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31 outubro 2008

Rir é o melhor remédio


Óculos para Ciclope. Fonte: aqui

Com esta são 4070 postagens desde o início do blog. Somente em outubro foram 221 postagens.

Grandes bancos antecipam dados para acalmar mercados


Os boatos de que os bancos brasileiros pudessem estar carregados de operações com derivativos cambiais exóticos, prejudicando os seus resultados, ajudou a espantar do mercado de capitais na semana passada mais uma robusta parcela de investidores, já em fuga em busca de uma maior liquidez desde que a crise financeira se acentuou. Para acalmar os investidores, os bancos anteciparam a divulgação dos balanços, dando uma demonstração da robustez de seus números. O Unibanco foi o primeiro na sexta-feira. Ontem foi a vez do Banco Itaú e hoje será a do Grupo Santander.

A estratégia, ao menos ontem, surtiu efeito. As ações PN do Itaú, que caíram 24,11% da semana passada até ontem, ficaram estáveis na segunda-feira, cotadas a R$ 17,50. Os mesmos passos seguiram os papéis do Santander, que acumularam queda de 23,08% até ontem, e fecharam o dia cotados a R$ 0,10. O Bradesco PN, que caiu 19,92%, teve redução de 4,34% ontem, a R$ 19,14, e o Unibanco, cujo Unit ficou em R$ 10,28, variou negativamente 2,09% na segunda-feira, ante uma queda de 23,23% na semana passada até ontem. "O setor bancário tem sido o centro das atenções negativas nos últimos meses e a antecipação dos resultados por alguns bancos é uma medida pró-ativa, de esclarecimento, para mostrar ao mercado o quanto os seus resultados são bons, inquestionáveis", diz Luiz Miguel Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating.

Contudo, as instituições amargam pesada desvalorização de mercado. Conforme pesquisa da Economatica, o Itaú perdeu US$ 37,68 bilhões de valor de mercado desde dezembro, ficando em 24 de outubro em US$ 22,11 bilhões. O Bradesco perdeu US$ 36,23 bilhões, a US$ 24,43 bilhões.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1 - Iolanda Nascimento e Vinícius Pinheiro)
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Dica de Alexandre Alcantara

Os vários estágios do Mercado



O gráfico é do texto Chart of the Day: Various Stages of a Bear Market, de Toni Straka. Mostra que na primeira fase do Mercado o “smart money” predomina. Depois da entrada dos investidores institucionais, o valor aumenta. Com a atenção da imprensa, o entusiasmo, o público aparece. Estamos agora na última fase, com existe uma queda no mercado,

Spred dos emergentes aumenta



Segundo Salomon (Chart of the Day: The Russia-Brazil Spread, 30/10/2008), o spred tem caminhado na mesma direção, mas com valores diferenciados.

Custo para enviar dinheiro



O gráfico mostra quanto custa mandar dinheiro de um país para outro. Já que existem mais de 190 milhões de trabalhadores migrantes que mandam dinheiro para suas casas. O custo depende da origem e do destino. Custa $7,68 para mandar 500 dólares da Espanha para o Brasil, ou seja, 1,5%. Mas este percentual pode ser de 17,3%, da Holanda para Indonésia.
Fonte: Aqui

Qual o limite da responsabilidade social?

A The Economist, em Test case (30/10/2008) discute o caso jurídico Bowoto versus Chevron. Larry Bowoto protestou, em 1998, contra uma subsidiária da Chevron na Nigéria. O protesto terminou com duas mortes e Bowoto ferido. O caso irá testar se o sistema legal pode ser aplicado em casos de direitos humanos em outros países.
Junto com o julgamento, outros casos com outras empresas (caso da Yahoo que ajudou o governo chinês a prender um dissidente) serão afetados pela decisão.

Bobagens

O ex-chefe do Federal Deposit Insurance Corporation durante a crise dos anos 80 afirmou que as regras de mark-to-market foram responsáveis pelos problemas financeiros atuais, conforme relata David Katz em Former FDIC Chief: Fair Value Caused the Crisis (CFO, 29/10/2008)

(…) William Isaac, FDIC chairman from 1978 to 1985 and now the chairman of a consulting firm that advises banks, said that before FAS 157, the controversial accounting standard issued in 2006 that spells out how companies should measure assets and liabilities that have been marked to market, took hold, subprime losses were "a little biddy problem."


E acredite se quiser, Isaac afirmou que a inflação estava sob controle, o crescimento econômico era bom, o desemprego baixo e não existia problemas de crédito no sistema bancário (sic). Mas um texto da Gazeta Mercantil de 31/10/2008 (Sucessor de Bush assumirá um país atolado em dívidas) é muito claro sobre a situação dos EUA:

Seja o democrata Barack Obama ou o republicano John McCain, o próximo presidente dos Estados Unidos deverá rever as promessas da campanha eleitoral frente à montanha de dívidas acumuladas para tirar o país da crise financeira.
Os EUA fecharam no final de setembro o exercício orçamentário 2008 com um déficit recorde de US$ 455 bilhões de dólares. Esse déficit poderá superar U$ 1 trilhão durante o exercício 2009 que começou no início de outubro. (...)

Deutsche Bank

Esta instituição financeira alemã apresentou um lucro de 93 milhões de euros no terceiro trimestre graças as mudanças nas regras contábeis. Segundo o NY Times (Accounting Changes Help Deutsche Bank Avoid Loss), as novas regras permitiram que parte dos 22 bilhões de euros de empréstimos do Deutsche fossem avaliados pelo seu valor contábil.

Fonte: Aqui

O texto da Reuters afirma que:

Mudança contábil livra Deutsche Bank de prejuízo
Gazeta Mercantil – 31/10/2008

Frankfurt, 31 de Outubro de 2008 - O Deutsche Bank se esquivou de um prejuízo no terceiro trimestre graças a novas regras contábeis, mas a instituição financeira revelou perdas pesadas com operações imobiliárias diante das turbulências dos mercados globais.
O Deutsche Bank teve um lucro antes de impostos de $93 milhões (US$118,5 milhões) no terceiro trimestre, um resultado que somente foi possível graças à alteração de regras contábeis. As mudanças, aprovadas por legisladores em Bruxelas, permitiram ao banco reduzir baixas contábeis em mais de $ 800 milhões para $1,2 bilhão durante o período. Nos nove primeiros meses do ano, seu lucro líquido foi $ 918 milhões (US$ 1,16 bilhão), 83% a menos que em igual período do ano passado.
As novas regras sancionadas relaxam o sistema anterior que exigia que todos os ativos refletissem preços de mercado. O Deutsche Bank, por exemplo, está sentado sobre mais de $22 bilhões de empréstimos alavancados. As novas regras contábeis permitem agora que o Deutsche Bank mantenha alguns desses empréstimos em seus livros a preços fixos.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Reuters)


Já a CFO (Profit, Not Loss, Thanks to Fair Value Tweak, Marie Leone, 30/10/2008) afirma que os calculos a valor justo da entidade ficaram restritos a 1,5 bilhão de baixa. Além disto, o banco anunciou que o capital (Tier 1), para fins de Acordo da Basiléia, aumentou para 10,3%. As medidas recentes da Comunidade Européia quanto a mensuração de ativos em bancos evitou ajustes de 683 milhões no banco.

Mais sobre o efeito das mudanças contábeis nos resultados dos bancos aqui

Finanças Comportamentais e crise

Um texto de David Brooks para o NY Times discute a crise atual sob a ótica comportamental. O texto enfatiza que a racionalidade não existiu durante a crise (como prova a reação de Greenspan, que estava chocado com o fato do mercado não ter reagido racionalmente). O texto apoia-se no último livro de Taleb (que estou tentando terminar neste momento), que usa as finanças comportamentais para enfatizar sua teoria dos cisnes negros.

CVM e Seguros

CVM coloca em audiência pública minuta de Deliberação sobre Contratos de Seguro em conjunto com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) coloca a partir de hoje, 30/10/2008, em audiência pública, minuta de Deliberação referendando o Pronunciamento Técnico CPC 11, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, intitulado "Contratos de Seguro", que está referenciado à norma Insurance Contracts - IFRS 4, emitida pelo IASB (International Accounting Standards Board).
O objetivo desse Pronunciamento Técnico é especificar o reconhecimento contábil para contratos de seguros por parte de qualquer entidade que emita tais contratos, denominada nesse Pronunciamento como seguradora. Em particular, esse Pronunciamento determina: a) melhorias na contabilização de contratos de seguros pelas seguradoras; b) divulgação que identifique e explique os valores resultantes de contratos de seguros nas demonstrações contábeis de uma seguradora e que ajude os usuários dessas demonstrações a compreender o valor, a tempestividade e a incerteza de fluxos de caixa futuros originados de contratos de seguros.
A audiência está sendo realizada em conjunto com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e com a Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, nos termos da Deliberação CVM nº 520/07, e para compatibilizar com o prazo de audiência da Susep, as sugestões e comentários deverão ser encaminhados até 20 de novembro de 2008, sendo considerados de acesso público.


Fonte: Aqui

Defesa do MTM

Já o IBD chama a atitude da SEC com respeito ao mark-to-market (MTM) de entrar numa zona cinzenta. Para o IBD é justamente neste momento que o mercado precisa saber da informação usando o MTM. Veja o trecho:

Editorials & Opinion
Mark-To-Model, Into The Twilight Zone
STEVE H. HANKE AND JOHN A. TATOM

24/10/2008 - Investor's Business Daily

(...) MTM rests on two principles: the social value of market prices and the role of accounting information. First, an asset is only worth its price in the marketplace, which is the only objective measure of value. Second, accounting statements must provide accurate and meaningful information. Investors have a right to accurate and actionable information on the value of their corporate assets.

