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31 maio 2007

Ranking dos jogadores de futebol

O ranking é comum em diversos esportes. No xadrez, por exemplo, cada jogador tem um ranking que é atualizado periodicamente com as partidas disputadas.

No futebol as tentativas de ranking são imperfeitas e toscas. O conceituado Times de Londres usou a matemática para chegar aos maiores talentos da liga inglesa. O resultado a seguir (na ordem: jogador, clube, posição e duas medidas de desempenho)

1 C Ronaldo - Manchester United - meia - 85.12% 19.12

2 F Lampard - Chelsea - Meia - 97.31% 16.24

3 Gilberto - Arsenal Meia 88.14% 16.01 P

4 - Cech - Chelsea - Goleiro 50.15% 14.41

5 - J Lehmann Arsenal - Goleiro 97.30% 13.94

6 - P Scholes Man Utd Meia - 79.10% 13.50

7 T Howard - Everton - Goleiro, 94.59% 12.96

8 N Vidic - Man Utd - Defensor 66.11% 10.48

9 B McCarthy Blackburn - 88.98% 9.91

10 A Hleb Arsenal - Meia 68.14% 9.87

Propinas e contabilidade

Um texto na Folha de S. Paulo de 31/05/2007 sobre a história da propina no Brasil.

Propinas: passado e presente
Folha de São Paulo

KENNETH MAXWELL

NO BRASIL, a propina tem uma história venerável. As lucrativas e íntimas interconexões entre o abuso de poder governamental, as quantias substanciais propiciadas pelos contratos e os empresários que recebem do Estado esses contratos não é novidade nenhuma.

Nas Minas Gerais da era colonial, propinas generosas eram formalmente incorporadas ao custo dos contratos concedidos pelo governo. O governador da Província e os funcionários do Judiciário recebiam adicionais aos seus salários oficiais conhecidos como "propinas", o que explica a origem do uso dessa palavra para descrever tal forma de pagamento no Brasil.

Em 1780, por exemplo, o governador de Minas Gerais recebeu, além do seu salário oficial, adicionais de cerca de 50% em forma de propinas, consideradas legais e que constavam das contas oficiais do governo. Os magistrados e outros funcionários locais recebiam suplementos salariais semelhantes, se bem que menos generosos.

As propinas vinham de empreiteiros que haviam recebido contratos para arrecadar em nome do governo a maior parte das receitas do Estado. De fato, o Estado havia privatizado a função básica de recolher impostos muito antes da década do neoliberalismo.

Os contratos que envolviam arrecadar impostos de importação e de exportação para o território da Província e tributos sobre a produção, uso de estradas e venda de produtos costumavam ser concedidos aos mais importantes empresários locais. O sistema gerava muitos abusos, e reformá-lo era virtualmente impossível. De fato, quando, em 1784, um oficial da contabilidade recomenda a reforma tributária, dizendo que esse método de contratação era prejudicial para o Estado, o governador e o chefe de Judiciário foram ambos totalmente contra qualquer mudança, apesar de serem inimigos e de discordarem sobre tudo. O que fica claro é que gente demais no interior do sistema lucrava com a maneira pela qual ele operava, embora o povo, evidentemente, não se beneficiasse. O povo se via forçado a pagar impostos pelos coletores, que desejavam extrair o máximo lucro de seus contratos com as autoridades.

Quanto mais impostos eles arrecadassem para além do montante prometido ao governo, mais dinheiro sobrava para eles. Foi Joaquim José da Silva Xavier que definiu a situação da melhor maneira: "Os governadores... cada três anos vinham... e todos iam cheios de dinheiro, que traziam uma machina de creados, e que cada um delles ia à proporção cheio".

Tiradentes estava falando, é claro, sobre governadores e criados vindos de Lisboa, e não sobre aqueles que hoje vivem em Brasília.

TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI

Links

1. Como o mercado acionário chinês é afetado pela crença na sorte e azar

2. Neuroeconomia, emoções e decisões morais

3. Como a escolha do título do livro de administração é importante. Reportagem do Valor Econômico de hoje

30 maio 2007

Pequenas notícias

1. A Transportation Security Administration perdeu um drive com dados (número do social security, datas de nascimentos, conta de bancos) de 100 mil empregados. (clique aqui)

2. Um estudo encontrou que uma criança escuta do professor uma média de 2.150 palavras por hora. E 620 na família. aqui

27 maio 2007

Rir é o melhor remédio



Enviada por José Matias Pereira

Cinema hoje e ontem



A figura ao lado mostra o desempenho de dois filmes. De cor mais clara, Indiana Jones, lançado em 1989, que produziu 186 milhões de dólares em nove semanas; de cor mais escura, X-Man, lançado em 2006, que gerou 190 milhões de dólares nas mesmas nove semanas. Ou seja a receita é aproximadamente igual. Entretanto, Indiana Jones levou mais tempo para chegar ao valor, enquanto X-Man teve sua receita concentrada nos primeiros dias.

Existem algumas razões para esta mudança de comportamento, conforme aponta a The Economist (28/04/2007, Endless Summer, de onde foi extraída a figura, p. 73 e 74). A primeira, é o crescimento da capacidade. O número de cinemas cresceu, nos Estados Unidos, de 29.700 para 39.700, entre 1996 e 2006. Outra razão é o crescimento da receita proveniente da tela pequena, incluindo TV, TV a cabo e DVD. Neste caso, os primeiros dias é um preditor das vendas de DVD e TV, além das propagandas acopladas ao filme.

Os grandes filmes tem algumas vantagens, como a concentração de esforços na promoção e grande número de público assistindo os trailers. Entretanto, como alerta a The Economist, a venda para tela pequena tem apontado uma tendência de queda, o que pode significar uma falência no modelo. Outro aspecto, é que os estúdios estão enfrentando uma batalha mais difícil com os artistas, cinemas e outros na divisão do bolo.

A pirataria e a divulgação rápida de informação na internet (inclusive opiniões desfavoráveis) também são fatores importantes. Isto tudo faz com que a chance de um estúdio cometer um erro, investindo num fracasso de público, tenha aumentado.

Clique aqui para ler mais e aqui também

26 maio 2007

Contabilidade Pública é diferente

Ao estudarmos a contabilidade pública pode-se perceber a grande diferença com a contabilidade financeira. Estas diferenças estão desde o tipo de demonstração utilizada até o processo contábil.

Existem diversas razões para a existência destas divergências, entre as quais é possível citar as características do governo; características dos serviços prestados; as características do processo administrativo do governo; o volume expressivo de investimento em ativos que não produzem receita; a natureza do processo decisório; o uso das informações contábeis; os usuários das informações; e a ênfase na teoria do fundo, em detrimento da teoria da entidade e do proprietário. Discutem-se cada um destes aspectos a seguir.

Características do Governo
O governo é oriundo da autoridade que é delegada pelos cidadãos. A organização do governo é completamente diferente de uma empresa ou uma entidade sem fins lucrativos. Um governo está dividido em poderes, geralmente executivo, legislativo e judiciário. O governo pode assumir a forma de uma monarquia ou república e ter divisões administrativas diversas (estados, municípios, vilas, etc.).
Existem pelo menos cinco características básicas exclusivas do governo em termos no seu aspecto econômico. Em primeiro lugar, a fonte de receita pode ser ou não obrigatória, como é o caso de um tributo; enquanto isto numa empresa a fonte de receita é opcional, resultado da vontade do cliente. Em segundo lugar, a receita do governo pode ser baseada nas características do serviço prestado, nas características do contribuinte ou em outros fatores. No setor privado, o único critério para determinação do preço é o valor dos serviços colocados a disposição. Terceiro não existe, no governo, uma relação direta e clara entre o pagamento e o serviço recebido. Uma pessoa pode consumir um bem do estado sem ter feito nenhum pagamento de imposto. Em quarto lugar, o governo é geralmente monopolista nos serviços que fornece a população. Este monopólio não é questionado, ao contrário do que ocorre com a iniciativa privada. Finalmente, e em virtude do exposto anteriormente, é difícil de medir a qualidade e quantidade dos serviços prestados pelo governo.

A forma de organização do governo é única e não encontra paralelo nas empresas. Admitindo que a contabilidade adapta-se ao ambiente na qual está inserido, é natural admitir que a contabilidade pública seja única também.

Características dos Serviços Prestados

O governo atua em áreas da economia e sociedade como segurança, educação, saúde, entre outros. Além disto, cabe ao governo estruturar e permitir o funcionamento da sociedade de maneira adequada, através da manutenção de uma infra-estrutura administrativa e de sistema legal. Em outras palavras, alguns dos serviços prestados pelo governo formam a base da estrutura da sociedade, o que gera uma necessidade de alocação em certas atividades que irão compor o serviço público.

Costuma-se dizer que as atribuições do governo estão divididas em três grandes grupos: função distributiva, alocativa e estabilizadora. Na função distributiva, o governo pode utilizar de programas sociais para permitir melhores condições de vida para população mais pobre. Na função alocativa, a vocação do governo é colocar a disposição de parcela da população certos serviços, como saúde e educação. Finalmente, a função estabilizadora mantém a sociedade funcionando através da segurança pública e de um banco central.

Características do Processo Administrativo

O processo administrativo de uma organização é composto pelo planejamento, execução e controle. Numa empresa privada, a execução é o destaque, sendo a mensuração do fluxo dos recursos econômico relevante. Na contabilidade pública existe um foco no controle, que domina o processo administrativo. Em termos do processo de gestão financeira, este está focado no orçamento público, que é elaborado e executado tendo em vista o controle dos recursos financeiros por parte do poder legislativo e dos órgãos de controle do executivo. O ciclo orçamentário governamental geralmente exige uma elaboração e aprovação anual de despesas e receitas, onde a execução está condicionada a esta autorização prévia dada pelo orçamento. Por conseqüência, o controle do orçamento é feito através da relação entre o orçado e o realizado, e será o instrumento mais importante na avaliação de uma gestão pública.

