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30 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Conta uma história de que certo macumbeiro resolveu colocar seus serviços a disposição do Botafogo, o grande time comandado pelo técnico João Saldanha. Saldanha, experiente nestes assuntos, entregou um cartão para o macumbeiro. Este quis saber o que era isto. Saldanha disse que era o endereço do São Cristovão. "Faça um estágio no São Cristovão. Se der resultado eu te contrato".

Um Consultor Brasileiro

Roberto Shinyashiki (RS, a partir de agora) é escritor e consultor organizacional. A formação de RS é psiquiatra, conforme reportagem da Folha de S. Paulo de 2004 (Psicologia olímpica do Brasil é questionada Folha de São Paulo - 29/08/2004)

A primeira participação de RS em esportes foi o uso de suas idéias no Corinthians, dem 1998. O Timão ganhou os campeonatos paulistas de 1995 e 1997 e estava na disputa para o título de 1998, que foi do São Paulo. No ano seguinte, já sem inspiração do guru, o Corinthians conseguiu seu intento.

Em 2000 ele foi contratado pelo COB para ajudar a delegação brasileira do Jogos de Sidney. Segundo a reportagem da Folha de 13/09/2000 (Bastidores - Shinyashiki passa de guru a "supertécnico" do COB)

Responsável pelos nervos dos brasileiros nos Jogos, ele vai dividir espaço com os treinadores e tem carta branca do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, para circular por todos os cantos da Vila Olímpica, opinando sobre o que lhe convir.

"Posso ir para onde eu quiser. Posso entrar em qualquer lugar. A idéia é que eu esteja nos ginásios, nos estádios, junto com eles (técnicos)", diz o psiquiatra, exibindo sua credencial administrativa.

Daí, segundo ele, surgiu a idéia de prestar atendimento instantâneo, in loco, às equipes que precisarem de seus serviços.


(...) A influência do psiquiatra junto a Nuzman é tanta que ele teve carta branca para colocar os preciosos pés dos atletas brasileiros sobre um caminho de brasas.

Descalços, atletas e dirigentes esportivos pisavam nas brasas e gritavam frases como "Brasil, eu posso! Raça!".

A "vivência" foi colocada em prática antes de a delegação embarcar para a Austrália e é um dos pontos altos dos métodos do psiquiatra para motivar atletas.


Esta mesma reportagem lembra que no ano anterior ele foi contratado para ajudar a seleção masculina de basquete do Brasil. O Brasil não conseguiu a avaga para os jogos.

Como se sabe, o desempenho do Brasil em Sidney foi um dos piores da sua história (vide a reportagem O fiasco dos abençoados, Gazeta Mercantil, 3/10/2000). Talvez seja por que RS utiliza de métodos que não são reconhecidos pela ciência (vide, novamente, Psicologia olímpica do Brasil é questionada Folha de São Paulo - 29/08/2004 e também Conselho de Psicologia não reconhece prática de andar na brasa, Agência Jornal do Brasil, 15/08/2000)

Quatro anos depois, o COB decidiu optar por um psicólogo em Atenas (reportagem Brasil troca as brasas pelo divã na Grécia, Folha de São Paulo de 26/05/2004).

Cada vez que é convidado para uma palestra RS cobra R$15 mil (conforme O mundo milionário dos gurus do momento, Estado de S. Paulo de 11/04/2004).

Neste momento, RS faz uma propaganda no Estado de S. Paulo com o seguinte título "Turbine sua Carreira - Os segredos dos campeões".

29 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Carona

O problema do free-riding (carona) é muito discutido na economia, em especial na área de finanças públicas e teoria de mercados. Os caronas são agentes que consumem mais do que a parcela justa de recursos. O problema dos caronas é como evitar ou impor um limite a este consumo.

Um exemplo é o gasto com segurança: nenhuma pessoa de um país pode ser excluído do benefício da segurança, nem mesmo aqueles que não pagam impostos ou que são contrários a existência dela.

Considere uma rua onde os moradores resolveram pagar uma pessoa para fazer a segurança. Todos os moradores aceitam pagar, exceto um. Se a melhoria for implantanda, o morador que não paga será um carona, usufruindo do benefício. Isto torna-se um problema quando os demais moradores se recusam a melhorar a segurança se um deles for carona.

Um outro exemplo ocorreu com o serviço de rádio, que foi criado no final do século XIX. Como implantar este serviço de forma lucrativa? O problema do carona era sério. Em 1922, Herbert Hoover, então secretário de Comércio dos Estados Unidos, chegou a afirmar que não existia nenhum método prático para que os ouvintes pagassem pelo serviço. Seria o caso do governo ser responsável pelo mesmo?

A solução ocorreu de forma interessante: A ATT descobriu que poderia ganhar dinheiro vendendo propaganda. E isto solucionou o problema do carona.

Este mesmo caso poderia ser aplicado para a televisão e para ferramentas de busca da internet.

E a Contabilidade? O problema do carona também ocorre na contabilidade. Um exemplo importante e interessante são as demonstrações contábeis das empresas de capital aberto. Quem financia o sistema de divulgação das informações é a empresa e, em última instância, os atuais acionistas. Mas qualquer pessoa pode ter acesso as informações, inclusive os concorrentes e indivíduos que não terão nenhum vínculo futuro com a empresa. Estes seriam os caronas da contabilidade.

Wikipedia

Christopher Michael Benoit era um lutador profissional que participava do Extreme Championship Wrestling, World Championship Wrestling e World Wrestling Entertainment. Era considerado um dos melhores de todos os tempos. He was regarded as one of the best technical wrestlers in his time. Há alguns dias, Benoit desapareceu. Na procura por Benoit, a polícia localizou os corpos de sua esposa e seu filho, mortos por envenenamento. Assim como foi encontrado o corpo de Benoit, autor das duas mortes, que cometeu suicídio.

Um aspecto intrigante da história é o fato de que o verbete de Benoit na Wikipedia foi alterado, anunciando a morte da esposa, 13 horas antes da polícia de Atlanta afirmar que encontraram os corpos. (Clique aqui para ler mais)

O assunto do momento

Diante do lançamento próximo do iphone, com filas enormes de consumidores ansiosos pelo produto, o gráfico mostra que o interesse pelo produto na internet cresceu muito. 0,65% das postagens de blogs (de todas as postagens!) comentam sobre o assunto. Inclusive esta.

Trio parada dura

Trio parada dura - Revista Isto é

Edemar, Nasser e Mansur são condenados a multas e prisão devido a empréstimos ilegais entre suas empresas

MILTON GAMEZ

Ricardo é amigo de Ezequiel, que é amigo de Edemar. Ezequiel empresta R$ 20,8 milhões para Ricardo, que retribui a gentileza repassando o mesmo valor para Ezequiel. Este último toma R$ 2 milhões de Edemar, devolvendo logo em seguida. O dinheiro sai de um bolso e volta para o outro, fazendo escala no paletó do amigo. Seriam apenas transações de efeito financeiro nulo, não fossem os protagonistas banqueiros e tais operações, batizadas de “troca de chumbo”, proibidas pelo Banco Central. Os fatos em questão ocorreram em 1997, quando Ricardo Mansur, Ezequiel Nasser e Edemar Cid Ferreira eram, respectivamente, donos dos bancos Crefisul, Excel

Econômico e Santos. Os três caíram em desgraça, perderam o status de banqueiro e, agora, correm o risco de parar na cadeia devido ao toma-lá-dá-cá de suas empresas.

Na quinta-feira 14, o juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo – especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro –, condenou o trio a pagar pesadas multas e a passar um bom tempo atrás das grades. Ricardo Mansur e Edemar Cid Ferreira foram condenados à mesma pena: multa de R$ 3,7 milhões e quatro anos e oito meses de prisão. Ezequiel Nasser pegou multa de R$ 4,3 milhões e cinco anos e cinco meses de detenção. Todos irão recorrer da decisão, tomada em primeira instância e passível de recurso

O crime do qual são acusados era uma prática comum entre os bancos que sofriam dificuldades financeiras com o fim da inflação, após o Plano Real. Proibidos de emprestar dinheiro para companhias coligadas do mesmo grupo, os banqueiros driblavam essa restrição fazendo a “troca de chumbo” entre suas empresas. No caso, o Excel Econômico, de Nasser, emprestou R$ 20,8 milhões para a United Internacional, de Mansur. Simultaneamente, o Crefisul, de Mansur, repassou o mesmo valor para a Ezibrás, a Compugraf e a Xcell Comunicações, de Nasser. Em outra operação, o Banco Santos, de Edemar Cid Ferreira, emprestou R$ 2 milhões para a Excel Econômico Administradora de Cartões. Cinco dias depois, o Banco Excel Econômico concedeu a mesma cifra para a Santos Seguradora.

Os advogados dos réus sustentam que tais operações não foram ilegais, pois não houve repasses diretos entre as empresas do mesmo grupo. “Não tem lei que proíba a troca de chumbo. Se não é proibido, é permitido”, sustenta Arnaldo Malheiros Filho, advogado de Edemar. As multas e as penas de prisão também serão contestadas. “O patrimônio dos acusados está indisponível. Não há como proceder ao pagamento da multa. A imposição da pena de multa, nos termos referidos, afigura-se cruel”, diz Fernando José da Costa, advogado de Mansur.

Cosan

Notícia da Gazeta Mercantil sobre a Cosan, um caso interessante de governança (ou não):

Cosan corre risco de ser deslistada no Novo Mercado
Gazeta Mercantil - 29/06/2007

São Paulo, 29 de Junho de 2007 - Associação dos minoritários se reúne e decide pedir informações sobre reorganização. A Cosan poderá ser o primeiro caso de deslistagem de uma empresa do Novo Mercado. Isto porque a proposta feita pela nova controladora, a Cosan Limited - criada nas Bermudas pelo controlador da Cosan no Brasil, Rubens Ometto -, poderá desenquadrar o free float (número de ações no mercado) de 25% exigido por esse nível de governança corporativa.

