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13 outubro 2008

Chrysler e GM: problemas

Sobre a notícia da GM e Chrysler, postada no sábado, um artigo no Estado de S. Paulo:

'Juntas, GM e Chrysler perderiam ainda mais'
Tom Krisher, Associated Press, Detroit
13/10/2008 - O Estado de São Paulo

Para a General Motors Corp. adquirir a sua rival Chrysler LLC, com todos os seus problemas, vai ter de conseguir dinheiro desesperadamente. E muito dinheiro, segundo analistas do setor. Como ambas as montadoras passam por dificuldades para sobreviver em meio à queda nas vendas, à desaceleração do mercado global e a uma crise sem precedentes do crédito, não está claro se o sócio majoritário da Chrysler, o fundo de private equity (compra de participações em empresas) Cerberus Capital Management LP, estaria disposto a um acordo ou se o governo federal poderia se envolver em uma ou ambas as empresas.

“A Chrysler teria de representar muito mais para a GM do que representa”, disse Erich Merkle, analista do setor automobilístico da Crowe Horwath LLP, empresa de contabilidade e consultoria. “Se as duas montadoras se juntarem, ambas com perdas monetárias e perdas no mercado de ações, então o que se vai ter será uma montadora perdendo ações com mais rapidez e perdendo mais dinheiro”, acrescentou.

(...) Embora uma fusão das empresas possa resultar em economias, com a combinação das áreas de gerenciamento, engenharia, manufatura e do pessoal administrativo, para os analistas a consolidação pode provocar mais gastos ainda e os lucros provavelmente só aparecerão depois de vários anos. O que já seria muito tarde para as duas montadoras.

A Chrysler perdeu pelo menos US$ 510 milhões no primeiro trimestre e US$ 1,6 bilhão no ano passado. Suas vendas caíram 25% este ano, o pior resultado já contabilizado por uma montadora do seu nível. A GM, por outro lado, vem perdendo mais de US$ 1 bilhão por mês em liquidez [sic].

Na semana passada, as ações da GM na Bolsa de Nova York chegaram a cair mais de 30% em um só dia, atingindo seu nível mais baixo desde 1950. Com o aprofundamento da crise no mercado automobilístico americano, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s chegou a dizer, na sexta-feira, que havia o risco de GM, Ford e Chrysler terem de pedir concordata em um período não muito distante.

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