Investimento em Ativos que não produzem receita

O governo aplica uma substancial quantia de recursos em ativos permanentes, como prédios, equipamentos, veículos, parques, pontes, estradas e outros. Ao fazer estes investimentos, não existe uma preocupação que os mesmos venham produzem uma receita. Uma definição de ativo associada a geração de riqueza no futuro. As decisões de aplicação de recursos nos ativos no setor público não possuem esta preocupação com o retorno econômico. É muito comum, na área pública, o uso do termo “aplicar recurso a fundo perdido”, indicando justamente a pouca preocupação com o retorno do investimento.

Natureza do Processo Decisório

O processo decisório no governo é um processo político, onde estão presentes jogos de interesse, conflitos de opiniões, negociações, atendimento a demandas de comunidades mais organizadas, entre outros aspectos. Conforme comentado anteriormente, o orçamento é peça fundamental no processo de gestão financeira do setor público. A inclusão de um serviço ou obra no orçamento geralmente ocorre através do processo político. Assim, a inclusão de uma obra no orçamento pode ser feita através de uma proposta de um parlamentar (deputado ou vereador). Sua aprovação no legislativo dependerá da negociação com os outros parlamentares e com o poder executivo.

Uso da Contabilidade

Por tudo que foi comentado anteriormente, é possível perceber que o uso da contabilidade na avaliação de desempenho possui uma preocupação legalista e voltada para o controle dos gastos públicos. A contabilidade pública deve procurar responder se a execução orçamentária esteve de acordo com as normas, em especial a lei que aprovou o orçamento. Somente nos últimos anos, tem ocorrido uma maior preocupação com usar a contabilidade para mensurar índices que possam refletir a qualidade da gestão.

Usuários da Contabilidade Pública

Os usuários das informações contábeis do governo são diferentes das empresas privadas. A rigor, o usuário final da contabilidade pública são os cidadãos, sejam eles contribuintes ou não. O interesse é verificar a qualidade da administração pública. Além deste usuário é necessário destacar a imprensa e os grupos de pressão (conhecidos também como lobbies), o poder legislativo e os órgãos de controle externo, entre outros.

Justamente pelo fato do usuário preferencial da contabilidade pública ser o cidadão, deveria existir uma preocupação com o acesso e compreensão deste usuário as informações que são produzidas.

Ênfase na Teoria dos Fundos

Entre as diversas teorias do patrimônio líquido, a Teoria do Fundo é mais aplicada a ao setor público, e em menor grau as entidades sem fins lucrativos do terceiro setor, onde as necessidades de informações são diferentes do setor privado com fins lucrativos. No setor privado prevalece a teoria do proprietário ou a teoria da entidade.

25 maio 2007

História Econômica do Brasil




Joana Naritomi, Rodrigo Soares e Juliano Assunção, da PUC-Rio e University of Maryland, analisaram a história do Brasil e as implicações para as atuais instituições, em particular, as instituições municipais. O que aconteceu no Brasil colonial ainda tem influencia sobre a estrutura socioeconômica atual. Municípios com vínculo no ciclo da cana de açúcar (figura 5, extraída do artigo Rent Seeking and the Unveiling of “De Facto” Institutions: Development and Colonial Heritage within Brazil) possuem problemas maiores de distribuição de terra. Municípios ligados ao ciclo do ouro (figura 6) possuem problemas de governança e menos acesso a justiça.



Os autores mostraram que o problema de acesso a justiça está relacionado com aspectos de longo prazo. Duas figuras interessantes, e também do texto dos autores: A figura 1 mostra a renda per capita dos países e sua distância do Equador. Quanto mais distante estiver do Equador, maior a renda per capita. A segunda figura mostra o mesmo calculo para os municípios brasileiros. Novamente, os locais mais distantes do Equador possuem maior renda per capita.

24 maio 2007

Regras e comportamento

As pessoas reagem as regras. Esta é uma verdade que tem sido comprovada diariamente. Um estudo interessante mostra uma aplicação disto nas corridas da Nascar


Clique aqui para ler

Oferta Pública de Ação

Os especialistas enfatizam que a excelência em governança não garante a existência de um bom empreendimento empresarial. [grifo meu]


Do jornal Valor Econômico de 24/05/2007, sobre as recentes operações de lançamento de ações na bolsa. Clique aqui para ler integral

Nova regra da SEC facilita obediência de empresas menores à Sox

Gazeta Mercantil - 24/05/2007

Washington, 24 de Maio de 2007 - A Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM dos EUA, decidiu ontem facilitar para os executivos de pequenas companhias o cumprimento da lei de responsabilidade corporativa da lei Sarbanes-Oxley. A medida é vista como, um pré-requisito para a aplicação plena da lei para milhares de empresas de pequeno porte. Por cinco votos a zero, a SEC aprovou a regra que permite aos executivos para adaptar suas avaliações à complexidade de suas atividades. A orientação "visa a classificar corretamente os esforços de avaliação da diretoria, e pretende fazer isso para as empresas de todos os portes", disse o chairman da SEC, Christopher Cox.

Os reguladores esperam que a orientação, combinada com uma medida suplementar que pode ser aprovada hoje pelo Conselho Supervisor de Contabilidade de Empresas de Capital Aberto, reduzirá os custos o suficiente para que as empresas pequenas acatem a lei de provisão de controles internos de 2002. As pequenas empresas de capital aberto (cerca de 60% do total) hoje são isentas de cumprir a lei porque os reguladores adiaram a implementação das regras até os regulamentos serem reduzidos.

Os auditores dizem que uma das maiores reduções de custo virá de um regra separada que a SEC aprovou ontem. Pela regra, os auditores fornecerão uma opinião única sobre os controles internos corporativos de demonstrativos financeiros. Eles têm fornecido duas opiniões separadas, uma sobre os próprios controles e uma sobre o processo da gerência para avaliar esses controles.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Dow Jones Newswires)

Morte da vovó

Um trabalho de Mike Adams, da Eastern Connecticut State University, chama atenção para um aspecto curioso: a avó de um aluno tem mais possibilidade de morrer subitamente antes do aluno fazer o exame do que em outro momento do ano.

A tabela talvez ajude a explicar o que Adams descobriu. As notas dos alunos são de A (a melhor nota) até F (a pior nota). São três exames: inicial, do meio e final. A tabela apresenta o número de mortes das vovós por cem alunos. Observe o número 1,04 da tabela (no lado direito, embaixo). Isto significa que em média 1,04 avós de alunos que estão fazendo o exame final morrem. Quando não existe nenhum exame esta média é de 0,054; se o exame é do meio, o índice de mortalidade é de 0,574.



Outro aspecto interessante é que a mortalidade aumenta quando a nota do estudante é pior. Observe a última linha da tabela: para o bom aluno (com nota atual A) o índice de mortalidade é 0,09; para o aluno ruim (nota F) o índice é de 2,18.

Outra constatação da tabela: quanto mais importante o exame, maior o índice de mortalidade.

(clique aqui também)

23 maio 2007

Revisão de livros em jornais

Sou leitor de resenhas de livros em jornais e achei interessante a posição de Tyler Cowen sobre o assunto.

Os jornais publicam críticas de livros, apesar do número pouco expressivo de leitores, por três razões:

a. Ajudam as pessoas a escolherem os bons livros - Uma resenha elogiosa indica para o potencial leitor que vale a pena ler um livro específico.

b. Significa prestígio para os jornais - é uma forma de uma jornal, como o Estado de S. Paulo, ser diferente de uma Gazeta Esportiva, por exemplo. Significa prestígio e anunciantes para um público classe A.

c. As pessoas lêem as críticas como um substituo a leitura do livro.

Tenho um quarto aspecto: as resenhas interessam aos autores e editores.

Não espere muito do Xadrez

Um comentário interessante do Blog do Wall Street Journal (de 3/maio/2007) diz para não esperar muito do Xadrez.

Ao longo dos anos, jogar xadrez tem sido incentivado como uma forma de melhorar o desempenho da criança e do adulto. Apesar de alguns descrentes, como Millor Fernandes, que certa vez afirmou que a inteligência do Xadrez só serve para jogar Xadrez, a associação entre desenvolvimento intelectual e o jogo de xadrez tem sido ressaltada.

O artigo do Wall Street Journal considera que os benefícios do xadrez são exagerados. Assim, a memorização da posição de xadrez, comum para os grandes jogadores, não é útil em outras áreas. (E hoje o jogo de xadrez depende muito desta memorização). Outro aspecto é que o xadrez pode influenciar negativamente na personalidade do indivíduo. (É interessante notar que ouvi este aspecto do prof. José Matias Pereira, num bate-papo que tivemos)

Entretanto, o próprio blog reconhece alguns benefícios. Xadrez encoraja a criança a trabalhar pesado para descobrir algo a partir do seu estilo. Além disto, xadrez é uma das poucas competições onde ainda prevalece o espírito amador. Nenhuma criança escolhe o xadrez para ganhar dinheiro ou fama.

Como pai de um ex-jogador de xadrez, que chegou a ser bi-campeão do Centro-Oeste e com grandes perspectivas, mas que abandonou o jogo por motivos que até hoje não consigo entender direito, achei muito interessante o posicionamento do blog.