The transparency of MTM is most critical when a firm is likely to have to sell assets or when it nears bankruptcy. This is precisely the situation in which some firms find themselves. But never mind. Major bank trade groups and some banks argue that these firms should mark asset values to models or to other arbitrary measures.

Forbes chama Mark-to-Market de insanidade

Um editorial da conceituada revista Forbes (Fact and Comment - Fear Will Subside; On why the current crisis was unnecessary, Steve Forbes, 27/10/2008, 21, Volume 182 Issue 8) e escrito pelo próprio Steve Forbes é direto ao ponto com respeito a marcação a mercado: insanidade. A afirmação é mais poderosa quando está no primeiro parágrafo do texto:

Although you'd never know it from market volatility, the financial fever in the U.S. may be about to break. The Treasury, of course, must move with alacrity in removing those impaired mortgages and other exotic instruments off of bank balance sheets. Just as important, the Administration must deal decisively with the insanity of mark-to-market, or so-called fair value, accounting that has forced institutions under severe pressure from regulators and accountants to maniacally mark down to absurdly low levels the value of unmarketable securities and assets, thus destroying entities that have positive cash flows. Congress has made its intent clear: It wants mark-to-market scrapped or at least suspended for a good, long time. Sensible reform here would sharply alleviate the severity of the credit crisis. Foot- dragging on this would be criminal as well as destructive. And the SEC should get its act together on short-selling. (…)

Daimler e a IFRS

A notícia a seguir comenta a diferença de resultado pelas normas do Iasb e o US GAAP para empresa Daimler:

Montadoras: Resultados da Daimler AG

A Daimler AG reportou hoje uma perda líquida de 351 milhões de Euros por sua participação de 19,9 por cento no resultado do segundo trimestre de 2008 da Chrysler Holding LLC, de acordo com os Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS - International Financial Reporting Standards). Com base nos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos (U.S. GAAP), a perda líquida da Chrysler Holding LLC foi de 88 milhões de Euros, dos quais uma perda de 76 milhões é atribuída ao negócio automotivo da Chrysler LLC.

A diferença entre a perda de 351 milhões de Euros reportada pela Daimler AG, relacionada com sua participação de 19,9 por cento na Chrysler Holding LLC e os 88 milhões de Euros de perdas líquidas é atribuída a:

-- Ajustes relativos às diferenças entre os padrões de contabilidade U.S. GAAP e IFRS que chegam a uma perda de 171 milhões de Euros;

-- Outros ajustes da Daimler AG, não relacionados com o resultado da Chrysler Holding LLC, totalizando aproximadamente uma perda de 92 milhões de Euros.

A Chrysler Holding LLC é formada pela Chrysler LLC, a companhia automotiva que fabrica e vende os veículos Chrysler, Dodge e Jeep(R) em todo o mundo e pela Chrysler Financial, que fornece serviços financeiros para estes veículos na região da América do Norte. (...)

Crise Financeira e Risco

COSO, Sarbanes-Oxley e a crise atual
Gazeta Mercantil - 31/10/2008

31 de Outubro de 2008 - Todos os 6 bilhões de habitantes da Terra sabem ou pelo menos sentem o que é a crise mundial desses conturbados dias. Mas apenas uma parte diminuta da população mundial sabe o que significa COSO e Sarbanes-Oxley. E poucos especialistas do mundo financeiro interligam esses nomes, que tudo tem a ver com o estrago de trilhões de dólares perdidos nessa estúpida crise, causada pela leniência de controles do sistema financeiro dos Estados Unidos.

Em agosto de 1974, Richard Nixon teve de renunciar a presidência dos Estados Unidos por conta do incidente de Watergate, no qual espiões do Partido Republicano, com conhecimento e autorização dele, invadiram a sede do partido democrata em Washington.

A campanha presidencial dos republicanos havia sido financiada em parte por desvios de verbas de grandes corporações usando práticas que incluíam corrupção no território dos Estados Unidos e no exterior.

O Congresso americano, em resposta, editou em 1977 o "Foreign Corruption Act", que criminaliza subornos feitos por empresas americanas no exterior.

O setor privado americano também deu uma resposta por meio da criação de uma comissão para aperfeiçoar os controles contábeis e gerenciais das grandes empresas americanas.
Criaram uma comissão chamada "National Commission on Fraudulent Financial Reporting" formada em 1985 e conhecida como a "Treadway Commission". Essa comissão preparou uma listagem extensa de normas sobre controles internos nas organizações, que hoje é conhecida como COSO, abreviação de Committee of Sponsoring Organization of the Treadway Commission.

Normas tão completas e adequadas que o Bank for International Settlements (BIS) ou Banco para Compensações Internacionais, com sede em Basiléia, na Suíça, o banco dos bancos, as adotou para empregá-las no sistema bancário mundial. Estes foram os fundamentos para os Acordos de Basiléia.

Essas normas chegaram ao Brasil em 1998 e geraram um processo de controles comandado pelo nosso Banco Central (BC) para todo o sistema financeiro brasileiro: bancos comerciais e de investimentos, corretoras, distribuidoras, consórcios, etc. É a chamada resolução de controles internos, a Resolução n 2.554.

Infelizmente as grandes corporações americanas não entenderam a lição e não praticaram as recomendações do COSO. Por conta disso, os escândalos da Enron, Tyco, Adelphia, Peregrine, Worldcom e muitas outras grandes empresas obrigaram o Senado americano a aprovar uma nova lei, o "Sarbanes-Oxley Act" em 2002.

Essa lei diz ser crime federal fraudar balanços e obriga os diretores das empresas americanas a se responsabilizarem criminalmente por suas demonstrações financeiras fraudadas, que devem ter suas assinaturas para caracterizar suas responsabilidades.

A atual crise não teria ocorrido se essas duas práticas gerenciais tivessem sido seguidas, o COSO e a Sarbanes-Oxley. Mas não foram, como atestam os casos das instituições financeiras e de seguros que fracassaram nos Estados Unidos, envolvidas pela ambição desmesurada de ganhos e dos bônus para seus executivos. Mas a culpa também é das autoridades americanas, que não exerceram adequada supervisão sobre suas empresas, especialmente as financeiras, embora possuíssem os instrumentos do COSO e da Sarbanes-Oxley para exercer uma forte supervisão entre muitas outras leis.

Nesse aspecto, o Brasil pode dar lições aos Estados Unidos, com a criação do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) e do Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária (Proes), com a limpeza feita no sistema bancário, inclusive nos bancos públicos, e com a apertada fiscalização centralizada do BC.

Os Estados Unidos têm cerca de 8 mil bancos, mas os controles do governo sobre essas instituições são fracos e a supervisão é falha. O mundo agora quer aumentar os controles e a supervisão. Bastaria os Estados Unidos terem exercido de modo mais adequado as leis e critérios de gestão existentes e criados por eles próprios para que nós e o mundo não estivéssemos pagando o preço que estamos pagando.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3) CARLOS DANIEL CORADI* - Presidente da EFC - Engenheiros Financeiros & Consultores )

Volks e os Emergentes

VW se beneficia de atuar em países emergentes e lucra US$ 1,9 bilhão
Gazeta Mercantil – 31/10/2008

Franfurt e Berlim, 31 de Outubro de 2008 - A Volkswagen, maior montadoras européia, confirmou ontem suas previsões para 2008 e publicou resultados que mostram que está resistindo melhor à crise do setor do que alguns de seus concorrentes. A Volkswagen reiterou suas metas de lucros para 2008 depois de seu lucro do terceiro trimestre ter subido 27%, devido ao aumento das vendas na China e na Rússia e à aquisição da fabricante de caminhões Scania AB.

"A Volkswagen tem ido bem até agora em um contexto difícil", comemorou o presidente da companhia, Martin Winterkorn, citado em um segundo comunicado.

Desta forma, "confirmamos nossos prognósticos para 2008, apesar da drástica deterioração que a economia mundial e a indústria de automóveis sofreram nos últimos meses", defendeu Hans Dieter Pötsch, diretor financeiro da Volkswagen.

Nos primeiros 9 meses de 2008, o lucro líquido da Volkswagen registrou ? 3,7 bilhões sobre um volume de negócios de ? 85,4 bilhões (+5,5%). Seu lucro operacional também aumentou 15%, para ? 4,9 bilhões. Pela primeira vez a companhia sueca Scania, que a Volkswagen comprou no início do ano, integrou as contas do gigante alemão. Isoladamente, a VW lucrou ? 1,49 bilhão (US$ 1,9 bilhão).

Os resultados divulgados pelo grupo são superiores às previsões feitas por alguns analistas consultados pela Dow Jones Newswires.A forte presença da Volkswagen nos mercados emergentes como China, Brasil e Leste Europeu ajudou a companhia a compensar a queda das vendas na Europa e América do Norte.

A VW está em vias de ser comprada pela Porsche, que detém uma participação de cerca de 42% e controla 74% de seu capital.

Com uma série de modelos compactos e o esforço para se expandir nos emergentes, a VW argumenta que está menos suscetível do que as concorrentes à retração das vendas em outras regiões. A Volkswagen foi a única das 10 maiores montadoras européias a registrar crescimento das entregas nos mercados emergentes no mês passado, e sua queda das vendas nos EUA no mesmo período, de 9,4%, foi inferior à retração do mercado automobilístico observada no país, de 27%

A VW se beneficia de sua presença relativamente sólida nas economias emergentes", disse Marc-René Tonn, analista de , lotado em Hamburgo, da M.M. Warburg. "Diferentemente das outras, ela não tem exposição excessiva aos mercados da América do Norte. Mas o que será se a situação da América do Sul, da China, da Rússia e da Ásia piorar no ano que vem? Isso certamente vai atingir a VW.''

