst & Young, explica que além da complexidade do próprio tema, que demanda conhecimento em contabilidade e em finanças, há também o fato de que a adequação exige pensar não apenas o passado, para registro, mas o futuro.

A norma de instrumentos determina que as companhias classifiquem suas aplicações em três tipos: ativos para negociação, disponíveis para venda, ou ainda títulos a serem carregados até o vencimento. É essa classificação que determinará se os contratos serão marcados a mercado e em que conta do balanço serão registrados. Só que uma vez estabelecida a classe do instrumento, é preciso respeitá-la, pois há penalidades contábeis para empresas que modificarem a regra no meio do jogo.

A companhia precisa saber exatamente o que tem e seus valores de mercado. "Há um enorme trabalho de inventário primeiro e, depois, de classificação e marcação a mercado", explicou Citeroni. Além disso, é determinante também antever o fluxo de caixa futuro, para saber quais aplicações terão que ser resgatadas em função de planos de investimentos ou sazonalidades. "São questões com as quais as empresas estão se deparando pela primeira vez", completa Gregory Gobetti, da Ernst & Young.

Mesmo para muitos auditores, o tema é novo. Na Ernst & Young, contou Citeroni, além de um levantamento junto aos bancos a respeito dos produtos existentes, os auditores habituados a trabalhar com instituições financeiras foram distribuídos em outras equipes para auxiliar nos procedimentos, pois os bancos já seguem essa regra que será adotada pelas demais empresas neste ano.

Cada firma de auditoria encontrou sua estratégia para lidar com o momento, de muito trabalho, dúvidas e pressões das companhias. Ainda há casos de executivos encontrando só agora compromissos em seus contratos que desconheciam. Tudo isso numa época em que o trabalho já é tradicionalmente grande, para coletar as informações do balanço anual.

Não é sem motivo, portanto, que a KPMG aumentou em 25% os recursos disponíveis na área de auditoria para essa safra, tanto em pessoal como em infra-estrutura, contou o presidente da firma, Pedro Melo. Na PricewaterhouseCoopers (PwC), mais de mil funcionários passaram por treinamentos que variam de 30 a 100 horas.

"É de se admitir alguma postergação nos prazos usuais das empresas diante desse cenário. São regras complexas, as pessoas têm dificuldades naturais e o tema requer entendimento adequado", diz Wanderley Olivetti, sócio da Deloitte . Ele não acredita que haverá grande número de atrasos, ou seja, de companhias que publicarão os dados depois de março.

Na opinião de Fábio Cajazeira, sócio da PwC, as turbulências dessa safra de balanços foram atenuadas pela decisão da CVM de não exigir que as companhias apresentem os balanços comparativos de 2007 integralmente ajustados à lei. As companhias podem optar por tratar das mudanças principais em nota explicativa.

Segundo Olivetti, da Deloitte, outra regra que está aumentando muito o volume de trabalho para algumas companhias é a que trata da conversão dos balanços de filiais e subsidiárias internacionais e da moeda funcional - moeda principal da atividade da companhia. Porém, a questão atinge número reduzido de companhias. O tema é complexo pois envolve registro de empresas fora do Brasil e ainda a coleta adequada das informações necessárias.

"Nós já havíamos comunicado à Abrasca [Associação Brasileira das Companhias Abertas] e ao Ibracon [Instituto Brasileiro dos Auditores Independentes] que as empresas que apresentassem justificativas poderiam pedir à CVM um perdão especial para essas questões", enfatizou Martins, da CVM, sem deixar de ponderar que essa regra é do fim de 2007 e que as companhias tiveram tempo para se preparar.

Mesmo para quem vinha se preparando, o balanço de 2008 não está sendo fácil. "É um desafio muito grande", disse Orlando Viscardi, diretor de relações com investidores da companhia do setor imobiliário Rodobens. A empresa está avançada em relação à média, pois se prepara para publicar voluntariamente os dados integralmente em IFRS já em 2009.

Na empresa de software Totvs, que também já está nos preparativos do IFRS completo, os executivos perceberam que, além de trabalhoso, o novo padrão contábil é também mais caro. De acordo com José Rogério Luiz, vice-presidente executivo da empresa, o custo incremental do primeiro ano de adoção é entre R$ 750 mil e R$ 1 milhão. Depois cai para um adicional anual da ordem de R$ 250 mil. (Colaborou Nelson Niero)