Segundo proposta feita pelo controlador, os agora acionistas da subsidiária brasileira terão três opções para participar da operação que a empresa pretende fazer nos EUA, para captar cerca de US$ 1 bilhão com a venda de ações. As opções são: trocar ações da Cosan brasileira pelas da Cosan Limited; trocar as ações por BDR - ou seja recibos de ações da Cosan estrangeira que serão negociados na Bovespa - ou manter a atual participação.

Se a maioria optar por trocar suas ações pelas da nova controladora, o free-float da Cosan na Bovespa ficará abaixo de 25%, acarretando seu desligamento do Novo Mercado, diz o superintendente de relações com empresas da Bovespa, João Batista Fraga.

Ainda de acordo com os mandamentos do Novo Mercado, o desligamento da empresa terá outras consequências. Por exemplo, a Cosan Lmited terá que fazer uma oferta pública de compra de ações (OPA) para os investidores remanescentes. A OPA terá que ser feita pelo valor econômico da ação - para definir esse valor precisam ser contratadas três empresas especializadas nesse tipo de avaliação e o preço escolhido será o mais alto, informou Fraga.

Em reunião,ontem, a Associação dos Minoritários do Mercado (Amec) decidiu enviar um documento ao controlador pedindo mais detalhes da operação e de como será a relação da controladora com a subsidiária, para partir daí definir sua posição, de acordo com Edson Garcia, superintendentende da Amec.

Dada a elevada participação de estrangeiros no capital da Cosan no Brasil, porém, fontes de mercado apostam que a troca por ação da Cosan Limited será opção majoritária. Na oferta pública inicial de ações feita pela Cosan no final de 2005, 72% dos R$ 885,7 milhões captados foram comprados por estrangerios.

O modelo de estrutura acionária adotada pela Cosan Limited, porém, não agradou aos acionistas. A Cosan americana terá duas classes de ações ordinárias, ONA e ONB, que dão direito a voto na companhia, mas de forma diferente. As ONB ficarão em poder do controlador Rubens Ometto e cada uma dará a ele direito a dez votos na companhia. Já a ONA dará direito a apenas um voto.

A diferenciação cria uma subclasse de investidores votantes, indo no caminho inverso das boas práticas de governança corporativa. "Ela dá uma alavancagem de poder de decisão para o controlador, contrária as boas práticas", avalia Max Bueno, analista de investimentos da corretora Spinelli.

Os motivos da adoção desse modelo de organização societária não estão claros, mas é certo que garante poder de decisão a Rubens Ometto, mesmo com uma participação acionária menor. Acredita-se que o objetivo do modelo seja sua estratégia de expansão no mercado de etanol. Ter maior poder de decisão facilita a compra de empresas na América Central e no Caribe. Na Bovespa, as ações da Cosan subiram 0,80% ontem, fechando a R$ 31,26. Mas no mês de junho caíram 40%.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)


A figura mostra o comportamento do preço da ação da empresa nos últimos meses (fonte: Yahoo Financas)

28 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Competição entre mercados

No Financial Times de 12/06/2007, um artigo de Michael Mann, ex-funcionário da SEC, com uma posição interessante sobre o processo de globabilização. Em certo momento Mann afirma que:

"reguladores deveriam reconhecer que dois mercados existem em cada país - um local, sujeito a regulação doméstica, e um internacional, sob as leis estrangeiras. A solução não é fazer estes mercados o mesmo, mas educar investidores sobre diferenças entre eles e fazer com que estes mercados concorram para benefício dos investidores"


Mann afirma que é tempo de construir um sistema educacional em lugar de algo que não funciona.

Selo Ibase está mais difícil

Duas reportagens da Gazeta Mercantil tratam do mesmo tema (Despenca número de empresas com selo Ibase, 04/06/2007; Certificação é cada vez mais difícil, de 05/06/2007): está reduzindo o número de empresas que estão conseguindo obter a certificação do Ibase. Em 2006 o número de empresas já tinha reduzido para 52. Agora a redução deve continuar, conforme espera o próprio Ibase.

Um aluno meu de graduação, Jof Andrade Bezerra, fez uma pesquisa interessante sobre a evolução histórica do número de empresas que adotam o modelo Ibase de Balanço Social. O gráfico abaixo são os números obtidos por Jof Bezerra, a partir da consulta ao sítio do Ibase. A quantidade de balanços tem diminuído com o passar do tempo, enquanto que a proporção do selo ficou maior.

Contabilidade Pública no Paraná

Na Gazeta do Povo de 28/06/2007 uma reportagem (Oposição denuncia nova “maquiagem” nas contas) sobre a contabilidade pública do governo do Paraná.

O governo do estado refez a prestação de contas do ano passado e conseguiu a “mágica” de transformar um superávit de R$ 12 milhões em um saldo muito maior, de R$ 291 milhões. A acusação de “maquiagem” no balancete de 2006 é da oposição ao governo do estado na Assembléia Legislativa, baseada num novo balanço fiscal do ano passado publicado neste mês pela Secretaria Estadual da Fazenda.

Na prestação de contas no último quadrimestre de 2006, durante audiência pública na Assembléia Legislativa no dia 22 de março, a Secretaria da Fazenda informou que o governo fechou o ano passado com um saldo positivo de R$ 12 milhões. Mas o novo balanço, publicado no Diário Oficial do dia 15 de junho, o valor do superávit subiu para R$ R$ 291 milhões.

O que mais chamou a atenção dos deputados de oposição é que o governo retirou do novo balanço créditos a receber de R$ 165 milhões, referentes à suposta devolução da multa que o estado paga à União em razão dos títulos do Banestado e que, mesmo sem terem sido devolvidos, tinham sido contabilizados como dinheiro em caixa na primeira prestação de contas. E, ainda assim, no novo balancete, o estado conseguiu fechar o ano com R$ 271 milhões a mais do que os R$ 12 milhões que foram divulgados no primeiro balanço.

A alteração inesperada dos números levantou suspeitas. “Quero saber de onde tiraram tanto dinheiro. Com certeza não foi uma saída técnica”, disse o presidente da comissão de Reforma Tributária da Assembléia Legislativa, Reni Pereira (PSB).

A oposição vem desde março denunciando como ilegal o procedimento usado pela Secretaria da Fazenda de contabilizar os R$ 165 milhões que o governo estadual não recebeu até agora como dinheiro em caixa. “Só fez isso para não fechar o mandato com déficit orçamentário, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Reni Pereira. “Agora, o governo percebeu o erro e voltou atrás retirando esses créditos do orçamento.”

O governo comete outro equívoco agora, segundo o deputado, ao modificar a prestação de contas de 2006 no meio do ano. “É como se tivesse feito um balanço frio só para apresentar aos deputados”, afirmou.

O líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), disse que os números divulgados durante a audiência pública de março eram “provisórios” porque o sistema não tinha processado tudo o que o estado tinha a receber e a pagar. “O balanço era provisório. Na boa contabilidade pública ou privada pode fazer isso, está dentro da lei”, afirmou.

Uma das mudanças feitas no balanço fiscal, segundo Romanelli, e que permitiu o saldo positivo de R$ 291 milhões, foi a retirada de uma dívida de R$ 620 milhões que estava sendo lançada indevidamente. São contribuições que o governo deve à Paranaprevidência desde o mandato de Jaime Lerner. “Por precaução, a Fazenda lançou tudo no balanço do fim do ano, mas viu que o valor poderia ser retirado”, explicou.

O balanço de 2006, segundo Romanelli, já foi enviado ao Tribunal de Contas, está publicado na internet e não há nenhuma irregularidade. Segundo ele, a oposição estaria tentando criar um factóide.

As explicações não convenceram o vice-líder da oposição, Élio Rusch (DEM). O deputado defende que o assunto seja levado ao conhecimento da Secretaria do Tesouro Nacional para que seja feita uma auditoria nas contas do estado.

Para o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), a suspeita de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal vai complicar a situação do governo, que incluiu no orçamento um suposto crédito fantasma da multa da União e agora deixou de contabilizar a dívida de R$ 620 milhões com a Paranaprevidência.

Julgamento da KPMG

Notícia do Valor Econômico (Conselhinho adia julgamento da KPMG, 28/06/2007) informa que o julgamento da KPMG no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, por falhas na auditoria do Banco Nacional (é isto mesmo!) foi adiada. O Banco Nacional sofreu intervenção do BC em 1995, tendo sido constatado falhas na auditoria.

A retirada do processo da KPMG da pauta se seguiu ao "pedido de vistas" feito pelo conselheiro Marco Antonio Martins de Araújo Filho, representante da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) no conselhinho.Araújo justificou a decisão dizendo que assumiu o cargo de conselheiro titular há dois meses e que precisava de mais tempo para analisar o processo. Na primeira instância do processo administrativo, o BC multou a KPMG em R$ 3.681,79 e suspendeu, por dez anos, o ex-sócio da auditora Marco Aurélio Diniz Maciel para o exercício da atividade de auditoria em instituições financeiras.O BC entendeu que a KPMG deixou de observar normas e procedimentos da atividade de auditoria independente no caso do Banco Nacional.

Na sessão de ontem, na sede da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no Rio, o procurador Rodrigo Pirajá Wienskoski, representante da Procuradoria da Fazenda Nacional no conselhinho, antecipou que a Procuradoria irá propor o agravamento da pena fixada para a KPMG. Segundo Wienskoski, a medida seria somente para a pessoa jurídica (a Procuradoria irá defender a manutenção da pena já fixada para Maciel). A proposta da Procuradoria pretende fazer com que a multa pecuniária fixada para a KPMG seja transformada na suspensão do registro da empresa para o exercício da atividade de auditoria independente. Porém, a aprovação depende dos demais membros do conselho.

27 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Links

1. Os eleitores são irracionais?

2. Perguntas interessantes (Qual a razão de um idoso comprar uma casa muito grande quando se aposenta? E a embalagem de leite ser retangular, mas de refrigerante ser redonda? E as modelos feminimas ganham mais do que os homens?)


3. Um gráfico que mostra a distância dos cromossomos Y na Europa de maneira muito didática - Uma lição para se fazer uma boa apresentação dos dados.