Efeito Calendário

O Efeito Calendário é uma coleção de teorias que assegura que certos dias, meses ou tempo do ano estão sujeitos a mudanças de preços no mercado e podem representar um bom ou mau momento para investir. Algumas teorias incluem a efeito segunda, o efeito Outubro, o efeito Halloween e o efeito Janeiro.

Clique aqui para ler mais

Satisfação do Cliente e Desempenho Financeiro


Uma estratégia de investimento é apostar nas empresas que possuem alto escore de satisfação dos clientes. Um artigo publicado no Journal of Marketing (via Big Picture) encontrou que as empresas com maiores índices de satisfação dos clientes (American Customer Satisfaction Index - ACSI) possuem um desempenho superior no mercado, com retornos de 40%.

Apesar da amostra ter uma problema temporal, considerou somente o período de 1996 a 2003, o gráfico é bastante ilustrativo. A linha continua representa o retorno das empresas com maiores índices de satisfação do cliente (20% melhores) e a pontilhada o mercado. No primeiro gráfico a comparação é com Dow Jones; no segundo, com SP; e no terceiro, com a Nasdaq.

A visão do Brasil e Argentina pelo investidor estrangeiro

O blog de Yaser Anwar apresenta longas análises sobre investimento. Recentemente teve uma análise sobre investimento no Brasil e na Argentina, com análise dos fundamentos da economia. A conclusão final do blog foi de que a qualidade da governança permanece pobre, podendo ser afetada pelo aumento do autoritarismo dos governos da América Latina.

22 maio 2007

Brasília

Google Machista

Há alguns dias o Google foi acusado de machismo. Clicando em www.google.com e colocando a frase "she invented", a pesquisa retornava com o questionamento se você não queria dizer "he invented".

Fiz hoje o teste novamente. E o resultado foi justamente os artigos que comentavam este "engano" do Google.

Continuei com o teste e digitei: "ela inventa" no google português. O resultado apareceu inicialmente "Did you mean: elan inventa". Mas se colocar "ele inventa" o resultado é normal

Filme


O filme de aventura Sahara talvez não tenha sido interessante o suficiente para levar o público ao cinema, mas a história dos gastos é interessante e foi contada pelo Los Angeles Times. Uma cena, de 46 segundos, foi cortada da versão final com a justificativa, do diretor, de que não "funcionava". O custo da cena foi de $2 milhões de dólares.

Os filmes de Hollywood possuem uma contabilidade intricada e geralmente seus números representam um segredo para o público externo. Uma reportagem como esta passa a ser interessante por permitir o acesso ao mundo encantando do cinema.

O ator McConaughey recebeu, nas semanas de filmagem, 8 milhões de dólares, sem incluir bonus e outras remunerações. Penolope Cruz tinha um salário de 1,6 milhões. Além destes pagamentos, a contabilidade do filme revela "pagamentos de cortesia", "gratuidades" e "subornos" no total de 237 mil dólares. A locação do filme foi o Marrocos e deste valor $40 mil foram pagamentos para interromper, temporariamente, um projeto num rio.

Os roteiristas receberam 3,8 milhões.

Nomes fazem diferença

Pesquisadores descobriram que nomes de mulheres como Anna, Emma e Elizabeth tem menos chance de estudar matemática ou física depois dos 16 anos. Clique aqui para continuar a ler

Clubes de Futebol

Duas reportagens sobre as demonstrações contábeis dos clubes de futebol no Brasil. A primeira afirma que a dívida destes clubes está aumentando e atualmente é de 1,344 bilhão.

Dos 10 clubes, 6 registravam débitos acima de R$ 100 milhões no final de 2006: Atlético-MG, Botafogo, Flamengo, Grêmio, Santos e Vasco. Com o caso do atacante Nilmar em 2007 -que gera dívida de R$ 22 milhões-, o Corinthians também ultrapassa hoje o patamar.

Os compromissos fiscais representam a maior fatia das pendência dos clubes. (...) Ao contrário dos débitos com TV, federações e atletas, as dívidas fiscais não geram dependência financeira, pois o governo não faz exigências aos cartolas. Mas podem gerar penhoras de rendas e bens.


A outra reportagem mostra que a dívida elevada aumenta a dependência dos clubes. O título é bastante informativo: Balanços mostram futebol refém de TV, federações e agentes de jogadores

O ciclo começa pelo caixa vazio. A primeira opção dos cartolas é pedir adiantamentos à Globo, que detém a maior parte dos direitos de TV no país. Há também o apelo aos patrocinadores. Até o final de 2006, os dez times tinham recebido antecipadamente cerca de R$ 150 milhões dessa forma.

Por contrato, a emissora adiantou R$ 43 milhões do Brasileiro-2007 antes de a temporada começar. Só que, por intermédio de federações ou do Clube dos 13, os clubes acabaram captando bem mais.

Oficialmente, o C13 nega que adiantamentos possam interferir, por exemplo, na renovação contratual com a Globo -a Record tenta tomar o campeonato a partir de 2009. Nos bastidores, porém, cartolas admitem que a emissora carioca fica mais forte na hora de discutir.


Clique aqui e aqui para ler texto completo

Valor justo na avaliação contábil

Um artigo publicado num periódico mexicano El Economista (21/05/2007). Aqui um extrato:

Independientemente de lo anterior, debemos considerar que el ajuste a valor razonable de los activos y pasivos de eventos y transacciones y circunstancias no transaccionales tienen el inconveniente, algunas veces, por tratarse de valores volátiles y que, en otras ocasiones, no existen los mercados para obtener dichos valores razonables, lo que termina en cuantificaciones estimativas que resultan o pueden resultar subjetivas; aquí es donde se le puede complicar al auditor.

Lo que es bien cierto, es que las normas contables aceptan cada vez más al valor razonable como método de cuantificación y de que en su determinación se ven inmersos cálculos financieros complejos. Por todo ello, es necesario que los profesionales de la contabilidad incluidos los auditores externos, conozcamos más acerca de las teorías y técnicas de valuación existentes, de lo contrario, como auditores ¿estaremos de acuerdo que el valor razonable es razonablemente correcto?


Clique aqui para ler completo

21 maio 2007

Apple e o poder da internet


Um notícia, falsa, vazou na internet sobre um novo produto da Apple. Falava do atraso no seu lançamento e nas dificuldades que a empresa estava encontrando para fechar seu cronograma no prazo. O gráfico registra a reação do mercado.

Fonte: Data Mining

Custo de captação

Segundo a Gazeta Mercantil de 21/05/2007, a bolsa tem um custo de captação reduzido em relação a outras formas de captação:

Ir à Bolsa, o investimento da vez

21 de Maio de 2007 - O custo de captação, na abertura do capital, varia de 4% a 10%. Temos notado um "boom" recente de empresas abrindo seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo. (...) Outro fator de atração é o baixo custo de captação, se comparado com as fontes de financiamento tradicionais do mercado bancário. Enquanto a taxa de juros média anual de empréstimos bancários gira em torno de 63,65% ao ano, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o custo de captação na abertura de capital é substancialmente inferior. No processo de abertura de capital, os custos iniciais da operação podem variar, em média, entre 4% e 10% sobre o valor da captação, incluindo-se os custos dos bancos coordenadores da oferta, auditoria, assessoria jurídica, publicações, comissões e outros.(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3)(Léo Rosenbaum - Sócio-titular da Rosenbaum Advocacia )


Observe como a informação é tendenciosa ao comparar o custo de um empréstimo (taxa de juros, basicamente) com o valor inicial da operação (mas não o valor total). Não seria possível chegar a uma conclusão adequada com esta informação.

19 maio 2007

Links

1. Copyright no Xadrez, na Moda e na Literatura

2. Comportamento e Aposentadoria

3. Astros em guerra - uma propaganda muito bonita, da NatGeo Brasileira

Estados Unidos deveriam realmente seguir a Inglaterra?

Anteriormente publicamos a opinião do presidente do FED de que os Estados Unidos deveriam adotar uma contabilidade mais próxima da existente na Inglaterra. Ou seja, baseada em princípios, não em regras (clique aqui).

No Wall Street Journal de 19/05/2007 (clique aqui para ler), Robert Pozen considera isto uma falsa dicotomia. Para Pozen, apesar dos princípios do Financial Services Authority (FSA) da Inglaterra ter menos que 200 palavras, seu livro de regras tem mais de 8 mil páginas.

Na sua opinião, uma regulação contábil precisa ter um misto de princípios e regras detalhadas. Os princípios gerais acomodam os novos instrumentos financeiros e servem de guia. Mas regras detalhadas também possuem vantagem: consistência entre empresas, reduz tempo e esforço para resolver problemas e protegem as pessoas (incluindo os executivos).

Já a The Economist (Speaking in tongues - International accounting, 19/05/2007) destaca a consolidação do IFRS na harmonização contábil (clique aqui). Mas lembra dos problemas, principalmente as diferentes versões de suas normas e o fato de que regras internacionais baseadas em princípios são mais difíceis de serem implementadas.

Esta semana foi muito rica em discussão contábil produtiva (clique aqui para ler mais).

Princípios ou regras

A reportagem do Wall Street Journal sobre as mudanças na contabilidade (clique aqui para postagem anterior) foi a quarta mais vista no jornal esta semana (The Most Popular Stories on the Web, 19/05/2007)

18 maio 2007

Rir é o melhor remédio

BAIANO DESESPERADO.

A REAÇÃO DE UM BAIANO DURANTE UM TIROTEIO

Imagine a reação de um baiano que está visitando algum parente na Favela da Rocinha no Rio, quando tem início um tiroteio terrível.

De um lado bandidos.
Do outro, a polícia.
E ele bem no meio do fogo cruzado.

Na foto pode se ver

a angústia

o desespero

a adrenalina

e o estresse

do cidadão baiano.