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 3)(AFP e Bloomberg News)


A crise e a contabilidade

Um texto da Gazeta Mercantil de hoje mostra como a não contabilização de certos itens foi importante para a crise financeira (Reproduzi o texto integralmente, apesar de alguns problemas de tradução):

Bônus não-contabilizado escapa à supervisão
Gazeta Mercantil – 31/10/2008

Washington, 31 de Outubro de 2008 - Quando George Miller recebeu 60 banqueiros no Charlotte City Club, numa noite de setembro, o foco era mais na recente quebra do Lehman Brothers Holdings. Os membros do Fórum Norte-Americano de Securitização, dirigido por Miller, estavam aflitos com o futuro do seu setor, de US$ 10,7 trilhões.
Os banqueiros, reunidos em Charlotte, Estado da Carolina do Norte, haviam sido alertados de que havia um plano do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb, pelas iniciais em inglês) de forçar o retorno de trilhões de dólares aos balanços, o que exigiria uma disparada nas reservas em dinheiro. O negócio deles, de reunir e revender ativos, havia registrado uma queda de 47% nos primeiros seis meses do ano e o setor não tinha condições de agüentar mais um revés.

No dia seguinte Miller, diretor-executivo do fórum, levou essa mensagem a uma audiência no Senado em Washington, que examinava a escalada dos ativos não-contabilizados. "``Ir em frente com más regras representa grandes riscos para os mercados financeiros e para a economia"'', disse ele, ao explicar a proposta do Fasb.
Miller tentava preservar uma regra de contabilidade para os ativos omitidos, que ajudavam os bancos dos EUA a exportarem bônus podres para o resto do mundo. Trata-se de uma brecha que, segundo Jack Reed, democrata que preside a subcomissão de valores mobiliários do Senado, contribuiu "``para a gravidade da crise atual''". O estrago até agora: mais de US$ 680 bilhões em prejuízos e baixas contábeis, cerca de um terço disso por parte de bancos europeus.

Falta de regulamentação

A ação dos lobistas adiou as decisões do Fasb e manteve partes importantes do sistema financeiro fora do alcance dos órgãos reguladores. Entre as vitórias deles, conta- se o fato de que os derivativos de balcão continuaram sem regulamentação e de terem persuadido a Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador das bolsas norte-americanas) a permitir que os bancos de investimento reduzissem as exigências de capital. Isso permitiu que aumentassem os empréstimos tomados e elevassem os lucros. Hoje, a estrada passa pelos imóveis residenciais executados por falta de pagamento na Califórnia e em Ohio e até pelas capitais da Europa. Essa estrada foi calçada por decisões como a tomada pelo Fasb, que permitiu aos bancos ficarem mudando ativos de um lado para o outro, de forma a que não fosse detectados pelos acionistas nem pelos supervisores do setor.

''Truque de mágica''

"``Sempre achei que isso tinha algo de um truque de mágica''", disse Pauline Wallace, parceira da PriceWaterhouseCoopers, referindo-se ao registro de ativos não-contabilizados. "``Agora, não me surpreenderia se o Fed acabar se tornando oficialmente o nosso regulador de risco sistêmico"'', disse Robert Litan, economista da Brookings Institution em Washington. Isso parece irônico para Donald Young, um defensor dos investidores e membro do conselho do Fasb de 2005 até o último dia 30 de junho. Ele testemunhou na mesma audiência no Senado, em 18 de setembro, que tanto o Fed quanto a SEC resistiam, junto com os bancos que monitoravam, a um aumento na divulgação dos ativos não-contabilizados.

"``Existe uma atividade infinita de lobby sobre o Fasb"'' por parte das empresas e dos órgãos reguladores, disse Young ao Senado. Ele apresentou um ponto de vista semelhante em uma carta datada de 26 de junho ao senador Reed. "``Não tínhamos a capacidade de superar os esforços dos lobbies, que argumentavam que estaríamos obstruindo os mercados de crédito e prejudicando os negócios se fizéssemos mudanças de peso"'', dizia a carta de Young. ` "A nossa inação não obstruiu os mercados de crédito, mas contribuiu para destruí-los.''" A questão, disse Young em uma entrevista, foi a ``falta de transparência'''' que vem junto com as práticas que permitem a existência de ativos não-contabilizados.

Os reguladores de outros países também não policiaram melhor os investimentos em ativos subprime. O UBS AG, sediado em Zurique, com baixas contábeis e prejuízos no total de US$ 44 bilhões, disse à Comissão Federal de Bancos da Suíça, no começo do ano passado, que tudo estava " totalmente protegido, sim, até superprotegido"'', segundo informou o diretor Daniel Zuberbuehler em uma entrevista coletiva em abril. "``Esta resposta depois se revelou errada porque o UBS não captou corretamente a sua exposição real a risco e superestimou os seus mecanismos de proteção"'', disse Zuberbuehler.

A securitização se acelerou em meados da década de 1990. A quantia total de papéis referenciados em financiamentos de imóveis residenciais emitidos quase triplicou entre 1996 e 2007, para US$ 7,27 trilhões, segundo a Associação de Valores Mobiliários e Mercados Financeiros (Sifma, pelas iniciais em inglês).

Alan Greenspan

Há dez anos, Wall Street tinha um mercado altista alimentado pela explosão das pontocom. O então presidente do Fed, Alan Greenspan, confiava em que o mercado corrigiria seus próprios males, e o Congresso norte-americano era receptivo à idéia de abrandar o toque dos órgãos reguladores. Em 1998, a iminente quebra do fundo de hedge Long-Term Capital Management forçou o Fed a organizar uma operação de socorro para Wall Street. Os fundos de investimentos tinham emprestado bilhões ao fundo e eram contrapartes em contratos de derivativos de mais de US$ 1 trilhão.

Naquele mesmo ano, Greenspan, o então secretário do Tesouro, Robert Rubin, e o presidente da SEC, Arthur Levitt, foram contra uma tentativa do Comitê de Comercialização de Contratos Futuros de Commodities de estudar a regulamentação dos derivativos de balcão. Em 2000, o Congresso aprovou uma lei que manteve esses instrumentos sem regulamentação. Em 23 de outubro passado, Greenspan disse, em uma audiência na Câmara dos Deputados, que é favorável a novas regras que exijam que as emitentes de ativos securitizados "``retenham uma parte significativa dos valores que emitem''". "``Nós exportamos os nossos financiamentos imobiliários podres para o exterior"'', disse Joseph Stiglitz, professor da Universidade Columbia e ganhador do Prêmio Nobel de Economia, em uma audiência na Câmara em 21 de outubro. ` "Se não tivéssemos (feito isso), os problemas aqui nos EUA teriam sido ainda piores."''
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Bloomberg News)

30 outubro 2008

Rir é o melhor remédio


Como surgiu o símbolo do Google Chrome

Links


10 Pessoas com talentos incomparáveis

A cor vermelha faz o homem ser mais amoroso com a mulher.

Aqui o gráfico com a cotação das ações da Volks

Grandes Pessoas nunca param de aprender ! (foto)

100 pessoas mais influentes em Impostos e Contabilidade nos EUA

Sobre a crise na Europa

AIG já queimou mais de 100 bilhões de dólares do contribuinte norte-americano

Coréia também muda

A Coréia do Sul também irá mudar sua contabilidade, informou o Financial Times (S Korea to change shipbuilder accounts rules, Song Jung-a & Jennifer Hughes, 23/10/2008) . As regras que serão afetadas modificarão os resultados dos construtores de navios e outros exportadores.

Advinhe qual a finalidade? Impedir que as demonstrações financeiras sejam questionadas quanto as perdas em razão das flutuações cambiais:

The Financial Services Commission (FSC) said the new rules would allow shipbuilders to offset losses from the plunging value of the Korean won by including expected currency gains from contracts that had not yet been executed - which are not normally reported - as well as foreign exchange losses from derivatives contracts linked to the overseas orders.

(…) Under previous rules, exporters were only allowed to book earnings from overseas orders when the cash was received - but they had to report each quarter the fair value of any derivative contracts they used to hedge these overseas cash flows. The won's slump would have led to huge reported losses on the derivative hedges without any recognition of the fact that these losses could be offset by the higher earnings from overseas orders that would result from the won's fall.

Aerolineas Argentinas

Um texto da Agencia EFE (Aerolíneas sufre "quiebra virtual" con mitad flota "chatarra", según informe, 23/10/2008) mostra que a situação contábil da empresa é bastante ruim. O texto fala em "quiebra virtual" e compara a empresa com a Enron.

"Esto es un caso Enron", afirmó [presidente del Tribunal de Tasaciones de Argentina, Daniel Eduardo Martín] a preguntas de los parlamentarios sobre si la empresa debía ser investigada por su contabilidad.

El funcionario explicó que el Tribunal realizó su tasación por el mecanismo de "valor patrimonial sustantivo", la diferencia entre los activos y los pasivos de la compañía contabilizados a precio de mercado.

Así, para el Tribunal, Aerolíneas y sus subsidiarias tienen activos por 239 millones de dólares y pasivos por 1.071 millones de dólares, lo cual arroja un valor negativo de 832 millones de dólares.

"Técnicamente no tenemos precio. El precio es cero porque la valuación es negativa y el comprador no tendría que pagar nada", dijo Martín, quien sostuvo que la empresa "se encuentra en virtual estado de disolución o quiebra por patrimonio neto negativo".

Según el funcionario, si la valuación se hiciera por el método de flujos futuros de fondos -utilizado por el Credit Suisse para la tasación para Marsans y que se basa en el cálculo de expectativas de ingresos y costos a futuro-, el valor de Aerolíneas y sus subsidiarias sería negativo en 622 millones de dólares.