4. O mesmo gráfico anterior, agora com animação

Os estereótipos da Loura e do Atleta

Uma reportagem do NY Times (Despite the Dumb Jokes, Stereotypes May Reflect Some Smart Choices, 7/06/2007) explica (ou tenta explicar) se existe razão nas piadas de louras e de atletas. A reportagem citas pesquisas que mostram que pessoas bonitas são mais inteligentes do que a média. (aqui, por exemplo).

IPO

Regulamentação de IPO está defasada
Gazeta Mercantil - 26/06/07

São Paulo, 26 de Junho de 2007 - Este ano 33 empresas fizeram ofertas, superando todas as operações realizadas em 2006. As ofertas públicas iniciais de ações (Initial Public Offering, IPO na sigla em inglês) deste ano já superaram as de 2006. Do início do ano até agora, 33 empresas fizeram IPO (contando com Drogasil, Daycoval, Tegma, Redecard e Marfrig, que estão no período de reserva). O valor das operações atingiu R$ 14,5 bilhões (sem contar as do período de reserva). Durante todo o ano de 2006 foram 29 IPO, com um total de R$ 14,2 bilhões.

Esse expressivo aumento no ritmo de entrada de novas empresas no mercado, porém, não vem sendo acompanhado por avanços em outras áreas que envolvem essas operações. É o caso, por exemplo, da regulamentação das responsabilidades dos coordenadores das ofertas e da própria atuação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na comunicação das informações ao mercado.

Mais de uma vez, informações sobre a oferta de ações ou outros fatos relevantes apareceram no site da CVM com a data de dias antes de sua efetiva colocação no seu site. O mais recente foi o da Cosan. A informação de que a empresa faria uma nova oferta de ações entrou no site na última segunda-feira (com data do dia 20/06/07). No mesmo dia a noticia já estava publicada em um veículo de imprensa. A situação, certamente, indica problemas na divulgação de informação por parte do órgão regulador. Além disso, aponta para um vazamento de informações pelos participantes da operação da Cosan.

Conflito

Outra questão que merece nova atenção da CVM é a fixação de responsabilidade para os bancos de investimentos que coordenam IPO, na opinião de investidores. Segundo afirmam, a instrução n 400 da CVM que regula o IPO preocupou-se mais com a distribuição das ações e deixou de lado a possibilidade de existência de conflitos de interesses.

Apesar de a CVM estar sendo mais rigorosa com as informações que devem constar no prospecto ainda existe muito espaço para aperfeiçoamento em termos de regulação, na opinião de Érica Gorga professora do curso de Direito do Mercado de Capitais (cadeira Direito dos Negócios) na Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas e o curso de Governança Corporativa Comparada na Cornell Law School. A professora se refere a casos em que o coordenador financiou a empresa para que tivesse condições de fazer o IPO, mas não colocou a informação no prospecto, o que caracteriza uma situação de conflito de interesses.

Seria desejável, diz a professora, que todas as situações de conflitos de interesse fossem reveladas, havendo regras mais claras, a exemplo da normatização empreendida pela National Association of Securities Dealers ( NASD ) - uma associação privada que regula as operações e condutas desses agentes financeiros, emitindo normas, fiscalizando o seu cumprimento e aplicando sanções aos infratores.

Também tem sido alvo de discussão, a questão do coordenador participar da oferta, vendendo ações junta com a empresa na mesma operação. Consultada recentemente sobre essa conduta, a CVM informou que nesses casos não há conflito de interesses porque a informação está no prospecto e o investidor pode dar o desconto que achar necessário (oferecer um preço menor) aos papéis ofertados. A professora tem opinião contrária.

Conduta inadequadaFontes do mercado afirmam que tem muito joio no meio do trigo, referindo-se as mais de 84 empresas que fizeram IPO a partir de 2004, quando começou o boom de crescimento do mercado de ações. Segundo as fontes, a farta liquidez no mercado abriu a oportunidade de pegar dinheiro rápido. Isso fez do IPO um nicho de negócios para os bancos de investimento, que estariam induzindo empresas sem vocação de bolsa a abrir o capital.

Fontes dos bancos de investimento, por sua vez, refutam a acusação. Conforme afirmam, a credibilidade impede os bancos de agir incorretamente. Para a professora, porém, esse argumento não é suficiente para a inexistência de regras claras de responsabilização no caso de conduta inadequada na realização de um IPO.

"A questão mais importante é saber se existe possibilidade real para os underwriters serem pegos realizando condutas inadequadas. E de acordo com a legislação atual, isso é praticamente impossível", afirma. "Existem muitas lacunas legais que permitem a busca do ganho no curto prazo, sem que o underwriter corra o risco de perda de credibilidade, pois pela regra atual sua responsabilização é impossível.

Se não houver um desenvolvimento maior da regulação, fraudes como já ocorreu em mercados mais desenvolvidos, serão inevitáveis, dependendo apenas de uma questão de tempo", acrescenta.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

Mudança na composição social dos bancos

CMN sugere decreto que abre caminho para oferta de ações do BB
Reuters Focus - 26/07/2007

SÃO PAULO, 26 de junho (Reuters) - O Conselho Monetário Nacional (CMN) vai encaminhar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva proposta de decreto que autoriza a estrangeiros a compra de ações ordinárias de bancos nacionais, desde que estejam listados no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.

Na prática, isso abre caminho para a realização de uma esperada oferta de ações do Banco do Brasil para se adequar ao Novo Mercado, ambiente de maior transparência e que exige classe única de ações ordinárias (com direito a voto).

"A medida busca oferecer às instituições... instrumento ágil para a captação de recursos no mercado acionário com vistas à sua capitalização, permitindo o estabelecimento de condições para melhor competir no mercado", afirmou o CMN.

Em comunicado à imprensa nesta terça-feira, o CMN informa que isso se faz necessário diante de investidores mais exigentes com governança corporativa. Os estrangeiros seguirão impedidos de integrar o grupo de controle de bancos sediados no Brasil.

Há cerca de um ano, o BB fez uma oferta secundária de ações de mais de 2 bilhões de reais. Os estrangeiros ficaram com cerca de metade dos papéis e, para que isso fosse possível, o presidente Lula assinou decreto autorizando aumento da presença internacional no BB de 5,6 por cento para até 12,5 por cento do capital.

Agora, pelas novas regras sugeridas pelo CMN, o BB e qualquer outro banco nacional listado no Novo Mercado e com valor de mercado acima de 2 bilhões de reais poderá ter até 25 por cento de seu capital nas mãos de estrangeiros. No caso de instituições financeiras menores, esse limite sobe para 45 por cento do capital social.

Atualmente, o BB tem cerca de 15 por cento de ações em circulação no mercado. Até 2009, o maior banco do país tem que fazer nova oferta de ações para elevar o "free float" para 25 por cento, conforme as regras do Novo Mercado,

A maior parte das ofertas públicas iniciais na Bolsa de Valores de São Paulo desde 2005 têm sido feitas no Novo Mercado.

A série de bancos pequenos e médios que estreou na Bovespa este ano --Pine, Sofisa, Paraná e Cruzeiro do Sul até agora-- não entrou no Novo Mercado, emitindo apenas ações preferenciais. Outras instituições financeiras estão com oferta em andamento ou com pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários.

26 junho 2007

SEC e terrorismo

A SEC divulgou no seu sítio uma relação das empresas que fazem negócios com os cinco países que são acusados pelos Estados Unidos de apoiar o terrorismo (Cuba, Irã, Siria, Sudão e Córeia do Norte). (Clique aqui, aqui e aqui sobre a notícia).

Três empresas Credit Suisse (CS.N), HSBC Holdings (HBC) e Siemens (SI) — possuem negócios nos cinco países. O país com maior número de empresas atuando é o Irã, com 43 empresas. A Córeia possui cinco empresas atuando.

Nenhuma empresa brasileira é citada na lista.

Rir é o melhor remédio

Mito do gênio solitário

Algumas pessoas estranham que as pesquisas de hoje sejam produzidas por dois, três e até quatro autores. Um artigo do Estado de S. Paulo da semana passada mostra que isto não é tão incomum.

O mito do gênio solitário
O Estado de São Paulo - 21/06/2007
Fernando Reinach

Eureka!' exclamou Archimedes, 250 anos antes do nascimento de Cristo, ao observar que o nível da água subia quando entrava numa banheira. Ele havia descoberto por que os navios bóiam. Já Kekulé, químico do século 19, disse que descobriu a estrutura circular da molécula do benzeno sonhando com uma cobra mordendo a cauda. São essas e outras histórias que sustentam o mito do gênio solitário, o cientista que, isolado no laboratório, muda nossa maneira de ver o mundo.

O mito contrasta com a realidade. Cientistas em geral trabalham em grupos e a maioria das idéias é uma criação coletiva. Foi para enterrar de vez com esse mito que um grupo de cientistas analisou 20 milhões de trabalhos científicos e 2 milhões de patentes produzidas nos últimos 50 anos.

Em 1950, metade das publicações na área das ciências exatas era produzida por equipes, um número que subiu para 80% nos últimos anos. O tamanho das equipes, que era de 1,8 pesquisadores, hoje subiu para 3,5. Crescimento semelhante ocorreu nas ciências sociais, em que 20% das publicações eram produzidas por grupos em 1950. Hoje 50% dos trabalhos são feitos por equipes de 2 pessoas. O estudo também mostra que a única área em que o trabalho era e continua sendo solitário é o campo das artes e literatura. Mesmo na matemática o trabalho em grupo vem se espalhando rapidamente. Mas a dúvida persiste, será que os trabalhos realmente importantes não continuam sendo criados por uma minoria de solitários e esse estudo reflete somente uma tendência da média? Para excluir essa hipótese, os cientistas identificaram os trabalhos de maior importância usando o método do índice de impacto. Esse método parte do pressuposto que as descobertas mais importantes são citadas com maior freqüência que as menos importantes. Medindo o número de citações é possível estimar o impacto de um trabalho ou cientista. Uma citação é a referencia a um trabalho científico em outro trabalho. O Google tem um serviço que informa os trabalhos publicados por um autor e o número de vezes que ele foi citado. Para entender como o método funciona, entre no site www.google.com/scholar e compare os resultados de um cientista que você conheça, e J.D. Watson (que descobriu a estrutura do DNA junto com F. Crick).