(Enviado por Maxwell, RN)

Complexidade, novamente

Um artigo de STELLA FEARNLEY e SHYAM SUNDER, este um autor de livros na área contábil, defende a necessidade de reduzir a complexidade da contabilidade (clique aqui para ler, em inglês

Os autores citam o caso das demonstrações do HSBC, com 454 páginas e peso de 3 pounds. E perguntam: quem irá ler?

Uma das questões é o monopólio na elaboração das normas! Muito interessante, pois os autores defendem que em lugar da convergência, o FASB e IASB deveriam competir.

Além disto, os autores lembram que não ocorreu nenhuma consulta para decisão de convergência em 2002.

A proposta é simples, para os autores: aumentar a competição pode ajudar a reduzir a complexidade e simplificar a contabilidade.

Provocante, pelo menos.

Comentários do Secretário do Tesouro Norte-Americano sobre a Contabilidade

Um texto onde Secretário do Tesouro Norte-Americano afirma a importância da contabilidade financeira, da profissão do auditor, da complexidade da contabilidade atual (inclui SOX) e da necessidade de manter o mercado norte-americano confiável e competitivo.

The key test of accurate financial reporting is trust.
By HENRY PAULSON
Financial Times - 17/05/2007
Page 15

Accurate and transparent financial reporting is vital to the integrity of our capital markets and the strength of the US economy. In an address last November, I spoke about the importance of strong capital markets, pointing out that capital markets rely on trust. That trust is based on financial information presumed to be accurate and to reflect economic reality.

Our capital markets are the best in the world and so is our financial reporting system. We must work to keep them that way. Today, the Treasury department is announcing several important steps to ensure we preserve an efficient financial reporting system that provides reliable information, is supported by a sustainable auditing industry, and has enhanced compatibility with foreign reporting standards.

In March, Christopher Cox, the Securities and Exchange Commission chairman, and I co-chaired a conference on capital markets competitiveness. Financial reporting was one of the main topics of discussion.

A strong auditing profession is essential for a well-functioning reporting system. The auditor's role is key: to examine financial statements and express an opinion that conveys reasonable, but not absolute, assurance as to the truth and fairness of those statements. The Sarbanes-Oxley Act of 2002 enhanced financial reporting integrity, including mandating major changes affecting the auditing profession. The act created the Public Company Accounting Oversight Board to replace self-regulation, and mandated auditor independence requirements. As these changes took effect, new challenges arose. We now have fewer major accounting firms, and legitimate questions about the sustainability of the auditing profession's business model.

These new challenges require understanding and solutions. To achieve this, the Treasury has asked Arthur Levitt, former SEC chairman, and Donald Nicolaisen, former SEC chief accountant, to serve as co-chairs of a non-partisan committee to address auditing industry concentration, and to consider options available to strengthen the industry's financial soundness and its ability to attract and retain qualified personnel. Through this public forum, investors, advocates, and companies can present a wide range of views, engage in informed debate and provide recommendations.

In addition to changes in the auditing profession, Section 404 of Sarbox appropriately emphasised the importance of internal controls over financial reporting. However, implementation has proven more costly and burdensome than originally anticipated. Mr Cox, Mark Olson, PCAOB chairman,and their commissioners and board members have sought to improve the application of Section 404. A more risk-based implementation will be a positive step.

Another emerging challenge is the soaring number of financial restatements over the past decade. In 1997, there were 116 restatements; in 2006, there were 1,876, or more than 10 per cent of public companies. Restatements pose significant costs on our capital markets. They have the potential to confuse investors and erode public confidence in financial reporting. Some of these restatements might not be material to investors, and others may simply reflect new accounting standards interpretations.

This volume of restatements reflects, in part, the complexity of our financial reporting system. Mr Cox and Robert Herz, Financial Accounting Standard Board chairman, are to be commended for their efforts to reduce that complexity. To complement this move, the Treasury intends to commission a rigorous analysis of factors driving financial restatements, and their impact on investors and the capital markets.

The increasing globalisation of our markets also means that we must enhance the comparability of foreign company financial statements. Mr Cox's leadership has been instrumental. He has taken positive steps towards the convergence of US GAAP and International Financial Reporting Standards, and eliminating the US GAAP reconciliation requirements for IFRS-reporting foreign companies by 2009.

As the SEC has said, its actions are key steps "toward a future regulatory framework in which IFRS may be used on a stand-alone basis by foreign private issuers and possibly also by US issuers." When fully implemented, this will enhance financial statement consistency and facilitate cross-border transactions and cash flows.

We will pursue each of these initiatives, and other steps that will be part of the broader competitiveness discussion, to ensure that US capital markets remain efficient, innovative and continue to drive capital to its most productive uses. Our markets must retain the integrity and efficiency that has contributed greatly to prosperity in America and around the globe.

Exemplo

Segundo o Diário Econômico, de Portugal (18/05/2007, Temos de gerar 630 milhões) o Tribunal de Contas Britânico (National Audit Office) possui uma regra interessante: para cada libra gasta nas auditorias é necessário gerar 9 libras em poupança para os contribuintes.

Não seria um exemplo interessante para ser seguido?

CVM: Brasil adotará padrões internacionais até 2010

Segundo a CVM, o Brasil deverá adotar as normas internacionais até 2010. A notícia é tão importante para a contabilidade que reproduzo as reportagens do VAlor Econômico e Gazeta Mercantil:

CVM quer regras internacionais até 2010
Valor Econômico - 18/05/2007

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estipulou o ano de 2010 como marco para que as companhias abertas passem a adotar suas demonstrações financeiras anuais consolidadas no padrão contábil internacional estipulado pelo Conselho de Padrões de Contabilidade Internacionais (Iasb, na sigla em inglês). As companhias que quiserem adotar, antes de 2010, o padrão contábil internacional - já em vigor na União Européia - também poderão fazer essa opção. Essas regras estão contidas numa minuta de instrução divulgada ontem e que vai ficar em audiência pública até o dia 30 de junho, para que os participantes do mercado enviem suas sugestões.A nova instrução faz parte de um esforço de convergência entre os padrões contábeis locais e internacionais para que investidores e analistas possam ter parâmetros de comparação unificados, diz a CVM, em nota. A autarquia afirma que o projeto de lei 3.741, em análise há vários anos pelo Congresso, é outra frente nesse sentido.

Ao reformar aspectos da Lei das S.A., um dos objetivos nesse projeto seria aproximar os padrões contábeis usados no Brasil dos critérios dos padrões internacionais. Caso o texto original proposto para a nova instrução venha a ser mantido, as companhias passam a ter de adotar os padrões ditados pelo Iasb a partir do exercício encerrado em 2010. Essa nova regra porém, valerá apenas para as demonstrações financeiras anuais consolidadas, conforme explicou o superintendente de normas contábeis da CVM, Antônio Carlos Santana. "Na regra que está sendo proposta as demonstrações individuais, assim como as trimestrais, continuam a ser feitas no padrão contábil local", diz Santana. Para conciliar essa diferença entre o padrão local e o internacional será preciso fazer uma nota explicativa. "Hoje já existe uma nota de conciliação sobre as diferenças entre o balanço consolidado e o individual, agora será feita uma nota sobre as diferenças entre o padrão internacional e o brasileiro", explica o superintendente da CVM. "O objetivo agora é colocar a idéia e fazer o debate, o texto poderá mudar em função disso", diz Santana. Ele acredita que a indicação para usar os padrões do Iasb no balanço consolidado é uma forma de começar a avançar na convergência das regras e criar uma nova cultura, dentro dos parâmetros permitidos e da competência da CVM. Na opinião do superintendente, o esforço do projeto de lei que tramita no congresso não se torna menos importante. "Ao contrário, ele trata dos padrões locais e é muito importante para as regras das demonstrações financeiras individuais. Nós temos esperança de que até a vigência dessas novas regras que estamos propondo o projeto já tenha sido aprovado no Congresso", diz Santana. Para Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Apimec-SP, as novidades introduzidas pela CVM são muito bem-vindas. "Os estrangeiros compram cada vez mais ativos brasileiros e o mercado está cada vez mais global. Ter um padrão unificado facilita muito a vida de analistas e investidores", afirma, lembrando que o mercado americano vai facultar às empresas estrangeiras listadas a contabilidade pelos padrões do Iasb e não pelos padrões dos EUA. "A tendência é a convergência de padrões. Acredito que no médio prazo essa mudança que vai ocorrer no Brasil possa até ter impacto sobre o custo de capital, pois uma das coisas mais difíceis de explicar são as diferenças nos números. O interesse pelos ativos locais pode aumentar", conclui Alexandre.


Agora da Gazeta:

CVM dá mais um passo para adoção do padrão internacional
Gazeta Mercantil - 18/05/2007

São Paulo, 18 de Maio de 2007 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou, ontem, em audiência pública, a minuta de instrução que dispõe sobre a elaboração e divulgação das demonstrações financeiras consolidadas, com base no padrão contábil internacional, seguindo as normas do International Accounting Standard Board (IASB).

A instrução faz parte do processo de convergência com essas normas internacionais ao mesmo tempo em que permite, durante o período de 2007 a 2009, a opção de apresentar as demonstrações já consolidadas pelo IASB e fixa o exercício findo em 2010 para que as companhias abertas brasileiras adotem obrigatoriamente o padrão internacional.

