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26 novembro 2007

Vender chocolate na Páscoa é bom negócio?

Uma pequena reportagem do Valor mostra a dúvida de uma empresa em produzir ou não chocolate para Páscoa. Por um lado, as vendas neste período representam 20% do total, além da possibilidade de aumentar o preço por peso para o ovo de páscoa. Ou seja, a margem de retorno pode ser significativa. Por outro lado, os riscos estão expressos no índice de retorno e nos custos variáveis adicionais (logísticos, de mão-de-obra, armazenagem etc). A decisão financeira deveria levar em consideração os custos adicionais em confronto com o retorno adicional. A reportagem, a seguir, com grifo meu:

Páscoa ainda é dúvida para a companhia
Valor Econômico - 26/11/2007

A Páscoa representa 20% das vendas de chocolate no Brasil. O preço do quilo, nessa época, costuma subir até quatro vezes. Oportunidade imperdível? Não para todos. A americana Hershey´s ainda faz e refaz contas para saber se vale a pena encarar o megaevento do setor.A empresa já teve fortes participações, como em 2002, desistiu da data em outros anos e voltou este ano. Por enquanto, ainda não decidiu se repetirá a dose em 2008. "É preciso ter volume, escala, estar disposto a competir por preços e ter um contigente grande de pessoas", diz Elizabeth Peart, diretora-geral da Hershey´s no Brasil. A decisão não pode demorar. A produção das grandes desse mercado começa em outubro. O risco do negócio é conhecido no mercado. A Páscoa exige altos custos de logística e índices imprevisíveis de devolução de produtos. Com isso, os pequenos podem amargar prejuízo.

O grande medo dos fabricantes é o índice de retorno, já que o varejo costuma fazer grandes encomendas e devolver as sobras de ovos danificados sem arcar com os custos. No setor de alimentos, o índice de devolução varia entre 0,5% e 3%. Na Páscoa, esse percentual pode subir para um patamar de 7% a 10%. A partir do fim do ano, os ovos são estocados em armazéns refrigerados até que o varejo comece a comprar, o que tem acontecido cada vez mais cedo. (DD)

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