Usando esse tipo de análise, os cientistas puderam demonstrar que as descobertas de maior importância foram publicadas por times de cientistas. Além disso, mostraram que o número de descobertas importantes publicadas por cientistas isolados vem caindo ao longo do tempo. Os autores acreditam que o processo criativo é intrinsecamente melhor em um ambiente onde haja troca de idéias e que o aumento do número de cientistas e a melhora dos métodos de comunicação têm facilitado a formação de equipes de cientistas mesmo quando os membros estão localizados em diferentes partes do planeta. Esse estudo contribui para enterrar de vez o mito do cientista ermitão, o que é bom porque muitos jovens deixam de seguir carreira por não quererem viver trabalhando na solidão, esperando o seu dia de "Eureka". Se você quer saber se esse estudo é realmente importante, basta esperar um ano e verificar quantas vezes foi citado por outros pesquisadores.

Mais informações em The increasing dominance of teams in production of knowledge, na Science, volume 316, página 1.036, 2007.

Russia está vencendo a guerra contra a PwC

Notícia do periódico Cinco Dias, de Madrid (PwC retira las auditorías de Yukos desde 1995 a 2004 por contener "imprecisiones") de 26/06/2007:

La firma de auditoría PricewaterhouseCoopers (PwC) ha anunciado la retirada de las auditorías de Yukos de toda una década por contener "imprecisiones".

La firma de servicios profesionales en Moscú afirmó ayer haber recibido nuevas informaciones "que podrían afectar" a las auditorías de Yukos de entre 1995 y 2004. Los citados informes "podrían no encajar con las auditorías de Yukos", explicó PwC en Moscú a través de un comunicado. Sin embargo, la firma no quiso especificar qué tipo de nueva información les ha llevado a tomar la decisión de retirar diez años de auditorías sobre Yukos. En los últimos meses la auditora ha estado sometida a numerosas presiones por parte del gobierno ruso, incluidos registros policiales en sus oficinas moscovitas. Además PricewaterhouseCoopers se enfrenta a un proceso judicial en el que se acusa de permitir un menor pago de impuestos a Yukos. Pese a todo, el pasado mes de abril el ministro de finanzas ruso decidió extender a PwC la licencia para operar en el país durante otros cinco años La firma auditora quiso desvincular ayer la presión a la que ha sido sometida por parte de las autoridades rusas de la decisión de retirar las auditorías realizadas sobre los estados financieros de Yukos. Sin embargo, algunos ex directivos y accionistas de la petrolera rusa expresaron sus dudas al respecto. Esta empresa, propiedad del magnate Mijail Jodorkovsky, fue declarada en quiebra en agosto pasado, después de tres años de litigios con las autoridades fiscales rusas. La petrolera debe a sus acreedores alrededor de 709.000 millones de rublos (unos 20.500 millones de euros). Además, Jodorkovsky, que fue arrestado en 2003 y encarcelado en 2005, cumple una pena de ocho años de prisión por fraude y evasión fiscal.

Concentração em Auditoria

As quatro grandes empresas - PwC, Deloitte, KPMG e E&Y são responsáveis por 91% das auditorias dos países que compõe o G8. Das 3.305 empresas com capitalização superior a 507 milhões de euros no G8, 3.015 são auditados por estas empresas.

Em certos países a situação é pior. Na Itália, Reino Unido, EUA e Canadá a percentagem é de 95%.

Fonte: Cuatro firmas revisan las cuentas del 91% de los grandesgrupos del G8
Gaceta de los Negocios - 26/06/2007

25 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Estudo ambiental

Uma reportagem do El País comenta um estudo sobre o valor social realizado pelo epartamento de Economía y Ciencias Sociales da Universidad Politécnica de Valencia sobre o parque natural de Marjal de Pego-Oliva. Clique aqui para ler

IPO traz risco

Reportagem da Folha de S. Paulo de 25/06/2007 (IPO traz risco para quem vê ganho fácil na Bolsa)

O investidor que busca ganho fácil de até 30% em apenas um dia, como aconteceu em fevereiro do ano passado na estréia da Gafisa na Bolsa, corre o risco de fazer mau negócio ao pedir a reserva de ações de empresas que abrem o capital.

(...) Uma das vantagens de comprar ações durante um IPO é que grande parte tem demanda maior do que a oferta para os papéis emitidos -nesse caso, há rateio.

Com o rateio, alguns investidores que não conseguiram a totalidade das ações pleiteadas tendem a comprá-las nos primeiros dias -daí a forte valorização em algumas estréias.

Outro ponto positivo é que as empresas contratam um "market maker", banco que compra e vende os papéis, com o objetivo de assegurar liquidez e evitar grandes oscilações nos preços nas primeiras semanas.

Em terceiro lugar estão elencados a transparência e o respeito ao investidor, já que muitas delas entram direto no chamado Novo Mercado da Bovespa, que zela pelas boas práticas de governança corporativa, e lançam apenas ações ON (com direito a voto).


Clique aqui para ler a reportagem completa

Auditores na Europa

Europa detecta un deseo de limitar la responsabilidad del sector
Gaceta de los Negocios - 25/06/2007

La profesión auditora considera que Bruselas debería limitar la resonsabilidad del auditor en caso de pleito, ya que esto no mermaría la calidad de su trabajo y dificultaría que la desaparición de otra firma —como ocurrió en 2002 con Arthur Andersen tras el escándalo Enron— pusiera en peligro la eficacia de los mercados financieros.

Entre las personas “ajenas al sector”, las opiniones están divididas. Aquéllas de países miembros donde existe ya limitación apoyan también una iniciativa de la Comisión Europea. Sin embargo, aquéllas de estados donde existe menor limitación se muestran reticentes a la intervención del Ejecutivo comunitario y reivindican que, en el caso de producirse, se deje “una gran flexibilidad a los Estados miembros en cuanto a la forma de limitar la responsabilidad (del auditor) a nivel nacional”.

Estos son los resultados de una consulta lanzada en enero por el comisario de Mercado Interior, Charlie McCreevy, publicados la semana pasada. En cuanto a la forma de limitar la responsabilidad, las firmas de auditoría abogan en general por el establecimiento de un tope —ya sea una cuantía fija a nivel europeo, o una cantidad que dependa del tamaño de la auditora, o una cifra determinada en función de los honorarios cobrados por el servicio en cuestión—. Por su parte, las personas “ajenas a la profesión” preferirían que se aplicase el principio de responsabilidad proporcionada, en el que auditora y compañía auditada respondisen en función de la implicación de cada una en el asunto.

La Comisión tiene proyectado tomar la decisión final en otoño, una vez completado el estudio que está realizando sobre la propiedad de las firmas de auditoría.

En España, CiU acaba de registrar en la Cámara Baja una proposición de Ley de reforma parcial de la Ley 19/1988 de 12 de julio de Auditoría de Cuentas. El objetivo del texto es “actualizar la vigente ley para dar más seguridad jurídica al sector, reforzar la independencia del auditor, establecer un régimen sancionador exigente y duro pero no confiscatorio y establecer una responsabilida proporcional al daño efectivamente causado que sea limitada y equitativa para los auditores” que haga que España deje de ser el único país que mantiene una responsabilidad ilimitada para estos profesionales.

Empresas mais éticas do mundo: Natura

A Ethisphere Magazine, que considera que comportamento ético e negócio lucrativo não são mutuamente excludentes, fez um ranking das empresas mundiais mais éticas. O resultado mostra uma grande maioria de empresas norte-americanas.

Para se chegar ao resultado a revista levou em consideração 9 quesitos para 30 diferentes categorias, incluindo transparência, reputação, liderança e inovação. Além de compromisso com responsabilidade social.

Algumas surpresas como a presença da McDonald´s e da Google e a ausência da Dell e Newmont Mining, segundo o Blog Blogging Stocks

A Natura recebeu (clique aqui para ver figura) recebeu a distinção na área de produtos para o consumidor.

24 junho 2007

Rir é o melhor remédio

Não siga a recomendação

Uma pesquisa feita por Ricardo Viana, que sempre colabora enviando textos, mostrou algo muito interessante: NÃO siga a recomendação do corretor.

" Há doze meses, para montar uma carteira pessoal de ações, eu fiz um levantamento em algumas instituições para moldar a "carteira de ações recomendada pelo mercado". Hoje, após um ano, fiz uma checagem de resultados e, para a minha surpresa, a rentabilidade foi divergente do que eu esperava. Antes que aleguem que a amostra foi pequena, eu minimizo dizendo que não seria muito diferente se eu consultasse mais corretoras. Além disso, as recomendações foram de gestoras do porte do Fator ou UBS Pactual (uma das maiores do mundo).

As ações "verdes" foram as altamente recomendadas pelo "mercado". Nas "amarelas", houve recomendação de maior parte, mas não um consenso. Para as "vermelhas", não há consenso para compra e até existe alguma recomendação de venda. O resultado esperado seria que as "verdes" teriam a melhor performance, seguidas das "amarelas" e, por último, as "vermelhas". Vejam os resultados. Achei interessante compartilhar (esse dado da vida real) com vocês.

Eu teria tido mais sucesso se tivesse escolhido as ações aleatoriamente do que seguir as orientações dos grandes (e caros) analistas desses gestores. Acho até que daria um tema interessante para ser explorado por algum aluno de vocês.

Ricardo J. A. L. Viana"


A figura abaixo mostra a relação das ações:



Agora o resultado consolidado:



Ou seja, não siga a recomendação!