Segundo comunicado da CVM, as demonstrações financeiras consolidadas representam uma visão mais ampla da posição financeira do conjunto formado pela empresa controladora e suas controladas. Por isso, esse tipo de informação tem a preferencia dos analistas de mercado. No mercado de capitais internacional essas demonstrações são utilizadas como a única informação relevante para tomada de decisão pelos analistas e investidores.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

17 maio 2007

Rigidez no Preço

O preço de uma Coca-cola era de 5 centavos do dólar em 1886, o que corresponde a um dólar de hoje. Este preço demorou mais de 60 anos para se alterar. Isto é um típico caso de rigidez nos preços.

Esta rigidez tem uma explicação, mesmo sabendo que os custos de fabricação da Coca-Cola tenha se alterado em sessenta anos (para se ter uma idéia, o preço do açúcar triplicou na primeira guerra). Não foram os concorrentes, mas o custo de substituir as máquinas de venda de Coca-Cola, que só aceitavam “nickels”.

A Coca-Cola tentou várias alternativas, conforme relata Tim Harford, num artigo publicado na Financial Times Magazine (12/5/2007, For better or worth When it comes to price adjustment, there is, it seems, a lesson to be learnt from both Coca-Cola's rigidity and Amazon's flexibility - Clique aqui para outra endereço do artigo). Em 1953 o presidente da Coca-Cola escreveu para o presidente Eisenhower sugerindo a criação da moeda de 7,5 centavos.

Harford informa que um estudo detalhado de custos de um supermercado revelou que o custo para mudar um preço de um produto era de 52 centavos. Logicamente que a tecnologia torna isto mais fácil, com o código de barras, sítios na internet e menu. Hoje a Coca-Cola possui máquinas onde é fácil programar seu preço.

Mas mesmo assim, a variação de preço de uma Coca-Cola é muito menor que os preços dos livros da Amazon.

Clique aqui para ler mais

Links

1. Petrobrás perdeu em 3 rounds - sobre a negociação das refinarias

2. Loterias, perda de tempo - Um bilhete de loteria seria um ativo? Não, pois não satisfaz o requisito de gerar um benefício futuro esperado. A probabilidade é tão reduzida que não deve ser um ativo.

3. Na China tem mais menino que menina: preconceito ou Hepatite?

4. Quem lucrou com o acordo Daimler Chrysler? Os Advogados...

Estados Unidos seguem a Inglaterra na Contabilidade?

Segundo o Financial Times de 16/05/2007, p. 1, Ben Bernanke, presidente do Banco Central Norte-Americano (FED), os Estados Unidos deveriam seguir a abordagem baseada em princípios da Inglaterra.

Bernanke calls for US to follow UK's 'principles-based' approach.
By JEREMY GRANT

Ben Bernanke yesterday urged US financial watchdogs to look at the UK as a model for the way markets might be better regulated, weighing in behind the adoption of Britain's "principles-based, risk-focused" supervision.

The Federal Reserve chairman's comments are the clearest sign yet that senior US policymakers believe that there could be merits in copying some elements of the UK's use of more flexible regulations, a factor that is seen as having helped London attract business from the US.

His remarks come amid gathering concern that US capital markets risk slipping behind the rest of the world if the country does not integrate international accounting standards, reformits litigation system andsimplify duplicated regulations.(...)

Um novo nome para Caixa 2

Mais um novo nome para o caixa dois: "saco azul". Em continuidade ao escândalo contábil do Vitória Guimarães, clube da primeira divisão do futebol português (clique aqui), o Jornal de Notícias (nome interessante para um jornal) apresenta a seguinte reportagem (17/maio/2007):

Ex-director explica "saco azul" para ilibar Pimenta
Jornal de Notícias

O ex-director dos serviços administrativos do Vitória de Guimarães, Paulo Antero Sousa Pereira, confirmou ontem nas Varas Mistas de Guimarães, a existência de um "saco azul", alegadamente criado por Pimenta Machado para fugir ao Fisco e à Segurança Social, nos pagamentos dos salários dos futebolistas.

Na continuação do depoimento iniciado anteontem com perguntas do procurador do Ministério Público, a testemunha referiu que o "saco azul" era alimentado, maioritariamente, com verbas oriundas das quotas dos associados, mas também de outras proveniências, como sucedeu com um cheque emitido pelo Sporting aquando da venda dos jogadores Pedro Barbosa e Pedro Martins.

Segundo o antigo homem de confiança do ex-presidente, o "saco azul" funcionava em duas contas bancárias e funcionava de forma paralela à contabilidade oficial do clube.

Tal situação levou o juiz-presidente a constatar que, para se saber qual a verdadeira situação real das contas do clube, "haveria que somar as duas parcelas", o que a testemunha confirmou.

A sessão da manhã incidiu, assim, nos pormenores técnicos das movimentações financeiras do "saco azul" e suas alegadas ligações com o processo em que Pimenta Machado e Vale e Azevedo estão a ser julgados no tribunal de Guimarães.

Pimenta Machado está a ser julgado por quatro crimes de peculato e dois de falsificação de documentos, enquanto o ex-dirigente do Benfica, Vale e Azevedo - que só hoje deverá regressar ao julgamento, por ter sido dispensado das restantes sessões - responde por dois ilícitos de falsificação de documentos.

Pimenta anunciou já que iria prestar declarações e desmontar "a cabala" contra ele montada e nega que se tenha apropriado daquelas verbas tendo dito.

O ex-dirigente explica, na contestação à acusação, que retirou uma parte da verbas provenientes das transferências de Pedro Barbosa e Pedro Martins - um cheque de 75 mil euros - porque o clube lhe devia dinheiro, e que o restante foi gasto em despesas do clube ou transferido para as suas contas bancárias.

O depoimento de Antero está a ser aproveitado pela acusação para tentar provar os crimes, enquanto o advogado de defesa de Pimenta Machado, José António Barreiros, tenta demonstrar que havia dinheiros movimentados pelo arguido, que não constam da contabilidade, mas que passavam pelo denominado "saco azul", não havendo, por isso, prejuízos para o Guimarães. )

Repsol e SEC

Segundo informação do Expansión, jornal espanhol, a SEC obrigou a empresa de petróleo Repsol a fazer uma correção na informação financeira. Eis um extrato da notícia:


La SEC da un correctivo a la información financiera de Repsol
Por Roberto Casado

Entre otras cuestiones, Repsol YPF se ha visto obligada a dar más información sobre los riesgos políticos en Latinoamérica, sobre los métodos de registro de sus reservas, sobre el trabajo que realizan los auditores de sus yacimientos, sobre sus costes de producción de hidrocarburos y sobre su adaptación a las normas internacionales de contabilidad. Además, la compañía que preside Antonio Brufau se compromete, a partir de la memoria de 2006 (todavía sin registrar en la SEC), a detallar el funcionamiento de sus sistemas de control interno y a incluir datos sobre la tarea de las firmas de ingeniería que certifican las reservas de los yacimientos.

La investigación no ha afectado a los resultados de la empresa española.

La revisión de los estados financieros de Repsol YPF comenzó el 28 de septiembre de 2006, cuando H. Roger Schwall, directivo de la división de finanzas corporativas de la SEC [área que se encarga de que los inversores dispongan de la información adecuada para tomar sus decisiones], envió un cuestionario a Fernando Ramírez, director de Finanzas de Repsol YPF, en el que exigía 51 aclaraciones y correcciones sobre la información de la memoria anual de 2005. La SEC, en alerta por la rebaja extraordinaria del 25% en las reservas de crudo anunciada por Repsol YPF en enero de 2006 e incluida en el citado informe, había detectado diversas lagunas en la memoria (el formulario denominado 20-F), tras someterla a un análisis concienzudo.

"El propósito de esta revisión", explicaba Schwall a Ramírez al comienzo de esa misiva, "es asistirle en el cumplimiento de los requisitos de información". Pero al final de la carta, advertía a Ramírez que la "división de investigación de la SEC [que trata las posibles violaciones de la normativa del mercado de valores] tendrá acceso a toda la información que proporcione", por lo que exigía una veracidad total.

Al final, no ha hecho falta la intervención de los temidos investigadores de la SEC, ya que Repsol YPF ha satisfecho las peticiones del supervisor bursátil, no sin reticencias. Después de la respuesta de la petrolera al primer cuestionario de la SEC, este organismo envió otras dos cartas en diciembre de 2006 y febrero de 2007 para reclamar más aclaraciones.

Especialmente intenso fue la discusión sobre la eficacia de los sistemas de control internos de Repsol YPF, que esta empresa calificó de "efectivos" al final de 2005. "Dado el ajuste de reservas realizado, no está claro cómo su presidente ejecutivo y su responsable financiero han concluido que los procedimientos de control son efectivos", dice la SEC a la petrolera, que intenta explicar que el problema de la contabilización de los barriles se generó por errores previos a 2004.

La empresa española también detalla la situación de sus operaciones en Bolivia, Argentina y Venezuela. Repsol YPF explica los motivos por los que ha tenido que reducir drásticamente sus reservas al final de 2006 en Bolivia tras la nacionalización de los yacimientos.

(...)
Fuentes de Repsol YPF quitaron ayer importancia a la revisión de su memoria anual efectuada por la SEC estadounidense. "No es una cuestión particular que afecte a Repsol YPF. En el último año, la SEC ha estado muy encima de las empresas europeas para analizar la aplicación de las nuevas normas internacionales de contabilidad (IFRS)". Esta regulación financiera empezó a determinar las cuentas de las empresas europeas en 2005. Las firmas norteamericanas se guían por sus propias normas (US GAAP). De hecho, según la petrolera, "de las 51 cuestiones planteadas por la SEC en su carta inicial, más de treinta corresponden a dudas sobre la implantación de los criterios de las IFRS". Además, Repsol YPF asegura que "cada tres años, la SEC efectúa un análisis más exhaustivo de los estados financieros de las compañías, y ahora nos tocaba". En la empresa que preside Antonio Brufau sí reconocen que "como el ajuste extraordinario de las reservas de hidrocarburos se registró en el informe de 2005, la SEC también ha preguntado sobre esta operación".