Para Marsans, Aerolíneas y sus controladas valen entre 330 y 546 millones de dólares.

Entidade

Uma das medidas do pacote do governo foi a criação da Caixa Par

Diante das críticas à falta de transparência nas operações autorizadas pela medida provisória que permite que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil comprem bancos e empresas, a presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho, afirmou ontem que a contabilidade do banco de investimento será separada e reage: "Não há risco de a CaixaPar ser uma caixa-preta".

"Não há risco de CaixaPar virar caixa-preta", diz CEF
Folha de São Paulo – 24/10/2008

Um problema de Classificação

Entre as medidas adotadas pelo governo brasileiro para contornar a crise uma merece um destaque neste blog pelo impacto contábil: o uso do FGC. Um texto da Folha de São Paulo (Fundo dribla regimento próprio para elevar poder de intervenção no mercado, 28/10/2008, Sheila D´Amorim) esclarece a questão:

(...) Com a medida anunciada ontem, permitindo aos bancos anteciparem cinco anos de contribuição ao FGC, o BC calcula que poderá contar com mais R$ 6 bilhões. O fundo ficará com o risco das operações, justamente o que os bancos maiores se recusam a fazer, e reforçará seu poder de intervenção no mercado, atualmente de R$ 2,5 bilhões, para R$ 8,5 bilhões.

Para isso, o dinheiro das contribuições antecipadas será contabilizado de forma diferenciada e não integrará as reservas técnicas do fundo como aconteceria num cenário de normalidade. Se não fosse assim, o FGC não poderia usar os R$ 6 bilhões na totalidade para elevar a liquidez do mercado.

Isso porque, de acordo o regimento interno, o fundo pode usar somente até 15% das suas reservas técnicas para comprar créditos do sistema financeiro em momentos de dificuldade.

Essas reservas são o dinheiro das contribuições que os bancos fazem para o FGC, deduzidas as despesas de funcionamento do fundo, e servem para cobrir possíveis perdas dos correntistas. Considerando o montante atual de R$ 16,8 bilhões, isso significa R$ 2,5 bilhões para essa finalidade, sendo que R$ 1 bilhão já foi usado para ajudar oito bancos.(...)

Por isso, o dinheiro que começou a entrar ontem mesmo no caixa do FGC será registrado na contabilidade com o nome técnico de "realizável a longo prazo", em vez de "disponibilidades", afirmou à Folha o diretor-executivo do FGC, Antônio Carlos Bueno. (...)

GM e o socorro do governo

Aqui, Zac Bissonnette discute se a falência da GM seria um desastre. Segundo estimativa do Center for Automotive Research David Cole, a quebra da GM teria um custo de dois milhões de empregos nos Estados Unidos.

O problema, para Bissonnette, é que a ajuda do governo pode ou transferir a empresa para o governo (muito socialista para ele) ou significar um empréstimo a juros subsidiados. Mas o preço atual da ação da empresa estaria artificialmente alto em razão da expectativa do socorro do governo.

Aqui um analista explica a razão pela qual a junção GM+Chrysler não deve dar certo.

Aqui no Wall Street Journal, afirma que a General Motors irá tornar-se Government Motors. Na análise, os vencedores da ajuda seriam os executivos das montadoras (GM, Chrysler e Ford), a UAW (sindicato dos trabalhadores), os fornecedores e clientes. E um grande perdedor: o contribuinte. O texto também mostra a diferença entre ajudar o sistema bancário e ajudar Detroit.

E na Gazeta Mercantil, a notícia que a Toyota é a maior montadora do mundo:

Nova York, 30 de Outubro de 2008 - Prestes a pôr fim a seus 77 anos como a maior montadora mundial, a General Motors Corp. caiu ainda mais em relação à Toyota Motor Corp. em vendas mundiais no terceiro trimestre, com a retração da demanda nos Estados Unidos e na Europa.

As remessas de veículos caíram 11%, para 2,11 milhões de unidades, disse a General Motors, sediada em Detroit, em comunicado divulgado ontem. Isso empurrou o total de nove meses da montadora para 6,66 milhões de veículos, comparativamente aos 7,05 milhões da japonesa Toyota. (...)


Toyota destrona a GM como maior montadora mundial
Gazeta Mercantil - 30/10/2008

Em defesa da IFRS

Abaixo, um texto da Price com uma defesa ardorosa da IFRS. Leia com precaução e a utilização dos argumentos apresentados não é de responsabilidade deste blog:

Las IFRS y su futuro
Juan Manuel Cárdenas y Alejandro Cruz
El Economista

Las Normas Internacionales de Información Financiera (IFRS, por su sigla en inglés) han cobrado gran importancia desde su adopción.

Esto debido a que representan una gran ventaja para, entre otros, los usuarios de la información financiera en la toma de decisiones en todo el mundo, ya que con la aplicación de una normatividad contable reconocida universalmente por las empresas, es posible comparar la información financiera entre entidades de una misma industria, aunque la base de sus negocios se encuentre en diferentes países.

Las IFRS se han convertido en un lenguaje contable global, han sido adoptadas en más de 100 países y el número sigue en aumento.

La Unión Europea, Australia, Canadá, Brasil, Reino Unido, India, China y otros mercados ya las han adoptado o están en vía de adoptarlas.

En algunos países de Europa del Este, incluyendo Rusia, también han sido ampliamente utilizadas.

Otro dato relevante es que aproximadamente 40% de las empresas que aparecen en la Lista Global Fortune 500 utilizan las IFRS para la preparación de su información financiera.

La Comisión del Mercado de Valores de Estados Unidos (SEC, por su sigla en inglés), eliminó el requerimiento de preparar una conciliación entre los resultados determinados bajo las IFRS y los determinados conforme a los US GAAP.

Esto con el fin de brindar apoyo a las compañías extranjeras registradas en la SEC, que utilizan IFRS emitidos por el Consejo de Estándares Internacionales de Contabilidad (IASB por su sigla en inglés).

Ya hay casos Hablando de las empresas registradas en la Bolsa Mexicana de Valores (BMV) se tienen ya experiencias respecto de que la Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) ha otorgado autorización a algunas empresas registradas en la BMV para presentar su información financiera bajo IFRS, con lo cual es probable que en el futuro existan más empresas interesadas en aplicarlos.

Al analizar esta información, es importante considerar el ambiente regulatorio para las empresas mexicanas al adoptar las IFRS.

Esto involucra inversión en recursos humanos, materiales, asesores y tiempo, el cual varía de 18 a 30 meses e impacta en varias áreas de operación.

Es por ello que las compañías norteamericanas están planeando iniciar, o ya lo hicieron, un análisis del impacto de IFRS y sus implicaciones.

El cambio a IFRS beneficiará más a unas compañías que a otras.

Entre otros beneficios potenciales, con el cambio se logra que la información financiera de una compañía sea comparable con la de otras de la industria, facilitar el acceso a los mercados capitales, unificando el lenguaje contable.

También se hace posible definir benchmarking por industrias, estandarizar procesos de reporte, reducir los costos y dosificarlos.

El cambio anticipado a IFRS permite contar con una ruta crítica relativamente flexible y realista para la conversión, evitando así la presión de plazos obligatorios de adopción.

La calidad en el proceso de conversión a las IFRS es alta, elevando el nivel de confort de las políticas contables seleccionadas.

Otro beneficio es el tiempo adicional para analizar el impacto de las IFRS y resolver cualquier problema que se pueda detectar, por ejemplo, las funciones de la reestructuración de los reportes, implicaciones en los resultados de operación, razones financieras, entre otros, para asegurar recursos humanos experimentados en IFRS.

Las compañías que iniciaron la adopción inmediata de las IFRS, sin mediar una fecha límite de adopción obligatoria, obtuvieron valor agregado al enfrentar la necesidad de diseñar soluciones a corto plazo y un proceso sustentable a largo plazo.

Demuestra importancia Lo anterior se hace evidente al revisar la experiencia que han tenido en Europa las compañías que realizaron la conversión de información financiera a las IFRS, donde ha trascendido que se pueden forzar las políticas contables para que se ajusten con las IFRS, con el fin de simplificar el proceso de conversión; sin embargo, la conversión a IFRS debe aprovecharse como una oportunidad única para reevaluar integralmente las políticas contables, ya que surgen alternativas que no ofrecían otras disposiciones contables normativas, las cuales pueden reflejar, de mejor manera, la sustancia económica de transacciones.

Igualmente ha quedado clara la importancia de involucrar a toda la compañía.

Las IFRS pueden impactar casi todos los aspectos de las operaciones, desde los contratos de clientes y proveedores y arreglos de compensación a los empleados hasta la planeación de la propia administración y estructuras financieras, entre otros.

La participación de los expertos clave de la compañía (administración legal y de riesgos y relaciones con los inversionistas) en la etapa adecuada, es esencial para una conversión exitosa.

La experiencia también arroja que la mayoría de las conversiones son más largas de lo esperado.

Los proyectos de conversión pueden variar en duración, dificultad y costo, dependiendo del nivel de complejidad de las transacciones, la estructura operativa y el ambiente regulatorio de una compañía.

Las compañías multinacionales con sede en EU que ya han iniciado éste proceso, estiman que les tomará por lo menos dos o tres años e importantes recursos para completar un proyecto de conversión de calidad.

De tal manera, que un punto clave para el éxito es comenzar antes de que la compañía experimente fechas límite impuestas externamente, para que sea posible una evaluación y aplicación sistemática y metódica.

También es necesario incorporar el cambio, esto es, integrar las IFRS en las operaciones desde la base.