22 junho 2007

Rir é o melhor remédio



Fonte: http://gigglesugar.com/328169

Cidades mais Antigas do Mundo

1. Jericó Palestina 9000 Antes de Cristo
2. Biblos Líbano 5000 AC
3. Susa Iran 4.200 AC
4. Sidon Líbano 4.000 AC
5. Medinat Egito 4.000 AC
6. Gaziantep Turquia 3.650 AC
7. Istambul Turquia 3.500 AC
8. Hebron Palestina 3.500 AC
9. Beirute Líbano 3.000 AC
10. Damasco Síria 3.000 AC


Fonte: Wikipedia

A Conciliação

Uma das razões para a harmonização são os longos processos de conciliação dos lucros. Um exemplo interessante, citado pelo sítio Accounting Observer, é o caso da GlaxoSmithKline, que para conciliar seus resultado com o IFRS, do Iasb, gastou 13 páginas do seu relatório (aqui) .

Ajuda em Dinheiro, no Lugar de Comida

Muitas agências internacionais de ajuda estão usando dinheiro em lugar de distribuirem comida, água, material de construção e remédios, segundo a revista Newsweek International (Aid With Less Baggage; Cash is replacing food, water and medicine as the newest form of emergency relief to troubled nations, por Silvia Spring, 11/06/2007). Entretanto, as ONG perceberam que o produto físico está sujeito a ineficiência, má gestão, corrupção e outros problemas. O dinheiro está sendo usado em programas em Bangladesh, Paquistão e Etiópia, por exemplo. A idéia é cortar o custo de distribuição, reduzindo as oportunidades de corrupção e roubos de produtos. Atualmente, a ajuda em dinheiro é pouco representativa, mas está crescendo a cada ano. O dinheiro tem sido entregue via ATM, com scanners de retina ou em bancos locais. As vantagens são as seguintes: a) menor custo numa emergência; b) não atrai atenção (em ajudas voluntárias, atrair a atenção correspondem a aumentar a chance de violência); c) não cria uma competição injusta para os agricultores locais; d) é fácil de ser auditado. (Em minha opinião, a doação em dinheiro possui uma outra vantagem: promove a educação financeira da pessoa que recebe a doação)

Mas existem críticas: dinheiro pode distorcer o mercado local, trazendo inflação.

Geralmente o dinheiro é entregue a mulher, pois existe menos possibilidade de ser gasto com cerveja e cigarros. Este tipo de ajuda funciona melhor em locais onde existe um mercado funcionando, sendo fácil comprar os produtos a preços razoáveis.

Clique aqui para ler também

Normas e esperanto

Pouco tempo e muito a fazer para aprender o 'esperanto'
Valor Econômico 22/06/2007

As companhias abertas brasileiras devem dar prioridade ao preparo da conversão de sua contabilidade dos padrões da legislação societária para Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (IFRS, em inglês). Essa foi a mensagem, mais que um conselho, que Pedro Farah, sócio-diretor de auditoria e contabilidade da Ernst & Young, passou aos participantes do 9º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, ocorrido nesta semana em São Paulo. "Anotem aí nas suas agendas", disse à platéia.O executivo foi enfático ao tratar da complexidade dessa conversão e destacou que os trabalhos podem durar cerca de 18 meses. Dada a determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que as empresas publiquem a conciliação de suas demonstrações financeiras com as regras internacionais a partir de 2010, ele considera o prazo apertado.

Por isso, defende que o início dos trabalhos nas companhias seja imediato.Enquanto o projeto de lei 3.741, de 2000 - que coloca o padrão contábil nacional mais próximo das regras internacionais -, ainda depende da aprovação do legislativo brasileiro, as organizações privadas e as governamentais buscam acelerar como podem a convergência, bem como orientar o tema por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O órgão é resultado do esforço da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), da CVM, da Associação dos Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec), da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), do Instituto Brasileiro de Contabilidade (Ibracon) e da Associação Brasileira das Companhia Abertas (Abrasca).

O coordenador Técnico do CPC e sócio da PricewaterhouseCoopers, Edison Arisa, contou que diversos temas já estão em discussão avançada no comitê e devem, em breve, ser alvo de pronunciamento conjunto com a CVM. Entre as próximas abordagens estão as demonstrações de fluxo de caixa, os contratos com parte relacionadas e também os seguros contratados pelas companhias.Na avaliação de Farah, o assunto deveria ser acompanhado muito de perto pelas empresas. Ele destaca que o nível de exigências do IFRS é substancialmente maior que as normas da legislação societária. É de se esperar, portanto, que as empresas brasileiras enfrentem alguma dificuldade para prover todas as informações solicitadas. O executivo acredita que talvez as companhias tenham que investir em tecnologia da informação para obter um nível maior de detalhes e registros sobre suas atividades.

Para acompanhar o tema, a Ernst & Young concluiu no segundo semestre do ano passado uma pesquisa com 65 grandes companhias européias que adotaram o IFRS em 2005, excluindo bancos e seguradoras. A conclusão foi que o tratamento dado às informações financeiras foi o mais complexo do processo. Por isso, naquele ano, houve uma visível alta na quantidade de informações disponíveis. O levantamento mostrou que 9% dos ativos e 6% dos passivos financeiros em derivativos foram relatados pelas empresas pela primeira vez em 2005. Além disso, dois terços das companhias reportaram baixas contábeis por deterioração de ativos, cuja vida útil havia acabado. Para explicar mais números, os relatórios financeiros das companhias ficaram consideravelmente mais longos - entre 20% e 30% de aumento - e a quantidade de páginas dedicadas às notas explicativas com relação às finanças foi ampliada em 10%.

Outra percepção da pesquisa feita pela Ernst & Young é que os relatórios no IFRS mantiveram muitos regionalismos contábeis. Com isso, o avanço na comparação internacional dos balanços continuou limitada. Parte desse efeito deve-se à ausência de padrões de migração claros, o que levou a administração das empresas a adotar julgamentos individuais sobre alguns temas, durante a troca.

Arisa, do CPC, destacou os esforços da iniciativa privada para que o Brasil avance na convergência contábil, a despeito da demora do governo em avançar no tema. O assunto aguarda aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Câmara dos Deputados, e depois seguirá para o Senado. "Estamos tentando fazer com que a convergência contábil seja realidade no nosso país."O executivo da Ernst & Young, por sua vez, afirma que dentro do esforço privado pela união contábil, as companhias deveriam se preocupar em estar preparadas para a mudança, bem como preparar seus investidores - isso porque o balanço poderá sofrer alterações consideráveis. "O processo de conversão é mais do que um exercício técnico. Envolve uma mudança na visão da alta administração da companhia." Ele ressalta a importância de os executivos comunicarem bem a transição aos investidores, tanto dos dados registrados, bem como das expectativas.O Brasil está atrasado no processo de convergência contábil. Na Europa, o IFRS já é adotado e nos Estados Unidos o tema teve avanço importante nesta semana. A Securities and Exchange Commission (SEC) propôs aceitar o padrão como suficiente para listagem das européias no seu mercado. Anteriormente, era necessário fazer a reconciliação com as regras americanas.

No Brasil, além da decisão da CVM de estabelecer a necessidade de publicação do padrão nacional e do internacional a partir de 2010, o Banco Central publicou seu balanço já convergente e obrigou os bancos a fazer o mesmo também em 2010.Um dos motivos do atraso da discussão no Brasil é a questão tributária. A União teme queda na arrecadação, conforme o impacto nos balanços. Para convivência de ambos os interesses, a saída deverá ser a adoção de dois balanços - um para atender à legislação tributária e outro, o IFRS, para fins societários.

Preocupado com o atraso brasileiro e com os debates peculiares do país, Nelson Carvalho, presidente do conselho consultivo do Conselho de Padrões Internacionais de Contabilidade (Iasb, em inglês) e diretor da Fipecafi, pediu: "Resistamos à tentação de criar o Esperanto."

21 junho 2007

Rir é o melhor remédio

O Custo da Obesidade

Sabemos que a obesidade é um problema médico importante. Segundo a Thomson Healthcare, uma unidade da Thomson Corp. (via Business Week,WHAT PRICE TUBBINESS?, por Arlene Weintraub, 11/06/2007, p. 14, vol. 4038) uma pessoa muito obesa terá um custo de cuidados médicos e custos farmacêuticos de 5.695 dólares por ano, 75% a mais que um trabalhador normal. O cálculo da Thomson foi baseado numa amostra de 54 mil empregados. A incidência de doenças circulatórias, por exemplo, pode ser três mais alta em pessoas obesas, por exemplo. Uma pessoa moderadamente obesa terá um custo de 3.924; já uma pessoa abaixo do peso o custo será levemente inferior a de uma pessoa normal (3.202 versus 3.254 dólares por ano). Clique aqui para ler também

Governança Corporativa compensa

Reportagem do Valor Econômico - clique aqui

Correlação entre mercados




As duas figuras (fonte aqui) mostram a existência de uma forte correlação entre o mercado brasileiro e o mercado norte-americano. Esta correlação era de 0,6 há dez anos e hoje atinge a 0,73. Maior correlação significa menos diversificação para o investidor ao compor uma carteira.

Estados Unidos e Normas Internacionais

O jornal The Wall Street Journal publica hoje uma reportagem sobre a adoção dos padrões internacionais de contabilidade pelos Estados Unidos. A versão em português está a seguir (e aqui)

EUA ficam mais perto de adotar padrões contábeis internacionais
21/06/2007 - Por Kara Scannell e David Reilly
The Wall Street Journal

A SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana, deu o primeiro grande passo para adotar padrões internacionais de contabilidade para as empresas que divulgam seus balanços nos Estados Unidos, uma medida que as autoridades esperam que atraia mais empresas às bolsas [norte-]americanas.

A SEC votou ontem de maneira unânime para propor que empresas estrangeiras apresentem seus balancetes [sic, balanços] em inglês e dentro dos padrões internacionais de contabilidade. Atualmente, a maioria das empresas estrangeiras apresentam seus balancetes [balanços] de acordo com os padrões internacionais conhecidos pela sigla em inglês IFRS e definidos pelo Conselho Internacional de Normas Contábeis — sem ter de ajustar os números ao padrão contábil [norte-]americano, o GAAP, e destacar as diferenças, como se exige hoje em dia.

A proposta é "um passo importante" em direção ao padrão contábil aceito mundialmente e no sentido de ter todas as empresas falando a mesma linguagem financeira, disse o presidente da SEC, Christopher Cox. A proposta ficará aberta a sugestões do público durante 75 dias e precisa ser aprovada de novo pelos cinco membros da SEC antes de entrar em vigor.