Brufau, en la junta de accionistas de Repsol YPF celebrada la semana pasada en Madrid, destacó que "el episodio de las reservas está a punto de cerrarse de manera ejemplar". Para ello, la empresa ultima un acuerdo con los inversores que presentaron denuncias en Estados Unidos por la revisión de reservas, que provocó una caída de la cotización. El presidente de Repsol YPF también destacó que la empresa ha recibido un premio como la petrolera más transparente.

Audiência Pública

Notícia da Gazeta de 17/05/2007 informa que:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o processo de audiência pública conjunta com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O objetivo da medida é eliminar duplicidade no processo de discussão pública dos pronunciamentos contábeis que tem como referência as normas do International Accounting Standard Board (IASB).


Mesmo assim, o processo de harmonização com as normas internacionais está atrasado.

16 maio 2007

Chute


Existe uma regra informal de que num exame objetivo uma boa estratégia é escolher uma única opção, geralmente a opção “C”. O teste aplicado para um aluno de Introdução a Comunicação levou a uma nota zero. Clique aqui para ler mais

Regra dos cinco segundos

Existe uma regra dos cinco segundos, muito difundida entre a população. Por esta regra, quando uma comida caiu no chão, pode-se comer sem susto se ficou no chão somente cinco segundos.

Uma pesquisa feita por Jillian Clarke, que ganhou o Ig Nobel por este motivo, 50% dos homens e 70% das mulheres conhecem a regra dos cinco segundos e muitos a seguem.

Os pesquisadores da Clemson University encontraram que esta regra não é verdadeira. Um pedaço de pão que ficou cinco segundos no chão estará contaminado com bactérias (de 150 a 8 mil, neste tempo).

Tulipamania: mito ou realidade


Na história mundial, entre as diversas situações de bolha econômica, a crise da Tulipa, que ocorreu na Holanda, é sempre citada. No século XVII o preço da tulipa aumentou de forma astronômica, caindo logo depois.

Um livro está reescrevendo alguns dos mitos desta crise. O livro chama-se Tulipmania, de Anne Goldgar, da University of Chicago. Uma discussão interessante do assunto encontra-se num artigo do Financial Times (clique aqui). Alguns trechos selecionados deste artigo:

Tulipamania é lembrada como a primeira bolha do mercado. Tem sido usado como analogia para crises subseqüentes, mais recentemente durante o boom das ações ponto com. (...) Muito do que nos escutamos não é verdade. Por exemplo, Goldgar não conseguiu achar nenhuma pessoa que faliu com a tulipamania.

(...) A melhor analogia para a tulipamania não é o boom “ponto com”, mas o mercado atual de artes, em que um trabalho de um jovem artista pode custar o valor de flat em Londres.

(...) Muitas das lendas da tulipa (...) são baseadas em um ou duas peças contemporânea de propaganda e um grande volume de plágio. (...)

Os efeitos foram modestos. É um mito que a tulipamania devastou a economia holandesa. Não seria possível, quando tão poucas pessoas comercializavam tulipas? Mesmo estas, sobreviveram a crise. (...)

Duas histórias de avaliação

Duas histórias interessantes de avaliação. Na primeira, um nome da internet foi vendido por 9 milhões de dólares.

Na segunda, informa que a venda da Chrysler pela Daimler foi, na verdade, um pagamento da Daimler para a Cerberus, para se livrar o passivo trabalhista de 18 bilhões. Ou seja, a transação para Daimler representou uma prejuízo muito maior do que o divulgado.

Custo menor com a Sox

Segundo o Wall Street Journal de 16/05/2007 (Moving the Market: Costs Fall Again for Firms To Comply With Sarbanes, por Kara Scannell) os custos de compliance para a Sox cairam em 2006. A justificativa é a redução do tempo que os administradores gastam, conforme uma pesquisa com executivos revelou. Apesar da boa notícia, 78% dos 200 executivos entrevistados dizeram que o custo com a Seção 404 ainda é maior que o benefício (eram 88% no ano anterior).

Assim, o custo total de compliance em 2006 foi de 2,92 milhões por empresa, 35% a menos do que no primeiro ano, quando a média foi de 4,51 milhões. A fonte das informações é o Financial Executives International.

Passivo

Um artigo na Gazeta Mercantil faz um comentário sobre o passivo fiscal:

Um risco a ser levado em conta

16 de Maio de 2007 - A reavaliação dos riscos tributários pode surpreender as empresas na hora de abrir capital. Devido ao mercado competitivo em que atuamos hoje e à busca por melhores práticas de governança corporativa, grande parte das empresas está passando por um processo de reavaliação dos riscos tributários existentes, principalmente as organizações que estão se preparando para abrir capital.

Algumas dessas companhias estão sendo pegas de surpresa ao revisitar suas contabilidades fiscais, pois os pontos que eram considerados apenas possíveis riscos - e não contabilizados nos balanços - acabam, após uma análise mais aprofundada, se convertendo em passivos, que devem ser registrados e recolhidos.

Mas o que vem preocupando as empresas é que essa diferença impacta significativamente o seu valor de mercado, bem como o patrimônio líquido.

A demanda de solicitações por empresas de auxílio de recálculo tributário vem crescendo principalmente por causa das exigências criadas pela lei americana Sarbanes-Oxley (SOX) e pela análise do Financial Accounting Standards Board (Fasb) n 48 sobre avaliação de incertezas voltadas a tributos, emitida em junho do ano passado.

Além disso, em janeiro deste ano, a adoção desses preceitos contidos no Fasb foi sugerida em ofício circular da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

É bastante comum notar a dificuldade que encontram profissionais para distinguir um passivo de um eventual risco. Afinal, nem sempre a lei é suficientemente clara e para aplicá-la é necessário desenvolver uma interpretação que, muitas vezes, é realizada por diferentes especialistas da mesma organização.

Anteriormente às normas de 2006, quando se constava qualquer incompatibilidade com a legislação era colocada como risco de contingência fiscal, não havendo, até então, preocupação quanto à apropriada classificação entre passivo e risco fiscal.

Tal distinção pode parecer simples, mas num ambiente tributário como o nosso, cheio de leis que mudam a cada dia e uma legislação nem sempre tão objetiva, tudo isso se torna uma tarefa bastante árida aos consultores e administradores.

Logo, não basta contar somente com a assessoria, é fundamental que as empresas tenham uma perfeita integração das áreas jurídica, fiscal e contábil; critérios de monitoramento; mensuração e atualização não apenas quantitativa, mas qualitativa, de cada processo e sua integração às demonstrações financeiras. Portanto, é importante que as companhias disponham de informações analíticas para ter controles tributários eficientes na avaliação de seus passivos e riscos fiscais.

Isso tudo pode parecer mais uma tarefa burocrática, mas certamente visa corrigir um antigo conceito que, muitas vezes, minimizava questões tributárias relevantes, mas que atualmente vem à tona, impactando diretamente os resultados das empresas.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3)(Fernando Lima - Gerente sênior da KPMG Tax Advisors)

15 maio 2007

Links

1. Aversão a perda

2. Terceirizando notícias locais - O Pasadena Now, um sítio de notícias de Pasadena, Estados Unidos, está contratando dois repórteres na Índia para cobrir notícias em Pasadena. Clique aqui também

3. Morreu Alfred Chandler - O autor renomado que estudou a história dos negócios. Sua obra ficou famosa entre os contadores com o livro RelevÂncia Perdida, que utilizava, de forma intensiva, as pesquisas realizadas por Chandler. Clique aqui também

4. Terrorismo de Estado na Internet? - a grande quantidade de ataque aos sítios da internet da Estônia nas últimas semanas levaram seu governo a levantar a suspeita que tais ataques estavam sendo promovidos pelo governo russo.

5. Ilusão Fotográfica - o termo diz tudo

6. Perdendo valor com a Chrysler

Vale bate recorde

O lucro da Vale é bastante significativo. Além disto, é o maior entre as empresas de capital aberto da América Latina, conforme informa a Gazeta Mercantil de 15/05/2007 (Vale supera Petrobras em lucratividade, Léa de Luca)

Depois de 17 trimestres, a Petrobras perdeu a liderança entre empresas de capital aberto mais rentáveis da América Latina. Pela primeira vez desde 1990, a Vale do Rio Doce (CVRD) ocupa o primeiro lugar entre as mais lucrativas.

A conclusão é da consultoria Economatica. [sic]

O lucro líquido obtido pela Petrobras no primeiro trimestre de 2007 alcançou US$ 2,015 bilhões, abaixo dos US$ 2,485 bilhões da Vale do Rio Doce.

Desde o quarto trimestre de 1999 até agora, a Petrobras somente havia perdido a liderança em lucratividade em duas oportunidades: no primeiro trimestre de 2002 para a Telmex, e no terceiro trimestre de 2002 para a Eletrobras, informou a Economatica.

Vitória Guimarães

Vitória Guimarães é uma equipe de futebol de Portugal. No Jornal de Notícias de 150/05/2007 informa que o clube apagou 350 ficheiros (arquivos) da sua contabilidade.
Veja a notícia a seguir:

V. Guimarães apagou 350 ficheiros

Cerca de 350 ficheiros informáticos alegadamente contendo informação de contabilidade foram apagados dos computadores do Vitória de Guimarães, o que impossibilitou a Polícia Judiciária de investigar as contas relativas aos anos 1995, 1996 e 1997. O material informático foi apreendido pelas autoridades já em 2004, numa segunda busca às instalações do clube minhoto.

