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01 setembro 2008

Ilusão da Moeda


A volta da inflação nos Estados Unidos trouxe de volta a preocupação com a “ilusão da moeda”. Com uma inflação de 5,6% nos últimos doze meses, os ganhos dos investidores no mercado necessitam considerar a perda monetária com a moeda, distinguindo ganhos reais dos nominais.

O problema da ilusão da moeda já foi estudado por John Campbell e Tuomo Vuolteenaho, em “Inflation Illusion and Stock Prices,” na American Economic Review de maio de 2004. E por Franco Modigliani e Richard A. Cohn, na década de 1970, no mercado acionário, conforme lembra Mark Hulbert, em Illusions About Inflation (17/08/2008, New York Times) (clique aqui)

O aumento da inflação também possui efeitos nas demonstrações contábeis. Em situações com estas, a escolha do método de avaliação de estoque, como PEPS e média móvel, tem influencia sobre o resultado. A depreciação também é afetada pelo aumento dos preços quando se usa o custo histórico.

Outro problema é a taxa de desconto para as decisões de investimento. Mais do que isto, as incertezas com respeito ao impacto da inflação nas projeções faz com que o nível de risco dos projetos seja maior. (clique aqui para ler mais)

No Brasil, a questão da Ilusão da Moeda foi objeto de pesquisa também. Fiz uma pesquisa com uma orientanda, Ludmila, que mostrou

“os resultados encontrados possuem alguns pontos divergentes com o trabalho de Shafir, Diamond e Tversky (1997). Essas divergências podem ser explicadas pelos resquícios da cultura inflacionária que existiu no Brasil. Usando sexo, a posição do aluno no fluxo do curso e a idade como variáveis de controle, encontrou-se uma relação entre o sexo do respondente com a percepção sobre as representações reais e nominais.”


(Clique aqui para ter acesso ao texto)

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