Além disso, a SEC disse que vai emitir um regulamento preliminar que seria o primeiro passo para permitir que as empresas [norte-]americanas apresentam seus balancetes [balanços] de acordo com o IFRS. Isso pode acabar decretando a morte do GAAP, embora um diretor da SEC tenha dito ontem que é provável que isso demore de cinco a dez anos, dadas todas as mudanças exigidas.

A decisão de ontem é a mais recente que a SEC toma para adaptar-se ao um mercado acionário cada vez mais globalizado e para responder a temores de que os mercados [norte-]americanos estão perdendo a competitividade em relação às bolsas de Londres e Hong Kong. A decisão também traz preocupações, reconhecidas pela SEC, quanto à melhor maneira de garantir que os investidores [norte-]americanos recebam informações precisas e consistentes.

Este ano, a agência aprovou regras que tornam mais fácil para as empresas estrangeiras parar de divulgar balanço nos EUA se elas não estiverem mais listadas em bolsas do país. A SEC também estuda meios de reconhecer as regras de outros países para facilitar a negociação de ações estrangeiras nos EUA, ao mesmo tempo em que garante a proteção aos investidores [norte-]americanos.

A mudança para um padrão mundial foi discutida durante anos e ganhou força em 2005, quando o então contador-chefe da SEC, Donald Nicolaisen, estabeleceu um plano para atingir essa meta. O presidente da SEC, Cristopher Cox, apoiou o plano logo depois de assumir o cargo, em agosto de 2005.

A União Européia começou a pressionar de verdade por essa mudança depois de determinar que todas as empresas de capital aberto dentro do bloco deveriam relatar seus resultados usando padrões internacionais, a partir de 2005. Com esse passo, a UE acabou com dezenas de sistemas contábeis nacionais usados pelas empresas de capital aberto, facilitando para os investidores comparar resultados financeiros mesmo que uma empresa fosse de Londres e a outra de Lisboa. As empresas européias já disseram que é muito caro usar os dois sistemas.

Para várias empresas, investidores e analistas, a convergência é uma coisa boa. "Se realmente queremos que os investidores tenham a oportunidade de investir mais amplamente, quanto mais rápido adotarmos um único padrão no mundo, melhor será", disse Nicolaisen.

Ainda assim, alguns analistas e investidores temem que os padrões internacionais ainda sejam imaturos, e muito diferentes do GAAP, e que tornem mais difícil comparar empresas de um mesmo setor.

Fraude contábil no futebol italiano

Notícia da Agence France Presse (20/06/2007):

O campeão Inter de Milão, suspeito de falsificar livros contábeis
ROMA, 20 jun (AFP)

O Inter de Milão, atual campeão italiano, é suspeito de ter falsificado seus livros contábeis na temporada 2005-2006, informou nesta quarta-feira a Comissão de Controle Financeiro da Federação Italiana.

"Se não tivesse declarado lucros fictícios, o Inter não teria cumprido com os requisitos financeiros necessários para se inscrever na temporada 2005-2006", disse à imprensa italiana uma fonte da comissão especializada em analisar em analisar a situação contábil dos clubes.

Segundo essa fonte, o Inter teria supervalorizado jogadores de segundo nível negociados com outros clubes para melhorar sua margem anual de receita e mostrar uma situação financeira melhor que a existente.

De qualquer maneira, o Inter não corre riscos de perder o título de 2005-2206, pois caso se comprove a falsificação dos registros contábeis se trata de um delito administrativo e não esportivo, segundo a legislação italiana.

O presidente do Inter, Massimo Moratti, rechaçou categoricamente qualquer irregularidade. "Não nos preocupa nenhuma investigação de nossa contabilidade. O que falta e que podemos de apresentar as provas que ponham ponto final nesta questão", disse.

"É verdade que o valor dos jogadores neste mercado é difícil de entender", declarou ao ser consultado sobre como se estima o valor de um jogador. "Um jogador que vale cinco milhões de euros hoje, pode valer 12 milhões ou nada em apenas um mês".

Em cada verão boreal, ao término da temporada, cada clube profissional italiana deve submeter suas contas à Comissão de Controle Fiscal da Federação e não pode participar de um campeonato se não concede garantias de que possui uma cobertura financeira para fazer frente aos gastos.

O Inter de Milão foi declarado campeão 2005-2006, depois que o Juventus e Milão foram duramente sancionados por sua implicação no escândalo dos jogos de resultados manipulados no "calcio".

Por esse envolvimento, o Juventus foi rebaixado para segunda divisão.

Regras para Insider

Mercado adotará manual próprio de procedimentos para evitar "insider"
Valor Econômico - 21/06/2007

No dia 6 de julho, o mercado de capitais brasileiro tomará a primeira iniciativa independente para amenizar os problemas que prejudicam pequenos investidores com divulgação de informações em ofertas públicas e fusões e aquisições. Nos últimos meses, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem sido rígida com qualquer suspeita de informação privilegiada. Para conter esses contratempos, que chegam até a interromper ofertas, a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) publicará um manual de divulgação de informações e procedimentos a serem adotados pelas empresas. A idéia é dar dicas em linguagem mais acessível aos executivos sobre como evitar possíveis complicações jurídicas.Antonio Duarte Carvalho de Castro, presidente da Abrasca, diz que o manual foi feito para educar os executivos das empresas a adotarem práticas preventivas. Quando há vazamento de informações, aqueles poucos que têm acesso são privilegiados e os prejudicados são todos os outros envolvidos, diz Castro.

"Os pequenos investidores são os principais perdedores com esses casos." Além de prejudicar os investidores, suspeitas de informação privilegiada mancham a imagem das empresas e afastam o investidor mais preocupado com transparência e boa governança corporativa. O manual formulado pela Abrasca teve a assessoria jurídica do escritório Bocater, Camargo, Costa e Silva Advogados, atuante no setor de mercado de capitais.No fim de maio, Marcelo Trindade, presidente da CVM, disse que a auto-regulação do mercado no que se refere ao controle de informações ainda era deficiente. "Os bancos intermediários e as áreas de Relações com Investidores (RI) podem fazer melhor do que têm feito", disse Trindade.

O manual da Abrasca, a ser lançado em evento na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no dia 6, será a primeira atitude própria das empresas no sentido da auto-regulação.Castro, presidente da Abrasca, explica que às empresas que assumirem a adoção do manual será concedido um selo, que atestará o controle das informações em negócios da companhia. As empresas que adotarem o selo deverão seguir, por exemplo, uma políticas de negociação de ações para os executivos, exemplifica Castro. Em paralelo ao lançamento do manual, a Abrasca criará um comitê de monitoramento do cumprimento aos princípios nele previstos. "Não será adesão compulsória, mas que atesta que a empresa tem regras para evitar o vazamento de informações."


(grifo meu)

As ressalvas de César Maia

As ressalvas nas contas de 2006 aprovadas do prefeito César Maia do Rio de Janeiro, segundo o Tribunal de Contas do Município (TCM)

1. Usou recursos do salário educação para pagar 32% dos gastos com merenda escolar

2. Não aplicou 25% dos impostos arrecadados no ensino público e 51% das despesas com o ensino fundamental foram pagas com recursos do Fundef

4. Aplicou 0,33% do ISS em incentivos culturais (deveria ser no mínimo 0,4%)

4. Deixou de apresentar o balanço financeiro consolidado

Fonte: O Globo (TCM aprova contas de Cesar com ressalvas, 21/06/2007)

Custo das obras paralisadas

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo de 21/06/2007 (TCU afirma que 400 obras paralisadas já consumiram R$ 2 bi, por MArta Salomon) existem diversas obras paradas no Brasil. Apesar do problema, o número é menor do que aquele existente em 1995. A reportagem não informa como foi obtido o valor "consumido" de 2 bilhões. (Seria o valor gasto nestas obras ou, mais importante, o valor que foi gasto após a paralisação?)

A principal causa da paralisação são os problemas com repasse de dinheiro e apenas 1,6% são de responsabilidade da auditoria do TCU.

20 junho 2007

Furtos no Varejo

Os furtos no varejo sempre foram um problema para as empresas deste setor. Uma pesquisa mostra que somente no Wal-Mart Stores isto significa 3 bilhões. Este valor é significativo em qualquer lugar do mundo, mas representa cerca de 1% do faturamento desta empresa. Em média, nos Estados Unidos, a percentagem de vendas perdidas com furtos é de 1,6%.

A distribuição da origem do problema aponta de 47% para os empregados, 32% para os clientes, 14% são erros administrativos, 4% fraude dos fornecedores e 3% sem especificação de origem.

Yahoo


A figura mostra o comportamento das ações da Yahoo!, Nasdaq e Google (Fonte: WSJ.) Ontem foi divulgada a notícia de que Terry Semel, executivo maior da Yahoo, estaria sendo substituído do seu cargo pelo co-fundador da empresa, Jerry Yang.

Efeito das Olimpíadas

Tenho postado no blog diversas notícias e pesquisas contrárias aos jogos pan-americanos (aqui)

Algumas pesquisas tem mostrado que pode existir um efeito positivo para a região que hospeda uma modalidade deste tipo. Stephanie Jasmand e Wolfgang Maennig, da Universidade de Hamburgo, pesquisaram as Olimpíadas de Munique de 1972. O estudo é uma análise temporal sobre os efeitos de longo prazo das olimpíadas. O resultado: a renda nas regiões que receberam as olimpíadas aumentaram mais rápido, mas não observou-se nenhum efeito no emprego.

Em outro estudo (Impact of the 1996 Summer Olympic Games on Employment and Wages in Georgia - Julie L. Hotchkiss, Robert E. Moore e Stephanie M. Zobay) observou-se uma influencia na geração de empregos nos jogos de Atlanta.