Las compañías que dejan las conversiones a IFRS para el último minuto, frecuentemente tratan de completar la transición haciendo ajustes generales a sus prácticas existentes.

Las compañías que lo hacen de esta forma pondrán a prueba el control interno sobre el flujo de la información financiera e incrementarán el riesgo de errores materiales en sus reportes financieros.

Más allá No debe considerarse a la conversión a IFRS sólo como un ejercicio técnico, ya que afecta varios aspectos del negocio, más allá de la contabilidad y de la información financiera.

Los convenios de deuda, esquemas de compensación, tecnología de la información y los contratos, están basados en información determinada bajo reglas contables diferentes a las IFRS.

Estas partidas necesitan reflejar los cambios a la información financiera bajo dichas normas.

Adicionalmente, los cambios en los sistemas y procesos de información financiera que resultan de una conversión a IFRS requieren consideración de los cambios en los sistemas de control interno, sobre todo en los casos en los que se esté sujeto a mantener un sistema de control interno sobre la información financiera adecuada, como es el caso de las compañías inscritas en la SEC.

Concluyendo, a las empresas que estén considerando la conversión se les recomienda que consideren incorporar expertos en IFRS, hacer su propio análisis de los costos y de los beneficios, analizar las políticas contables de IFRS y su impacto en los resultados así como mantenerse al tanto de las medidas de la SEC con respecto a las IFRS.

También es importante familiarizarse con la agenda del IASB y de los Estándares Internacionales de Contabilidad Financiera y responder a los proyectos de exposición crítica, observar las estrategias de manejo del cambio y adaptar las IFRS a las operaciones y sistemas existentes, promoviendo reuniones con los inversionistas y otras partes interesadas, para familiarizarse de los aspectos relevantes de las IFRS y enterarles cómo éstas pueden afectar la información financiera.

Mais critica a IFRS

Continuando seu conjunto de textos sobre autores críticos a IFRS, David Albrecht trata de Bob Jensen (Bob Jensen–IFRS Critic, 24/10/2008).
As críticas de Jensen são as seguintes:
1. As IFRS é um conjunto de normas financeiras mais fracas do que os US GAAP promulgados pelo FASB. Isso resultará em um campo para os executivos manipularem os resultados das operações
2. A rápida adopção IFRS não passa no "teste cheiro." (aqui refere-se ao poderoso lobby das empresas de auditoria)
3. O padrão adotado pelo IASB não atenderá às necessidades dos investidores. E será tão ineficaz como as Nações Unidas.

Influencia da adoção da IFRS

Um estudo da ACCA (the Association of Chartered Certified Accountants) mostrou o efeito da adoção das normas do Iasb na Europa e o impacto no custo de capital.

Os resultados mostram que as IFRS trouxeram já efeitos significativos, mas que eles não são uniformes em toda Europa (...) Os principais efeitos positivos são aqueles em países, como o Reino Unido, onde um ambiente ao investidor de capital já existia.


Aqui sobre um estudo do The Institute of Chartered Accountants of Scotland também sobre a implementação da IFRS em termos da influencia na evidenciação.

Imprensa no Brasil

A The Economist da semana passada faz uma análise sobre a exigência de diploma de curso superior para quem deseja trabalhar com jornalismo no Brasil(Licensed to scribble 23/10/2008). O texto começa lembrando que esta é uma das heranças do período militar, mas que continua. Ao final, a revista lembra que 271 políticos brasileiros (deputados, prefeitos e senadores) são proprietários de empresas de comunicação. A existência do que a revista chama de “mini-berlusconis” (em alusão ao primeiro ministro da Itália, que controla a imprensa naquele país) é uma restrição a efetiva liberdade de imprensa.

Discriminação

Uma análise realizada em mais de 700 mil pedestres e motoristas na polícia de Los Angeles entre julho de 2003 e junho de 2004 mostrou que os latinos e os negros são perseguidos pela polícia. (os latinos são menos perseguidos que os negros).

Spreadsheets vs. Mean Streets - IAN AYRES

CVM e Derivativos


O texto que anunciou a minuta apresenta a seguinte informação:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) coloca a partir de hoje, 28/10/2008, em audiência pública, minuta de Deliberação referendando do Pronunciamento Técnico CPC-14 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis e intitulado "Instrumentos Financeiros – Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação", bem como a minuta da Deliberação da CVM que o referenda e torna obrigatória a divulgação do quadro demonstrativo de análise de sensibilidade, que foi apenas recomendada na Deliberação CVM nº 550/08.

O referido pronunciamento foi elaborado com base nos pronunciamentos sobre Instrumentos Financeiros – IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement e IAS 32 Financial Instruments: Presentation, emitidos pelo IASB – International Accounting Standards Board, já incorporando as recentes alterações divulgadas pelo IASB, relativamente a Reclassificação de Ativos Financeiros.

O objetivo do Pronunciamento é definir, em decorrência das alterações produzidas pela Lei nº 11.638/07 no artigo 183 da Lei das Sociedades por Ações, os novos critérios de reconhecimento e mensuração dos Instrumentos Financeiros, em consonância com os padrões internacionais de contabilidade. Considerando-se a complexidade da matéria e conforme definido na agenda regulatória conjunta divulgada pela CVM e pelo CPC, o processo para migração das normas contábeis brasileiras aplicáveis aos instrumentos financeiros está sendo realizado em duas etapas.

A minuta ora em audiência tem como objetivo estabelecer os principais conceitos relativos ao reconhecimento e mensuração dos ativos e passivos financeiros, os critérios para a contabilidade das operações de hedge e os requisitos de evidenciação dos instrumentos financeiros derivativos. A segunda etapa consistirá na convergência completa às normas internacionais de contabilidade aplicáveis aos instrumentos financeiros, incluindo os tratamentos detalhados dos itens que não foram considerados nesta Deliberação, mas que estão presentes nas normas internacionais de contabilidade, tais como: i) maior detalhamento a respeito da contabilidade das operações de hedge; ii) baixa de ativos e passivos financeiros; iii) derivativos embutidos; e, iv) perda no valor recuperável de ativos financeiros e instrumentos financeiros com características híbridas.

Aqui, o link para CVM. Aqui, para o Análise de Balanços

O Valor Econômico apresentou o seguinte sobre o assunto:

(...) Na Europa algumas regras contábeis em torno do valor justo e instrumentos financeiros tiveram algumas flexibilizações e estão no centro das discussões. Por aqui, continuam sendo dados os passos para iniciar a convergência com as regras internacionais. O gerente de normas contábeis da CVM, José Carlos Bezerra, diz que não há problemas no fato de essas regras estarem passando por um momento de atualização lá fora. "A revisão é algo constante nesse terreno", diz ele, afirmando que os ajustes irão sendo feitos gradualmente. Bezerra explica que a minuta divulgada pela CVM trata não só de evidenciar, mas de reconhecer e mensurar ativos e passivos financeiros. "Essas regras já vinham sendo esperadas pelas companhias, em função do processo de convergência, e vão proporcionar maior transparência das informações para os participantes do mercado", afirma. (...)

CVM propõe regra de marcar a mercado operações financeiras
Valor Econômico - 30/10/2008

Foto: Flicker

Hungria recebe ajuda

Budapeste, 30 de Outubro de 2008 - A Hungria receberá um volumoso pacote de ajuda de US$ 25 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial (Bird) e da União Européia (UE) para resgatar sua economia, golpeada pela crise financeira. Do montante, o FMI fornecerá US$ 16,6 bilhões, a UE US$ 8,1 bilhões e o Banco Mundial, US$ 1,2 bilhão. Antes disso, o Banco Central Europeu havia prometido ao país US$ 6,2 bilhões para atenuar o problema de liquidez dos bancos, o primeiro empréstimo concedido pela instituição a um país não integrante da zona do euro.

Hungria recebe ajuda de US$ 25 bilhões
Gazeta Mercantil - 30/10/2008 - Caderno A - Pág. 16)(AFP e Reuters)

Setor de Educação e contabilidade

Um artigo interessante do jornal Valor Econômico (Setor de educação não faz "lição de casa", afirma KPMG, 30/10/2008):

Concorrência acirrada, uma onda de aquisições e quatro aberturas de capital entre empresas de ensino superior ainda não foram suficientes para alterar as práticas das instituições de capital fechado no que diz respeito à falta de controle financeiro e informalidade. Essa é a avaliação do sócio da área de auditoria da KPMG, Marcos Boscolo, especializado em educação. "Em relação a outros setores, as empresas educacionais têm uma lição muito grande a fazer", afirmou Boscolo, na terça-feira, durante evento gratuito para empresários de ensino superior promovido pela KPMG, que vende serviços de auditoria e consultoria. "Ainda há problemas realmente básicos na contabilidade de muitas delas." Segundo Boscolo, as empresas educacionais freqüentemente misturam despesas da instituição e dos seus controladores, deixam de registrar parte dos gastos e despesas, não elaboram balancetes periodicamente e usam práticas rudimentares de contabilidade.

Também é comum, diz o executivo, que não façam provisões para perdas com processos judiciais e que desconheçam seus custos operacionais. "Em vez de estabelecer o valor do curso com base no quanto o programa custa para a empresa, a mensalidade é definida pelo preço da concorrência", conta. A precariedade desse controle de custos resulta numa oferta de cursos deficitários, que deixam as instituições em situações financeiras problemáticas. "Essa é a falha mais crítica das empresas de ensino superior", afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). "A gestão financeira é chave num momento de consolidação e concorrência acirrada", diz. Há cerca de seis anos, segundo Capelato, as instituições de ensino começaram a elevar a oferta de vagas em ritmo superior ao crescimento da demanda, de forma que a disputa por alunos e as guerras de preços aumentaram.