Porém, ontem, na terceira sessão do julgamento em que são arguidos Pimenta Machado e Vale e Azevedo, Alberto Batista, especialista superior informático da PJ, não soube dizer quando tais dados foram apagados, nem afirmar com certeza absoluta que correspondiam a informação de contabilidade.

Questionado por José António Barreiros, advogado do ex-líder do V. Guimarães, aquele elemento também reconheceu não ter cruzado a informação encontrada num exame ao computador e a que consta de alguns DVD de cópias de segurança. Este reconhecimento, por parte do elemento da PJ, levou o defensor de Pimenta a sugerir que não houve intenção de esconder dados.

Da parte da tarde foi abordado essencialmente o tema da falsificação da acta de uma assembleia geral que permitiu ao clube vender terrenos a empresas privadas - quando a aprovação dos sócios previa apenas venda à Câmara Municipal. As três testemunhas inquiridas revelaram várias falhas de memória. A uma delas, o escriturário Custódio Garcia, o procurador do Ministério Público, Armando Coimbra, pondera instaurar um processo-crime por falsas declarações. Em causa uma suposta contradição entre a versão apresentada durante o inquérito (como arguido, depois arquivado( e as prestadas ontem em tribunal.

O homem que transcreveu a maioria das actas das assembleias gerais - por ter uma "letra bonita" -, à excepção das presumivelmente adulteradas, negou ter sido instruído pela secretária de Pimenta Machado.

14 maio 2007

Brasil atrasado em contabilidade

Uma reportagem da Gazeta Mercantil de 14/05/2007 mostra como estamos atrasados na adoção do padrão contábil. Será que podemos acusar somente os políticos pelo fato da norma ainda não ter sido votada? Haveria algum tipo de interesse para sua não aprovação? Quais são os grupos de pressão que estão atrasando esta adoção?

País fica atrás no padrão contábil global

São Paulo, 14 de Maio de 2007 - Projeto de lei que prevê alinhamento do Brasil ao IFRS pode ser votado até o mês que vem. Um dos últimos obstáculos para o desenvolvimento do mercado de capitais doméstico, o desalinhamento das práticas contábeis brasileiras em relação às internacionais, está em vias de ser removido. Depois de sete anos tramitando no Congresso, o projeto prevendo atualizar a lei que rege o setor, de 1976, deve ser submetido à votação da Câmara nas próximas semanas. "Acredito que isso pode acontecer ainda no primeiro semestre de 2007", diz o deputado Armando Monteiro (PTB-PE), relator do texto.

Uma das principais mudanças previstas no projeto é que o Brasil passará a usar os padrões internacionais de demonstrações financeiras (IFRS, na sigla em inglês), modelo adotado pelos membros da União Européia em dezembro de 2005. Enquanto a mudança não chega, órgãos reguladores do governo vem agindo nessa direção. O Banco Central estabeleceu 2010 como prazo para os bancos nacionais publicarem seus balanços em IFRS. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pôs há duas semanas em audiência pública um edital visando ao mesmo objetivo.

Em outra frente, a autarquia avisou em abril que deve começar a acompanhar o entendimento do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), órgão criado em 2005 e que tem entre seus integrantes entidades governamentais e do mercado. "Agora, a CVM poderá referendar o entendimento do CPC", diz José Carlos Bezerra, gerente de normas contábeis da autarquia. Com orientação claramente pró-IFRS, o CPC passará a ser o responsável por ditar as normas sobre demonstrações financeiras, caso seja aprovada a íntegra do projeto de lei prestes a ser votado pelo Congresso. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Aluísio Alves

Nomes de crianças

Que nome dar para uma criança?

Segundo a CBS News, Katrina não está mais em moda desde o furacão com este nome.

Este nome estava regularmente na lista dos 100 mais populares nomes escolhidos por pais norte-americanos para suas filhas. Em 2006 somente 850 bebês foram registrados com este nome. Os dois nomes mais populares são Emily e Jacob.

Uma outra tendência é a escolha de nomes "únicos" para os filhos. Um efeito do Google, já que isto facilitaria a pesquisa? É a Google Revolution?

Ter Dinheiro pode ser problema

Geralmente associados o fato de ter dinheiro como algo positivo. Este é um dos enganos, que nos alerta para as “regras de bolso” da análise econômico-financeira (algo como “maior, melhor”).

Quando uma empresa possui muito dinheiro, é necessário ter um plano de ação para o investimento que será realizado. Vale uma regra simples: o retorno do investimento deve ser compatível com o retorno esperado pelo acionista. Se a empresa aplicar os recursos a uma rentabilidade de 2% ao ano provavelmente o acionista terá mais alternativas interessantes para este recurso. Nesta situação, é interessante que a empresa distribua o dinheiro que possui sob a forma de dividendos, pois o acionista saberá gastar melhor estes recursos.

A presença de um elevado volume de dinheiro pode ser problemática se abrir uma discussão sobre como gastá-lo. Isto também ocorre com um país.

No Wall Street Journal de 14/05/2007 tem uma reportagem sobre o Chile, país que se beneficia com a alta do cobre (Chile poupa renda obtida com alta do cobre para se proteger quando ele cair, 14/05/2007, de Bob Davis). O Chile está poupando estes recursos para evitar um problema social e político quando o preço da matéria-prima cair, algo que Venezuela, por exemplo, não está fazendo.



SANTIAGO, Chile — Com os preços do cobre em alta, o Chile está abarrotado de dinheiro. Acredite ou não, isso pode ser um grande problema.
Bonanças de recursos naturais quebraram países instáveis do Oriente Médio e da África por causa da corrupção e de guerras. Mesmo países ricos têm dificuldade em lidar com booms de commodities, que podem valorizar a moeda local, fragilizar exportadores e gerar farras insustentáveis de importados.

A economia da Holanda estagnou depois que ricos depósitos de gás natural foram descobertos em seu litoral nos anos 60, num caso que é muito estudado por economistas. Atualmente, a Venezuela e outros países exportadores de petróleo que vivem um boom do consumo sustentado pelo petróleo estão vulneráveis à "doença holandesa", especialmente se os preços do petróleo caírem.

O Chile está tentando se inocular. Essencialmente, o governo está poupando o que ele calcula ser um lucro extra da mineradora estatal de cobre, e impostos extras arrecadados de mineradoras privadas. O país investe o dinheiro no exterior em instrumentos de renda fixa e está considerando investir também em fundos de ações estrangeiras. Quando a economia do Chile se debilitar, o governo pode usar o "fundo de estabilização econômica e social" como receita.

"A questão que persegue a América Latina e outros mercados emergentes é: como evitar os altos e baixos dos ciclos de commodities?", diz o ministro da Fazenda do Chile, Andrés Velasco. "No Chile temos uma resposta simples: gaste o que é permanente e poupe o que é transitório."

Até agora, o Chile separou cerca de US$ 6 bilhões e espera adicionar outros US$ 6 bilhões até o fim do ano em seu fundo de estabilização, um total que equivale a cerca de 10% de seu produto interno bruto. Isso foi possível graças à cotação do cobre, que já passa dos US$ 7.800 a tonelada, sendo que até 2003 estava abaixo dos US$ 2.000.


Entretanto, nem todos consideram uma boa política esta economia. A oposição protesta contra esta política e alguns dos problemas do país poderiam ser atacados com os recursos obtidos. A reportagem continua com observação neste sentido.

Embora o Chile seja considerado um caso de sucesso para os padrões da América Latina — ele cresceu em média 5,5% ao ano desde 1990 —, o país tem problemas domésticos urgentes, entre eles uma grande distância entre ricos e pobres, um sistema educacional abaixo do desejado, e portos, estradas e aeroportos inadequados.

Deixar de lado tanto dinheiro "é um crime", diz o senador chileno Fernando Flores, que já foi ministro da Fazenda do governo marxista de Salvador Allende e depois ganhou uma fortuna como empreendedor de software na Califórnia. "Precisamos de um modelo de investimento e educação para criar novas indústrias."

Mas autoridades econômicas chilenas dizem que é crítico limitar o efeito do boom do
cobre, de modo que o país não se torne dependente demais de recursos minerais que podem desaparecer rapidamente, resultando em déficits orçamentários. O governo tem por objetivo um superávit orçamentário de cerca de 1% anualmente, e para projetar sua receita usa uma estimativa do preço médio do cobre para os próximos dez anos.

Quando o preço dispara para acima da estimativa de longo prazo, como aconteceu nos últimos anos, o governo consegue superávits bem maiores do que 1% e encaminha o excesso para o fundo de estabilização, onde o dinheiro é investido no exterior.

Uma meta dessa estrita política fiscal é reduzir a valorização do peso, que no decorrer das décadas tendeu a subir com o preço do cobre. Um peso mais forte aumenta o preço de exportação do vinho, produtos florestais, frutas e verduras chilenos, tornando-os menos competitivos internacionalmente. O Ministério da Fazenda diz que sua política de estabilização tem sido um sucesso; descontada a inflação, o peso chileno está atualmente sendo negociado perto de seu valor médio dos últimos 20 anos.

Mas alguns exportadores não estão impressionados. Desde meados de 2003, o peso chileno apreciou quase 25% em relação ao dólar, descontada a inflação. "Com o peso no nível que temos, muitas empresas de exportações têm margens baixas", diz Recaredo Ossa, diretor-geral da Viña Veramonte S.A., uma grande vinícola de Casablanca, perto de Santiago. Uma autoridade da Fazenda chilena diz que a taxa de câmbio teria disparado sem a política de estabilização.