Ex-diretor da Sadia faz acordo

Ex-diretor da Sadia faz acordo com a SEC
Romano Fontana Filho paga multa por uso de informação privilegiada
O Estado de São Paulo - 20/06/2007

Um ex-diretor da Sadia aceitou pagar US$ 316.742 para encerrar uma acusação de ter usado informação privilegiada relacionada a uma oferta feita para comprar a concorrente Perdigão, informou ontem o órgão regulador do mercado acionário norte-americano.

A Securities and Exchange Commission (SEC) declarou que Romano Ancelmo Fontana Filho estava envolvido no uso ilegal de informações privilegiadas ao comprar ações da Perdigão antes da oferta feita pela Sadia pela concorrente e ao vender as ações antes de a Sadia desistir da proposta.

Fontana fechou o acordo com a SEC sem admitir ou negar as acusações. Ele aceitou pagar US$ 142.848,95 pelo valor obtido na operação e juros, além de US$ 173.893,13 como pena civil. O executivo fica impedido por cinco anos para servir como funcionário ou diretor de companhia de capital aberto.

O advogado de Fontana não pôde ser localizado para comentar o assunto. Essa semana, a SEC fez acordos com outro executivo da Sadia e um ex-funcionário do banco Real, em acusações parecidas. A SEC disse que Fontana ficou sabendo da proposta que ia ser apresentada pela Sadia à Perdigão em uma conversa com o presidente do Conselho de Administração da empresa.Ele obteve 139.114,50 dólares em lucro ilegal.

Japão aprova proteção aos prejudicados com fraudes

Segundo a Kyodo News (Diet approves amendment to fine audit firms involved in accounting fraud) o parlamento japonês aprovou lei ajudando os clientes corporativos que foram prejudicados com fraudes contábeis.

"The amendment to the Certified Public Accountants Law, which passed the House of Representatives, the lower house of Japan's bicameral parliament, early this month, cleared the House of Councillors. It will come into force around April 2008.

The legislation, stiffening controls on auditing firms, is designed to prevent auditors from developing cozy ties with client companies."


Esta legislação é decorrente de recentes escÂndalos contábeis no Japão, como é o caso da indústria de coméstico Kanebo e da empresa Nikko Cordial Corp.

Nova era do nacionalismo: as novas 7 irmãs

O Financial Times de 19/06/2007 fala sobre a nova era do nacionalismo no petróleo (A new era of nationalism THE NEW SEVEN SISTERS, por CAROLA HOYOS, P. 2). As novas sete irmãs são: a saudita Aramco, a russa Gazprom, a CNPC da China, NIOC do Iran, a venezuela PDVSA, a Petrobrás e a Petronas da Malasia. Estas empresas controlam um terço da produção mundial de óleo e gás e mais de um terço das reservas.

A Petrobrás é citada como um caso de empresa nacional de energia que, a exemplo da Petronas, não possui uma grande força em termos de reservas. Mas o conhecimento na área faz com que a Petrobrás seja um competidor como a BP, a Royal Dutch Shell e a Chevron Texaco. Sem dúvida nenhuma um elogio a empresa brasileira.

Relações com Investidores

Do jornal Valor Econômico

Só um terço tem RI para pessoa física
Valor Econômico - 20/06/2007

Levantamento da Financial Investor Relations com 30 empresas brasileiras de capital aberto apontou que dois terços delas não têm nenhuma política especial de relações com investidores pessoas físicas. (...)

Segundo a enquete, apenas cinco das 30 empresas têm áreas específicas para atendimento a pessoas físicas nas áreas de relações com investidores de seus sites. Dentre as 29 que mantêm contato individual com os acionistas, 97% delas dizeram comunica-se com eles por e-mail, 61% mantêm contato pelo relatório anual e 49% promovem reuniões com os pequenos acionistas, por meio de eventos da Apimec, por exemplo.

19 junho 2007

Photoshop



Jessica Simpson via Gigglesugar

Países que não adotam o sistema métrico


Fonte: Wikimedia

Notícia internacional

Na Business Week: São Paulo, a cidade que disse não para propaganda - aqui

Rir é o melhor remédio

Sapo Professor

A mocinha passeava à beira de um lago, quando, de repente, apareceu um sapo dizendo:

- Olhe, eu sou um professor, solteiro, recém-formado, mas fui transformado em um sapo por uma bruxa malvada. Se você me beijar, eu volto ao normal e me caso com você. seremos felizes para sempre!

A mocinha, toda contente, pegou o sapo e o colocou na bolsa. E foi andando para casa. O sapo começou a ficar impaciente e perguntou:

- Ei moça! Quando é que você vai me beijar?

Ela respondeu:

- Nunca. Um sapo falante dá muito mais dinheiro do que um marido professor.


(Enviado por André Calvo)

Banco da Patagônia na Bovespa

Notícia do Financial Times (Banco Patagonia to list on Bovespa, 18/06/2007, Jude Webber, p 22)

O Banco da Patagonia, da Argentina, está planejando ter ações na Bovespa, através da forma de Brazilian depositary receipts (BDRs)

Segundo Ben Ladler, do UBS Pactual in Chile

"In theory, it's cheaper and easier to list in Brazil than in the US or the UK."

Já Antonio Cejuela, brokerage Puente Hermanos, afirma:

"This (listing) highlights the evident supremacy of the Brazilian market,"

Obra de 1962 ainda não terminou

Do Jornal do Commércio (18/06/2007 - Obra no Ceará começou em 1962)

A mais antiga das obras de infra-estrutura hídrica, a Barragem Paula Pessoa, no município de Granja (CE), visava o abastecimento de água potável, a irrigação de 3,5 mil hectares e o desenvolvimento da piscicultura, com a criação de 2,3 mil empregos diretos e 4,6 mil indiretos. A obra teve início em 1962, com execução direta do Dnocs, mas foi paralisada quatro anos depois. A prefeitura retomou a construção em 1993, utilizando o mesmo projeto do Dnocs — já defasado tecnologicamente. Apenas 0,36% das obras foram executadas, correspondendo a uma estrada de acesso, realizada em 1993, e às escavações da cava da fundação, iniciadas em 1962. Estima-se que seriam necessários R$ 90 milhões para a sua conclusão.

Antecipação ao Grau de Investimento do Brasil

Segundo o Valor Econômico de 19/06/2007 (Grau de investimento acelera ida à Bovespa)

As companhias brasileiras aprenderam bem uma das principais lições do mercado de capitais: os investidores antecipam os fatos no preço das ações. Daí, a corrida para listagem de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A proximidade da classificação do grau de investimento pelo Brasil está levando as empresas a apressarem sua estréia na busca pelo melhor preço para os papéis.

As companhias estão acelerando o projeto de abertura de capital cientes de que o futuro pós-grau de investimento não necessariamente é de melhora nos preços dos ativos. Wainstein, do Goldman Sachs, destaca que boa parte dos fatores que leva a essa nota já é realidade. É razoável, com isso, crer que boa parte dos benefícios já foram antecipados. (...) Uma das maiores mudança que o grau de investimento pode trazer é aumento da liquidez e da disponibilidade de crédito. Por isso, é justamente para as empresas na iminência de conseguir capital que o ganho já está dado. O salto de visibilidade que o país conquistou com essa expectativa é que garante o apetite pelas ações das novas companhias.

(...) o efeito colateral negativo desse cenário é o prejuízo na qualidade das companhias listadas.

CPFL


Segundo reportagem da GAzeta Mercantil de 19/06/2007 (CPFL finaliza ajuste à Lei Sarbanes-Oxley até o final do mês, Lúcia Rebouças), a CPFL Energia está finalizando sua adaptação as exigências da seção 404 da SOX até o final do mês. Para isto a empresa gastou dez milhões de reais na automoção dos controles. Para a empresa, o custo tem sido interessante:

Desde sua oferta pública de ações realizada em outubro de 2004 - que teve uma parte em ADR (recibo de ações) na Bolsa de Nova York - os papéis já valorizaram 275%, enquanto o Dow Jones subiu 34% contou Ferreira. A valorização foi fruto dos bons resultados da companhia que foram divididos com os acionistas.


O gráfico mostra o desempenho da empresa no mercado acionário norte-americano no últim.o ano (Fonte do Gráfico: AOL).

Ressalvas nas contas de Lula

Reportagem da Folha de S. Paulo:

TCU faz ressalvas nas contas de Lula
Folha de São Paulo - 19/06/2007

Relatório do tribunal, ainda não votado, diz que governo ignora se obras e serviços pagos foram executados

MARTA SALOMON

(...) O TCU aponta falhas em convênios vencidos até dezembro de 2005 e que não tiveram a prestação de contas analisada pelo governo ou que nem sequer apresentaram a prestação de contas. Os convênios enquadrados nessas duas categorias somaram R$ 10,6 bilhões e R$ 1,8 bilhão, respectivamente. O saldo aumentou mais de 20%, em média, no ano passado.

A ausência ou falta da análise da prestação de contas não significa necessariamente desvio de recursos públicos nos convênios ou parcerias. O governo simplesmente não sabe se obras e serviços pagos foram de fato executados. E, na dúvida sobre a regularidade das contas, a União mantém repasses de dinheiro a governos ou entidades que eventualmente poderiam estar inadimplentes. (...)

Antes, no final de 2006, outra auditoria do TCU apurou que mais da metade das organizações não-governamentais que receberam verbas federais não tinham capacidade para executar convênios com a União.(...)

18 junho 2007

PEsquisa de Símbolos

Os resultados de uma interessante pesquisa sobre os símbolos (aqui) mostra que as diferenças regionais podem influenciar no seu reconhecimento.

Dica para pesquisa no Google

Uma dica interessante para fazer uma pesquisa no Google Image.

Depois de entrar digite sua pesquisa. Por exemplo, Adriana Lima, a top-model brasileira. O resultado serão mais de 70 mil referências. Vamos imaginas que você deseja somente o rosto da Adriana Lima.

Na barra de endereço, onde está "http://images.google.com/images?svnum=10&hl=en&gbv=2&q=Adriana+Lima&btnG=Search+Images" acrescente "&imgtype=face" ao final. Somente aparecerá as fotos do rosto de Adriana Lima.