(...) A precariedade dos balanços e dos controles dentro das instituições de ensino já foi apontada diversas vezes como uma das barreiras para operações de aquisição e até à sobrevivência das empresas. "No início da negociação, é tudo lindo. Mas quando você começa a analisar a empresa à venda, descobre que ela paga os professores por fora, que os números não batem e há prejuízo", conta Chaim Zaher, presidente da SEB, cuja aquisição mais recente, a Praetorium, foi anunciada nesta semana. Segundo Boscolo, quem compra assume a responsabilidade de reorganizar a empresa comprada, mas desconta esse trabalho no preço pago pelo negócio. (...)

29 outubro 2008

Rir é o melhor remédio



A prova de que uma imagem vale por mil palavras.

Fonte: Aqui.

GM faz pressão por ajuda do governo


GM faz lobby para fusão com a Chrysler
Gazeta Mercantil - 29/10/2008

Michigan (EUA), 29 de Outubro de 2008 - O presidente da General Motors, Rick Wagoner, está encabeçando campanha de lobby para obter ajuda federal no momento em que a maior montadora dos Estados Unidos ensaia fusão com a Chrysler, disseram fontes próximas.

Wagoner, de 55 anos, esteve em Washington no domingo e também se encontrou na semana passada com altos funcionários do Departamento do Tesouro, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas porque as conversações são reservadas. A GM tem solicitado fundos governamentais para ajudar na associação com a Chrysler.

A GM é uma das montadoras aptas a receber US$ 25 bilhões em empréstimos de juros baixos para reequipar fábricas, enquanto os bancos que concedem empréstimos automotivos podem receber recursos do fundo de resgate de US$ 700 bilhões para comprar títulos lastreados por empréstimos hipotecáros e outros ativos problemáticos.

A GM pode pedir US$ 10 bilhões para o governo, disseram duas fontes a par das discussões.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, preferirá que qualquer fundo para a GM, com sede em Detroit, venha dos empréstimos a juros baixos, não do pacote de resgate do sistema bancário de US$ 700 bilhões..


O Cartoon foi postado aqui.

Volkswagen torna-se a empresa mais valiosa do mundo

A Volkswagen tornou-se a maior empresa do mundo em valor de mercado. O motivo foi o anúncio da Porsche em aumentar a participação na empresa para 75%. Uma das conseqüências foi obrigar

os investidores com posições de venda a descoberto, ou seja, com mais contratos de venda do que de compra, a cobrirem suas apostas de queda das ações.
VW vale mais que a Exxon Mobil - Gazeta Mercantil - 29/10/2008


Uma notícia mais recente informa que

A fabricante alemã de automóveis Porsche anunciou hoje a venda de parte de suas ações da Volkswagen para acabar com as turbulências e a especulação em torno da cotação da bolsa desta última empresa.

Porsche anuncia venda de ações da Volks
Gazeta Mercantil News (Tempo Real) - 29/10/2008


O valor da Volks chegou a 367 bilhões de dólares (fonte, aqui). As perdas dos fundos hedge podem chegar a 150 bilhões de euros (fonte, aqui)

Lei 11638

O Jornal do Commércio publica um texto sobre a Lei 11.638. A jornalista que assina a matéria escutou dois especialistas do setor privado.

Novas regras para elaborar balanços
GISELLE SOUZA
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 29/10/2008

As empresas que têm até o final de dezembro para elaborar os balanços referentes ao exercício social deste ano precisam estar atentas às regras introduzidas pela Lei 11.638, aprovada no fim do ano passado. A norma ainda não foi plenamente aplicada porque a maioria das companhias estavam com os demonstrativos prontos quando ela entrou em vigor, em janeiro. De acordo com especialistas, as novas regras já terão que ser seguidas no próximo ano. E não são poucas. Segundo afirmaram, as mudanças foram profundas, principalmente em relação às companhias limitadas.

A advogada Anna Christina Pereira Brener, do escritório Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra Advogados, explicou que a norma modificou a Lei das Sociedades Anônimas e introduziu no ordenamento jurídico o conceito de sociedade de grande porte. Pela norma, podem ser classificadas como tal empresas ou o controle de sociedades sobre o mesmo controle que tiverem ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual maior que R$ 300 milhões.

Dessa forma, a norma acabou incluindo na nova sistemática empresas limitadas e por ações de capital fechado. “A norma trouxe as limitadas para o mundo das S/As. Todas as disposições da norma que regulam as sociedades por ações, relativa à escrituração e a elaboração de demonstração financeira, aplica-se a elas, se forem consideradas de grande porte”, disse a advogada, citando outros procedimentos introduzidos pela lei.

Pela norma, as companhias também têm a obrigação de realizar uma auditoria independente, a ser feita por empresa registrada na Comissão de Valores Imobiliários (CVM). “O problema é que não está claro na lei quem vai fiscalizar essa obrigatoriedade. Em tese, a CVM não tem competência para fiscalizar as limitadas e as sociedades anônimas de capital fechado”, afirmou a advogada.

Victor Rizzo, gerente de Negócios da e-Xyon, empresa especializada na gestão de risco jurídico e que administra por ano mais de 1,2 milhão de processos, explicou que a nova lei veio para conferir mais transparência às práticas contábeis, possibilitando maior controle e prestação de informações aos acionistas e investidores.

De acordo com ele, a Lei 11.638 estabeleceu os critérios para a avaliação e demonstração dos ativos, passivos e riscos inerentes ao negócio desenvolvido. Para isso, alinha-se a normas internacionais. “Existe no Brasil, há algum tempo, esforço de seguir padrões internacionais de contabilidade. O que é importante, à medida que há investidores estrangeiros”, afirmou Rizzo, acrescentando a importância desse detalhamento, principalmente em relação ao passivo jurídico.

Segundo afirmou, as empresas terão que adotar procedimentos e sistemas mais detalhados para a avaliação desses passivos, que ficam previstos no balanço e não podem ser incorporados ao ativo. “Dentro desse contexto, é importante que as empresas façam uma avaliação de seu passivo jurídico. Todas as questões jurídicas são traduzidas em valores financeiros para as empresas. Isto é o que deve estar provisionado”, disse Rizzo, citando como exemplo o balanço de um grande banco, que registrou lucro de R$ 7 bilhões, mas um passivo de R$ 3 bi.

Rizzo explicou que esses valores não são incorporados justamente para garantir a execução, no caso de uma condenação pela Justiça.

Gratuidade, Filantropia e Hospitais

Antes, para obter o título de filantropia, essas instituições precisavam realizar um certo número de atendimentos gratuitos à população (o equivalente a 20% de suas receitas). Agora, devem oferecer "conhecimento e capacidade técnica" para qualificar o SUS (Sistema Único de Saúde) -como pesquisas científicas, projetos de inovação tecnológica e treinamento de gestores e médicos.

A nova regra já vale, em São Paulo, para os hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, do Coração e Samaritano, e, em Porto Alegre, para o hospital Moinhos de Vento. Juntos, deverão somar no próximo ano perto de R$ 240 milhões em isenções tributárias.

(...) As regras especiais para os hospitais de ponta foram criadas em 2006 e regulamentadas em 2007. Na semana que vem, o ministro José Gomes Temporão anunciará os 120 projetos que servirão de contrapartida para as isenções tributárias dos seis hospitais de ponta.

"É um novo padrão de relacionamento entre o SUS e o sistema privado", disse anteontem o ministro.

O Hospital do Coração, por exemplo, fará um trabalho de telemedicina. Os eletrocardiogramas realizados dentro das ambulâncias do Samu de todo o Brasil serão analisados em tempo real pelo hospital.

Cirurgias

Os hospitais dizem que pode haver uma redução no número de atendimentos gratuitos feitos atualmente. O Ministério da Saúde, porém, afirma que fechou acordos com as instituições para que isso não ocorra.

O Hospital do Coração realiza cerca de 350 cirurgias cardíacas gratuitamente a cada ano. Era assim que cumpria sua cota de 20%. Metade das cirurgias continuará sendo feita dessa maneira. A outra metade deverá ser feita por meio do SUS (paga pelo governo federal).

O presidente da Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Brasil, Antônio Brito, também elogia as mudanças. Elas, no entanto, não afetam as Santas Casas, que, para ter o título de filantropia, precisam reservar 60% de seus atendimentos a pacientes do SUS. "O governo olhou para os hospitais de ponta, mas se esqueceu das Santas Casas, que estão sucateadas."

Nova regra de filantropia gera mais controle, diz ministério
Folha de São Paulo - 29/10/2008
RICARDO WESTIN - MÁRCIO PINHO

28 outubro 2008

Rir é o melhor remédio

Paris Hilton não corre risco com zumbis. fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

A tentativa de acordo entre GM e Chrysler, segundo o cartoon:

Links


Imagem do Vaso

A Obra de Escher, um gênio da pintura

Razões para ignorar Buffett

Em crise, este analista sugere comparar P/L atual com o P/L histórico

Origami de Star Wars com dinheiro

Ética

O texto a seguir é muito interessante. É sobre a ética profissional (no caso, dos médicos) e os laboratórios. Tenho continuamente afirmado em sala de aula que o melhor congresso deve ser o de "médicos". Os "jantares" para apresentação de novos fármacos são comuns na profissão. Como o profissional deve agir?

Nos EUA, 94% estão ligados a laboratórios
Fabiane Leite e Emilio Sant´Ana - O Estado de São Paulo - 26/10/2008

Médico americano recebe até alimento; brasileiros defendem relação ética

No Brasil não há dados sobre a relação médicos-indústria farmacêutica, mas pesquisa realizada nos Estados Unidos e publicada no ano passado no New England Journal of Medicine apontou que 94% dos profissionais do país tinham algum tipo de relação com a indústria. A mais comum era o recebimento de alimentos no local de trabalho, mas 28% ganhavam por palestras e consultorias.