Mas, em geral, tem havido apoio público para o fundo. A esquerda em grande parte está tolerante porque o governo está aumentando os gastos públicos em cerca de 9% este ano, em termos reais, sem usar o dinheiro que destina ao fundo de estabilização. Gastos com infra-estrutura, saúde, habitação e educação estão crescendo num ritmo ainda mais rápido. Para a direita, o governo — uma coalizão de partidos de centro e de esquerda — ofereceu reduções de impostos para empresas voltados a promover a inovação.

13 maio 2007

Uma nova contabilidade

Reportagem do Wall Street Journal. As mudanças que o FASB e outros órgãos estão planejando pode significar uma mudança radical na forma como conhecemos a contabilidade. Clique aqui para ler

12 maio 2007

Links

1. Números seguem a Lei de Benford e "cientistas não explicam a razão" - Não é verdade. Existe uma explicação simples e fácil para esta lei.

2. The Streisand Effect - quando encobrir uma notícia termina por dar mais destaque. O caso do Digg, pela Forbes

Barris desaparecidos

Uma reportagem de hoje do NY Times (Billions in Oil Missing in Iraq, U.S. Study Says ) de James Glanz, informa que entre 100 mil a 300 mil barris por dia, da produção do Iraque dos últimos quatro anos, podem ter desaparecido numa rede de corrupção. Isto significa de 5 a 15 milhões por dia e indica que oficiais corruptos ainda controlam parte da produção do país.

Apesar das evidências, o Departamento de Estado do governo norte-americano trabalha com a possibilidade de que a diferença encontrada seja perda por sabotagem ou problemas nos relatórios de produção.

Sexo atrai a atenção

Loren Baker, editor do Search Engine Journal, observa que sexo atrai a atenção dos usuários da internet. Sua constatação atinge diretamente o sítio Digg.com, onde as notícias com uma pitada de sexo atraem mais a atenção do público do que a notícia comum. Ele cita um exemplo de notícia publicado hoje com o nome de Gmail Users are Younger, Richer, Good in Bed.

Trata-se de uma pesquisa sobre usuários do Gmail, que constatou serem ricos e jovens. Mas a pesquisa não fez qualquer referência ao desempenho na cama (Good in Bed).

Sexo ainda atrai a atenção.

Matemática e Natureza


A proporção áurea ou "divina proporção" é algo misterioso e fantástico, que revela a ligação da matemática com o mundo real. Refere-se a uma constante matemática, onde a razão de dois números (a+b) coincide com a razão entre "a" e "b". Este número recebe a denominação de Phi (não confundir com Pi).

O mais interessante é que os cientistas encontraram esta proporção na natureza: nas conchas, nos seres humanos (o tamanho das falanges, ossos dos dedos, por exemplo), na relação dos machos e fêmeas de uma colméia do mundo.

Conforme explica a Wikipedia, "Apesar deste status, o úmero de ouro é apenas o que é devido aos contextos em que está inserido: está envolvido em crescimentos biológicos, por exemplo. O fato de ser encontrado através de desenvolvimento matemático é que o torna fascinante."

Plantas com padrão em espiral possuem uma relação com este número. Algumas pesquisas parecem indicar que este padrão faz com que as plantas tenham vantagens na evolução.

Lembro-me de um episódio da série Numb3rs, que passa na TV a cabo no Brasil. Uma detetive insinuou que a matemática era algo fora da realidade, do mundo real. O herói da série, um matemático, usa a proporção para provar como isto é errado.

Mercado falha ao combater a poluição

Os cientistas que estudam os efeitos da poluição sobre a terra geralmente propõe de alguma forma ou aumentar o custo da emissão de carbono ou melhorar a atratividade da redução desta emissão.

A razão está no próprio mercado: poluir não tem custo, o que significa que isto desencoraja o uso excessivo de combustíveis.

Para ler mais

11 maio 2007

Contabilidade e Auditoria em Cuba

Cuba também utiliza auditoria e contabilidade para combater a corrupção. Segundo notícia da Agencia EFE (11/05/2007 - Cuba empieza a destapar la caja de los truenos de la corrupción, por José Luis Paniagua)

(...) Los problemas de auditoría y contabilidad han sido denunciados reiteradamente en la isla, pero el diario "Granma", órgano oficial del Partido Comunista de Cuba, hizo el miércoles una escueta referencia a los problemas bancarios por primera vez.

La directora de Verificaciones de la Fiscalía General de la República, Sabó Herrera, reveló al diario la existencia de "grietas en el sistema bancario que facilitan operar cuentas sin el debido control".

El vicepresidente del Banco Central de Cuba, Jorge Barrera, indicó a Efe que "casos de fraude existen en todos los sistemas financieros, incluso en los países más avanzados" y que "aunque se tenga un control bueno de una situación, fraude siempre hay".

"En nuestra opinión está bien controlado" en Cuba, señaló Barrera, que consideró que los casos de fraude que se puedan dar en en la isla son limitados.

El Ministerio de Auditoría y Control reconoció a mediados de abril las deficiencias de los actuales controles de contabilidad, fundamentalmente de carácter financiero, la necesidad cambiar la "mentalidad" de los auditores y la puesta en marcha de mecanismos para hacer más efectivo el control.

"Esa pregunta nos la estamos haciendo. ¿Cómo hacer más útiles las auditorías para nuestra realidad?, ¿cómo evitar que a una empresa le pasen en el año a veces dos o tres auditorías y aparentemente está bien y después estalla la bomba?", dijo la entonces ministra de Auditoría, Lina Pedraza, destituida del cargo un mes después.

(...) Un experto señaló que "no se puede inferir el tamaño del problema" por la información de "Granma", aunque "confirma la sospecha que tenemos de que hay un problema en el sistema financiero". (...)

Telecom e Bolívia

A Bolívia também pretende assumir os negócios de telecomunicações e, como tem sido praxe no governo Evo, reduzir o pagamento das indenizações. Agora é com a Telecom Itália. Só que esta empresa parece estar adotando uma estratégia diferente.

Conforme a AP Spanish, a Telecom Italia está pedindo ao governo boliviano uma auditoria independente internacional para verificar os investimentos feitos na Entel Bolivia.

Pese a ello, el gobierno insiste en denunciar que Telecom no invirtió los 610 millones de dólares pactados y que sólo aportó 466 millones; otros 144 se habían destinado a capacitación que el Ejecutivo no reconoce como inversión. Telecom insiste en que incluso invirtió 720 millones de dólares, 110 más que lo comprometido.

El viceministro de Coordinación Héctor Arce, uno de los miembros de la comisión, dijo a la prensa sobre el comunicado que "Telecom está reconociendo que hay temas que hay que averiguar". "No es que como ellos mencionaron, que ya (un anterior gobierno) les había certificado toda su inversión".

Telecom, entonces Stet, obtuvo el 50% de las acciones de Entel en 1995, que era del estado, a cambio del compromiso de inversión. La italiana, en la que ahora tiene acciones Telefónica Española, controla enteramente a Entel, a través de una subsidiaria llamada Euro Telecom Internacional N.V. (ETI), constituida en Holanda.

"En el transcurso de las reuniones entre la Comisión de Gobierno y Euro Telecom Internacional N.V. (...) la propia Comisión informó de la existencia de reportes de consultores contratados por la Superintendencia de Telecomunicaciones que muestran diferencias en los niveles de inversión ejecutados con relación a los montos reportados por la empresa", señala la nota.

Se refiere al equipo de ministros y viceministros que el presidente Evo Morales formó para lograr la reestatización de Entel, y que ha acusado insistentemente a Telecom de mentir sobre las inversiones y de evadir impuestos.

El gobierno ha señalado que Telecom rompió unilateralmente las negociaciones, pero la compañía ha señalado que ellas ni siquiera se han iniciado, al solicitar que se desarrollen un Brasil o Estados Unidos "por falta de garantías" en Bolivia.


Parece que já vi este filme antes...

Clique aqui para ler sobre a última da Bolívia

Contabilidade da Mina Conchita

No dia 11 de março de 2004 uma série de ataques terroristas ocorreu em Madri, capital da Espanha (clique aqui). 191 pessoas morreram e 1.700 ficaram feridas, num ataque com 10 explosões que inicialmente foi considerado como sendo do ETA. E foi utilizado nas eleições espanholas de 14 de março como instrumento de manipulação política.

Agora, no julgamento de três acusados e vinculados a Al-Qaeda, uma das discussões é sobre a origem dos explosivos. Parece que a investigação apontam para a Mina Conchita.

As razões para esta desconfiança é a existência de uma contabilidade dupla (La mina en la que se robaron los explosivos del 11-M tenía una doble contabilidad, José Yoldi e Jorge Rodríguez, El País, 11/05/2007)

En el estudio que realizaron los peritos detectaron consumos imposibles, y una desproporción entre el consumo de detonadores y de explosivos. En cualquier caso, Llano proporcionaba a la intervención de armas unos datos de consumos que siempre se ajustaban a las capacidades máximas de los minipolvorines. Sin embargo, a la empresa Caolines de Merillés le proporciona datos de consumo de explosivos y detonadores. Entre unas otras cifras había "diferencias muy notables".

09 maio 2007

Lógica Nebulosa

Já está disponível o primeiro número da RAC Eletrônica. Esta revista foi criada com a finalidade de ser mais um instrumento de divulgação da pesquisa brasileira. Infelizmente a RAC em papel estava com muitos artigos e o tempo de espera, entre a aprovação de um artigo e sua publicação, é muito longo. RAC tem este propósito.

No primeiro número, entre outros artigos, um sobre a análise de rentabilidade sob a ótica da Lógica Nebulosa, do professor José Alonso Borba e Rodrigo Drill. (clique aqui)