Dica de Lifehacker

16 junho 2007

Sobre Harmonização Contábil

Recebi o seguinte e-mail sobre um comentário sobre uma postagem anterior

Prezado Professor César Tiburcio,

Me chamo Monica V. E. Villela e sou autora do texto publicado pela RBC - Uma reflexão sobre a necessidade de harmonização contábil mundial baseada em uma comparação entre as normas de business combination do IASB, do FASB e do Brasil.

Ao ler suas críticas ao meu artigo, em seu site, tive a impressão de que não me fiz entender. Além disso, pude perceber que o tema não lhe parece particularmente interessante, razão pela qual estranhei seu pronunciamento.

Em relação à sua primeira crítica, quanto ao uso de exemplos, gostaria de esclarecer que os mesmos foram usados com o objetivo único de ilustrar as comparações que fiz no trabalho. O artigo teve metodologia eminentemente bibligráfica, sem a pretensão de ser um Estudo de Caso. O objetivo principal, conforme o título, é promover uma reflexão a respeito do constrangimento de ter uma mesma operação sendo interpretada e evidenciada de forma diferente, em função do país em que ocorre. Na minha opinião, o grande problema nisso é que o principal usuário da informação será o mesmo: o investidor.

Quanto à sua segunda crítica, gostaria de esclarecer que a frase "a harmonização contábil é uma contribuição do pensamento contábil para a evolução dos países subdesenvolvidos" não é minha, mas do eminete Professor Nelson Carvalho, cuja carreira e obra é fonte de inspiração para a minha vida acadêmica/profissional.

Ainda em relação ao segundo ponto, gostaria de deixar registrada minha surpresa em saber que o senhor não considera importante o processo de harmonização das normas de contabilidade. Honestamente, nunca vi um Doutor em Contabilidade menosprezar esse movimento de órgãos nacionais e internacionais em promover convergência contábil. Maior ainda foi a minha surpresa em ver uma crítica a esse pensamento com a frase: "Na nossa economia, a existência de divergências pode ser interessante." Devo confessar que não entendi o argumento. Até porque o movimento de harmonização/convergência não se restringe à "nossa economia", mas ao mundo todo.

Na última quinta-feira, 14/06/2007, houve um Seminário no Rio de Janeiro, promovido pelo CFC e CRC-RJ, além da ABRASCA, APIMEC, CVM, IBRACON, e outros, cujo tema foi: "A Covergência das Normas Internacionais de Contabilidade". Neste seminário, que contou com a presença dos ilustres professores Nelson Carvalho e Eliseu Martins, foi discutido incansavelmente a importância deste processo. Vários profissionais realizaram palestras, entre outros, diretores da CVM, Petrobrás, Gerdau, CVRD, BACEN, SUSEP, etc. Para todos é indiscutível a necessidade de acabar com esta "torre de Babel na Contábilidade", conforme muito bem colocado pelo New York Times.

Para finalizar, gostaria de deixar registrada minha frustração em não poder justificar meu pensamento no mesmo espaço em que o senhor o criticou.

Respeitosamente,

Monica Vanessa Encinas Villela


Irei responder por partes

1. O assunto (harmonização) não é de meu interesse - Isto não é verdade pois basta observar que já foram postados 18 tópicos sobre este assunto.

2. Com respeito ao uso de exemplo, em que a autora afirma "quanto ao uso de exemplos, gostaria de esclarecer que os mesmos foram usados com o objetivo único de ilustrar as comparações que fiz no trabalho" - Concordo que o foco metodológico seja a pesquisa bibliográfica. Mas a questão é que o objetivo do trabalho é mostrar que as "divergências podem causar grandes distorções no reconhecimento, mensuração e evidenciação dessas operações", conforme palavras da autora. Como a autora fez isto? Através da pesquisa bibliográfica, é verdade, mas apoiada no exemplo. Entretanto, ainda considero que o exemplo não pode ser usado como prova.

3. A autora afirma que "a frase "a harmonização contábil é uma contribuição do pensamento contábil para a evolução dos países subdesenvolvidos" não é minha, mas do eminete Professor Nelson Carvalho". Ora, ao citar uma frase e afirmar que está parafraseando, a autora apoia o que foi dito.

4. A autora diz que surpresa "em saber que o senhor não considera importante o processo de harmonização das normas de contabilidade. Honestamente, nunca vi um Doutor em Contabilidade menosprezar esse movimento de órgãos nacionais e internacionais em promover convergência contábil.". Esta doeu. Existe uma diferença entre analisar de forma crítica e não considerar importante ou menosprezar (este argumento já respondi no item 1). Acho que um doutor em Contabilidade, que seja realmente um DOUTOR, deve ter um pensamento crítico e não aceitar modismos (geralmente acompanhados de siglas). Como DOUTOR tenho muito orgulho de desenvolver em meus alunos, inclusive de graduação, o pensamento crítico. Acho isto uma qualidade, não um defeito. O argumento básico é que alguns agentes irão se beneficiar com este processo (clique aqui) e que a padronização pode ter um custo (aqui e aqui)

Monica, acho que as divergências no meio acadêmico são necessárias e importantes. Somente assim poderemos crescer como pessoas e pesquisadores. Mas se você observar bem as diversas postagens (inclusive numa delas um artigo do prof. Eliseu) talvez você descubra que as divergências são menores do que você pensa. O seu artigo é interessante, tanto é assim que citei no meu blog e no meu sítio. E você não precisa ficar frustada pois reproduzi integralmente seu e-mail.

Links

1. Reportagem da Forbes sobre Leasing - Vantagens, Contabilização etc

2. Reportagem da Business Week informando que a SEC considera que o escândalo das opções retroativas não é tão grave assim

Banco Espirito Santo x BDO

Artigo da Reuters e do Wall Street Journal (BDO Is Found Guilty of Negligence in Fraud, David Reilly, 16/06/2007) informa que um juri da Flórida condenou a empresa BDO por negligência que levou a perda de 170 milhões de dólares a investidores.

A condenação deixou aberta a possibilidade de punição, que pela lei da Flórida seria o triplo do montante que os investidores reclamam.

A condenação é uma vitória para o Banco Espírito Santo SA, de Portugal, que reclamava da negligência da empresa de auditoria.

Normas internacionais para PME

Los mayores expertos internacionales cargan contra la contabilidad española
Expansión - 16/06/2007 p. 31

Críticas de la federación mundial de auditores y contables

La norma con la que contarán las pymes se topa con obstáculos antes de tiempo. La IFAC, federación global de auditores, critica la adaptación de las reglas mundiales y alerta de los problemas que puede generar.

Los ya largos vaivenes del futuro plan contable para las pymes que quiere aprobar el Gobierno para dar a estas sociedades un trato más simple y diferenciado no han hecho más que empezar. A la densa negociación parlamentaria del PSOE para buscar apoyos, y las "lagunas" que denuncian los máximos analistas nacionales, se suman ahora las críticas de los mayores expertos internacionales.

La IFAC (International Federation of Accountants), principal institución mundial que agrupa a las organizaciones de contabilidad y auditoría, defiende, en contra del criterio de Solbes, la necesidad de que los gobiernos adopten -no que adapten con cambios- directamente en sus leyes propias las normas internacionales de contabilidad para pymes elaboradas por el IASB (International Accounting Standard Board). Este organismo global independiente -cuyo objetivo es desarrollar normas contables en todo el mundo- publicó a primeros de año las Normas Internacionales de Información Financiera para PYMES (NIIF-Pymes),

La IFAC considera, así, que "carece de sentido" desarrollar nueva normativa contable nacional, según pone de manifiesto en las conclusiones de la cumbre que acaba de celebrar en México -Contabilidad y Responsabilidad para el Crecimiento Económico Regional, organizada también por el Banco Mundial-, a la que ha tenido acceso EXPANSIÓN.

El organismo -que cuenta con 155 instituciones de 118 países- argumenta su tesis en los avances realizados en la convergencia contable para empresas medianas y pequeñas por parte del IASB. Y añade otro argumento de peso: la adaptación de las normas nacionales es muy costosa y no permite a las empresas "el gran beneficio de poder argumentar" que se han aplicado normas internacionales.

Aunar esfuerzos

De ahí que el presidente de IFAC, Fermín del Valle, apostara por aunar esfuerzos en vez de por dividirlos. Así, solicitó a los representantes del sector de la contabilidad y auditoría que aporten sus comentarios al NIIF-Pymes del IASB, que, a su juicio, está llamado a convertirse en la norma contable para las empresas que no cotizan en los mercados de capitales, que en el caso de España son la gran mayoría.

La crítica al plan que prepara el PSOE llega en un momento delicado. En España se acaba de adaptar la legislación mercantil y contable a la normativa europea y queda pendiente el desarrollo de la nueva ley a través del Plan General de Contabilidad. Cinco meses después de que el texto se viera en el Pleno de la Cámara, el PSOE estuvo buscando un acuerdo con los grupos parlamentarios, especialmente con aquellos que presentaron enmienda de totalidad, CiU y PP. Y una vez que ha logrado el acuerdo con la mayoría de los grupos, que se plasma en unas 40 enmiendas transaccionales, llegan las sugerencias inducidas por la autoridad contable, que también encontró el apoyo de expertos españoles. Es el caso del presidente del Instituto de Censores Jurados de Cuentas de España, Rafael Cámara, también presente en la Cumbre, donde defendió las ventajas de "contar con un lenguaje único y convergente en la contabilidad que deben aplicar las pymes españolas", cada vez más relacionadas con el exterior, y se mostró convencido de la necesidad de dar pasos en firme en esa dirección. Es decir, en adoptar las normas internacionales más que adaptarlas.

La convergencia contable también es una máxima en Europa. Para Carlos Soria, vicepresidente del SARG, organismo que supervisa la emisión de normas de contabilidad de la Unión Europea, Bruselas también está poniendo un especial énfasis en seguir avanzamdo en la convergencia contable, lo que también puede augurar más problemas para el plan a la española.

"Carece de sentido" desarrollar una norma contable nacional para pymes, según el IFAC

La norma contable del IASB "está llamada a convertirse" en la norma global


É o IASB querendo seu lugar ao sol...