Conferencista em eventos da indústria e convidado em congressos, o endocrinologista e professor titular da Unifesp Antônio Chacra diz aceitar cada vez menos convites por falta de tempo e que vê com preocupação o financiamento de médicos inexperientes.

“Em determinada fase, é uma maneira de difundir assuntos. A educação médica continuada tem sido feita pela indústria, tendo em vista que os simpósios são caros e as sociedades médicas não têm recursos para organizá-los. Os conferencistas devem ser principalmente os acadêmicos, mas infelizmente o que se vê é que têm sido chamadas pessoas sem uma análise crítica”, afirma o professor. Ele diz ser a favor de novas regras para a interação com a indústria, a mesma posição da colega Carmita Abdo. “Eu sempre pude divulgar dados levantados e aceitamos apoio de todos os tipos de indústria”, diz a psiquiatra, que coordena projeto no Hospital das Clínicas da USP e foi chamada pela indústria para apresentar nos últimos anos diferentes estudos sobre sexualidade. “Existem jantares, não vou dizer que não vou. Mas meu diferencial é que falo do assunto, não do remédio.”

“Ética não é elástica nem varia de acordo com a situação”, diz a cardiologista Jaqueline Issa, speaker de remédio contra o fumo que não concorda com novas regras. “Essa regulação parte do princípio de que o médico não é ético”, diz ela.

Papel do medo

O papel do medo no mercado
Renae Merle *
O Estado de São Paulo - 26/10/2008

As desvairadas oscilações horárias do mercado se tornaram o exemplo da turbulência provocada pela crise financeira, mas ainda deixam perplexos muitos profissionais do mercado. A média industrial Dow Jones agora viaja rotineiramente centenas de pontos em questão de horas, apenas para mudar de direção em muitos casos. Num único dia no início do mês, o índice percorreu mil pontos pela primeira vez na história. Em outro dia, uma recuperação de 400 pontos durante a última hora de pregão conferiu ao índice um ganho histórico de 936 pontos.

Durante a última hora de pregão no dia 20, o índice Dow subiu mais de 100 pontos. Os analistas financeiros sugerem que as agudas guinadas para cima e para baixo refletem a incerteza dos investidores quanto à velocidade com a qual a crise financeira pode ser resolvida e se a recessão vai ser transmitida do setor bancário para outros setores da economia.

Ganhos e perdas íngremes também foram detonados conforme as ações atingem patamares predeterminados de compra e venda, provocando negociações automáticas e causando um efeito chicote entre os investidores.

As maiores oscilações têm ocorrido com freqüência durante as últimas horas do pregão, o que demandou uma supervisão mais atenta por parte da Agência Reguladora da Indústria Financeira(FIRA), uma reguladora não-governamental de empresas seguradoras. O fim de um dia de negociações é o momento no qual os investidores institucionais, incluindo fundos de hedge e fundos mútuos, correm para atender as demandas dos clientes e tirar o dinheiro do mercado.

Os giros transformaram até os mais experientes profissionais do mercado em investidores desconfiados, a espera de uma pequena notícia capaz de virar a maré e dar início a um estouro da manada, seja em alta ou em queda. “O psicológico e o emocional constituem boa parte daquilo que impulsiona o mercado”, disse Andrew Brooks, chefe de comércio de ações junto à T. Rowe Price. “Estamos obviamente passando por um momento extremamente emotivo e esquizofrênico.” O índice de volatilidade da bolsa de commodities e valores mobiliários da Chicago Board Options Exchange, conhecido como VIX, tornou-se um indicador diário da ansiedade dos investidores. O VIX mede o quanto os investidores esperam que oscile o valor das ações, e é freqüentemente chamado de “medidor do medo”. Este índice fechou em 70,33 na sexta-feira, 17 de outubro, o maior valor já registrado, e atingiu o valor de 81,17 durante os dias de negociação da semana passada. Em tempos normais, seu valor transita na casa dos 15 a 20.

“Não fazemos idéia de que rumo as coisas irão tomar. É isso que ‘alta volatilidade’ quer dizer”, disse Robert F. Engle, professor de finanças e diretor do Centro de Econometria Financeira da Universidade de Nova York.

O índice de volatilidade baixou para 53 no dia 20 enquanto Wall Street celebrava os sinais precoces de que os esforços do governo para descongelar os mercados de crédito estariam obtendo resultado positivo.

Mas os analistas dizem esperar que a volatilidade perdure durante algum tempo, quem sabe por todo o fim do ano. A volatilidade do mercado proporciona uma oportunidade para alguns negociadores por meio do lucro com mudanças abruptas. “É ruim para nós, mas alguém está prosperando em cima desta volatilidade”, disse Ashwani Kaul, diretor de pesquisas da Thomson Reuters. “Sempre que há volatilidade, alguém está ganhando dinheiro.”

O último período de volatilidade contínua foi entre 2000 e 2003, após o colapso da bolha da internet e os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, disse Engle. “Já excedemos em muito o que ocorreu naquele período”, disse.

Mas a volatilidade atual não se compara à da Grande Depressão, disse Engle. “As notícias durante a Grande Depressão eram ainda mais dramáticas. Tivemos milhares de falências de bancos. O desemprego chegou a 30%”, disse ele. “O mercado de ações perdeu 70% do valor, em vez dos 35% a 40% que estamos vendo agora. Foi uma catástrofe econômica muito maior.” Os analistas dizem que parte da volatilidade recente poderia ter sido evitada se os investidores tivessem começado a reavaliar o mercado num momento anterior, talvez depois da falência do banco de investimentos de Wall Street, Bear Sterns, em março.

Um certo nível de volatilidade é natural quando os investidores reavaliam apressadamente o valor de setores inteiros, em vez de fazê-lo gradualmente ao longo do tempo, disseram. “Se o investidor inteligente tivesse se retirado gradualmente de suas posições mais arriscadas, não teríamos passado por uma queda tão abrupta”, disse Kaul.

O momento mais volátil do dia tornou-se a última hora de pregão, quando os fundos de hedge e fundos mútuos enfrentam pressão por parte dos seus clientes para obter lucro. Os negociadores às vezes recebem um pacote determinado de ações para vender e passam a maior parte do dia tentando obter o melhor preço. Mas ao final do dia, muitos deles precisam vender sem se importar com o preço, simplesmente para cumprir metas.

“Ao invés de trabalhar a venda para obter o melhor preço, eles acabam vendendo por qualquer valor apenas para atingir o patamar de lucro que seus chefes exigem”, disse Art Hogan, analista-chefe de mercado da Jeffrey’s & Co.

De acordo com o TrimLabs Investment Research, os investidores retiraram US$ 43 bilhões dos fundos de hedge em setembro, o maior saque jamais registrado num único mês. Cerca de US$ 22 bilhões foram retirados dos fundos mútuos americanos no mês passado, outro recorde.

Espera-se que outubro seja pior. “Claramente estamos testemunhando vendas forçadas”, disse Tobias Levkovich, estrategista-chefe para títulos do governo americano da Citigroup Investment Research. “Se você possuía uma ação que perdeu 60% do seu valor ao longo de três ou quatro meses, o único motivo para vendê-la agora seria a obrigação de fazê-lo.”

A FIRA também confirmou no dia 20 que está observando se a histórica volatilidade de final de dia está relacionada com a manipulação dos investidores. A agência está examinando se os negociadores têm estabelecido inapropriadamente durante os últimos 20 minutos de pregão - um período conhecido como “mercado em fechamento” - preços artificiais para as ações, em desacordo com o patamar de venda do dia.

As oscilações têm se mostrado inquietantes para alguns investidores.

“O período entre as 15 horas e 16 horas foi seqüestrado por alguns destes fundos de hedge e fundos mútuos maiores, seja quem for que disponha de grande volume de transações”, disse Kaul. “É necessária uma enorme quantidade de dinheiro e um imenso volume de transações, mas se eles quiserem elevar os preços, eles o fazem. Se quiserem derrubá-los, eles os derrubam.”

*Renae Merle escreve para o Washington Post

Escrituração digital

Escrituração digital será obrigatória em 2009
Ethevaldo Siqueira
O Estado de São Paulo - 26/10/2008

Quase tudo em nossa sociedade ainda depende de documentos de papel: dinheiro, ações, recibos, notas fiscais, escrituras e uma infinidade de documentos essenciais ao funcionamento da economia, da política, da cultura, da Justiça e da administração pública. Só recentemente documentos eletrônicos ou virtuais passaram a fazer parte da vida e da cultura das pessoas. Para muita gente, no entanto, parece estranha uma nota fiscal digital, virtual, eletrônica ou mesmo um recibo ou documento importante que não seja físico, tangível, de papel.

Essa situação, no entanto, começa a mudar, com a introdução do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), projeto criado pela Receita Federal e que entrará em vigor a partir de 2009. Em lugar fazer sua escrituração e contabilidade em papel, armazenar toneladas de cópias no mesmo material ou em microfichas, as empresas produzirão e armazenarão seus registros sob a forma de bits, em fitas magnéticas, em discos rígidos ou ópticos, em data centers próprios ou de terceiros.

A partir de janeiro de 2009, as empresas passam a ser obrigadas a entregar documentos fiscais e contábeis digitalizados, segundo as regras da escrituração digital contábil, escrituração fiscal digital e da nota fiscal eletrônica (NF-e).

Uma boa parcela das empresas brasileiras, contudo, ainda não sabe bem nem o que é o Sped nem como implantar esse novo tipo de registros digitais contábeis e fiscais. No velho estilo brasileiro, de deixar quase tudo para o último minuto, muitas empresas ainda ignoram pura e simplesmente a obrigatoriedade de adoção desse sistema que irá, sem dúvida, mudar profundamente o relacionamento das empresas com o fisco, dentro do processo de modernização da economia e da administração pública brasileira.

O COMEÇO

A nota fiscal eletrônica tornou-se obrigatória desde abril de 2008 para os segmentos de fabricação e distribuição de cigarros e combustíveis líquidos. A partir de dezembro de 2008, vários outros segmentos - como os de cimento, bebidas, medicamentos e automóveis - serão também obrigados a emitir a NF-e. Segmentos de gás, siderurgia, tintas, alumínio, embalagens, autopeças dentre outros estarão obrigados à emissão de NF-e a partir de abril de 2009.

É urgente, portanto, que todas as empresas brasileiras iniciem o quanto antes o processo de adequação ao novo sistema. Pela nova lei, nenhuma companhia que esteja enquadrada no Sped poderá fazer transações ou negociações comerciais se não estiver plenamente adaptada ao novo sistema.

Em 2008, um dos subprojetos do Sped, a Nota Fiscal Eletrônica passou a vigorar nos setores de combustíveis, bebidas, tabacos, frigoríficos, cimentos, medicamentos, fornecedores de energia elétrica e outros. Até o momento, aproximadamente 15 mil empresas já emitem a nota fiscal em formato eletrônico (NF-e). No ano de 2009, esse número deve chegar a 45 mil.

Por que digitalizar e virtualizar documentos? O maior argumento do Fisco em favor da implantação do Sistema Público de Escritura Digital é aumentar a competitividade do mercado, de modo a reduzir a informalidade e a burocracia, diminuir custos, em especial os de papéis, impressão, encadernação, espaço para arquivamento e outros. Será possível também a unificação dos dados das empresas, possibilitando um enorme cruzamento de dados.

O Sped tem, entre outros, os objetivos de promover a integração dos fiscos, racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes e tornar mais rápida a identificação de ilícitos tributários. A implementação dos softwares de Sped deve acontecer efetivamente em janeiro e junho de 2009, época da entrega do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, em que as empresas deverão apresentar também a escrituração contábil digital (ECD), do ano base de 2008.

ÉTICA E REFORMA

É claro que o fisco brasileiro será o maior beneficiário do Sped, mas, com a redução drástica da informalidade, haverá mais ética, isonomia e lealdade na competição entre empresas - pois todas, praticamente, estarão submetidas às mesmas regras de tributação.

Para Cláudio Coli, diretor executivo da Mastersaf - empresa especializada na área - “a implantação nacional de da escrituração digital nos moldes do Sped poderá até viabilizar a realização de uma reforma fiscal verdadeiramente justa e capaz de reduzir os elevados índices de tributação vigentes no País”. Um dos problemas atuais é a falta de transparência e de conhecimento do alcance de qualquer mudança nos critérios tributários. É difícil até saber quem ganha e perde.

PARA SABER MAIS

Os sites da internet mais indicados para quem quiser aprofundar sobre o Sped são:

a) www1.receita.fazenda.gov.br/

b) www.normaslegais.com.br/trib/2tributario260208.htm

c) www.mastersaf.com.br/helpdw/documentos_restritos/sped/saiba_tudo_sped.htm []

d) http://sped-informatica.br.telelistas.net/vct/informatica-equip-fab-venda/nucleo-bandeirante/94335483.htm [http://sped-informatica.br.telelistas.net/vct/informatica-equip-fab-venda/nucleo-bandeirante/94335483.htm]

e) www1.receita.fazenda.gov.br/sped-contabil/o-que-e.htm

Acordo Inbev e Anheuser-Busch em Perigo?

O acordo entre as duas empresas deve ser concluído no final do ano. Entretanto existem dúvidas sobre isto uma vez que o valor acertado, de $70 por ação, está muito acima do preço atual de mercado (em torno de $60). Isto tem sido uma oportunidade para os especuladores: o acordo saiu ou não.

Além disto, a volatilidade da ação está alta. Um fator que complica o acordo é o fato de que boa parte do dinheiro seria oriundo de capital de terceiros. Como lembra McIntyre, a crise financeira não ajuda pois o mercado de crédito está numa fase ruim.

Saldo de Caixa e Taxa de Queima

Nos momentos de crise, a existência de um índice de análise que seja útil para determinar o fôlego de uma empresa pode ter é importante. A taxa de queima é um índice que pode ser usado nestes períodos para analisar a capacidade de sobrevivência de uma empresa, pois mensura quanto tempo as reservas financeiras irão durar. Fred Wilson, em The Survival Matrix: Cash Balances and Burn Rates sugere relacionar o que ele denomina de taxa de queima (o valor que está sendo queimando periodicamente pela empresa) e relacionar com a reserva financeira. A relação entre o saldo de caixa e a taxa de queima irá resultar no número de meses que a empresa sobreviverá.

23 outubro 2008

Rir é o melhor remédio


Como os professores gastam seu tempo (clique na imagem para ver melhor)

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Aqueles com mais experiência se lembrarão dos cartoons da Playboy. Alguns diretos, outros mais sutis. Abaixo, o pequeno detalhe do olho machucado do funcionário faz toda graça.

Links

De contabilidade

Impacto da IFRS em cooperativas

Detalhes do acordo Iasb e Fasb para combater a crise

Posição da Europa ameaça regras contábeis internacionais

PCAOB propõe novas regras para risco

Links

Do mercado

Testando a racionalidade

Investidor ativo ou passivo: o custo do investimento

Crise já é objeto de estudo dos economistas: os primeiros trabalhos

Previsão pelo Mercado e a questão da Eleição nos EUA

Links

De educação:

Recursos da Web para Estudantes e Professores

Conselhos para estudantes

Ferramentas na Web para Aprender

Lista de softwares e aqui também

Bibliotecas

O que o estudante precisa

Os professors mexicanos não querem uma reforma no ensino. A razão: o mercado (Leia com cuidado)

Vale presente

A questão do vale presente foi discutida no capítulo de passivo do livro de Teoria da Contabilidade. No texto Old Gift Cards Are in Season, de Kelly Nolan, The Wall Street Journal, 22/10/2008, a questão é discutida. Existe uma estimative de 8 bilhões de vales-presentes não usados, de um total de 97 bilhões comprados. Em geral, de 8 a 10% dos vales não são usados.

Companies can recognize gift cards as revenue only when they are redeemed, people in the industry say. Many gift cards get spent just after Christmas and at the start of January, boosting retailers' fourth-quarter and year-end results. Still, for retailers to benefit potentially from more untapped cards being used, consumers would have to break a bad habit they have had for years: waiting a while or simply forgetting to use their cards. Historically, about a third of shoppers redeem cards within the first 30 days of purchase, while the other two-thirds wait beyond that period, if they spend them at all, according to the Tower Group.


A surpresa do texto é que os comerciantes preferem que os clientes usem os valores rapidamente em razão das regras contábeis que exigem que os vales sejam considerados passivo primeiro, esperando que chegar ao lucro.

O que ocorreu com o Valor Justo

Para quem perdeu alguma coisa, o blog IFRS Canadá Devil is in the Details faz um resumo dos documentos relevantes na discussão sobre valor justo, em particular no Iasb e no Fasb. Vale a pena dar uma olhada.

Custo da Crise

Uma análise interessante encontra-se em An international perspective on the US bailout, por Romain Rancière, Aaron Tornell e Frank Westermann (20/10/2008). Inicialmente eles comparam a crise atual com outras situações históricas. Com 700 bilhões de ajuda, o valor corresponde a 5% da economia, podendo chegar a 10%. A crise do México em 1994 teve um custo de 18%. Outras crises tiveram custos maiores (Tailândia = 18%; Coréia do Sul = 27%) ou menores (Noruega, 1987 = 8% e Suécia, em 1990, = 4%).

Criticas a Convergência

Continuando sua cruzada contra as normas internacionais, David Albrecht apresenta o pensamento de Ed Ketz (Ed Ketz–IFRS Critic, 17/10/2008). Não achei as idéias tão interessantes quanto as apresentadas por Ball, por exemplo. Mas é sempre bom ver todos os lados de uma mesma questão. Ketz destaca que adotar “princípios” numa contabilidade com uma visão de curto prazo como a dos EUA pode ser perigoso.
Os proponentes da IFRS ignoram as realidades locais, afirma Ketz. Ele critica o Chairman da SEC, considerando-o responsável pela crise financeira.

Ele promove uma contabilidade baseada em princípios então os administradores não têm que seguir regras contábeis e tem mais flexibilidade para manipular suas demonstrações contábeis.

David também faz uma análise da crítica de Tom Selling (Tom Selling–IFRS Critic) que escreveu sobre as razões pela qual adotar a IFRS é uma idéia horrível. A listagem é a seguinte:

Reason 1. IFRS adoption will encounter many similar problems to SOX-404 adoption.
Reason 2. By pushing for IFRS, financial stewards are acting in their own self-interest instead of fulfilling their trust to investors.
Reason 3. IFRS Is No More “Principles-Based” Than US GAAP.
Reason 4. Academic research verifies the value of U.S. GAAP.
Reason 5. GAAP Is Better Than the IFRS.
Reason 6. IFRS is not the best way to improve U.S. GAAP.
Reason 7. IFRS Is Not Compatible with US-Style Corporate Governance.
Reason 8. Would You Have the United Nations Rewrite the US Uniform Commercial Code?
Reason 9. If It Ain’t Broke, Don’t Fix It!